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ESCOLA DE HUMANIDADES
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
PORTO ALEGRE
2018
1. INTRODUÇÃO
Branca Regina Lenzi foi a organizadora do livro comemorativo que será utilizado
como principal fonte para o presente estudo: Semana da Pátria, de 1940, publicado
pela Editora Globo. Sabe-se que a normalista foi casada com Ignácio (algumas vezes
grafado como Inácio) Lino Lenzi, prefeito e presidente da comissão executiva do
Partido Republicano Liberal de Itaqui, às margens do Rio Uruguai. Lenzi iniciou sua
carreira na cidade em 1922, como parte do corpo docente do Collegio Elementar de
Itaquy. Em 1928, já em Porto Alegre – não se sabe o motivo da mudança – foi docente
do Collegio Elementar do Parthenon (atual Colégio Estadual Inácio Montanha) e,
posteriormente, diretora do Grupo Escolar da Chácara das Bananeiras (atual Colégio
Estadual Cel. Aparício Borges), além de membro do Diretório Local da União dos
Professores do Rio Grande do Sul e do Círculo de Diretores. Ficou conhecida na
capital como fiscal de nacionalização, cargo criado durante o Estado Novo. Sabe-se
que organizou a Caravana dos Coloninhos pelo menos até o ano de 1942.
2. OBJETIVOS
Objetivo Geral:
Compreender como ocorreu a difusão dos ideais patrióticos através da Caravana dos
Coloninhos de 1940, tendo como base o livro de Branca Regina Lenzi.
Objetivos Específicos:
O trabalho docente era entendido como um sacerdócio, um dom que deveria ser
exercido com amor, compreensão, bondade, cooperação e solidariedade. Nas
colônias, as professoras ainda lidavam com outros problemas: a falta de estrutura das
escolas e da comunidade em geral, e a pouca experiência, pois grande parte das
normalistas assumia o cargo ainda na adolescência, com menos de dezoito anos. Nas
áreas rurais, nos primeiros anos do Séc. XX, poucas eram aquelas efetivadas por
meio de concurso, sendo mais frequente que os próprios membros da comunidade
designassem as jovens que haviam estudado com mais afinco para lecionarem
(LUCHESE; GRAZZIOTIN, 2015).
Com base nos pressupostos da história social, entende-se etnia como um conjunto
de elementos culturais – podemos citar as características linguísticas, religiosas, os
costumes e a tradição – compartilhados por um povo, influenciando sua percepção e
organização societária, além de diferencia-lo socialmente do restante da população.
Segundo Kreutz (2014), a etnia constitui-se como um elemento importante dentro das
práticas sociais, ao mesmo tempo que tais práticas constituem a reconfiguração
étnica.
5. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Podemos afirmar que a Caravana dos Coloninhos integrou o rol das chamadas
medidas preventivas, postas em prática após a implementação do Estado Novo, em
1937. Lúcio Kreutz, em capítulo publicado na obra organizada por Claudemir de
Quadros, Uma Gota Amarga (2014), aborda a questão ao diferenciar as práticas
preventivas daquelas repressivas, assim como seu impacto nas colônias alemãs e
nas escolas étnicas da região. O autor afirma que, enquanto nas colônias italianas as
autoridades priorizaram as práticas preventivas, nas regiões de colonização alemã o
tom tornou-se policialesco, pois os teuto-brasileiros eram considerados um quisto
étnico mais avesso à assimilação, além de manterem-se ainda mais isolados que o
restante dos imigrantes e descendentes.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LENZI, Branca Regina (Org.). Semana da Pátria. Porto Alegre: Editora Globo, 1940.