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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE

CURITIBA

DISFUNÇÕES HORMONAIS E DOENÇAS


CORRELACIONADAS

Aluno
Elias dos Santos Shauon Oliveira, n°08

2BSN1
PROFESSORA: ANDREA PEREIRA
BIOQUÍMICA

CURITIBA – PR
2018
1. Diabetes mellitus (DM)

O diabetes mellitus é uma doença em que a quantidade de açúcar no


sangue está elevada. Os médicos frequentemente utilizam o nome completo
diabetes mellitus ao invés de apenas diabetes, para distinguir esta doença
do diabetes insipidus. O diabetes insipidus é uma doença relativamente rara que
não afeta os níveis de glicose no sangue, mas, assim como no diabetes mellitus,
também provoca aumento da micção.

1.1. Glicose no sangue

Os três principais nutrientes que formam a maioria dos alimentos são os


carboidratos, proteínas e gorduras. Os açúcares representam um dos três tipos
de carboidratos, juntamente com amido e fibras.
Há vários tipos de açúcar. Alguns açúcares são simples e outros são complexos.
O açúcar de mesa (sacarose) é constituído por dois açúcares mais simples
denominados glicose e frutose. O açúcar do leite (lactose) é feito com glicose e
um açúcar simples chamado galactose. Os carboidratos em amidos, como pão,
massa, arroz e alimentos similares, são cadeias longas de moléculas diferentes
de açúcares simples. Sacarose, lactose, carboidratos e outros açúcares
complexos precisam ser decompostos e transformados em açúcares simples por
enzimas no trato digestivo antes de o organismo conseguir absorvê-los.
Depois que o organismo absorve os açúcares simples, ele geralmente os
converte em glicose, que é uma fonte importante de energia para o corpo. A
glicose é o açúcar que é transportado pela corrente sanguínea e absorvido pelas
células. O organismo também pode fabricar glicose a partir de gorduras e
proteínas. O “açúcar” no sangue significa, na realidade, glicose no sangue.

1.2. Insulina

A insulina, um hormônio secretado pelo pâncreas (um órgão que fica atrás
do estômago que também produz enzimas digestivas), controla a quantidade de
glicose no sangue. A glicose na corrente sanguínea estimula o pâncreas a
produzir insulina. A insulina ajuda a movimentar a glicose do sangue para as
células. Uma vez dentro das células, a glicose se converte em energia, que é
imediatamente utilizada, ou é armazenada como gordura ou glicogênio até que
seja necessária.
As concentrações de glicose no sangue normalmente variam durante o dia. Elas
aumentam depois de cada refeição e retornam aos níveis anteriores à refeição
aproximadamente duas horas depois. Uma vez que os níveis de glicose retornam
aos níveis pré-refeição, a produção de insulina diminui. A variação dos níveis de
glicose no sangue oscila geralmente entre 70 e 110 miligramas por decilitro
(mg/dl) de sangue em pessoas saudáveis. Se a pessoa consumir grande
quantidade de carboidratos, os níveis podem aumentar mais. As pessoas com
mais de 65 anos de idade têm níveis levemente mais elevados, sobretudo depois
das refeições.
Se o organismo não produzir insulina suficiente para transportar a glicose para
as células ou se as células deixarem de responder normalmente
àinsulina (denominada resistência à insulina), os elevados níveis de glicose no
sangue resultantes e a quantidade inadequada de glicose nas células produzem
juntas os sintomas e as complicações do diabetes.

1.3. Tipos de diabetes

• Pré-diabetes

Pré-diabetes é um quadro clínico onde os níveis de glicose no sangue são


muito elevados para serem considerados normais, mas não altos o suficiente
para serem rotulados como diabetes. As pessoas têm pré-diabetes se o seu nível
de glicose no sangue em jejum estiver entre 100 mg/dl e 125 mg/dl ou se o seu
nível de glicose no sangue duas horas após o exame de tolerância à glicose
estiver entre 140 mg/dl e 199 mg/dl. Ter pré-diabetes representa um risco mais
elevado de ter tanto diabetes como doença cardíaca no futuro. A diminuição do
peso corporal em 5 a 10% por meio de dieta e exercício físico pode reduzir
significativamente o risco futuro de se desenvolver diabetes.

