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Unyleya

Diego Fernandes de Oliveira

A caracterização do Conectivismo como teoria da aprendizagem e sua


principal critica.

Rio de janeiro

2018
Diego Fernandes de Oliveira

A caracterização do Conectivismo como teoria da aprendizagem e sua


principal critica.

Monografia apresentada a universidade Unyleya como


exigência parcial à obtenção do titulo Especialista em
Filosofia e História das Ciências.
Orientador: Paulo Renato Lima

Rio de janeiro

2018
Diego Fernandes de Oliveira

A caracterização do Conectivismo como teoria da aprendizagem e sua


principal critica.

Monografia apresentada a universidade Unyleya como


exigência parcial à obtenção do titulo Especialista em
Filosofia e História das Ciências.
Orientador: Paulo Renato Lima

Aprovado pelos membros da banca examinadora em / /2018 com


menção ( ).

Banca examinadora

Rio de janeiro

2018
RESUMO DA LÍNGUA VERNÁCULA

No presente trabalho, apresenta-se, no primeiro momento uma caracterização


do Conectivismo através de uma comparação com as teorias da aprendizagem
conhecidas como tradicionais, Behaviorismo, Cognitivismo e Construtivismo, mostrar
seus princípios relacionados aos conceitos de conhecimento e aprendizagem e
mostra uma análise da principal crítica proposta por Verhagen e em que medida
devemos acreditar no Conectivismo como uma teoria da aprendizagem.
Isso como objeto geral expor os elementos sistemáticos que constituem as
características da teoria da aprendizagem proposta por George Siemens em
Conociendo el conocimiento e Connectivism: Learning Theory or Pastime of the
Self-Amused?, apresentar os elementos da principal critica proposta por Plön
Verhagen em Connectivism: a new learning theory?, bem como especificamente,
esta pesquisa pretende mostrar no primeiro capitulo o contexto paradigmático que o
Conectivismo está inserido e aprofundar no segundo capitulo mostrando que George
Siemens caracteriza o Conectivismo em elementos e ao termino a analise da critica
de Plön Verhagen.
Palavras chave: Conectivismo, Teoria da aprendizagem, Epistemologia e EAD.
Abstract

In the present work, it is presented, in the first moment, a characterization of


Connectivism through a comparison with the known learning theories like traditional,
Behaviourism, Cognitivism and Constructivism, to show its principles related to the
concepts of knowledge and learning and shows an analysis of the main criticism
proposed by Verhagen and to what extent we should believe in Connectivism as a
theory of learning.
This as a general object expose the systematic elements that constitute the
characteristics of the learning theory proposed by George Siemens in Knowing
Knowledge and Connectivism: Learning Theory or Pastime of the Self-Amused ?,
present the elements of the main criticism proposed by Plön Verhagen in
Connectivism : a new learning theory ?, as well as specifically, this research intends
to show in the first chapter the paradigmatic context that the Connectivism is inserted
and to deepen in the second chapter showing that George Siemens characterizes
the Connectivism in elements and at the end the analysis of the critique of Plön
Verhagen.
Keywords: Connectivism, Theory of learning, Epistemology and EAD.
Lista de ilustrações

Figuras

Figura 1 - Redes compostas de nós (os círculos) e links/conexões (as hastes)-----19

Quadro

Quadro 1 – Propriedade x Teoria da aprendizagem ----------------------------------------22

Gráficos

Gráfico 1 - Fluxo de criação de conhecimento ------------------------------------------------26


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ------------------------------------------------------------------------------------ -08


REFERENCIAL TEÓRICO ----------------------------------------------------------------------12
CAPITULO 1 - O CONECTIVISMO E SUA RELAÇÃO COM AS OUTRAS TEORIAS
DA APRENDIZAGEM ----------------------------------------------------------------------------16
CAPITULO 2 - O CONECTIVISMO E SUAS CRACTERÍSTICAS ------------------- 24
CAPITULO 3 - O CONECTIVISMO E A CRÍTICA ----------------------------------------30
CONSIDERAÇÕES FINAIS --------------------------------------------------------------------38
REFERENCIAS ----------------------------------------------------------------------------------- 40
INTRODUÇÃO

O que impulsiona este estudo em filosofia das ciências é sem duvida o


impacto das novas tecnologias sobre a sociedade Brasileira, visto que têm causado
uma verdadeira revolução tecnológica e educacional por alguns atores.
Esta revolução, em relação à educação, pode ser indicada como sendo o
que determina esta mudança. O surgimento da “web 2.0” e toda a transformação
social e educacional possível com esta mudança tecnológica histórica não é uma
mudança propriamente na tecnologia, mas na forma que se faz uso desta
tecnologia.
O fortalecimento do conhecimento teórico pedagógico que se relaciona com
as mudanças tecnológicas atuais aplicadas à educação e o municiamento de
empresas e instituições diversas, que atuam com educação à distância, trazem o
crescimento do mercado educacional no Brasil.
Será apresentado, assim, os elementos sistemáticos que constituem as
características da teoria da aprendizagem proposta por George Siemens em
Conociendo el conocimiento e mostrar os elementos da principal crítica proposta por
Plön Verhagen em “Connectivism: a new learning theory?” e especificamente como
objeto fazer ver que George Siemens caracteriza o Conectivismo em alguns
elementos. Além de apresentar, buscar falsear a principal crítica ao Conectivismo,
proposta por Plön Verhagen.
Em razão do exposto, não há dúvidas quanto ao tema desta monografia se
concentrar em compreender a teoria da aprendizagem, conhecida como
Conectivismo, e um pouco de seu contexto e mostrar suas características
estruturantes que a torna uma teoria da aprendizagem a qual busca se estabelecer
como novo paradigma e a principal critica proposta por Plön Verhagen.
O que caracteriza sistematicamente o Conectivismo de George Siemens
como teoria da aprendizagem e a principal critica proposta por Plön Verhagen falseia
o conectivismo? A necessidade de se caracterizar sistematicamente o Conectivismo
e verificar o impacto da critica deve ser encarado como um problema a qual merece
uma pesquisa mais detalhada.
Este problema se justifica pelo crescimento da educação com o uso de novas
tecnologias e o impacto sobre a sociedade e o desenvolvimento da aprendizagem
Brasileira motiva esta pesquisa, visto que o Conectivismo tem causado uma
verdadeira revolução tecnológica por numerosos atores. Esta revolução pode ser
delimitada com o surgimento da web 2.0 e outras formas de se aprender.
O termo web 2.0 traz a ideia de uma nova versão técnica da Web, porém não
se refere à atualização técnica, mas a uma mudança na forma como ela é encarada
pelos usuários e desenvolvedores, ou seja, um ambiente de interação e participação
que hoje engloba inúmeras linguagens e motivações.
A web 2.0 deve ser entendida como uma plataforma (a web torna-se um
espaço de interação e participação), com isto a EAD – educação a distância - no
Brasil se firma como ferramenta de crescimento social e intelectual com o advento
desta revolução tecnológica.
Os resultados desta pesquisa buscam favorecer a ampliação da literatura
teórica acerca do Conectivismo, o que possibilitaria a solidificação do conhecimento
teórico pedagógico que se relacionam com as mudanças tecnológicas atuais
aplicadas à educação e com isso municiar empresas e instituições diversas que
atuam com educação à distância trazendo o fortalecimento do mercado educacional
no Brasil.
Esta pesquisa tem por objeto geral expor os elementos sistemáticos que
constituem as características da teoria da aprendizagem proposta por George
Siemens em Conociendo el conocimiento e apresentar os elementos da principal
critica proposta por Plön Verhagen em Connectivism: a new learning theory?.
Como objeto especifico, esta pesquisa pretende mostrar no primeiro capitulo
o contexto paradigmático que o Conectivismo está inserido e aprofundar no segundo
capitulo mostrando que George Siemens caracteriza o Conectivismo com os
seguintes elementos: a aprendizagem como processo de conectar nós
especializados ou fontes de informação; o conhecimento baseado na diversidade de
opiniões mesmo em dispositivos não humanos e a capacidade de saber mais são
mais importantes do que aquilo que sabemos num determinado momento. Com isso
promover e manter conexões fundamentais, possibilitar a aprendizagem contínua e
desenvolver a capacidade de ver conexões entre ideias, conceitos e áreas do saber
como uma habilidade fundamental a fim de buscar a atualização cujo conhecimento
tem que ser preciso e atual. Nesse contexto, a tomada de decisão é, em si, um
processo de aprendizagem, pois uma decisão correta, hoje, pode estar equivocada
amanhã devido a alterações no ambiente informativo afetando a decisão.
E ao fim no terceiro capitulo mostrar a principal crítica ao Conectivismo,
proposta por Plön Verhagen, questionar sua real delimitação de ação quanto uma
teoria de aprendizagem ou uma pedagogia e também se põem e questiona se os
princípios preconizados pelo Conectivismo estão presentes em outras teorias da
aprendizagem apontando como dúvida da possibilidade de a aprendizagem poder
residir em mecanismos não humanos.
Aqui, quanto à metodologia de trabalho, a pesquisa seguirá uma abordagem
teórica qualitativa que consiste em um método de pesquisa científica atenta ao
caráter subjetivo do objeto de pesquisa analisado, estudando as suas
particularidades, mais livre para delimitar o ponto de vista sobre o problema que é
objeto de estudo, e compreender o comportamento de determinado conceito. “Na
pesquisa qualitativa, o pesquisador é um interpretador da realidade” Segundo
Bradley (2017, p.17 apud DIAS, 2000, p. 1, grifo nosso)
Esta pesquisa se evidenciará através de referencial bibliográfico virtual em
servidores de dados ao redor do mundo que são de natureza qualitativa de forma
que estes dados sejam representativos no panorama acadêmico da discussão sobre
o Conectivismo.
A atenção necessária aos procedimentos de coleta de dados bibliográficos
será realizado através do estudo de fichas bibliográficas, fichas de resumos, fichas
de citações e fichas analíticas de fontes primaria e secundarias, cuja estratégia é
manter uma harmonia entre fontes diversas.
A estes procedimentos acompanharão a ferramenta de análise de dados
Hipotético-dedutivos propostos por Karl Popper a fim de analisar os elementos
primordiais da critica ao Conectivismo proposta por Plön Verhagen em
Connectivism: a new learning theory? Que são colocados como elementos que
falseariam a teoria conectivistas como Teoria da Aprendizagem.
A Problemática será analisada em uma primeira etapa da pesquisa
delimitando a busca dos elementos sistematicamente caracterizadores do
Conectivismo de George Siemens como teoria da aprendizagem e contrastar em
qual medida a principal critica proposta por Plön Verhagen falseia o conectivismo de
Siemens. Portanto como documento fundamental e essencial sem duvida são os
textos de George Siemens: Conociendo el conocimiento e Plön Verhagen em
Connectivism: a new learning theory? Além de bibliografias complementares de
comentadores.
Para formulação de conjecturas, como defendido por Popper, é uma solução
proposta, em forma de proposição, que se posam realizar testes dedutivamente, isto
é, em tornar falsas as proposições deduzidas mediante o modus Tollens: se p,
então q, ora não-q, então não-p, ou seja, se q é deduzível de p, mas q é falso,
logicamente, p é falso.
A escolha teórica a fim de justificar como proposta a análise qualitativa o
método Hipotético dedutivo em razão de sua relação com a ideia de progresso no
campo cientifico e quanto ao progresso, Popper afirmou:

