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Indicador de Reserva Financeira

Agosto de 2018
Em junho de 2018, apenas 18% dos brasileiros conseguiram fazer
poupança

Em junho de 2018, apenas 18,5% dos brasileiros conseguiram fazer poupança, ante expressivos 73,3%
que não conseguiram. Os dados são do Indicador de Reserva Financeira do Brasileiro, apurado pela
CNDL / SPC Brasil. Entre aqueles que não guardaram, a principal razão foi a renda, considerada baixa
por 43,9%. Os imprevistos e o fato de não possuir renda no momento foram lembrados por,
respectivamente, 17,1% e 15,5%. A falta de controle ou de disciplina, outro fator importante, foi
mencionada por 14,0%.

Nas classes de maior renda (A e B), o percentual de poupadores cresce na comparação com as classes
de menor renda (C, D e E): no primeiro caso, 38,6% dizem ter guardado dinheiro em junho; no segundo
caso, o percentual foi de 12,8%. Essa diferença explica o destaque dado à renda por aqueles que não
pouparam. Mas também pede atenção o fato de que mesmo nos extratos mais elevados de renda, o
número de poupadores não alcança nem a metade.

Para Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil, a constituição de reserva financeira é


importante para evitar dores de cabeça na hora do imprevisto e viabilizar a realização sonhos de
consumo. “Quanto menos se ganha, maior é a proporção de recursos destinada a gastos básicos, e
isso de fato dificulta a formação de reserva. Mas nem que seja pouco por mês, esse é um hábito que
vale a pena cultivar. Sem dispor de uma reserva mínima, os imprevistos acabam empurrando o
consumidor para linhas de crédito que são muito caras, como empréstimos e cheque especial, por
exemplo. Se não houver acesso ao mercado de crédito, esse consumidor deverá contar com a boa
vontade de terceiros, o que pode trazer muitas dores de cabeça”, diz.

Sim Indicador de Reserva Financeira


Não
Conseguiu poupar no mês

71,6% 73,3%

21,4% 18,5%
nov-17
abr-17
jan-17

out-17

abr-18
jan-18
fev-17

mai-17

jun-17

jul-17

fev-18

mai-18

jun-18
dez-16

set-17

dez-17
mar-17

ago-17

mar-18

Fonte: SPC Brasil


Questionados sobre o hábito de constituir reserva financeira, e não somente sobre a poupança no
último mês, 34,9% afirmaram poupar, sendo que 7,3% estipulam um valor a ser guardado, e 27,6%
disseram guardar o que sobra do orçamento. Mas a maior parte (55,4%) diz não guardar dinheiro
habitualmente. Não se observa, nesse caso, diferenças relevantes entre os gêneros e diferentes faixas
etárias. Mas constata-se, sem surpresa, que nas classes A e B (60,2%) o percentual de poupadores
supera o das classes C, D e E (27,7%).

Destino mais citado para as reservas financeiras é a poupança


Entre os brasileiros que têm o hábito de poupar, os imprevistos aparecem como o objetivo mais importante
para a poupança, mencionados por 53,4%. A garantia de um futuro melhor para a família aparece em
seguida, lembrada por 36,7%. Outros objetivos são a reserva para o caso de desemprego (27,8%);
aposentadoria (16,7%); reserva para arcar com a educação dos filhos (16,4%); viagens (15,5%); e reforma
da casa (15,5%), entre outros objetivos.

Finalidades da Reserva Financeira


Imprevistos com doença e outros problemas diversos do dia a dia 53,4%
Garantir um futuro melhor para a família 36,7%
Reserva para caso de ficar desempregado(a) 27,8%
Aposentadoria 16,7%
Garantir uma reserva para arcar com a educação dos filhos 16,4%
Reforma da casa 15,5%
Viagens 15,5%
Pagar estudos 12,2%
Abrir um negócio 11,3%
Comprar/quitar casa 11,0%
Compra/troca de automóvel/moto 9,0%
Compra de móveis / eletrodomésticos 6,9%
Outro motivo 3,6%

