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Resumo
Abstract
The present article is a cut of the monograph, elaborated by the author of the research, with
guidance of the coauthor of the article. It aims to present a historical approach to special and
inclusive education, highlighting essential events in the recognition of Autism Spectrum
Disorder (ASD). For this, we are based on the National Guidelines for Special Education in
Basic Education (2001), the Brazilian Law on Inclusion of Persons with Disabilities, nº
13.146 / 15 and the law on protection of persons with autism, Law No. 12.764 / 12, We will
dialogue with authors such as Cunha (2015), Schmidt (2013) and Silva et al (2012). In this
envelope, the research is characterized as bibliographic, with an exploratory character. We
show that the recognition of TEA is the beginning for meaningful actions to take place, with a
dialogical connection between the family and health and education professionals to include
the subject with autism in education.
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Graduanda do curso de pedagogia na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)
E-mail: reginah_kelly@hotmail.com
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Professora na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) Mestre em Educação (UFRN). E-mail:
mairaemellyc@gmail.com
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TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO (TEA): DO RECONHECIMENTO À INCLUSÃO NO ÂMBITO EDUCACIONAL
1. Introdução
Com essas prerrogativas, o artigo tem como objetivo apresentar uma abordagem
histórica da educação especial e inclusiva, ressaltando acontecimentos essenciais para o
reconhecimento do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Assim, permite a
compreensão do Transtorno, tanto para os profissionais da saúde, como também para a
comunidade educacional, esclarecendo que tais instituições devem conhecer, incluir e
trabalhar com o sujeito com autismo.
2. Referencial teórico
2.1. Conceito e características: Compreendendo o transtorno
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por meio do psiquiatra Leo Kanner, que em suas primeiras pesquisas já abordava
características do autismo de forma relevante (CUNHA, 2015).
É válido trazer algumas características peculiares da criança com TEA. “[...] o TEA é
definido como um distúrbio do desenvolvimento neurológico que deve estar presente desde a
infância, apresentando déficit nas dimensões sociocomunicativa e comportamental”
(SCHMIDT, 2013, p. 13). Sabendo que essas dimensões são inseparáveis.
As definições utilizada pela APA (2013) apud Zanon et al (2014) vão de encontro com
as concepções já mencionadas.
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Diante do que foi apresentado, é notório que o Transtorno do Espectro do Autismo não
se apresenta como algo linear, já que não há uma fórmula para evidenciar sintomas
relacionados ao autismo. Identificar um sujeito com autismo é lembrar que as características
supracitadas são indissociáveis, podendo ser evidentes ou não, de acordo com seu nível de
gravidade. Contudo, os sintomas não surgem de forma igualitária para todos os sujeitos. É
preciso reconhecer que por mais parecidos que sejam, cada situação é singular, nenhum
autista é igual ao outro.
As características da pessoa com autismo não podem ser motivos de desistência nos
aspectos pessoal, educacional e profissional, é um desafio, e os primeiros passos a serem
tomados é conhecer, acompanhar e buscar cada vez mais por melhores condições para o
desenvolvimento cognitivo, afetivo e social. O TEA não se concentra nas dificuldades, mas na
ampliação de novos olhares, novas possibilidades de conhecimento, na compreensão do
sujeito, enquanto ser social, buscando perspectivas de evolução.
2.2. O autismo e as leis de apoio à inclusão: por uma sociedade sem exclusão
Tendo a compreensão sobre o Transtorno do Espectro do Autismo, faz-se necessário
conhecer Leis que permitem que essas pessoas sejam acolhidas pela sociedade. Decerto, não
existem fórmulas para a inclusão de pessoas no âmbito profissional, escolar e familiar, mas é
de suma importância aceitar as heterogeneidades dos sujeitos.
Com isso, é possível evidenciar aspectos que rompem barreiras e levam à inclusão.
Baseando-se na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394/96, na Política
Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008), as Diretrizes
Nacionais para Educação Especial na Educação Básica (RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 2, DE
11 DE SETEMBRO DE 2001), a lei nº 13.146/15, que institui a Lei Brasileira de Inclusão da
Pessoa com Deficiência e a lei de amparo à pessoa com autismo, a lei nº 12.764/12, esta, por
sinal, considerada uma das mais importantes para o Brasil nesse enfoque da inclusão da
pessoa com TEA.