A ciência busca teorias verdadeiras, embora nunca possamos


estar seguros de que uma teoria em particular é verdadeira; por
outro lado, a ciência pode progredir (sabendo que progride)
formulando teorias que, comparadas com as anteriormente
aceitas são descritas como uma melhor aproximação da
verdade. (Apud DIAS., 2015, p)

O desenvolvimento da coleta de informações irá proceder através do estudo


das fichas bibliográficas, fichas de resumos, fichas de citações e fichas analíticas e
em relação aos dados coletados a aplicação do método de Popper para se obter
uma hipótese cientifica que será o resultado na conclusão desta pesquisa.

REFERENCIAL TEÓRICO

Atualmente as teorias das aprendizagens estão sofrendo um conflito que


busca mudança paradigmática e, quanto a esta mudança, Coelho indica qual teoria
se candidata a assumir o novo paradigma ensino-aprendizagem:

Participante de um grupo de estudos do Instituto de Tecnologias da


Informação para o ensino a distância no Canadá, ambos
exploradores das possibilidades pedagógicas das novas tecnologias
da informação e comunicação, propuseram por meio de artigos
científicos, capítulos de livros, suportes online, uma nova teoria da
aprendizagem, chamada Conectivismo, apresentada como um novo
paradigma de ensino-aprendizagem. Siemens (2004) aponta o
Behaviorismo, o Cognitivismo e o Construtivismo como sendo as
teorias mais usadas na criação de ambientes de aprendizagem.
Contudo, estas teorias foram desenvolvidas em um tempo em que
não existia o impacto das tecnologias. (COELHO, 2014, p.2)

Quais seriam os elementos que definiriam uma teoria da aprendizagem para


podermos adequadamente identificar o Conectivismo como uma teoria da
aprendizagem legitima? Margel (1998) cita cinco preguntas para distinguir as teorias
do aprendizado.

1. Como a aprendizagem acontece?


2. Que fatores influenciam a aprendizagem?
3. Qual o papel desempenhado pela memória?
4. Como é a transferência de conhecimento?
5. Que tipo de aprendizagem é mais bem explicada pela teoria?
(MARGEL, 1998, p.14, Tradução nossa)

Estas perguntas são de muita importância para realizar uma comparação


adequada das teorias das aprendizagens que estão em dialogo com o Conectivismo.
Margel (1998) apresenta uma resposta a cada uma destas perguntas para
caracterizar as teorias da aprendizagem e, com isso, no primeiro capitulo, é possível
delimitar as caraterísticas das principais teorias e relacioná-las para possibilitar uma
comparação com o Conectivismo.
No segundo capitulo, focaremos nas características e princípios do
Conectivismo, que é centro de um debate acadêmico, o qual coloca em questão se
enquanto teoria pode ou não ser compreendida como uma teoria da aprendizagem
legitima para nosso tempo. Foi desenvolvida teoricamente por George
Siemens e Stephen Downes os quais questionaram e analisaram as bases
do behaviorismo, do cognitivismo e construtivismo para explicar a tecnologia e seus
efeitos sobre a forma que vivemos que comunicamos e que aprendemos. George
Siemens e Stephen Downes perceberam com esta teoria, os mecanismos que
sustentariam os processos de aprendizagem para uma era digital, estão surgindo.
(SIEMENS, 2004, p.1)
O ponto de partida é a conexão individual. O conhecimento pessoal é uma
rede alimentadora de informações para organizações e instituições, que por sua vez
alimentam de volta informações sobre a mesma rede, e, finalmente, acaba
fornecendo um novo aprendizado para o indivíduo. Este ciclo de desenvolvimento do
conhecimento permite que os formandos, para se manterem atualizados em seus
campos de conhecimento, formem conexões. Segundo João Mattar em seu artigo
complementa com a seguinte informação:

Para o Conectivismo, como a informação é hoje abundante e de fácil


acesso e boa parte do processamento mental e da resolução de
problemas pode ser descarregada em máquinas, a aprendizagem
não é mais concebida como memorização ou mesmo compreensão
de tudo, mas como construção e manutenção de conexões em rede
para que o aprendiz seja capaz de encontrar e aplicar conhecimento
quando e onde for necessário. (MATTAR. 2013, p.24)

Esta teoria é guiada pela noção de que as decisões são baseadas em bases
de processamento aceleradas. Continuamente novas informações, que tornam
obsoletas as anteriores, são adquiridas. A capacidade de distinguir entre
informações importantes e triviais é vital, assim como a capacidade de reconhecer
quando novas informações alteram as decisões tomadas com base em informações
passadas.
Em um mundo tecnológico, de redes virtuais, os educadores devem
considerar as obras de Siemens.
Em teoria, de acordo com Siemens (2006, p.26), a aprendizagem ocorre por
meio de conexões dentro das redes. O modelo utiliza o conceito de uma rede com
nós e conexões para definir aprendizagem. Conectivismo é a integração de
princípios explorados pela teoria do caos, redes neurais
artificiais, complexidade e auto-organização.
A aprendizagem é um processo que ocorre dentro de uma vasta gama de
ambientes que não estão necessariamente sob o controle do indivíduo. É por isso
que aprender (compreendendo conhecimento como acionável) pode residir fora do
ser humano, por exemplo, dentro de uma organização ou de um banco de dados, e
centra-se na informação especializada estabelecendo conexão que
permite aumentar, cada vez mais, nosso estado atual de conhecimento.

Conectivismo envolve a suposição de que a aprendizagem é


essencialmente um processo de networking. Downes
conjuntivo define o conhecimento como base epistemológica
do Conectivismo: Por duas entidades são considerados
conectados, uma das propriedades de um deles deve levar a,
ou tornar-se propriedade da outra entidade; conhecimento
resultante de tais ligações é conhecimento conjuntivo.
(SIEMENS, 2006, p.16, Tradução nossa).
E o que caracterizaria sistematicamente o Conectivismo de George Siemens
como teoria da aprendizagem quando falamos nisso? Quais são as características
de uma teoria da aprendizagem?
Por fim, no terceiro capitulo, será apresentada a principal critica proposta por
Plön Verhagen, que ataca a noção de uma nova teoria de aprendizagem baseada
em estruturas de rede, ambientes complexos em constante alteração e quanto a isso
ele afirma: “The core notion of Connectivism appears to be that the learning process
must create interconnections for knowledge that is distributed over many actual and
virtual locations.” (VERHAGEN, 2006 p.1).
O crítico ao Conectivismo elabora o artigo: “Connectivism: a new learning
theory?”, em que, resumidamente, argumenta especificamente em três pontos sua
critica, em um primeiro momento de que o Conectivismo seria uma teoria de
aprendizagem ou uma pedagogia.

