CHIMARRITA

Lopes Neto. – João Simões

Cancioneiro Guasca / João Simões Lopes Neto – Porto Alegre: Sulina, 1999.
P. 25
Meyer. – Augusto
Cancioneiro Gaúcho/ 3ª Edição
P. 44

VOU DANÇAR A CHIMARRITA

QUE AINDA HOJE NÃO DANCEI
VOU TIRAR ESTA SENHORA
QUE AINDA HOJE NÃO TIREI

CHIMARRITA MORREU ONTEM

MAS PRA SEMPRE HÁ DE DURAR
AS PENAS DA CHIMARRITA;
FAZEM A GENTE PENSAR...

CHIMARRITA GENEROSA,
Ó CHIMARRITA, PERDOA!
QUEM TE CHAMAVA DE MÁ;
NÃO ERA MELHOR PESSOA...
TATU COM VOLTA NO MEIO
Meyer. – Augusto
Cancioneiro Gaúcho/ 3ª Edição
P. 43,44

J.C Paixão Cortes

Fandangos Orelhanos
Manifesto, cartas e momentos
P:

AO CHEGAR A SUA CASA,

O TATU VINHA CONTENTE
POR VER A SUA TATUA
E QUEM MAIS ERA PARENTE

Anda a roda
Tatu tatu
Panela no fogo
O arroz ta cru

- MINHA COMADRE TATUA

ADEUS, COMO TEM PASSADO?
- TENHO PASSADO MUI BEM,
PORÉM COM ALGUM CUIDADO

Anda roda
Tatu da roça,
Moça bonita
Da perna grossa

A TATU ESTÁ VIÚVA,

O SEU TATU JÁ MORREU;
ELA AGORA QUER MARIDO
TRAVESSO, COMO ERA O SEU

Anda a roda
O tatu é meu
Voltinha no meio
O tatu é teu

E, SE ALGUM DOS MEUS SENHORES

QUER SER TATU PREFERIDO,
A TATUA ESTÁ VIUVA
É SÓ FAZER SEU PEDIDO
Anda a roda
Meu tatuzinho
No meio da sala
bebendo vinho
 PAU DE FITAS DT QUERÊNCIA DAS DORES
Arranjo Grupo Musical Dt Querência Das Dores

Barranca e fronteira (Grupo Querência)

Tem o verde do campo nos teus olhos

E um feitiço maleva que é puro veneno no caminhar
Uma noite serena adormece morena em meus cabelos
E o teu corpo bronzeado é um laço atirado a me pealar

Tristeza e alegria são meu dia a dia já me acostumei

Sou de campo e de rio, faça sol, faça frio lá domingo estarei
Barranca e fronteira , canha brasileira, assim me criei
Com carinho nos braços, galopo aos meus passos e me sinto um rei

Hoje meu dia a dia só tem alegria, tristeza deixei

Encontrei na verdade a outra metade que tanto busquei
Barranca e fronteira, canha brasileira feliz estarei
Com carinho nos braços, da prenda os abraços e me sinto um rei

Tem o verde do campo nos teus olhos

E um feitiço maleva que é puro veneno no caminhar
Uma noite serena adormece morena em meus cabelos
E o teu corpo bronzeado é um laço atirado a me pealar

Onde andará – Gujo Teixeira e Luiz Marenco

Onde andara um verso claro

Ponteado numa canção
Que se espalhava em floreios
Pelas tardes no galpão
E matizavam campeiros,
ao som de gaita e violão

Quem sabe andam perdidas,

Nas saudades dos avós
Ou presas dentro do peito
Querendo saltar na voz
[...] Onde andará, onde andará, dentro de nós!
Canta Maria (Pirisca Grecco)

Era uma vez três Marias, a estrela guria e a santa

Cadentes de luz e alegrias e nós na garganta
Marias que são reticencias de uma história sem fim
Romance de pouso e estrada cantados assim

Brilha a estrela Maria que a noite anuncia no céu

Maria de um tempo fechado de alguém que escondeu
Estrela Maria que abre os caminhos, simpatia
Maria que guia o destino de quem se perdeu
Maria que guia o destino de quem se perdeu

No coração do Rio Grande, ouve Maria cantar

Na voz dos compositores, no sonho que veio acampar
No apito do trem que venta o minuano a soprar
Pela garganta de quem nem precisa falar;
Xote, do tempo bom
Autor: Fausto Prado

QUANDO O SOL VEM CEDINHO

PERFUMA O AR DA MANHA PELO CAMPO
NA GARUPA DO VENTO ESSE TEMPO BOM
TANTA FLOR TANTO ENCANTO
SÃO AGRADOS E LUZES
DOS CABELOS DA PRENDA
QUE CANTA FELIZ
ILUMINA O LUGAR

QUANDO É PRIMAVERA MEU CORAÇÃO ANDA DE BICICLETA

NA CARONA O FUTURO GRITANDO SIM TRAZ O FIM DA ESPERA
TUDO VAI SER DENOVO TUDO VAI SER AGORA
O SONHO É REAL O AMOR VAI CHEGAR

