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Disciplina: Direito Empresarial

Professor: Elisabete Vido


Aula: 26| Data: 23/04/2019

ANOTAÇÃO DE AULA

SUMÁRIO

TÍTULOS DE CRÉDITO
1. Endosso
2. Aval
2.1. Aval para o Código Civil
3. Aceite

TÍTULOS DE CRÉDITO

1. Endosso

 Qual a diferença entre um endosso não à ordem e uma cessão civil sem garantia?
R.: O efeito dos institutos é o mesmo, contudo, o endosso é marcado pelo princípio da autonomia (princípio geral
dos títulos de crédito), de modo que o vício de uma relação não contaminará as outras. Na cessão civil sem
garantia, por outro lado, não há autonomia, de modo que vícios de relações anteriores podem ser invocados.

2. Aval

É uma garantia pessoal dada por terceiro. Conforme já vimos em aula passada, o aval, assim como o endosso, é
dotado de autonomia substancial, já que a sua existência, validade e eficácia não estão jungidas à da obrigação
avalizada (lembrando que o único vício que contamina as garantias é o vício de forma).

O terceiro (não é o devedor e nem o credor) se tornará garantidor solidário, passando a responder
irrestritamente pela obrigação assumida pelo devedor principal.

Havia uma discussão sobre a necessidade de vênia conjugal para o terceiro se tornar avalista, já que a LUG não
tratava do assunto e o art. 1.647 do CC apontava ser necessária a assinatura do cônjuge.

Contudo, prevaleceu o entendimento de que a falta de disposição constante da Lei Especial não indicava uma
omissão, mas a opção do legislador de que não há necessidade da vênia conjugal. Ou seja, não é aplicável a
disposição do CC, ainda que, à primeira vista, haja uma omissão na LUG.

Atenção: O aval pode ser total ou parcial.


No primeiro, o avalista fica obrigado pela dívida toda, no segundo o avalista estabelece um limite de pagamento
(Art. 30 do Anexo I da LUG e art. 29 da Lei nº 7.357/85)
Contudo, para ser possível o aval parcial, deve haver previsão legal.

 Quais leis de quais títulos permitem a concessão do aval parcial?


R.: As leis dos seguintes títulos:

o Cheques
o Letras de cambio
o Notas promissórias

SAT EXTENSIVO ESSENCIAL DIURNO


CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
o Cédulas de crédito bancária

 E se houver dois ou mais avalistas?


R.: O problema surge na ação regressiva, já que a doutrina aponta que os avais podem ser simultâneos ou
sucessivos.

Os avais serão simultâneos quando não houver data, isto é, quando não for possível identificar quem avalizou
antes ou depois. Presume-se, assim, que o aval foi feito conjuntamente.

Dois ou mais avalistas que assinam como garantidores sem data determinada são considerados coavais ou
coavalistas, ou seja, ocupam a mesma posição na relação cambial. Em relação ao credor nada muda, mas se um
dos avalistas pagar a dívida só poderá cobrar, por meio de ação regressiva, do outro coaval do valor da dívida
descontada a parte ideal (solidariedade de direito comum).

Já no aval sucessivo (ou aval do aval), um aval é concedido anteriormente ao outro – existindo, portanto,
identificação de data.
Neste, duas ou mais pessoas assinam como avalistas em datas diferentes e, portanto, aplica-se a solidariedade
cambial, ou seja, quem pagou pode cobrar dos que foram constituídos anteriormente.

Exemplo 1

“A” é devedor, “B” e “C” são coavais e “D” é o credor (aval simultâneo)
“D” pode cobrar de “A”, “B” ou “C”. Mas vamos supor que “B” efetuou o pagamento, de quem ele poderá cobrar
o valor?
R.: Ele poderá cobrar a dívida integral de “A”, mas de “C” ele apenas poderá cobrar a parte ideal (metade da
dívida). De modo que se a dívida é de R$ 90,00 (noventa reais), “B” somente poderá cobrar R$ 45,00 (quarenta e
cinco reais) de “C” (aplicação da solidariedade civil – cobra-se descontando a minha parte do credor solidário).