As questões que Siemens apresenta não devem ser colocadas


no nível instrucional, mas no nível de currículo. O nível
instrucional lida com como ocorre a aprendizagem, e teorias de
aprendizagem são relevantes nesse nível. O nível do currículo
está com o que é aprendido e por que. Nesse nível, o
Conectivismo da Siemens representa suas visões em um
desenvolvimento estruturado de conhecimento que se adapte
aos tempos atuais e ao tipo de Habilidades de informação que
os alunos devem adquirir para isso. Siemens encontra lacunas
na teorias da aprendizagens que estão focadas nos processos
de aprendizagem do indivíduo. (VERHAGEN, 2006, p.1,
Tradução nossa)

Seguidamente questiona se os princípios preconizados pelo Conectivismo


estão presentes em outras teorias da aprendizagem tradicionais e por fim coloca em
dúvida a possibilidade de aprendizagem poder residir em mecanismos não
humanos.
Segundo Maria Leal, a resposta de Siemens a critica foi dada em um
extenso e bem fundamentado artigo, “Connectivism: Learning Theory or Pastime of
the Self-Amused?” em que reafirma alguns postulados Conectivistas, justificando de
forma detalhada as teorias de aprendizagem existentes. (LEAL. 2009)
Em Conociendo el conocimiento, Siemens vai demostrar todos os elementos
que podem ser compreendidos como fundamentadores da teoria da aprendizagem
que é conhecida como Conectivismo e apresenta suas principais caraterísticas e
seus princípios e sua relação com teorias como caos e da complexidade .

O CONECTIVISMO E SUA RELAÇÃO COM AS OUTRAS TEORIAS DA


APRENDIZAGEM

O Conectivismo se coloca como uma visão que busca modificar o paradigma


do pensamento educacional contemporâneo em que teorias, tradicionalmente
aceitas como verdadeiras, são colocadas como melhor forma de conhecer e ensinar.
Mas estas mesmas teorias, hoje, não conseguem responder a inúmeras questões
que surgem nas salas de aula e demostram dificuldades em lidar com os avanços
das tecnologias e seus impactos na sala de aula.
O Conectivismo tenta realizar uma critica ás principais teorias da
aprendizagem atualmente utilizadas para construir ambientes instrucionais e
Siemens (2004) afirma que estas teorias falham ao tentarem lidar com o atual
ambiente social construído pela tecnologia.
Um exemplo interessante é o uso de celulares nas escolas, os quais, a cada
dia, vêm sendo colocado como um problema para as instituições de ensino, que ao
aplicarem teorias incompatíveis como as mudanças sociais e tecnológicas não
conseguem lidar com esta nova forma de interagir com o mundo que os jovens têm
manifestado nas escolas. As principais teorias usadas nestas instituições, que estão
em dificuldades e que levam Siemens dirigir seus ataques, são, principalmente, o
Behaviorismo, Cognitivismo e Construtivismo.

São as três grandes teorias da aprendizagem mais frequentemente usadas


na criação de ambientes instrucionais. Essas teorias, contudo, foram
desenvolvidas em um tempo em que a aprendizagem não sofria o impacto
da tecnologia. Através dos últimos vinte anos, a tecnologia reorganizou o
modo como vivemos, como nos comunicamos e como aprendemos. As
necessidades de aprendizagem e teorias que descrevem os princípios e
processos de aprendizagem devem refletir o ambiente social vigente.
(SIEMENS, 2004, p. 1)

Siemens dirige argumentos a cada teoria da aprendizagem a fim de detectar


seus principais problemas e consolidar o Conectivismo como a teoria da
aprendizagem que estaria apta a inverter o paradigma atual.
Behaviorismo e/ou Conductismo (Behaviorismo radical) que também é
conhecida como Comportamentalismo no Brasil; podem ser compreendidas como
teorias clássicas, pois estas estão na base da psicologia moderna e em grande parte
as instituições de ensino tradicional do Brasil fazem uso em ambiente pedagógico
destas teorias que compreende a aprendizagem de forma bem característica,
Siemens delimitou como principais elementos desta teoria da aprendizagem como
sendo:

Composto de várias teorias que fazem três suposições sobre a


aprendizagem: 1. O comportamento observável é mais importante do que
entender atividades internas 2. O comportamento deve ser focado em
elementos simples: estímulos e respostas específicas 3. Aprendizagem tem
a ver com mudança de comportamento (SIEMENS, 2004, p. 2)

De forma complementar Mergel (1998) vai salientar como a tradicional forma


de aprendizagem pode ser comparada em certa medida como uma “caixa preta” que
está isolada, sem contato com o exterior, e que somente pode ser acessada, em
algum grau, apenas pela observação e que é possível realizar medição dos
comportamentos e dos processos mentais que estão sob as influencias externas
complexas. Outro ponto é a valorização dos estímulos cuja recompensa e punição
são centrais no processo de aprendizagem e esse processo se dá através de tarefas
que se tem uma recompensa ou uma punição.
Um exemplo interessante e prático do pensamento Behaviorista com relação
à punição de alunos como método é o uso antiquado da palmatória que servia para
produzir um efeito similar aos produzidos pelo rato utilizado por Watson ao realizar
seus estudos sobre o Behaviorismo em que condicionou a criança a desenvolver
medo pela rata e outros animais.
Mesmo a vertente mais radical que também é conhecida como Conductismo,
que leva em consideração os processos mentais e acredita ser possível medir o
conteúdo mental.

La teoría del conductismo se concentra en el estudio de conductas que se


pueden observar y medir (Good y Brophy, 1990). Ve a la mente como una
“caja negra” en el sentido de que la respuestas a estímulos se pueden
observar cuantitativamente ignorando totalmente la posibilidad de todo
proceso que pueda darse en el interior de la mente. (MERGEL, 1998, p.3)

Como a aprendizagem acontece é nossa primeira pergunta de base como


propomos no referencial teórico e com isso podemos diferenciar elevando em
consideração que na primeira teoria a aprendizagem, Behaviorista, a aprendizagem
acontece em uma espécie de “caixa preta” na teoria em questão, Conectivismo, é
distribuída dentro de uma rede, tecnologicamente aprimorada, reconhecendo e
interpretando padrões.
Que fatores influenciam a aprendizagem, Já quanto este aspecto tem-se
para o Behaviorismo a recompensa, punição e estímulos já o Conectivismo vai
trabalhar possibilitando com que ocorra a diversidade da rede ao invés de destes
elementos propostos pelo Behaviorismo.
O papel desempenhado pela memória nas duas teorias em questão é em
primeiro lugar para o pensamento criticado por Siemens a memoria é uma espécie
de hardwiring1 de experiências repetidas onde a recompensa e punição são mais
influentes em contra partida na proposta Conectivista a memoria é
fundamentalmente são mais influentes os padrões adaptativos, representativos do
estado atual e existentes em redes.
No aspecto da transferência de conhecimento o Comportamentalismo vai
dar credito ao estímulo e resposta, na visão de Siemens esta transferência se realiza
Conectando e ou adicionando nós que é a metáfora de uma rede com nós e
conexões. Nesta metáfora, um nós é qualquer coisa que se pode conectar com outro
nó como uma organização, uma informação, dados, pessoas, imagens, sentimentos,
entre outros. Na figura 1 podemos ver uma representação de como se constitui uma
rede onde os Nós são os círculos e as linhas as conexões.

Figura 2 - Redes compostas de nós (os círculos) e links/conexões (as hastes)

1
Uma conexão fixa entre componentes elétricos e eletrônicos e dispositivos por meio de fios.
Fechando a diferenciação entre os Comportamentalistas e Conectivistas, o
ponto que indica o tipo de aprendizagem mais bem explicada por cada teoria: No
Behaviorismo o aprendizado baseado em tarefas, no Conectivismo a aprendizagem
complexa se destaca, núcleos de mudança rápida e trabalho com diversas fontes de
conhecimento.
Siemens vai tecer críticas também ao Cognitivismo, vai comparar seus
principais conceitos de assimilação à ideia de input e a acomodação à ideia de
memória de processamento de um computador.

O cognitivismo, frequentemente assume um modelo de processamento de


informações por computador. A aprendizagem é vista como um processo de
inputs, guardados na memória de curto prazo, e codificados para serem
buscados no longo prazo. Cindy Buell detalha este processo: “Nas teorias
cognitivas, o conhecimento é visto como construtos mentais simbólicos na
mente do aprendiz, e o processo de aprendizagem é o meio pelo qual essas
representações simbólicas são passadas para a memória. (SIEMENS, 2004,
p. 3)

Cognitivismo tem como maior pensador Piaget, que consagrou inúmeros


conceitos aplicáveis à aprendizagem no desenvolvimento de sua teoria, que é
comumente conhecida como teoria do desenvolvimento mental a qual pode ser
compreendida como dividida em quatro períodos gerais de desenvolvimento
cognitivo: sensório-motor, pré-operacional, operacional-concreto e operacional-
formal além de outras características que Mergel nos apresenta:

Los teóricos del Cognoscitivismo reconocen que una buena cantidad de


aprendizaje involucra las asociaciones que se establecen mediante la
proximidad con otras personas y la repetición. También reconocen la
importancia del reforzamiento, pero resaltan su papel como elemento
retralimentador para corrección de respuestas y sobre su función como um
motivador. Sin embargo, inclusive aceptando tales conceptos conductistas,
los teóricos del cognoscitivismo ven el proceso de aprendizaje como la
adquisición o reorganización de las estructuras cognitivas a través de las
cuales las personas procesan y almacenan la información. (GOOD Y
BROPHY, 1990, p. 187 APUD MERGEL, 1998, p.8).

