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A falta de compromisso dos profissionais de desenvolvimento de produtos/serviços e de

design com os interesses e necessidades do público-alvo é um problema real e importante,


pois compromete ou distorce os objetivos-fins dos projetos. Um dos motivos para essa
supervalorização “designs que só ganham prêmios“ é de que o apelo visual consegue atender
um maior número de pessoas, a imensa maioria delas que nunca irão interagir ou comprar o
produto/serviço em questão.

Um exemplo prático na arquitetura é de Oscar Niemayer, cujos projetos são duramente


criticados por serem poucos funcionais e eficientes, gerando dificuldades de habitação e uso,
bem como custos excessivos em iluminação e climatização, por exemplo.

Neste exemplo, o número de pessoas que veem, por fora, as curvas sinuosas dos prédios de
Niemayer é infinitamente maior do que aquelas que moram ou utilizam os espaços escuros e
que só podem ser frequentados com o ar-condicionado ligado em qualquer que seja a
temperatura no ambiente externo. Nas chamadas campanhas publicitárias que ganham
prêmios, os comerciais são julgados pela sua estética por um grupo de especialistas que nem
mesmo vão comprar o produto. O resultado quase sempre é uma campanha que não resulta
em vendas e retorno financeiro para o anunciante.

Nesses dois casos, há sempre empresas pagando por campanhas dignas de prêmio e gestores
que queriam um desenho de Niemayer para o seu complexo. O comum nesses e demais casos
estão a vaidade em detrimento do resultado.

Portanto, a “vaidade de design” está diretamente vinculada à “vaidade de contratante”.


Quando se tem empreendedores na gestão do negócio e na formatação do produto (os
designers devem ser, acima de tudo, empreendedores em seu campo de conhecimento),
dificilmente haverá espaço para projetos pouco funcionais, eficientes e eficazes.

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