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ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
TÍTULOS DE CRÉDITO
1. Endosso
2. Aval
2.1. Aval para o Código Civil
3. Aceite
TÍTULOS DE CRÉDITO
1. Endosso
Qual a diferença entre um endosso não à ordem e uma cessão civil sem garantia?
R.: O efeito dos institutos é o mesmo, contudo, o endosso é marcado pelo princípio da autonomia (princípio geral
dos títulos de crédito), de modo que o vício de uma relação não contaminará as outras. Na cessão civil sem
garantia, por outro lado, não há autonomia, de modo que vícios de relações anteriores podem ser invocados.
2. Aval
É uma garantia pessoal dada por terceiro. Conforme já vimos em aula passada, o aval, assim como o endosso, é
dotado de autonomia substancial, já que a sua existência, validade e eficácia não estão jungidas à da obrigação
avalizada (lembrando que o único vício que contamina as garantias é o vício de forma).
O terceiro (não é o devedor e nem o credor) se tornará garantidor solidário, passando a responder
irrestritamente pela obrigação assumida pelo devedor principal.
Havia uma discussão sobre a necessidade de vênia conjugal para o terceiro se tornar avalista, já que a LUG não
tratava do assunto e o art. 1.647 do CC apontava ser necessária a assinatura do cônjuge.
Contudo, prevaleceu o entendimento de que a falta de disposição constante da Lei Especial não indicava uma
omissão, mas a opção do legislador de que não há necessidade da vênia conjugal. Ou seja, não é aplicável a
disposição do CC, ainda que, à primeira vista, haja uma omissão na LUG.
o Cheques
o Letras de cambio
o Notas promissórias
Os avais serão simultâneos quando não houver data, isto é, quando não for possível identificar quem avalizou
antes ou depois. Presume-se, assim, que o aval foi feito conjuntamente.
Dois ou mais avalistas que assinam como garantidores sem data determinada são considerados coavais ou
coavalistas, ou seja, ocupam a mesma posição na relação cambial. Em relação ao credor nada muda, mas se um
dos avalistas pagar a dívida só poderá cobrar, por meio de ação regressiva, do outro coaval do valor da dívida
descontada a parte ideal (solidariedade de direito comum).
Já no aval sucessivo (ou aval do aval), um aval é concedido anteriormente ao outro – existindo, portanto,
identificação de data.
Neste, duas ou mais pessoas assinam como avalistas em datas diferentes e, portanto, aplica-se a solidariedade
cambial, ou seja, quem pagou pode cobrar dos que foram constituídos anteriormente.
Exemplo 1
“A” é devedor, “B” e “C” são coavais e “D” é o credor (aval simultâneo)
“D” pode cobrar de “A”, “B” ou “C”. Mas vamos supor que “B” efetuou o pagamento, de quem ele poderá cobrar
o valor?
R.: Ele poderá cobrar a dívida integral de “A”, mas de “C” ele apenas poderá cobrar a parte ideal (metade da
dívida). De modo que se a dívida é de R$ 90,00 (noventa reais), “B” somente poderá cobrar R$ 45,00 (quarenta e
cinco reais) de “C” (aplicação da solidariedade civil – cobra-se descontando a minha parte do credor solidário).
Exemplo 2
“A” é devedor, “B” é o avalista 1, “C” é o avalista 2 e “D” é o credor (aval sucessivo)
Do ponto de vista do credor não há diferença, já que “D” pode cobrar de “A”, “B” ou “C”. Ocorre que, nesse caso,
se “B” efetuar o pagamento integral, ele apenas poderá cobrar de “A”.
A disciplina do aval encontra-se disposta nos arts. 30 a 32 do Anexo I da LUG, bem como nos arts. 29 a 31 da Lei
nº 7.357/85.
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Cuidado: Título de crédito, quando cai no edital dentro da matéria de Direito Civil, deve ser estudado
normalmente, mas com enfoque especial para as exceções previstas no CC.
3. Aceite
Conceito: É a assinatura do devedor principal que ocorre após a emissão do título. A partir do aceite ele pode ser
cobrado de acordo com as informações presentes no título de crédito.
Obs.: O cheque e a nota promissória dispensam o aceite, já que a assinatura do devedor ocorre antes da emissão,
de modo que não faria sentido o requerimento de uma nova assinatura.
Já na duplicata e na letra de câmbio não é necessária a assinatura do devedor no momento de sua emissão (isso
porque quem cria o título é o credor), motivo pelo qual o aceite torna-se necessário.
O aceite é obrigatório na duplicata, só sendo a recusa possível nas hipóteses previstas em lei.
Cuidado: O aceite não pode ser forçado, mas se for obrigatório e não for concedido, o problema deverá ser
resolvido de outra maneira.
Já na letra de câmbio, o aceite é facultativo, já que nem existem as hipóteses em que o devedor poderia recusar,
de modo que, se o devedor decidir não assinar, haverá uma consequência: o vencimento antecipado da
obrigação.
Obs.: O assunto tem maior incidência quando cai em duplicatas.
O aceite total é o aceite “normal”, já que o devedor concorda com todos os dados do título de crédito – ou seja,
ele apenas recebeu o título e assinou;
Ex.: “A” (credor) emitiu um título de R$ 2.000,00 (dois mil reais) contra “B” (devedor). Aí “B” aponta no título que
apenas está obrigado pelo valor de R$ 1.000,00 (mil reais). Se “A” quiser cobrar apenas mil reais, ele poderá
efetuar a cobrança diretamente, contudo, se quiser cobrar os dois mil reais, ele deverá efetuar primeiramente o
protesto do título.
Obs.: Quando o aceite cai em prova, ele cai junto com protesto.
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