Como a aprendizagem acontece para o Cognitivismo, se caracteriza por ser


baseado em estruturas cognitivas e com característica computacional de entrada de
dados e armazenamento na memoria, já o proposto por Siemens é de que a
aprendizagem está distribuída dentro de uma rede, social, tecnologicamente
aprimorada que reconhece e interpreta padrões.
Os fatores que influenciam a aprendizagem para o Cognitivismo é o
esquema existente, ou seja, a estrutura e as experiências anteriores que estão
estruturadas, em contrapartida o Conectivismo vai favorecer a diversidade da rede,
pois esta diversidade influencia a aprendizagem na perspectiva Conectivista.
Quando falamos no papel desempenhado pela memória para o Cognitivismo,
podemos compreender como sendo um processo de Codificação, armazenamento e
recuperação de dados no cérebro. O que, para Siemens, é compreendido como um
processo que processa padrões adaptativos, representativos do estado atual
existentes em redes.
Pode-se ver, com relação à transferência de conhecimento para o
Cognitivismo, como sendo um ato de Duplicação do conhecimento e construções do
que podemos chamar de “conhecedor”. O Conectivismo se dá Conectando a ou
adicionando aos nós de conexão.
Cada tipo de aprendizagem é mais bem explicada por uma teoria, no caso
do Cognitivismo são os Raciocínios, os objetivos claros e a resolução de problemas.
Por outro lado, na visão Conectivista, temos uma melhor aprendizagem quando
tratamos de aprendizagem complexa, núcleo com mudanças rápidas e trabalho com
diversas fontes de conhecimento.
A última vertente das teorias da aprendizagem criticadas por Siemens é o
construtivismo, que tem como nome de maior prestigio Vygotsky que acreditava no
desenvolvimento humano definido pela interiorização dos instrumentos e signos;
pela conversão dos sistemas de regulação externa em meios de auto regulação.
Siemens vai apontar que no construtivismo há um ganho ao considerar que o
individuo não é mais um recipiente vazio, os aprendizes passam a possuir liberdade
diante do conhecimento e assume a complexidade da aprendizagem no mundo real:

O construtivismo assume que os aprendizes não são recipientes vazios que


devem ser preenchidos com conhecimento. Ao invés disso, os aprendizes
estão tentando, ativamente, criar significado. Os aprendizes, na maioria das
vezes, selecionam e perseguem sua própria aprendizagem. Os princípios
construtivistas reconhecem que a aprendizagem através da vida real é
desordenada e complexa. (SIEMENS, 2004, p. 3)

Apesar de o Conectivismo concordar com elemento do Construtivismo ainda


possui elementos que os afasta tornando-os diferentes e estas diferenças são os
pontos mais importantes para Siemens. Mengel dá mais detalhes que caracterizam
o Construtivismo:
Sustenta en que “el que aprende construye su propia realidad o al menos la
interpreta de acuerdo a la percepción derivada de su propia experiencia, de
tal manera que el conocimiento de la persona es uma función de sus
experiencias previas, estructuras mentales y las creencias que utiliza para
interpretar objetos y eventos.” “Lo que alguien conoce es aterrizado sobre
las experiencias físicas y sociales las cuales son comprendidas por su
mente.” (JONASSON, 1991, APUD MERGEL, 1998, p.10).

Dentro do contexto do Construtivismo, a aprendizagem acontece de maneira


social produzindo significado criado por cada aprendiz em uma perspectiva pessoal
e, quando falamos do Conectivismo, isso se dá, como já apresentado anteriormente,
através da distribuição dentro de uma rede socialmente construída a qual é
tecnologicamente aprimorada que reconhece e interpreta padrões.
Quanto aos fatores que influenciam a aprendizagem no Construtivismo,
temos o engajamento do aprendiz, sua participação social e cultural no processo de
aprendizagem e, no prisma Conectivista, esta influencia é mais bem desenvolvida
quando há uma diversificação da rede.
O papel desempenhado pela memória para o Construtivismo se dá através
de um conhecimento prévio que é, de certa forma, remixado para o contexto atual do
aprendiz e na visão de Siemens a memoria se consagra por ser responsável pelo
armazenamento e compreensão dos padrões adaptativos que são representativos
ao estado atual do aprendiz e existente nas redes.
A transferência de conhecimento para a primeira vertente teórica é
produzida pela socialização dos aprendizes. Em oposição a isso é apresentado que
a transferência se dá por conexão a ou adição aos nós, o que, em certa medida,
assemelha-se com a socialização, mas se difere sutilmente.
Com relação a que tipo de aprendizagem é mais bem explicada por estas
teorias, temos que para o Construtivismo é Social, vago ("mal definido") o que
impossibilita uma adequada comparação com o Conectivismo que possui um
excelente desempenho com aprendizagem complexa com um núcleo de mudanças
rápidas e que utiliza diversas fontes de conhecimento.
Estes foram os elementos que constituem, resumidamente, de certo modo
as principais vertentes das teorias da aprendizagem que foram diretamente
apontadas por Siemens como as principais teorias que, em sua grande maioria das
ações pedagógicas, estão presentes de algum modo e para estas teorias delimitou
suas limitações quanto à aplicabilidade nos tempos atuais.
Um dogma central da maioria das teorias de aprendizagem é que a
aprendizagem ocorre dentro da pessoa... Estas teorias não abordam a
aprendizagem que ocorre fora da pessoa (i.e. aprendizagem que é
armazenada e manipulada através da tecnologia). Elas também falham em
descrever como a aprendizagem acontece dentro das organizações.
(SIEMENS, 2004, p. 3)

Este dogma que aponta Siemens é colocado em questão pela própria


realidade que nos cerca, em que a aprendizagem tem acontecido através da
tecnologia, modificando nossa forma de olhar o mundo e como lidamos com ele.
As teorias da aprendizagem, mesmo sofrendo alterações teóricas, não se
ajustaram às novas tecnologias com resultados satisfatórios às demandas do mundo
atual, as mudanças que as teorias criticadas obtiveram não satisfazem mais a
realidade, a estagnação nas mudanças exige uma abordagem que privilegie o novo.
Siemens reforça e destaca o coração da questão quanto a necessidade de uma
nova teoria da aprendizagem.

Muitas questões importantes são levantadas quando as teorias da


aprendizagem estabelecidas são vistas através da tecnologia. A tentativa
natural dos teóricos é continuar a revisar e desenvolver as teorias na
medida em que as condições mudam. Em algum ponto, no entanto, as
condições subjacentes se alteraram tão significativamente, que as
modificações posteriores não são mais perceptíveis. É necessária uma
abordagem inteiramente nova. (SIEMENS, 2004, p.3)

Esta proposta realizada por Siemens coloca em debate temas importantes


que devem ser em algum momento analisados com mais cuidado e detalhe para
obter um melhor entendimento do seria uma proposta adequada de teoria da
aprendizagem para nosso tempo.
Das comparações realizadas entre as teorias podemos compor a tabela 1, a
qual possibilita apresentar um comparativo entre as teorias, o que possibilita um
melhor entendimento das suas características. Siemens compôs um quadro em que
destaca os pontos fundamentais que caracterizam uma teoria da aprendizagem e
com isso possibilita uma visão global das teorias em questão.
Quadro 1 - Propriedade x teoria da aprendizagem.
Propriedades Behaviorismo Cognitivismo Construtivismo Conectivismo

Como ocorre Comportamento Estruturado e Social, Distribuído


o aprendizado observável foco computacional significado dentro de uma
principal criado por cada rede, social,
aprendiz tecnologicament
(pessoal) e aprimorado,
reconhecendo e
interpretando
padrões.
Fatores de Recompensa, Esquema Engajamento, Diversidade da
influência punição e existente, participação, rede.
estímulos. experiências social, cultural.
anteriores.

Papel da A memória é o Codificação, Conhecimento Padrões


memória constructo de armazenamen prévio remixado adaptativos,
experiências to, para o contexto representativos
repetidas, onde recuperação. atual do estado atual,
recompensa e existentes em
punição são mais redes.
influentes.

Como ocorre Estimulo e Duplicando Socialização Conectando ou


a resposta conhecimento adicionando a
transferência construções nós de uma
de rede.
"conhecedor"

Tipos de Aprendizado Raciocínio, Social, vago Aprendizagem


aprendizagem baseado em objetivos ("mal definido") complexa,
melhor tarefas claros, núcleo de
explicados resolução de mudança
problemas. rápida, diversas
fontes de
conhecimento.

(SIEMENS, 2006, p. 36, Tradução nossa)

Com isso, o objeto de compreender a fim de delimitar as principais


caraterísticas das teorias da aprendizagem e relacioná-las com o Conectivismo com
o proposito de realizar uma comparação entre as teorias e o Conectivismo e em que
medida devemos compreender o Conectivismo como uma teoria da aprendizagem.
Portanto, no Conectivismo, o aprendizado ocorre dentro de uma rede social,
tecnologicamente aprimorada, reconhecendo e interpretando padrões em que os
fatores de influência são fundamentais, a diversidade da rede e o papel da memória
de manipular padrões adaptativos que são representativos do estado atual. A
aprendizagem existente em rede e possibilita a transferência conectando ou
adicionando a nós de uma rede onde os tipos de aprendizagem melhor explicados
pelo Conectivismo são relacionados as relacionadas com a aprendizagem complexa
com núcleo de mudança rápida e que possuem diversas fontes de conhecimento a
serem acessadas.