• Diabetes tipo 1

No diabetes tipo 1 (antes denominado diabetes dependente de insulina ou


diabetes de início juvenil), o sistema imunológico do organismo ataca as células
do pâncreas que produzem insulina e mais de 90% das mesmas são destruídas
de forma permanente. O pâncreas, portanto, produz pouca ou nenhuma insulina.
Apenas entre 5 e 10% de todas as pessoas com diabetes têm a doença tipo 1.
A maioria das pessoas que tem diabetes tipo 1 desenvolve a doença antes dos
30 anos de idade, embora ela possa se desenvolver mais tarde na vida.
Os cientistas acreditam que o fator ambiental — possivelmente uma infecção
viral ou um fator nutricional na infância ou na adolescência — faz com que o
sistema imunológico destrua as células do pâncreas que produzem insulina.
Uma predisposição genética faz com que algumas pessoas sejam mais
suscetíveis a um fator ambiental.

• Diabetes tipo 2

No diabetes tipo 2 (antes denominado diabetes não dependente


de insulina ou diabetes de início adulto), o pâncreas costuma continuar a
produzirinsulina, às vezes até mesmo em níveis mais elevados do que o normal,
especialmente no início da doença. No entanto, o organismo desenvolve
resistência aos efeitos da insulina e, como resultado, a insulina existente não é
suficiente para atender às necessidades do organismo. Conforme o diabetes
tipo 2 avança, ocorre uma diminuição da capacidade de produção
de insulina pelo pâncreas.
O diabetes tipo 2 era raro em crianças e adolescentes, mas recentemente
está se tornando mais comum. Porém, ele geralmente começa em pessoas com
idade acima de 30 anos e se torna progressivamente mais comum com a idade.
Aproximadamente 26% das pessoas com mais de 65 anos têm diabetes tipo 2.
Pessoas com determinadas características raciais e étnicas têm mais risco de
desenvolver diabetes tipo 2: pessoas de raça negra, américo-asiática, indígena
americana e pessoas com ascendência espanhola ou latino-americana que
vivem nos Estados Unidos têm um risco duas a três vezes maior em comparação
ao de pessoas de raça branca. O diabetes tipo 2 também tende a ocorrer em
famílias.
A obesidade é o principal fator de risco para o desenvolvimento do
diabetes tipo 2 e 80 a 90% das pessoas com este distúrbio estão acima do peso
ou são obesas. Como a obesidade produz resistência à insulina, as pessoas
obesas necessitam de grandes quantidades de insulina para manter os níveis
normais de glicose no sangue.
Certos distúrbios e medicamentos podem afetar a forma como o
organismo usa a insulina e dá origem ao diabetes tipo 2.
As causas mais comuns de utilização deficiente de insulina são:

• Uma alta concentração de corticosteroides (devido à doença de


Cushing ou por estar tomando medicamentos corticosteroides)
• Gravidez (diabetes gestacional)

O diabetes também pode surgir nas pessoas com produção excessiva de


hormônio do crescimento (acromegalia) e nas pessoas com determinados
tumores secretores de hormônios. A pancreatite grave ou recorrente e outros
distúrbios que diretamente lesionem o pâncreas podem levar ao diabetes.
Sintomas do diabetes
Os dois tipos de diabetes podem ter sintomas muito semelhantes se houver um
aumento significativo da glicemia.
Os sintomas de níveis elevados de glicose no sangue incluem
• Aumento da sede
• Aumento da micção
• Aumento da fome
Quando o nível de glicose no sangue fica entre 160 e 180 mg/dl, a glicose
aparece na urina. Quando o nível de glicose na urina é ainda maior, os rins
excretam água adicional para diluir a grande quantidade de glicose. O fato de os
rins produzirem urina excessiva faz com que os diabéticos urinem grandes
volumes frequentemente (poliúria). A micção excessiva cria sede anormal
(polidipsia). O fato de se perder calorias em excesso na urina pode fazer com
que as pessoas percam peso. Para compensar, a pessoa frequentemente sente
fome exagerada.
Outros sintomas do diabetes incluem
• Visão embaçada
• Sonolência
• Náusea
• Diminuição da resistência durante exercício físico

