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RIBEIRO, Darcy. Criatório de gente. Em: RIBEIRO, Darcy.

O povo brasileiro:
a formação e o sentido do Brasil. 3ª edição. São Paulo: Companhia de
Bolso, 2006.
 CUNHADISMO: termo para designar a incorporação de pessoas
estranhas à “indiada”. Uma moça índia, chamada de temericó, era
“dada” a um europeu, e ele passava a ser parte da família. As relações
eram divididas em “transáveis” ou “incestuosas”. Assim desenvolveu a
“mestiçagem” e o conceito de família no Brasil.
 Os bandeirantes desempenharam uma função muito importante no
processo colonizador, pois além facilitarem o processo de
interiorização, eles também mediavam a comunicação entre os
portugueses e os indígenas.
 As primeiras relações econômicas na colônia se deram por meio do
escambo e da exploração (economia mercantil). Não era simplesmente
uma troca de mercadorias, mas uma maneira de satisfazer as
demandas de cada povo. Nessa fase, existia uma certa “união” entre
indígenas e portugueses, e as relações entre eles eram pacíficas.
 Inicialmente, a terra foi dividida em donatarias, nas quais cada donatário
(escolhido pelo rei de Portugal). Eles podiam fazer o que quisessem
com as terras, transformando-as em verdadeiras províncias, desde que
garantissem riquezas para a metrópole. Entretanto, as donatarias não
prosperaram, então foi instaurado o governo-geral. Nessa época,
vieram muitos portugueses (homens) para povoar o Brasil, e, entre eles,
muitos jesuítas.
 Inicialmente os jesuítas tentaram ensinar o português para os
indígenas, mas depois acharam que seria mais útil evangeliza-los em
tupi, pois assim eles também poderiam evangelizar outros indígenas e
assim propagar a doutrina da religião católica.
 Depois de um tempo de convivência pacífica, os indígenas começaram
a se revoltar com a exploração dos portugueses, que os obrigavam a
fazer muita coisa em troca de muito pouco. A partir daí, começou uma
série de conflitos entre esses dois povos.
 Graças às três pragas do homem branco (as pestes, as guerras e a
escravidão) a população indígena começou a diminuir
consideravelmente.
 As missões jesuíticas tiveram grande êxito na colonização, pois
possibilitaram aos portugueses um maior domínio sobre os indígenas,
ensinando-lhes sua doutrina religiosa e seu idioma, mantendo-os quase
que em um cativeiro.
 O português brasileiro é formado pela junção entre o português de
Portugal e os idiomas indígenas, assim como o modo de vida brasileiro.
Logo, as regiões do Brasil que tiveram mais contato com portugueses
(ex: nordeste) vão apresentar hábitos e características “mais
portuguesas” do que regiões que tiveram mais contato com indígenas
(ex: sudeste).
 Mesmo com uma legislação que proibia, a escravidão indígena era
muito forte no Brasil colonial (por conta de brechas nas leis), só sendo
superada pela escravidão africana no século XVII. A mão de obra
indígena era muito valorizada, sobretudo para a agricultura de
subsistência.
 “(...) o único requisito indispensável para que o índio fosse escravizado
era ser, ainda, um índio livre. ” (p. 89)
 O índio era o escravizado dos pobres, uma vez que era mais barato do
que um escravizado africano.
 “O índio, aqui, não tem o estatuto de escravo nem de servo. É um
catecúmeno, quer dizer, um herege que está sendo cristianizado e
assim recuperado para si mesmo, em benefício de sua salvação eterna.
No plano jurídico, seria um homem livre, posto sob tutela em condições
semelhantes às de um órfão entregue aos cuidados de um tutor. ” (p.
92-93)
 Depois de um tempo, a escravidão indígena foi definitivamente proibida,
e só era permitido arrendar a sua mão de obra. Mas isso foi ainda pior,
pois os senhores de engenho passaram a gastar menos para adquirir
aquela força de trabalho, então se preocupavam ainda menos com as
condições de vida e de trabalho daquelas pessoas. Isso configurou um
novo tipo de genocídio indígena.

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