O CONECTIVISMO E SUAS CRACTERÍSTICAS

A proposta de teoria da aprendizagem defendida por George Siemens, o


Conectivismo, foi sistematizado com base em conceitos fundamentais em que suas
características possibilitaram a formulação da teoria Conectivista estes conceitos
são o conhecimento na contemporaneidade influenciada pela tecnologia e o
aprender, ou melhor, como se dá a aprendizagem em nosso tempo.
São estes dois elementos fundamentais: conhecimento e aprendizagem, os
quais possibilitaram uma base conceitual para servir de suporte ao Conectivismo
como teoria da aprendizagem.
O primeiro elemento que Siemens (2006) vai abordar em sua teoria é com
as características do conhecimento. Em seu ponto de vista, o conhecimento é um
constante fluir e descreve como um ciclo, o conhecimento que começa com algum
tipo de criação de conhecimento (indivíduo, grupo, organizacional) e a partir dessa
criação de conhecimento perpassa as seguintes fases: co-criação, distribuição
comunicação, personalização e implementação.
Cada fase possui uma característica particular na construção do
conhecimento em que a co-criação pode ser compreendida como o ato de partir do
conteúdo gerado por um usuário, que pode sofrer edição e acrescentado ao ciclo de
conhecimento. Esta possibilidade de editar, construir e manipular sobre, ou com, o
trabalho dos outros, possibilita a inovação e o rápido desenvolvimento de ideias,
conceitos e qualquer produto do conhecimento.
No conceito de distribuição, temos o momento em que ocorre uma análise,
avaliação e uma filtragem nos elementos da rede a fim de encaminhar os elementos
pertinentes ao aprendizado.
Já a fase de comunicação se dá na medida em que os elementos que foram
distribuídos sobreviveram ao processo de análise e filtração por meio de ideias-
chave. Após isso, os elementos analisados são distribuídos para a rede para a fim
de serem dispersos.
Na fase seguinte, temos o momento da personalização onde integramos o
conhecimento produzido na rede em nosso patrimônio e isso será baseado em
internalização, diálogo ou reflexão que pode ser realizado com inúmeras
ferramentas tecnológicas.
A Última fase do ciclo de conhecimento em uma rede Conectivista pode ser
nomeado de implementação. Neste instante do processo de conhecimento, ocorrem
as ações, comentários ou outras ações recebidas na fase de personalização, é
neste momento que nossa compreensão de um determinado conceito transmuta
enquanto atuamos sobre o conceito e não apenas quando teorizamos e aprendemos
o conceito.
Siemens vai citar um exemplo que possibilita uma compreensão mais geral
deste ciclo de conhecimento em uma pratica real:

Hoy en día, en el mundo online, un escritor puede publicar una serie de


ideas/escritos y recibir la crítica de colegas, miembros de otras disciplinas, o
personas de todo el mundo. Sus ideas pueden ser usadas por otros para
construir (o personalizar) representaciones más elaboradas de las mismas.
El diálogo no se para, y las ideas se transforman rápidamente, a medida
que se van analizando y co-creando en diferentes variantes. Em poco
tiempo (a veces sólo unos cuantos días), podemos poner a prueba esas
ideas, ampliarlas o difundirlas. El ciclo es vertiginoso en ritmo, proceso y
producto final, el cual se retroalimenta con el ciclo de flujo en una continua
iteración.
(SIEMENS, 2006, p.7)

Todo este processo do ciclo de conhecimento pode ser representado


conforme o gráfico 1 proposto pelo próprio Siemens em Knowing Knowledge deixa
claro quanto ao fluxo do conhecimento e com isso estabelece como característica do
conhecimento não ser estático.
Gráfico 2 – Fluxo de criação de conhecimento

(SIEMENS, 2006, p. 7, Tradução nossa)

Este conhecimento vai se manifestar em múltiplos domínios de nosso estado


de completude humana, que perpassa os estado físico, cognitivo, emocional e
espiritual, quando devemos exercer os muitos tipos de saberes: saber sobre, saber
fazer, saber onde, saber ser e saber transformar.
O saber sobre pode ser compreendido como compreender novos eventos
bem como os elementos básicos de um campo de conhecimento ou mesmo
conhecer conceitos fundamentais de uma disciplina.
Saber fazer pode ser tomado como a característica do conhecimento em que
a ação de conseguir realizar alguma atividade, como dirigir uma moto, resolver
questões de física, fazer uma obra de arte, construir um prédio e muitas outras
possibilidades.
O saber onde é a capacidade de encontrar a informação necessária para
realizar a satisfação da dúvida, seja na biblioteca, na web, ou organizações,
representa-se pela capacidade de recorrer adequadamente na identificação de onde
obter informação para sanar as dúvidas.
O saber ser pode ser entendido como o tipo de saber que se manifesta ao
se expressar conhecimento no ceio da humanidade, da comunidade colocando este
saber em coerência com a vida prática, isso fica mais claro quando como exemplo
do engenheiro que age como tal diante das questões do dia a dia respondendo as
questões na perspectiva de alguém que é um engenheiro.
O último tipo de saber é o saber transformar, que se realiza ao refinar,
ajustar, recombinar, alinhar com a realidade, inovar, alcançar níveis mais profundos
não evidentes de elaboração de um conhecimento e de posse de um saber
possibilita a ele uma forma nova disposto de maneira completamente nova a fim de
solucionar um problema.
Siemens, resumidamente, fala destes tipos de conhecimento da seguinte
maneira:

Tenemos revistas, libros, bibliotecas y museos para alojar conocimiento. La


mayoría del conocimiento que encontramos en estas estructuras de
almacenamiento corresponde a los niveles del “saber sobre” y el “saber
hacer”. Saber ser, saber dónde encontrar conocimiento (en los actuales
entornos, saber cómo navegar por el conocimiento entendido como proceso
o flujo), saber transformar, son cosas que están más allá de estas
perspectivas-contenedor.(SIEMENS.2006, p.10)

Estes tipos de conhecimento são desenvolvidos em um ambiente que pode


ser percebido em quatro dimensões, as quais estão para além dos domínios de
nosso modo de existência, e estão centrados nas perspectivas física, cognitiva,
social e espiritual estas quatro dimensões permite que existamos em diferentes
espaços existenciais: pessoal, coletivo, organizacional e social. Essa caracterização
complexa leva a um funcionamento ambíguo entre os espaços de existência e
resulta na necessidade de ampliar as linhas de comunicação para satisfazer as
perspectivas e conhecer.
É em uma realidade destas que, em relação a estes inúmeros espaços de
existência, onde diversos tipos de conhecimento se tornam possíveis e, com isso, a
relação entre estes elementos, seja os tipos de saber ou aos espaços de existência
em algum momento, se conectam realizando, assim, o que poderíamos nomear de
redes de conhecimento e Siemens vai descrever esta rede como podemos ver:

Para que dos entidades se consideren conectadas, una de las propiedades


de una de ellas debe conducir a, o convertirse en, propiedad de la otra
entidad; el conocimiento resultante de este tipo de conexiones es
conocimiento conectivo.(SIEMENS, 2006, p.16, GRIFO DO AUTOR)