DEIXA ESSA DOR PELA ESTRADA VIDA É DANADA É BONITA

VIDA É TUDO QUE SE TEM
SEGUE A CANÇÃO CANTA O XOTE, DO TEMPO BOM
VAI EM FRENTE QUE A GENTE MERECE O BEM
PAU DE FITAS - CTG TROPEIRO VELHO

ADEUS FLORINDA – edilberto Teixeira/edilberto Teixeira neto/lucas

ferreira

ADEUS FLORINDA, CHINOQUINHA LINDA QUE ME FAZ PENAR

ADEUS FLORINDA, CHINOQUINHA LINDA QUE ME FAZ PENAR
ADEUS FLORINDA, QUANDO CHEGAR A HORA EU VIREI TE BUSCAR
ADEUS FLORINDA, QUANDO CHEGAR A HORA EU VIREI TE BUSCAR

O meu baio escuta e diz que tem garupa pra te carregar

Vai embora ao trote e volta a galope a querer voar
Com teu rancho a vista uma lua arisca vai se iluminar
Como uma luz de velas a tua janela pra mim se abrira

CARRETA – OS SERRANOS

O gemido da carreta se ouve longe na terra

Ela leva o sentimento das coisas do meu rincão
No caminho da carreta que passa no pé da serra
Vai transportando lamentos saudades no coração
Saudades no coração

Passa no capão de mato carregada com nó de pinho

Que vai aquecer o ranchinho queimando no fogo de chão
Que vai aquecer o ranchinho queimando no fogo de chão

(Vai carreta rasga o chão

Leva a saudade do meu rincão)

Mi vim dimbora (Aparício Silva Rillo)

Me vim dimbora do meu rancho pra cidade

Venho por necessidade pra desenroscar o nó
Não sei se volto da vidade pro meu rancho
Que hoje “véve” no meu canto de galito carijó

Mi vim mi vim mi vim mi vim mi vim dimbora

Mi vim mi vim mi vim mi vim mi vim dimbora
Chote de duas damas
Xote véio gaúcho – fabio soares

Abre essa gaita gaiteiro, não se alvorote

Rasga num xote tua emoção de tocador
Que na penumbra da fumaça dos candeeiros
Eu me desmancho na sina de dançador

Coisa gaúcha é marcar um xotezito

Jeito bonito de expressar a tradição
Embalo bueno dos bailongos do passado
Sempre dançado ao som de gaita e violão

E assim me vou dançando um xote

Firme, faceiro, sigo no trote
E a prenda linda figurando a marcação
Vai sarandeando, varrendo a poeiradochão

E assim me vou dançando um xote

Firme, faceiro, sigo no trote
Toca gaiteiro e não se perca no repucho
Que tá bonito esse xote véio gaúcho

Quando o gaiteiro toca xote bem marcado

O povo dança com vontade de dançar
Pelo salão não fica ninguém parado
Marcando um xote, vão tenteando afigurar

O bodeguero cobra a canha se embalando

Na portaria cada ingresso é uma voltinha
E a mulherada deixa de fazer fofoca
Saracoteando bem no meio da cozinha

E eu também vou dançando um xote

Firme, faceiro, sigo no trote
E a prenda linda figurando a marcação
Vai sarandeando, varrendo a poeira do chão

E assim me vou dançando um xote

Firme, faceiro, sigo no trote
E pára a gaita gaiteiro não faça luxo
E que se acabe esse xote véio gaúcho
Duas Damas CTF Os Nativos – Minha Riqueza - Josemar Dias e Juliano Santos

Vou dançar com a prenda minha

E figurar neste salão
E mostrar pra todo mundo
Que é só teu meu coração

Na procura de tesouros não achei

Até um dia te encontrar
E a riqueza que eu ganhei
É este chote contigo dançar

Venha cá me dê sua mão (neste passo figurado)

Me sinto o rei do rincão (com você aqui do meu lado)
Sou peão de campo e domador
Esta é a vida que eu quis

A riqueza que possuo (é teu amor)

Isto basta pra que eu seja feliz
Dos tesouros que encontrei
É só você que eu sempre quis
Rancheira bonita - teixeirinha
Uma rancheira vou cantar agora
Que gostosura que a rancheira tem
Dentro da noite uma sanfona chora
Sentado em bancos não fica ninguém
Lá pelas tantas o sanfoneiro para
Se houve palmas por todo salão
Toca de novo o baile pega fogo
Pula moçada rasta o pé no chão

Rancheira é uma morena

Beleza da minha terra
Que canta lá na fronteira
E dança em cima da serra
Rancheira minha rancheira
Rosa vermelha em botão
Rancheira me dá um beijo
Que eu te dou o meu coração
Uma rancheira sempre é saudade
Decerto é isto que eu sinto agora
Daqueles bailes lá da minha terra
Quando eu me lembro os meus olhos choram
Não sei se é só saudades dos bailes
Ou de uma prenda que dançou comigo
Eu só me lembro que naquela noite
Dançando com ela perdi um amigo