Fonte: SPC Brasil

É restrito, conforme vimos, o universo dos brasileiros que poupam. A outra questão que se coloca é sobre
o destino das reservas financeiras, que podem trazer mais ou menos retornos a quem investe. De acordo
com a sondagem, a poupança é o destino mais frequente para as reservas financeiras, citada por 63,6%
dos que poupam habitualmente. Em seguida, aparecem os que mantêm o dinheiro em casa (24,8%); na
conta corrente (14,6%); em fundos de investimentos (9,0%); previdência privada (7,2%); e CDBs (6,9%),
entre outras modalidades de investimentos. Em média, o valor poupado em junho foi de R$ 520,29.
Destino das reservas financeiras

Conta poupança 63,6%


Em casa 24,8%
Conta corrente 14,6%
Fundos de investimento 9,0%
Previdência Privada 7,2%
CDB 6,9%
Dólar 4,5%
Ações em bolsa de valores 3,6%
Tesouro direto 3,3%
Imóveis 3,0%
LCI/LCA 2,4%

Fonte: SPC Brasil

Entre todos os entrevistados, o ranking de conhecimento das principais modalidades de investimento


coloca a poupança entre as modalidades mais conhecidas. A modalidade foi citada por 92,3% dos
consumidores. Em seguida, aparecem os títulos de capitalização (57,1%); os planos de previdência privada
(53,3%); as ações em bolsas de valores (42,0%); os fundos de investimentos (33,9%); o Tesouro Direto
(24,8%). Os CDBs foram citados por 24,6%.

Para Kawauti, deve haver um alinhamento entre os objetivos da reserva financeira e a modalidade
escolhida. “Nos destinos mais comuns para as reservas financeiras, destacam-se opções de rentabilidade
baixa ou negativa. Excetuando-se os que guardam dinheiro em casa, a opção pela poupança e conta
corrente, que inclusive pode ser remunerada, não necessariamente é inadequada. Isso depende do
propósito do consumidor que, se for de curto prazo ou para imprevistos, justifica manter em uma aplicação
com maior liquidez, isto é, facilidade para sacar, ainda que o rendimento seja menor”. Nas respostas dos
próprios entrevistados que fazem as escolhas mais conservadoras, as principais razões são justamente a
facilidade para sacar (33,9%); mas também a percepção de que tem pouco dinheiro para investir em outras
modalidades (25,7%); o conhecimento insuficiente sobre as alternativas (21,2%); o costume com as
modalidades mais tradicionais (19,6%); e o medo de perder dinheiro (17,1%). A economista-chefe
acrescenta que, no longo prazo, a escolha por uma modalidade com baixo rendimento faz com que o
consumidor deixe de ganhar boa soma de dinheiro.

38% dos que tem reserva financeira sacaram recursos em junho, principalmente por
imprevistos
A sondagem ainda mostra que 38,5% dos poupadores precisaram sacar alguma parte dos seus recursos
em junho. Os imprevistos foram a principal razão para o saque, citado por 12,8%. Além desses, 8,1%
sacaram porque os ganhos não haviam sido suficientes, 8,4%% para quitar dívidas pendentes e 5,1%
porque ficaram desempregados.

A conjuntura econômica, com o desemprego e queda do poder de compra, de fato prejudica o orçamento
das famílias. Na contramão da poupança, o que se vê é um grande contingente de consumidores que
acabam negativados: em vez de sobrar recursos, falta. Nem tudo, porém, pode ser colocado na conta da
crise. Vimos um percentual importante de consumidores que não poupam e admitem não fazer por
descontrole ou indisciplina. A negligência do controle financeiro também é uma realidade, que se alia ao
momento de crise e produz esse quadro vulnerabilidade. Mudar essa realidade é um desafio que impõe a
superação do desemprego e a disseminação da educação financeira, de modo que consumidor possa não
só poupar, mas tomar melhores decisões na hora de investir.

Metodologia
A pesquisa coletada no mês de julho abrangeu 12 capitais das cinco regiões brasileira, a saber: São Paulo,
Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília, Goiânia, Manaus
e Belém. Juntas, essas cidades somam aproximadamente 80% da população residente nas capitais. A
amostra, de 800 casos, foi composta por pessoas com idade superior ou igual a 18 anos, de ambos os sexos
e de todas as classes sociais. Os dados foram coletados via web e presencialmente. A margem de erro é de
3,5 pontos percentuais.

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