Esta rede de conhecimento pode ser mais bem entendida quando


compreendemos seus quatro elementos estruturantes em que temos a diversidade,
a autonomia, a interatividade e abertura. Entraremos em mais detalhes das
definições.
A diversidade é a proposição de inúmeros aspectos possíveis de um ponto
de vista em relação ao conhecimento o qual está construindo ou investigando e
pode ser atribuída relevância fundamental no desenvolvimento do conhecimento em
uma rede de conhecimento.
Com a ideia de autonomia, os indivíduos conscientes contribuem para a
interação por sua própria vontade, de acordo com seus próprios conhecimentos,
valores e decisões, ou seja, agem pela influência de algum fator externo que procura
mostrar certo ponto de vista livremente.
Já com a interatividade o conhecimento pode ser entendido como sendo um
produto da interação dos indivíduos que interagem livremente em uma rede de
membros em prol de satisfazer os anseios de conhecimento de cada membro.
E por último temos o conceito de abertura o qual possibilita a existência de
algum mecanismo em uma determinada perspectiva que introduza o individuo em
um sistema para ser escutado e com isso seja permitido aos integrantes da rede de
conhecimento que interajam ouvido e sendo ouvidos.
O segundo elemento que fundamenta o Conectivismo é quanto ao que se
compreende sobre a aprendizagem, Siemens vai expor que aprender é um fluxo que
se dá através de um processo de formação de redes que podem ser reais ou virtuais.
Estas redes de conhecimento são compostas por nós que são entidades que
formam uma rede externa que podemos usar para desenvolver o conhecimento,
estes nós podem ser constituídos por pessoas, instituições, organizações bibliotecas,
mangás, sites, livros, revistas, bancos de dados ou qualquer outro repositório de
informação.
Siemens vai compreender o ato de aprender como um ato de criar, construir,
desenvolver ou formular uma rede de nós, onde conectamos e com isso modelamos,
ou moldamos, a fonte de conhecimento e informação obtida pelo nó, exemplo: se
alguém busca conhecimento em uma revista, há, neste momento, uma conexão com
este nó que é a revista que foi escrita por um partilhante do conhecimento na rede
através deste nó que pode ser representada pela revista, mas poderia ser um banco
de dados ou mesmo um seminário.
Estes processos de aprendizagem que ocorrem em nosso cérebro são
exemplos de que se pode tomar como uma ótima representação do Conectivismo,
seguindo o próprio pensamento de Siemens, que compreende as redes neurais do
cérebro a melhor imagem do que deve ser o processo de aprendizagem como as
redes neurais existentes entre os neurônios em nossos cérebros. As redes de
aprendizagem podem ser percebidas como estruturas complexas que construímos,
criamos e buscamos para aprender, atualizar ou adquirir continuamente,
experimentar, descobrir e conectar novos conhecimentos.
Esta estrutura de redes de conhecimento pode ser compreendida como
estruturas neurais, como as que existem em nossos cérebros, as quais são
conexões em rede que realizam a criação de padrões do entendimento que são
naturalmente formuladas como uma rede de neurônios.
Partindo destes elementos Siemens vai propor a construção de um
argumento o qual toma estes dois pontos conceituais como fundamentais na
constituição dos princípios do Conectivismo. Desta forma, Siemens descreve os
princípios de sua teoria da aprendizagem:

El aprendizaje y el conocimiento requieren de diversidad de opiniones para


presentar el todo... y permitir la selección del mejor enfoque.
El aprendizaje es un proceso de formación de redes de nodos
especializados conectados o fuentes de información.
El conocimiento reside en las redes.
El conocimiento puede residir en aplicaciones no humanas y el aprendizaje
es activado/facilitado por la tecnología.
La capacidad para saber más es más importante que lo que se sabe en el
momento.
Aprender y conocer son procesos continuos en curso (no estados definitivos
o productos).
La capacidad para ver las conexiones y reconocer patrones y ver el sentido
entre campos, ideas y conceptos básicos es la habilidad central de las
personas hoy en día.
La actualización (conocimiento actualizado y exacto) es el propósito de
todas las actividades conectivistas de aprendizaje.
Aprender es tomar decisiones. La elección de qué aprender y el significado
de la información recibida son vistas a través de la lente de una realidad de
cambio constante. Aunque exista una respuesta correcta ahora, puede estar
equivocada mañana, debido a alteraciones en el ambiente de la información
que afecta a la decisión. (SIEMENS, 2006, p.31)

Com esses princípios desenvolvidos, Siemens propôs um modelo de


aprendizagem que ficou conhecido como Curso Online Aberto e Massivo, do
inglês, Massive Open Online Course, normalmente conhecido por sua sigla: MOOC.
Em 2008, Siemens realizou o primeiro curso Conectivista que foi chamado de
MOOC – Connectivism and Connective knowledge e que obteve a marca de 2400
inscritos para realizar o curso. Essa experiência foi repetida em 2009 e em 2011
demostrado a aplicabilidade dos princípios Conectivistas definidos por Siemens.
Os MOOCs, de um modo geral, possuem a essência dos princípios
conectivistas que, por sua vez, fundamenta-se na colaboração que utiliza como
recursos os disponíveis na web, como vimos no ciclo de conhecimento. Vale citar
que após a formulação do primeiro MOOC, em 2008, foram produzidos MOOCs com
características das outras vertentes de teoria da aprendizagem, Mattar (2013)
descreveu a experiência dos MOOC Conectivista e com isso podemos ter mais
clareza do que são estas práticas dos princípios Conectivistas.

Boa parte do conteúdo é produzida, remixada e compartilhada por seus


participantes durante o próprio curso em posts, em blogs ou fóruns de
discussão, recursos visuais, áudios e vídeos, dentre outros formatos. Como
afirmam McAuley et al (2010), o MOOC se constrói pelo envolvimento ativo
dos alunos que auto organizam sua participação em função de seus
objetivos de aprendizagem, conhecimentos prévios e interesses comuns.
Portanto, os MOOCs (conectivistas) possuem pouca estrutura, quando
comparados com cursos online oficiais e formais, que muitas vezes
começam com o conteúdo e até as atividades prontos – a ideia é que o
próprio programa emerja das interações entre seus participantes. (MATTAR,
2013, p.33)

Com esta prática em conjunto com os princípios estabelecidos por Siemens


de sua teoria da aprendizagem é possível atestar sua eficácia apesar de alguns
pontos demandarem de um maior desenvolvimento de estudos acadêmicos com a
finalidade de aprimorar sua prática.
Portanto, ao longo deste capitulo, viu-se que a aprendizagem para o
Conectivismo foi compreendida como um processo de conectar nós especializados
que são fontes de informação em que o conhecimento está baseado na diversidade
de opiniões que podem estar dispostos em dispositivos não humanos e a
capacidade de saber mais é mais importantes do que aquilo que sabemos num
determinado momento e com isso promover e manter conexões fundamentais que
possibilitem a aprendizagem contínua e desenvolva a capacidade de ver conexões
entre as ideias, conceitos e áreas do saber como uma habilidade fundamental a fim
de buscar a atualização em que conhecimento tem que ser preciso e atual e, em
virtude disso, nesse contexto, a tomada de decisão é, em si, um processo de
aprendizagem, pois uma decisão correta, hoje, pode estar equivocada, amanhã
devido a alterações no ambiente informativo possibilita a mudança de decisão e que
tudo isso pode ser aplicado ou através de MOOCs Conectivistas ou aulas
presenciais.
O CONECTIVISMO E A CRÍTICA

As críticas ao Conectivismo, na medida em que se desenvolve como opção


paradigmática, surgem naturalmente. As mudanças paradigmáticas só são
efetivadas após inúmeros debates e reflexões dos pontos questionáveis da teoria
candidata ao novo paradigma.
Alguns acadêmicos produziram criticas à proposta teórica de Siemens. A
titulo de exemplo, entre elas, podemos mencionar a crítica de Calvani em 2008, que
tem seu trabalho aludido no artigo intitulado Produção de REA (Recursos
Educacionais Abertos) apoiada por MOOC de Inuzuka (2012) que foi favorecido pelo
Comitê Gestor da Internet no Brasil. Nesta obra, propôs uma crítica em pontos
específicos; o autor destaca que os conceitos difundidos pela teoria Conectivista não
seriam válidos, ou originais, em razão da não existência de referências conceituais
as quais relacionem a perspectiva de Piaget, no tocante a psicologia da
aprendizagem, principalmente em relação ao conceito de descentralização, à
perspectiva de Levy, que não sugeriu teoria da aprendizagem, mas abordou
questões tecnológicas e propôs o conceito de Inteligência distribuída na ecologia de
comunidades, o que, para Calvani, seria fundamental em um novo candidato a novo
paradigma.
Outro ponto negativo destacado por Calvani, sobre a perspectiva
Conectivista, é a ênfase na necessidade da variedade de perspectivas como um
elemento fundamental no processo de aprendizagem e desenvolvimento do
conhecimento. Este ponto de vista, apesar de uma critica relevante, não motiva
aprofundamento em virtude de os argumentos de Siemens, que são numerosos e
com embasamento prático em resposta a este ponto indicado por Calvani.
Vamos dar destaque a critica que produziu o maior impacto acadêmico,
trata-se de uma critica em relação a argumentação, que coloca em dúvida os
princípios do Conectivismo.
Outra critica que deve ser citada, pois apresenta conteúdo relevante, é a
visão de Mattar (2013), que destaca elementos mais práticos para discutir os pontos
problemáticos na manifestação didática do Conectivismo e ele afirma:

Falta de estrutura e objetivos de aprendizagem pode gerar uma sensação


de confusão e falta de orientação; a falta de interação constante com o
professor pode resultar numa sensação de ausência de guia e direção; a
falta de domínio básico de informática e mesmo do uso de ferramentas
distribuídas em rede podem exigir uma curva de aprendizado inicial; o alto
nível de ruído de conversas simultâneas pode gerar uma sobrecarga
cognitiva; e o alto nível de autonomia e auto regulação da aprendizagem
exigido dos alunos pode impulsionar a evasão. (MATTAR, 2013, p.32)

As questões de Mattar (2013) podem ser compreendidas como: riscos da


falta de interação, baixo conhecimento de informática, alto nível de ruído nas
interações e, por fim, a autonomia e auto regulação como negativas.
Outros estudiosos argumentaram contra o Conectivismo, mas a crítica de
maior relevância para o crescimento do Conectivismo foi proposta de Plön Verhagen
(2006), que tenta questionar a real delimitação do Conectivismo enquanto uma
efetiva teoria de aprendizagem, colocando a proposta ao nível de pedagogia e, em
alguns momentos, compara a teoria da aprendizagem Conectivista a uma proposta
de currículo. O autor também se propõe a questionar se os princípios preconizados
pelo Conectivismo de Siemens estão presentes em outras teorias da aprendizagem
tradicionalmente aceitas.
Verhagen (2006) aponta separadamente, como um terceiro ponto, a dúvida
na possibilidade de a aprendizagem poder residir em mecanismos não humanos e o
conhecimento ser caracterizado como acionável ou aquele que pode ser acionado
ou acessado.
Coelho (2014), um pesquisador Brasileiro, afirma que a critica proposta por
Verhagen pode ser compreendida como focada em três áreas.