Rancheira é uma moça bela

Beleza do meu rincão
Depois que dancei com ela
Fiquei preso de paixão
Rancheira minha rancheira
Debaixo do céu azul
Morena que canta e dança
Lá no Rio Grande Do Sul
 BRINCANDO COM A RIMA – GILDO DE FREITAS
Fui convidado pra parar Rodeio
Me levantei no outro dia cedo
Peguei o pingo botei um arreio
Porque do laço eu nunca tive medo
Porque do laço eu nunca tive medo
Peguei o pingo botei um arreio
Me levantei no outro dia cedo
Fui convidado pra parar RodeiO
Eu cheguei lá o rodeio era outro
Era pialo de laço de fita
Eu pensei que era pra laçar potro
Mas fui laçar uma china bonita
Mas fui laçar uma china bonita
Pensei que era pra laçar potro
Era pialo de laço de fita
Cheguei lá o rodeio era outro

Nesse rodeio de china faceira

Já de vereda atirei o meu laço
E lacei logo uma carboteira
E trouxe presa junto ao meu braço
E trouxe presa junto ao meu braço
E lacei logo uma carboteira
Já de vereda atirei o meu laço
Nesse rodeio de china faceira

Está vivendo lá no meu ranchinho

Está mansinho aquela carboteira
Foi laçando assim devagarinho
Que eu arranjei a fiel companheira
Eu arranjei a fiel companheira
Eu fui laçando assim devagarinho
Está mansinho aquela carboteira
Está vivendo lá no meu ranchinho

BAILE COSTEIRO - TCHÊ BARBARIDADE

Dê-le boca, dê-le gaita
E o fole num vem e vai
Vim alegrando a barranca
Lá na costa do Uruguai
E o gaiteiro balseiro
Só gritava assim no mas
Quem ta lá fora não entra
Quem taqui dentro não sai 2 VEZES
O TEMPO MADURA OS HOMENS - Gujo Teixeira/João Bosco Ayala/Robledo
Martins

O tempo madura os homens e a história os dignifica

E só o eterno é que fica no que pode ser eterno

Por isso quem se sustenta na verdade e na razão

Da vida aguenta uns tirão feito um palanque do cerno

Quem fala sempre a verdade não precisa ter memória

Não conta a mesma história com dois finais diferentes

Ao contrário do insensato que inventa aquilo que fala

E quase sempre se cala pra não dizer porque mente

Prefiro quem diga o certo mesmo na hora errada

Daquele que não diz nada pra deixar tudo a seu jeito

Prefiro quem da o tapa e não esconde a sua mão

A quem chama de irmão quem nem conhece direito

Meu coração é imenso pra caber só o que quero

Por isso um olhar sincero conquista certo um lugar

Não entendo quem ainda se achega pensando isso

Achando que tem permisso pra chegar e se abancar

Quem mostra o branco do olho quando nos olha de perto

Encontra o rumo mais certo de se perder no caminho

Quem acha que em si se basta, não segue o seu coração

O dia que estende a mão, vai se encontrar mais sozinho

O tempo madura os homens e a história os dignifica

E só o eterno é que fica quando a vida cobra a conta

Por isso boto tenência naquilo que sei e falo

E não encilho cavalo que alguém por manso me aponta

 BEM AO MEU REDOR Ritmo Toada Letra Luis Fernando
Gastaldo / Música Piero Ereno

Acordei mais cedo, bem antes dos galos,

Pra asissitir a aurora vir chamar o dia.
Esquentei a água, fiz um mate novo,
Pra aquecer a alma nestas horas frias...

Às vezes me sento junto ao velho rancho

Contemplando as coisas que a vida me dá...
O cheiro das flores , a calma do campo
E a paz que há no canto de um sabiá

Cansei meus cavalos por estas distâncias

Pensando que: “longe a vida é melhor...”
Custei para ver que as coisas que amo
Estão junto a mim...bem ao meu redor.

Em frente à morada, a velha figueira,

O pátio, o arvoredo e a criação...
Compõem um cenário que fiz ao meu jeito
E hoje são partes do meu coração.

A felicidade é flor delicada

E só vê suas cores quem a cultivar!
Por isto é que hoje não saio pra lida
Sem antes, querida, um beijo...te dar!
Palco e Camarim – Dilan Camargo/Fernando Graciola
Abram o palco pra mim,
Vai soar a melodia
No palco saio de mim
Nem sei se é noite ou dia

Abram o palco pra mim

Quero cantar com paixão
Se cantar não for assim
Nem é bom ter coração

No fundo do camarim
deixei a dor e a tristeza
O palco é um mundo pra mim
nele encontro a minha riqueza

Não importa o meu destino,

Sou um breve instrumento
Só importa o fascínio
De cantar teu sentimento

Cantar é mais que viver, mais que sonhar e sentir

É um modo de não morrer, sem medo de se iludir
Cantar tua fantasia, é a arte que eu faço
Pra que tua vida sorria, enquanto eu me desfaço

O tempo quer esquecer

Histórias, recordações
Mas elas teimam em viver
Nas palavras das canções

Não importa o meu destino,

Sou um breve instrumento
Só importa o fascínio
De cantar teu sentimento