1.4. Diabetes tipo 1

Nas pessoas com o diabetes tipo 1, os sintomas começam de forma brusca


e drástica. Um quadro clínico sério chamado cetoacidose diabética, uma
complicação em que o organismo produz ácido em excesso, pode rapidamente
se desenvolver. Além dos sintomas habituais do diabetes de sede e urinação
excessivas, os sintomas iniciais da cetoacidose diabética também incluem
náuseas, vômitos, fadiga e – especialmente em crianças – dor abdominal. A
respiração tende a se tornar profunda e rápida enquanto o organismo tenta
corrigir a acidez do sangue ( Acidose), e o hálito tem odor frutado e parecido com
acetona. Sem tratamento, a cetoacidose diabética pode evoluir para coma e
morte, algumas vezes rapidamente.
Após o diabetes tipo 1 ter iniciado, algumas pessoas apresentam uma fase
longa, mas temporária, de níveis de glicose próximos ao normal (fase de lua de
mel) devido à recuperação parcial da secreção de insulina.

1.5. Diabetes tipo 2

Os diabéticos tipo 2 podem não apresentar sintomas durante anos ou


décadas antes de ser diagnosticada. Os sintomas podem ser sutis. O aumento
da micção e da sede no início é moderado, embora piorem gradualmente após
várias semanas ou meses. A pessoa acaba se sentindo extremamente cansada,
tendo mais probabilidade de desenvolver visão turva e podendo ficar
desidratada.
Às vezes, nos estágios iniciais do diabetes, o nível de glicose no sangue é
extremamente baixo, um quadro clínico denominado hipoglicemia.
O fato de o diabético tipo 2 produzir alguma insulina costuma impedir o
desenvolvimento de cetoacidose, mesmo quando o diabetes tipo 2 não é tratado
por longo tempo. Em casos raros, os níveis de glicose no sangue se tornam
extremamente altos (podendo até mesmo ultrapassar 1.000 mg/dl). Tais níveis
elevados frequentemente ocorrem como resultado de algum estresse adicional,
tal como em infecção ou uso de medicamento. Quando os níveis de glicose no
sangue se tornam muito elevados, a pessoa pode apresentar desidratação
grave, que pode dar origem a confusão mental, sonolência e convulsões, um
quadro clínico denominado estado hiperglicêmico hiperosmolar. Atualmente,
muitos diabéticos tipo 2 são diagnosticados por exames de glicose no sangue
rotineiros antes que desenvolvam tais níveis de glicose no sangue extremamente
elevados.

1.6. Complicações do diabetes

O diabetes lesiona os vasos sanguíneos, fazendo com que os mesmos se


estreitem e, portanto, restrinjam o fluxo sanguíneo. Uma vez que os vasos
sanguíneos pelo corpo são afetados, as pessoas podem apresentar
muitas complicações do diabetes. Muitos órgãos podem ser afetados,
particularmente os seguintes:
• Cérebro, causando acidente vascular cerebral
• Olhos (retinopatia diabética), causando cegueira
• Coração, causando ataques cardíacos
• Rins (nefropatia diabética), causando doença renal crônica
• Nervos (neuropatia diabética), causando diminuição da sensibilidade nos
pés
Níveis elevados de glicose no sangue também causam distúrbios ao sistema
imunológico do organismo; assim, pessoas com diabetes mellitus são
particularmente suscetíveis a infecções bacterianas e fúngicas.

1.7. Diagnóstico do diabetes

• Medição do nível de glicose no sangue

O diagnóstico de diabetes é estabelecido quando uma pessoa tem níveis


de glicose no sangue anormalmente elevados. Os médicos realizam exames
preventivos em pessoas com risco de apresentar diabetes, mas que não
apresentam sintomas.

• Medição da glicemia

Os médicos verificam o nível de glicose no sangue em uma pessoa que


tenha sintomas de diabetes, tais como aumento da sede, urinação ou fome.
Alternativamente, os médicos podem verificar os níveis de glicose no sangue de
uma pessoa que apresente distúrbios que possam ser complicações do
diabetes, tais como infecções frequentes, úlceras nos pés e infecções por
levedura.
Para medir os níveis de glicose no sangue, geralmente são coletadas
amostras de sangue após a pessoa ter passado a noite em jejum. No entanto, é
possível coletar amostras de sangue depois de a pessoa ter se alimentado.
Alguma elevação nos níveis de glicose no sangue após comer é normal, mas até
mesmo após a refeição os níveis não devem ser muito elevados. Os níveis de
glicose no sangue depois do jejum nunca devem ser superiores a 125 mg/dl.
Mesmo após a alimentação os níveis de glicose no sangue não devem
ultrapassar 199 mg/dl.