Retomando alguns acontecimentos importantes para a educação especial e inclusiva,
Miranda (2008) nos relata que no Brasil, o atendimento a pessoas com deficiência teve inicio
na época do império, com a criação de duas instituições, “Instituto dos Meninos Cegos” (hoje
“Instituto Benjamin Constant”) e do “Instituto dos Surdos-Mudos” (hoje, “Instituto Nacional
de Educação de Surdos – INES”), instituições criadas por volta da década de 1850, tornando
um marco para o atendimento de pessoas com deficiência no Brasil. Todavia, evidenciamos
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que apesar do importante passo para a inclusão, essas instituições foram introduzidas apenas
para o atendimento a pessoas com deficiências visuais e auditivas, segregando, assim, outros
tipos de deficiências, como a mental.
Em 1961, o atendimento educacional a pessoas com deficiência passa ser
fundamentado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), Lei nº
4.024/61, a qual se refere a pessoa com deficiência como “excepcionais”, assim, a Lei, expõe
que a educação, no que for possível deverá enquadrar os “excepcionais” no sistema geral de
ensino, integrando-os a comunidade educacional. A LDBEN passou por modificações já que
em sua consonância não organizava o sistema como capaz de suprir as necessidades das
pessoas com alguma deficiência, não efetivando, de fato, uma educação inclusiva para todos
(BRASIL, 2008).
Só em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), lei nº
9.394/96 reorganiza a concepção do ensino voltada à pessoa com Necessidade Educacional
Especial e estabelece um sistema de ensino equivalente a uma educação inclusiva. No
capitulo V, da sessão da educação especial, em seu art. 59 expõe que os sistemas de ensino
assegurarão aos educandos com Necessidades Educacionais Especiais:
apoio social. Com isso, ressaltam que “[...] ainda hoje, constata-se a dificuldade de aceitação
do diferente no seio familiar e social, principalmente do portador de deficiências múltiplas e
graves, que na escolarização apresenta dificuldades acentuadas de aprendizagem” (BRASIL,
2001, p.19). Mesmo assim, são notáveis as mudanças significativas nas últimas décadas,
apesar da resistência, a educação inclusiva vem se consolidando e muitos avanços estão sendo
alcançados.
Com a intenção de propiciar a inclusão escolar, a Política Nacional de Educação
Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, portaria nº 555/2007, prorrogada pela portaria
948/2007, “tem como objetivo assegurar a inclusão escolar de alunos com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação [...]” (BRASIL,
2008, p.15). Aqui podemos identificar a preocupação da inclusão da pessoa com autismo,
considerando que os Transtornos Globais do Desenvolvimento abrangem vários transtornos
dentre eles, o autismo.
O documento da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação
Inclusiva (2008), segue orientando os sistemas de ensino para garantir a inclusão escolar dos
alunos com alguma Necessidade Educacional Especial.
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III - o acesso a ações e serviços de saúde, com vistas à atenção integral às suas
necessidades de saúde, incluindo: a) o diagnóstico precoce, ainda que não definitivo;
b) o atendimento multiprofissional; c) a nutrição adequada e a terapia nutricional; d)
os medicamentos; e) informações que auxiliem no diagnóstico e no tratamento;
São muitos os estigmas diante da pessoa com autismo. No entanto se faz necessário
reconhecer que qualquer pessoa, com deficiência ou não, precisa ser vista como um ser capaz,
com direitos a saúde, educação, e principalmente, a sua integridade, seja ela física ou moral.
O autista não precisa que a sociedade sinta “dó”, tão somente que a sociedade olhe com olhos
de tristeza. São expressões negativas que impedem a inclusão se efetivar. O autista tem
interesses e comportamentos considerados atípicos, mas isso não define sua capacidade, é
inegável que expõe suas limitações, mas qual ser humano não tem limitação?
Em 2015 é aprovada a Lei nº 13.146/15 que vem para fundamentar e dá um suporte às
ações afirmativas e inclusivas. A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI),
visa promoção da igualdade e o exercício dos direitos da pessoa com deficiência. Se voltando
para o direito a educação, o art. 28 da Lei, esclarece que compete ao poder público assegurar,
criar, desenvolver, implementar, incentivar, acompanhar e avaliar questões relacionadas a
ações inclusivas. Assim, destacamos algumas ações expostas no artigo.
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[...]
[...]
[...]