Exemplo 2

“A” é devedor, “B” é o avalista 1, “C” é o avalista 2 e “D” é o credor (aval sucessivo)
Do ponto de vista do credor não há diferença, já que “D” pode cobrar de “A”, “B” ou “C”. Ocorre que, nesse caso,
se “B” efetuar o pagamento integral, ele apenas poderá cobrar de “A”.

Cuidado: Aval é diferente de fiança.


A fiança é um instituto contratual, de direito civil. Para existir fiança deve existir cláusula sobre fiança dispondo
sobre a responsabilidade do fiador. Contudo, o aval é cambial, sendo desnecessária a aposição de qualquer
cláusula, já que são aplicadas as normas legais. Há ainda que se destacar que o aval gerará sempre a
responsabilidade solidária dos avalistas.

A disciplina do aval encontra-se disposta nos arts. 30 a 32 do Anexo I da LUG, bem como nos arts. 29 a 31 da Lei
nº 7.357/85.

2.1. Aval para o Código Civil

De acordo com o art. 897 do CC, é proibido o aval parcial.

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Cuidado: Título de crédito, quando cai no edital dentro da matéria de Direito Civil, deve ser estudado
normalmente, mas com enfoque especial para as exceções previstas no CC.

3. Aceite

Conceito: É a assinatura do devedor principal que ocorre após a emissão do título. A partir do aceite ele pode ser
cobrado de acordo com as informações presentes no título de crédito.

Obs.: O cheque e a nota promissória dispensam o aceite, já que a assinatura do devedor ocorre antes da emissão,
de modo que não faria sentido o requerimento de uma nova assinatura.
Já na duplicata e na letra de câmbio não é necessária a assinatura do devedor no momento de sua emissão (isso
porque quem cria o título é o credor), motivo pelo qual o aceite torna-se necessário.

O aceite pode ser obrigatório ou facultativo.

O aceite é obrigatório na duplicata, só sendo a recusa possível nas hipóteses previstas em lei.
Cuidado: O aceite não pode ser forçado, mas se for obrigatório e não for concedido, o problema deverá ser
resolvido de outra maneira.

Já na letra de câmbio, o aceite é facultativo, já que nem existem as hipóteses em que o devedor poderia recusar,
de modo que, se o devedor decidir não assinar, haverá uma consequência: o vencimento antecipado da
obrigação.
Obs.: O assunto tem maior incidência quando cai em duplicatas.

O aceite pode ser parcial ou total.

O aceite total é o aceite “normal”, já que o devedor concorda com todos os dados do título de crédito – ou seja,
ele apenas recebeu o título e assinou;

Já o aceite parcial pode ser modificativo ou limitativo.


No aceite modificativo, o devedor altera alguma informação, ou seja, ele apenas concordou com o aceite nas
modificações que efetuou.
No aceite limitativo, não houve mudança de qualquer dado do título, mas apenas a restrição de algo. Ou seja, o
devedor concordou apenas com algumas informações.

Caso concedido o aceite normal, o credor pode cobrar o título normalmente.


Já nos aceites modificativos e limitativos, o credor terá a obrigação de protestar o título, já que não houve a
concordância com o título do que jeito que ele está.

Ex.: “A” (credor) emitiu um título de R$ 2.000,00 (dois mil reais) contra “B” (devedor). Aí “B” aponta no título que
apenas está obrigado pelo valor de R$ 1.000,00 (mil reais). Se “A” quiser cobrar apenas mil reais, ele poderá
efetuar a cobrança diretamente, contudo, se quiser cobrar os dois mil reais, ele deverá efetuar primeiramente o
protesto do título.

Obs.: Quando o aceite cai em prova, ele cai junto com protesto.

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