• Hemoglobina A 1c

Os médicos também podem medir o nível de uma proteína, a hemoglobina


A1C (também denominada hemoglobina glicosilada ou glicada), no sangue. A
hemoglobina é a substância vermelha que transporta o oxigênio nos glóbulos
vermelhos do sangue. Quando o sangue é exposto a níveis elevados de glicose
no sangue ao longo de um período de tempo, a glicose se liga à hemoglobina e
forma a hemoglobina glicosilada. O nível de hemoglobina A 1C(relatado como
porcentagem de hemoglobina que é A1C) reflete as tendências de longo prazo
nos níveis de glicose no sangue, em vez de mudanças rápidas.
As medições de hemoglobina A1C podem ser usadas para diagnosticar
diabetes quando o exame for realizado por laboratório certificado (não por
instrumentos usados em casa ou no consultório médico). A pessoa com um nível
de hemoglobina A1C de 6,5% ou superior tem diabetes. Se o nível estiver entre
5,7 a 6,4, a pessoa tem pré-diabetes.
• Teste oral de tolerância à glicose

Outro tipo de exame de sangue, o exame oral de tolerância à glicose, pode ser
realizado em determinados casos, como exame preventivo em mulheres
grávidas para tentar detectar diabetes gestacional ou para avaliar um idoso que
tem sintomas de diabetes, mas cujos níveis de glicose no sangue em jejum são
normais. No entanto, ele não é usado rotineiramente para detectar a presença
do diabetes, porque o exame pode ser muito incómodo.
Nesse exame, com a pessoa em jejum, é coletada uma amostra de sangue para
determinar o nível de glicose no sangue em jejum e, em seguida, ela bebe uma
solução especial que contém uma quantidade padrão de glicose. Mais amostras
de sangue, que são coletadas nas 2 ou 3 horas posteriores, são examinadas
para determinar se o nível de glicose no sangue aumenta até níveis elevados
anormais

2. Hipoparatireoidismo

2.1. O que é Hipoparatireoidismo?

Hipoparatireoidismo é uma doença que ocorre quando o hormônio PTH –


paratormônio – que é produzido pelas glândulas paratireoides, não funciona ou
não é mais produzido. O resultado da falta desde hormônio é a queda dos níveis
de cálcio no sangue, cansando vários sintomas.

2.2. Causas

Existem dois grandes grupos de causas de hipoparatireoidismo: quando o


paratormônio não é produzido (ou é produzido em pequenas quantidades) e
quando há uma resistência a sua ação, ou seja, ele não funciona.

2.3. Causas da não produção de paratormônio

A causa mais comum de hipoparatireoidismo pertence a este grupo, e é


após a cirurgia de tireoide, pois o PTH é produzido pelas paratireoides, que são
quatro glândulas localizadas atrás da tireoide, bem juntas a ela. Em alguns
casos, quando a tireoide é retirada, as paratireoides, por serem muito aderidas
a ela ou dependerem de receber sua nutrição pelos vasos sanguíneos da
tireoide, acabam sendo retiradas ou sofrendo isquemia e param de funcionar.
Além da pós-cirurgia de tireoide, outras causas neste grupo são:
• Radioterapia de pescoço
• Doença autoimune
• Hemocromatose (excesso de ferro no organismo)
• Amiloidose
• Granulomatose.

2.4. Causas da resistência ao paratormônio

O segundo grupo de causas, mais raras, se relaciona com a resistência à


ação do paratormônio. Aqui existe produção de PTH pela paratireoide, mas ele
não funciona. Isso pode acontecer nos casos de deficiência de magnésio, em
uma doença genética chamada pseudo-hipoparatireoidismo e no uso de
medicamentos como calcitonina e bisfosfonatos (acido zolendrônico, por
exemplo).
Fatores de risco
• História recente de cirurgia do pescoço
• Radioterapia de região de pescoço
• História familiar de hipoparatireoidismo ou outras doenças endócrinas
relacionadas com auto-imunidade.