A LBI é precisa quando diz que não apenas as condições para o acesso da pessoa com
deficiência devem ser aprimorados, mas também a sua permanência, ou seja, não se pode
pensar no ingresso sem pensar em recursos, adaptações e na participação ativa do sujeito no
âmbito educacional e profissional para um efetivação de direitos. Essa parceria exposta no
artigo, em que todos os setores necessitam se articular, consiste no aperfeiçoamento de ações
que se interliguem, promovendo uma implementação de políticas públicas voltadas para a
realidade da pessoa com deficiência.
Essa articulação intersetorial na implementação de políticas pública discutida no art.
28 da lei 13.146/15 faz uma relação concisa com o art. 2º da lei 12.764/12, que apresenta
diretrizes da Política Nacional de Proteção dos Direitos da pessoa com Transtorno do
Espectro do Autismo, em alguns pontos o art. expõe essa necessidade de haver a
intersetorialidade e a participação de todos na formulação de políticas públicas, assim como
também o incentivo a formação dos profissionais a respeito da deficiência. Em destaque,
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[...]
As duas leis, tanto a LBI (2015) quanto a Lei Berenice Piana (2012) demonstram a
preocupação de uma política para o crescimento integral da pessoa com deficiência, em
destaque colocamos a pessoa com Transtorno do Espectro do Autismo. Não se pode excluir a
responsabilidade do poder público nessa composição e não se pode minimizar a
responsabilidade de todos os profissionais, assim como da família na busca do conhecimento,
da capacitação e da perspectiva inclusiva na sociedade, se torna fundamental a participação
ativa da sociedade.
3. Metodologia
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parte dos estudos exploratórios pode ser definida como pesquisas bibliográficas” (GIL, 2002,
p. 43). Por meio da pesquisa bibliográfica, nos debruçamos em leituras de aportes teóricos que
ampliam a discussão da temática e abordam a compreensão de aspectos importantes à
inclusão efetiva na sociedade, tais como: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei
nº 9.394/96, na Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva
(2008), as Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica (RESOLUÇÃO
CNE/CEB Nº 2, DE 11 DE SETEMBRO DE 2001), a lei nº 13.146/15, que institui a Lei
Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência e a lei de amparo à pessoa com autismo, a
lei nº 12.764/12. Complementando, pesquisamos autores que retratam essa trajetória e essa
discussão sobre a inclusão e o Transtorno do Espectro do Autismo, Cunha (2015), Schmidt
(2013), Silva et al (2012), Miranda (2008) e Semensato e Bosa (2013).
Com isso, buscamos responder por meio dessa pesquisa, questionamentos relacionados ao
reconhecimento e a inclusão do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) no âmbito
educacional.
4. Resultado e discussões
Foi possível perceber que na maioria das vezes, o autismo não é visto como um
transtorno do desenvolvimento neurológico, e por vezes ouvimos expressões como, “essa
criança é mimada”, “ela é doida”, “os pais não colocam limites, por isso que ela é assim”.
Seriam essas expressões consequência da falta de informação da sociedade? A resposta é que
ainda é necessário conhecer esse transtorno para que assim, a sociedade tenha atitudes mais
sensíveis à essa realidade.
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Entender o autismo é ir além do que olhos podem ver, é trilhar um caminho sem
placas de direcionamento, e que apesar das dúvidas, cada caminho trilhado, é um
conhecimento construído, e os obstáculos que aparecerem no caminhar vão conduzindo a
novos saberes. Ressaltamos que pais, profissionais da saúde e da educação devem estar em
constante colaboração, buscando em conjunto, novos progressos. Quando é reconhecido as
necessidades, fica mais acessível a busca por melhores metodologias e formas para
desenvolver um trabalho direcionado a singularidade do autista. É preciso estar dispostos a
lutar todos os dias mesmo que tudo o que for ensinado não seja aprendido.
Assim, Semensato e Bosa (2013), esclarece que essa aliança entre os profissionais da
saúde com a família se torna fundamental para o processo de adaptação da criança com
autismo na sociedade, não esquecendo a importância da educação nesse processo conjunto.
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Nesse envolto, direcionamos o olhar sensível, também para o âmbito escolar, onde a
criança deve ser acolhida de forma inclusiva, atentando sempre as suas potencialidades e não
as suas dificuldades. O enfoque teórico e o fazer pedagógico são fundamentais para a
compreensão do trabalho para com a criança com Transtorno do Espectro do Autismo,
conduzindo, assim a não apenas o reconhecimento do transtorno, mas a um direcionamento
para além dos muros da escola. É essa visão que amplia as ações, tornando-as significativas e
prazerosas.
5. Conclusão
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