As críticas de Verhagen (2006) são focadas em três áreas: 1. O


Conectivismo é uma teoria de aprendizagem ou uma pedagogia? 2. Os
princípios preconizados pelo Conectivismo estão presentes em outras
teorias da aprendizagem? 3. A aprendizagem pode residir em mecanismos
não humanos? Verhagen (2006) não classifica Conectivismo como uma
teoria, chegando a dizer que seria mais bem classificada como uma
perspectiva pedagógica e de currículo, pois as teorias contemplam questões
pertinentes ao nível da instrução, "como aprendem os indivíduos" e o
Conectivismo, por sua vez, a seu ver, chega ao nível curricular, o que se
aprende e por que se aprende?(COELHO, 2014, p.3)

Esta subdivisão da visão de Verhagen em três áreas possibilita uma


facilitação no processo de entendimento da perspectiva proposta pelo crítico em
questão, portanto vamos nos concentrar em compreender, com base nestas três
ares de concentração, que a critica de Verhagen pode ser focada como proposto por
Coelho (2014).
O Conectivismo para Verhagen não é uma teoria de aprendizagem, mas
uma pedagogia e vai ser o primeiro aspecto focado por sua crítica, argumenta que
devemos compreender o Conectivismo como pedagogia em virtude dele não lidar
com fenômenos e com a realidade. Na visão de Verhagen (2006), uma teoria deve
ser concebida com a finalidade de explicar os fenômenos e a necessidade das
explicações que devem ser passiveis de verificação.
Seu questionamento ao Conectivismo é que seus princípios não são
suficientemente ligados aos argumentos e os exemplos é que são as formas com
que uma teoria possa funcionar na prática e obter resultados verificáveis. É bom
levantar aqui que a proposta de Siemens nasce da busca por explicar fenômenos e
problemas contemporâneos cujas as teorias atuais não são eficazes. Certamente
que não deveria ser um ponto de crítica, pois, mesmo em uma leitura desatenta, é
possível perceber em Siemens a motivação pela compreensão de fenômenos, mas
é sim necessário, em algum momento, por em questão a variabilidade do
conhecimento.
Verhagen (2006) vai subdividir os princípios do Conectivismo com a
finalidade de destitui-los como fundamentos, porque sem eles a teoria não seria
possível. Demonstra que os princípios definidos por Siemens são elementos
estruturantes de uma teoria de currículo e não uma teoria da aprendizagem, o crítico
divide os princípios do Conectivismo em quatro categorias: 1- Objetivos
educacionais para o currículo; 2- Locais para o currículo; 3- Processos de
aprendizagem que devem ser facilitados ao colocar em prática um currículo e por fim
uma categoria separada para lidar com o fato de 4- o conhecimento residir em fontes
não humanas.
O segundo ponto que Verhagen (2006) vai criticar é de que os princípios
preconizados pelo Conectivismo não estão presentes em outras teorias da
aprendizagem e com isso o Conectivismo não poderia ser caracterizado como uma
teoria da aprendizagem. Esse ponto é facilmente questionado, pois uma teoria não
necessita da outra para ser verdadeira, ainda mais se tratando de uma mudança
paradigmática.
Por fim, a terceira área de questionamento da crítica de Verhagen (2006)
põe em dúvida se a aprendizagem pode residir em mecanismos não humanos como
bancos de dados, livros, instituições e redes virtuais.
Admite-se que poucos duvidem de que seja possível aprender através do
uso de livros, porem alguns não admitem a possibilidade de aprender com o uso das
novas tecnologias que, como o livro, em um determinado momento foi inovação e
possibilitou muito conhecimento através da história da humanidade. A posição de
Verhagen, em alguma medida, parece temerosa pela inovação.
Siemens vai comentar sobre estas três áreas que Verhagen criticou
apontando que, em seu entendimento, a forma como apresentou estas três críticas
está mais relacionada a um ponto de vista pessoal do que a uma disposição de
discutir questões epistemológicas sobre aprender e conhecer, em que a solução dos
problemas existentes nas teorias da aprendizagem são deixadas de lado.
O que Siemens propõe em sua obra chamada: Connectivism: Learning
Theory or Past Time for the Self-Amused?, de 2006 é questionar os problemas da
aprendizagem e do conhecimento ao invés de se colocar a responder propriamente
Verhagen, mas seus argumentos desenvolvidos nesta obra são em si diretamente
uma resposta às criticas Verhagen.

I imagine these particular principles can be argued at length and may well
reflect more of an individual's personal epistemology than a neutral
discussion of learning and knowing. I have opted to broadly explore learning
theories and Connectivism in the balance of this paper, in order to highlight
key distinctions and advance the argument of why we need a different theory
of learning, and the accompanying factors influenced by learning: how we
teach, how we design curriculum, the spaces and structures of learning, and
the manner in which we foster and direct critical and creative thought in our
redesign of education. In the process, I believe Verhagen's questions will be
addressed. (SIEMENS, 2006, p.6)

Vê-se que as palavras de Siemens (2006) em Connectivism: Learning


Theory or Past Time for the Self-Amused? , é, em certa medida, dedicada a
responder às criticas propostas por Verhagen.
Com base nas três áreas em que se concentra a critica, serão destacados
três pontos, os quais podem servir como uma resposta a Verhagen proposta por
Siemens.
O primeiro ponto que Siemens defende é a perspectiva de que a
aprendizagem é uma ação de reconhecimento de padrões modelados por redes
complexas e que os atos de aprendizagem existem em dois níveis: um que ocorre
internamente como redes neurais, no nosso cérebro, o segundo acontece
externamente como redes que ativamente formamos no nosso ambiente que pode
ser virtual ou não virtual. .
Já o segundo ponto leva em conta que a tecnologia educacional está repleta
de teorias, algumas adaptadas de teorias anteriores como behaviorismo,
cognitivismo e construtivismo; teorias hibridas; teorias emergentes como é o caso do
Conectivismo e visões relacionadas de aprendizagem em rede.
As muitas teorias hibridas e emergentes contrabalançaram teorias
estabelecidas na busca de uma que respondesse os problemas relacionados com a
natureza dos fenômenos da existência, que elas pretenderam suportar e
responder. As ferramentas são formas que possibilitam mudar as pessoas. Os seres
humanos, nos adaptamos com base em novos recursos, sejam eles físicos ou
virtuais.
Confiar, em nosso tempo, em uma teoria que ignora a natureza dos
fenômenos em rede da sociedade contemporânea, fenômenos do conhecimento e
da aprendizagem são, em grande parte, os elementos que possibilitam compreender
como nosso mundo mudou fundamentalmente na sua forma de aprender e conhecer.
Quanto a isso Siemens (2006) afirma:

Educational technology is replete with theories. Some adapted from previous


models (behaviourism, cognitivism, constructivism), blended theories,
emerging theories (Connectivism), and related views of networked learning
(Wikipedia, 2006). Blended and emerging theories counterbalance
established theories in pursuing a theory in line with the nature of the society
it purports to support. Tools change people. We adapt based on new
affordances. To rely on a theory that ignores the networked nature of society,
life, and learning is to largely miss the point of how fundamentally our world
has changed. (SIEMENS, 2006, p.25)

No terceiro e último ponto em resposta a Verhagen, Siemens, o teórico do


Conectivismo, vai apresentar como determinar em que medida se pode qualificar se
uma teoria da aprendizagem está bem constituída.
Devem existir quatro elementos que, segundo Siemens (2006), foram
propostos por Gredler com a finalidade de definir qualitativamente uma teoria.
O primeiro elemento é a alegação ou afirmação hipotética para produzir
alguma indução e crenças claras sobre o objeto de estudo da teoria; no segundo
elemento, os conceitos são claramente definidos e delimitados no universo teórico
aplicável a teoria; o terceiro elemento é a determinação de princípios fundantes
como premissas base e, por fim, o quarto elemento de qualificação de uma teoria da
aprendizagem é a explicação da dinâmica psicológica dos aprendizes que nas
palavras de Siemens (2006) foi chamado de: “dinâmica psicológica subjacente de
eventos relacionados à aprendizagem". Nas palavras de Siemens:

To qualify as a well-constructed theory, four elements must exist (Gredler,


2005, p. 12): (a) clear assumptions and beliefs about the object of the theory,
(b) key terms are clearly defined, (c) development of principles from
assumptions, and (d) explanation of “underlying psychological dynamics of
events related to learning”.(SIEMENS, 2006, p.28)

Além destes elementos que qualificam uma teoria da aprendizagem,


Siemens acrescenta, como resposta a Verhagen, que foram requeridas décadas
para a modelagem de teorias existentes para trabalhar em ambientes complexos e
as muitas revisões contínuas, que se deram diante de mudanças paradigmáticas: no
conhecimento, em como o conhecimento se manifesta na sociedade e nos impactos
que a tecnologia possibilita. Isso, que é exposto por Siemens, constitui o fundamento
de uma mudança paradigmática necessária na forma como percebemos o
aprendizado e o conhecimento.