2.5. Sintomas de Hipoparatireoidismo

Os sintomas do hipoparatireoidismo estão relacionados com a falta de cálcio


no organismo, e são eles:
• Dormências em mãos, pés e extremidades
• Cãibras e dores musculares
• Espasmos musculares
• Fadiga ou fraqueza musculares
• Arritmia cardíaca
• Hipoplasia (falta de desenvolvimento) do esmalte dentário.
Alguns sintomas são menos comuns, como:
• Perda de cabelos e sobrancelhas
• Unhas quebradiças
• Dor de cabeça
• Depressão e alterações de humor
• Problemas de memória.

2.6. Diagnóstico de Hipoparatireoidismo

Além da história médica da pessoa, a dosagem de cálcio no sangue e do


hormônio PTH são essenciais para o diagnóstico. Além disso, os níveis de
fósforo podem estar aumentados e os níveis de magnésio, baixos, alterações
comuns ao hipoparatireoidismo.
Exames específicos para identificar a causa do hipoparatireoidismo devem
ser realizados, por exemplo, se a suspeita for que ele seja por excesso de ferro,
a dosagem de ferro e ferritina no sangue deve ser feitas também. A partir daí irá
depender da avaliação médica específica.

2.7. Tratamento de Hipoparatireoidismo

Para o tratamento do hipoparatireodismo pode ser feita reposição de cálcio e


vitamina D , além do uso de alguns diuréticos que retém cálcio no sangue.
O tratamento cirúrgico tem sido feito de forma experimental – ainda em
pesquisas, existe a possibilidade de inserção de microcápsulas com células
cultivadas de paratireoide que produzam PTH no organismo. Estas
microcápsulas são enxertadas no músculo braquiorradial (no antebraço) e os
resultados ainda estão em análise.
Para tratar o hipoparatireoidismo também existe a possibilidade do uso de
PTH injetável – um medicamento, já em uso em alguns casos específicos.

2.8. Complicações possíveis


As principais complicações do hipoparatireoidismo são as crises de falta de
cálcio no sangue, que podem causar arritmias graves e espasmos musculares.
Além disso se a falta de cálcio é crônica, o osso perde cálcio e se torna fraco,
causando uma osteoporose severa.

2.9. Hipoparatireoidismo tem cura?

Com o acompanhamento médico e a tomada regular dos medicamentos, a


qualidade de vida é comparável a qualquer pessoa que não tenha
hipoparatireoidismo. O mais importante é manter o acompanhamento regular
sempre.
Não há possibilidade de prevenção do hipoparatireoidismo, mas se
identificado precocemente, o tratamento correto sendo iniciado o quanto antes,
é, no geral, uma doença com bom controle.

3. Síndrome de Cushing

A Síndrome de Cushing é uma doença provocada pela alta concentração no


corpo de hormônio cortisol, conhecido também como o hormônio do estresse.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 50 mil
pessoas vivem com essa doença atualmente.
O cortisol é produzido pela glândula suprarrenal em situações limite e de
estresse. Ele é constantemente relacionado ao armazenamento de gordura e à
perda de massa muscular. Por isso, ele é visto como um hormônio “do mal”. No
entanto, como acontece com todos os hormônios, o cortisol tem uma função
importantíssima para o organismo, sendo que sua ausência ou acúmulo podem
causar complicações graves à saúde.
A verdade é que o cortisol promove tanto o armazenamento quanto a
liberação de gordura, pois aumenta a atividade das enzimas responsáveis por
cada uma dessas funções. A alta concentração de cortisol no corpo, por
exemplo, leva à queima de gorduras. No entanto, quando essa elevação perdura
por longos períodos de tempo, ela pode provocar alguns problemas típicos da
Síndrome de Cushing.
3.1. Causas

O sistema endócrino é composto por diversas glândulas, que são


responsáveis pela produção de hormônios. O cortisol é produzido pelas
glândulas suprarrenais. Quando a concentração de cortisol no corpo está muito
acima do normal, podem surgir os sintomas da síndrome de Cushing.
Há dois principais motivos pelos quais os níveis de cortisol podem ficar
anormalmente altos:
• Excesso de medicamentos corticoides, usados para tratar doenças como
artrite e artrite reumatoide
• Produção excessiva do hormônio pelo próprio organismo, que pode
ocorrer por conta de um tumor nas glândulas, entre outras causas.

3.2. Fatores de risco

O tempo de uso de determinado medicamento corticoide está diretamente


relacionado à ocorrência da síndrome de Cushing. A função do medicamento é
justamente essa: elevar os níveis de cortisol no organismo. Se a concentração
do hormônio permanecer alta por muito tempo, os sinais e sintomas da doença
podem começar a surgir.
Por essa razão, um paciente com algumas doenças que costumam ser
tratadas com corticoides podem estar sob maior risco de desenvolver a
síndrome. Entre essas doenças, estão: artrite, artrite reumatoide, asma, lúpus e
outras doenças inflamatórias. O medicamento costuma ser prescrito, também,
para impedir que o corpo rejeite um órgão recém-transplantado.
Também é possível desenvolver a síndrome de Cushing após tomar
sucessivas injeções de corticoide, comuns para casos de dor nas articulações,
bursite e dor nas costas.
Para além desses fatores, qualquer pessoa pode vir a ter a doença, embora
ela seja mais comum em mulheres (que são, em média, três vezes mais
propensas a desenvolvê-la do que homens) dos 20 aos 50 anos de idade.
Pessoas com obesidade e diabetes também estão sob maior risco de ter a
síndrome de Cushing.
3.3. Sintomas de Síndrome de Cushing

Os sinais e sintomas da síndrome de Cushing costumam variar de pessoa


para pessoa. Os mais comuns envolvem obesidade e alterações cutâneas
progressivas, como:
• Depósitos de gordura no corpo
• Estrias na pele, principalmente nas regiões do abdômen, coxas, seios e
braços
• Emagrecimento e pele frágil
• Cicatrização lenta
• Acne.
Os sintomas da síndrome de Cushing também variam de acordo com o sexo
da pessoa. No sexo feminino, sintomas comuns são:
• Depósito de gordura no corpo
• Cabelo facial (hirsutismo)
• Períodos menstruais irregulares ou ausentes.
Já no sexo masculino, esses sintomas aparecem com mais frequência:
• Diminuição da libido
• Diminuição da fertilidade
• Disfunção erétil.
Outros sinais e sintomas incluem:
• Fadiga
• Fraqueza muscular
• Depressão, ansiedade e irritabilidade
• Perda de controle emocional
• Dificuldades cognitivas
• Pressão arterial elevada
• Intolerância à glicose que pode levar à diabetes
• Dor de cabeça
• Perda óssea, levando a fraturas ao longo do tempo.

3.4. Buscando ajuda médica


Se você estiver fazendo uso de medicamentos à base de corticoide e notar o
surgimento de sinais e sintomas similares aos da síndrome da Cushing, agende
uma consulta com um médico.
Mesmo que não esteja tomando esses remédios, se notar o surgimento
desses sintomas, procure ajuda médica.

3.5. Na consulta médica

Especialistas que podem diagnosticar síndrome de Cushing são:


• Clínico geral
• Endocrinologistas
• Psiquiatra
• Psicólogos
• Dermatologistas
• Cardiologistas
• Neurologistas
• Ginecologistas
• Urologistas.
Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o
tempo. Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações:
• Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram
• Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e
medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade
• Se possível, peça para uma pessoa te acompanhar.
O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:
• Quando os sintomas surgiram?
• Qual a intensidade dos sintomas?
• Os sintomas são frequentes ou ocasionais?
• Você já foi diagnosticado com alguma outra condição médica? Qual?
• Você está tomando algum medicamento à base de corticoide?.
Diagnóstico de Síndrome de Cushing
Nenhum exame laboratorial é capaz de indicar com 100% de certeza se uma
pessoa tem síndrome de Cushing ou não. Por isso, mais de um teste pode ser
necessário. Os três exames mais utilizados por médicos para realizar o
diagnóstico são:
• Exame de urina de 24 horas para verificar os níveis de cortisol
• Medição dos níveis de cortisol no plasma ou na saliva
• Exame de supressão de dexametasona
• Dosagem de ACTH no sangue.
A síndrome de Cushing pode ser difícil de diagnosticar, já que seus sintomas
são muito parecidos aos de outras doenças, como hipotireoidismo e hipertensão.