After decades of molding existing theories to changed environments,


continual revisions, in the face of dramatic change in knowledge, society,
and technology, form the foundation of a needed change in how we perceive
learning. Our views of learning, as the basis of a new approach to designing
and fostering learning, are most useful when they are in line with the
changed environment. For many, the debate of changed modes of learning
does not require an explicit statement. They sense it in their work, how they
communicate, and how they learn. These individuals are not focused on
what, if anything, has changed theoretically. They are asking different
questions than we are attempting to answer with dated theories.(SIEMENS,
2006,p.38)

Com estes elementos, pode-se compreender a resposta desenvolvida por


Siemens em Connectivism: Learning Theory or Past Time for the Self-Amused? A
critica de Verhagen ao Conectivismo. Há um ponto importante no tocante a
limitações, pois é de estrema relevância, para se realizar um estudo mais adequado
do Conectivismo, uma comparação do Conectivismo em relação a vertente
epistemológica a qual seja compatível e possibilite com que esta possa ser validada
com uma teoria da aprendizagem valida.
Por fim, é fundamental, para a adequada determinação do Conectivismo
como teoria da aprendizagem, expor as delimitações epistemológicas que a teoria
está submetida, quanto a isso seria importante um estudo mais detalhado para uma
adequada associação entre o Conectivismo e uma visão epistemológica.
Major epistemological perspectives include:1. Empiricism—the belief that
knowledge is gained through senses, 2. Nativism—the belief that knowledge
is innate or present in at birth, 3. Rationalism—the belief that knowledge is a
function of reason. (Driscoll, 2000, p. 13)These three structures of valid
knowledge sources provide the basis for reflecting on what it means to learn
or know. Educational theories and models built on these views of knowledge.
Assumptions of what it means to know drives approaches to learning
creation. (SIEMENS, 2006, p.18)

Siemens cita a necessidade da associação de uma teoria da aprendizagem


e um pensamento epistemológico, porém não deixa claro em relação a qual linha de
pensamento epistemológico, das três linhas citadas pelo Conectivista: Empirismo,
Nativismo ou racionalismo, está vinculada a sua teoria ou se não está vinculada a
nenhuma dessas três a qual está vinculada? Este é um ponto que demanda uma
pesquisa posterior.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Apresentamos os elementos sistemáticos que constituem as características


da teoria da aprendizagem proposta por George Siemens em Conectivismo: Uma
Teoria de Aprendizagem para a Idade Digita e Conociendo el conocimiento e
mostramos os elementos que constituíram a principal crítica proposta por Plön
Verhagen em “Connectivism: a new learning theory?”
Em razão de todo o exposto, quanto ao tema desta monografia nos
concentramos em compreender a teoria da aprendizagem, conhecida como
Conectivismo, e um pouco de seu contexto e mostrar suas características
estruturantes, apresentamos seus princípios e o que a torna uma teoria da
aprendizagem a qual busca se estabelecer como novo paradigma.
Determinamos que a caracterização sistemática do Conectivismo de George
Siemens como teoria da aprendizagem possui os elementos necessários para poder
ser indicada como uma teoria da aprendizagem e a principal critica proposta por
Plön Verhagen não falseia o conectivismo, pois a critica é respondida por Siemens
em Connectivism: Learning Theory or Pastime of the Self-Amused?, e sua resposta
indica a inconsistência na afirmações de Plön Verhagen.
No primeiro capitulo, tivemos a oportunidade de descrever a relação das
teorias da aprendizagem Behaviorismo, Cognitivismo e Construtivismo em relação
ao Conectivismo para esta comparação utilizamos os critérios: como ocorre o
aprendizado, Fatores de influência Papel da memória, Como ocorre a transferência
e Tipos de aprendizagem melhor explicados.
Para cada critério demostramos os elementos de cada uma das principais
visões de teoria da aprendizagem em comparação com o Conectivismo e chegamos
a conclusão de que o Conectivismo é o aprendizado que ocorre dentro de uma rede
social virtual ou não, tecnologicamente aprimorada, reconhecendo e interpretando
padrões em que os fatores de influência são fundamentais, a diversidade da rede e
o papel da memória de manipular padrões adaptativos que são representativos do
estado atual. A aprendizagem existente em rede possibilita a transferência
conectando ou adicionando nós de uma rede, em que os tipos de aprendizagem
melhor explicados são as relacionadas com a aprendizagem complexa com núcleo
de mudança rápida e que possuem diversas fontes de conhecimento a serem
acessadas.
No Segundo capitulo, realizamos a caracterização dos princípios da
Conectivismo e abordamos os principais conceitos que possibilitaram a constituição
dos princípios Conectivistas. Abordamos a visão de que o conhecimento não é
estático e ocorre em um processo cíclico que esta subdividido em co-criação,
distribuição comunicação, personalização e implementação. Esse conhecimento vai
se manifestar em múltiplos domínios de nosso estado de completude humana, que
perpassa os estado físico, cognitivo, emocional e espiritual, quando devemos
exercer os muitos tipos de saberes: saber sobre, saber fazer, saber onde, saber ser
e saber transformar.
Foi mostrado que Siemens vai compreender o ato de aprender como um ato
de criar, construir, desenvolver ou formular uma rede de nós, onde conectamos e
com isso modelamos, ou moldamos a fonte de conhecimento e informação obtida
pelos nós.
No Terceiro e último capítulo nos concentramos na principal ponderação e
mostramos que Verhagen (2006) propõem uma critica aos princípios do
Conectivismo, porém não detalha elementos que definam as características do
conhecimento ou da aprendizagem simplesmente categoriza os princípios
formulados por Siemens em quatro categorias; 1- Objetivos educacionais para o
currículo, 2- Locais para o currículo, 3- Processos de aprendizagem que devem ser
facilitados ao colocar em prática um currículo e por fim uma categoria separada para
lidar com o fato de 4- o conhecimento residir em fontes não humanas, com a
finalidade de conduzir o entendimento do leitor a compreender a perspectiva de
Siemens como uma pedagogia ou uma teoria do currículo ao invés de uma teoria da
aprendizagem.
Mostramos também que Verhagen não se dedica a discutir as questões
acerca do conhecimento e da aprendizagem o que a meu ver impossibilita uma
adequada crítica e estaria neste ponto o principal erro de Verhagen.
Como objeto especifico para esta pesquisa foi apresentado no primeiro
capítulo o contexto paradigmático em que o Conectivismo está inserido, realizando a
comparação entre as principais teorias da aprendizagem e pudemos aprofundar no
segundo capitulo e mostramos que George Siemens caracteriza o Conectivismo
com os seguintes elementos: a aprendizagem como processo de conectar nós
especializados ou fontes de informação; o conhecimento baseado na diversidade de
opiniões mesmo em dispositivos não humanos e a capacidade de saber mais são
mais importantes do que aquilo que sabemos num determinado momento. Com isso
promover e manter conexões fundamentais, possibilitar a aprendizagem contínua e
desenvolver a capacidade de ver conexões entre ideias, conceitos e áreas do saber
como uma habilidade fundamental a fim de buscar a atualização cujo conhecimento
tem que ser preciso e atual. Nesse contexto, a tomada de decisão é, em si, um
processo de aprendizagem, pois uma decisão correta em determinado momento
pode estar equivocada em outro momento devido a alterações no ambiente
informativo afetando a decisão.
E ao fim no terceiro capítulo foi apresentada a principal crítica ao
Conectivismo, proposta por Plön Verhagen, que questionou sua real delimitação de
ação quanto uma teoria de aprendizagem e que sua critica não falseia o
Conectivismo e também foram questionados dúvidas da possibilidade de a
aprendizagem poder residir em mecanismos não humanos.
De forma geral, esta pesquisa expôs os elementos sistemáticos que
constituem as características da teoria da aprendizagem proposta por George
Siemens em Conociendo el conocimiento e apresentar os elementos da principal
critica proposta por Plön Verhagen em Connectivism: a new learning theory?.
E por fim se o Conectivismo possui os elementos que caracterizam as
demais teorias da aprendizagem e possuem princípios válidos, logo, o Conectivismo
é uma teoria da aprendizagem válida.
Durante a pesquisa foram percebidas limitações, o que é de fundamental
importância para a adequada determinação do Conectivismo como teoria da
aprendizagem, sendo necessário expor as delimitações epistemológicas sob as
quais a teoria está submetida. Quanto a isso seria importante um estudo mais
detalhado para uma adequada associação entre o Conectivismo e uma visão
epistemológica.
É necessária a associação de uma teoria da aprendizagem e um
pensamento epistemológico, porém não foi deixado claro por Siemens uma relação
a qual linha de pensamento epistemológico, dentre as três linhas citadas por ele
mesmo; Empirismo, Nativismo ou racionalismo, está vinculada a sua teoria, ou se
não está vinculada a nenhuma a qual estaria. Esse é um ponto que demanda uma
pesquisa posterior.

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Referências

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Ilustrações

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