3.6. Tratamento de Síndrome de Cushing

O principal objetivo do tratamento da síndrome de Cushing é diminuir e


estabilizar os níveis de cortisol no organismo. Se a causa da doença for o uso
de medicamentos à base de corticosteroide, o médico suspenderá gradualmente
seu uso até encontrar outra forma de tratar a doença que necessitava do
medicamento.
Se a doença for causada por um tumor na glândula suprarrenal, a cirurgia de
retirada pode resolver definitivamente o problema. A radioterapia pode ser
necessária mesmo depois da cirurgia, mas somente em alguns casos
específicos.
Caso o tumor não possa ser retirado, o tratamento visará a diminuição dos
sintomas e o controle dos níveis de cortisol.

3.7. Convivendo/ Prognóstico

O tempo que um paciente com síndrome de Cushing demora para se


recuperar depende da gravidade da doença e da causa específica. Esse tempo
pode ser maior do que o desejado em muitos casos. Por isso, algumas medidas
podem ser tomadas para se aprender a conviver melhor com a doença. Veja:

• Aumente as atividades físicas gradualmente

Procure voltar aos poucos com o exercício físico. No início do tratamento,


os músculos ainda estão muito enfraquecidos e podem necessitar de um tempo
maior para se adaptar à nova rotina de exercícios.
• Adote uma dieta saudável e balanceada

Uma boa alimentação serve como um combustível para o organismo,


ajudando-o a se recuperar mais rapidamente e, de quebra, ajudando a perder os
quilos extras que você ganhou por causa da síndrome de Cushing. Certifique-se
de que sua dieta é rica em cálcio e vitamina D. Juntos, esses dois nutrientes
ajudam a fortalecer os ossos, reparando a perda óssea que pode ter ocorrido por
causa da doença.

• Monitore sua saúde mental

A depressão pode ser um efeito secundário da síndrome de Cushing, mas


também pode persistir ou desenvolver-se mesmo após o início do tratamento.
Se notar sintomas de depressão, procure a ajuda de um médico.

• Diminua o desconforto e as dores

Banhos quentes, massagens e exercícios de baixo impacto, como


hidroginástica, podem ajudar no alívio da dor muscular e articular, características
da síndrome de Cushing.

• Exercite seu cérebro

Se você está se recuperando de quaisquer dificuldades cognitivas


resultantes da síndrome de Cushing, exercícios como problemas de matemática,
quebra-cabeças e palavras cruzadas podem melhorar sua função cerebral e
ajudar na recuperação.

3.8. Complicações possíveis

Sem o tratamento adequado, a síndrome de Cushing pode trazer sérios


problemas de saúde, tais como:
• Diabetes
• Tumor na glândula suprarrenal (ou aumento do tumor)
• Osteoporose e eventuais fraturas
• Hipertensão
• Cálculo renal
• Infecções graves e frequentes
• Perda crônica de massa muscular (sarcopenia).

3.9. Síndrome de Cushing tem cura?

Se a síndrome de Cushing for causada por um tumor, a sua remoção pode


levar à recuperação total. No entanto, há chance de reincidência. A síndrome de
Cushing não tratada pode levar o paciente à
Não há formas conhecidas de prevenção da síndrome de Cushing. O único
modo eficaz que se tem conhecimento é não tomar medicamentos à base de
corticoides – isto é, caso a doença tenha causa medicamentosa.
morte.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Síndrome de Cushing. Portal Minha Vida. Disponível em:


<https://www.minhavida.com.br/saude/temas/sindrome-de-cushing>. Acesso
em: 23 nov. 2018.

Hipoparatireoidismo. Portal Minha Vida. Disponível em:


<https://www.minhavida.com.br/saude/temas/hipoparatireoidismo>. Acesso em:
23 nov. 2018.

Diabetes mellitus (DM). Manual MSD. Disponível em:


<https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-hormonais-e-
metab%C3%B3licos/diabetes-mellitus-dm-e-dist%C3%BArbios-do-
metabolismo-da-glicose-no-sangue/diabetes-mellitus-dm>. Acesso em: 22 nov.
2018.

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