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Doce não se explica,


se experimenta!
Sumário
Introdução ao bloco 5

Introdução ao tema 8

Comer 1 No tabuleiro da baiana 9

Comer 2 Pesquisa 10

Comer 3 Olha o doce! 12

Comer 4 No tabuleiro tem... 19

Comer 5 Vamos festejar! 20

Comer 6 O espaço é nosso 21


Introdução ao bloco

Comer
para celebrar

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museu afro-brasileiro da universidade federal da bahia,
Acarajé de Iansã,
no Ilê Oxumaré,
de Carybé

salvador-ba
(1911-1997).

O artista plástico Hector Julio Páride Bernabó, conhecido como Carybé


(1911-1997), nasceu na Argentina, mas, encantado com o Brasil e com as
culturas de origem africana presentes na Bahia, naturalizou-se brasileiro.
Ilustrou em suas obras o imaginário que Jorge Amado criou em seus livros.
Mães de santo, terreiros, atabaques e baianas saem das páginas dos livros
do escritor e são representados nas telas do artista para povoar a cabeça de
todos os brasileiros.

Mas nada é tão forte quanto a lembrança dos pratos e dos aromas que exalam
dos tabuleiros das quituteiras e das panelas das cozinheiras. Carybé afirma-
va que a força vital da religiosidade africana, o axé, era algo tão intenso que
não podia ser explicado, tinha de ser experimentado. Assim, parafraseamos
o artista para nos referirmos às culinárias africana e afro-brasileira. Afinal,
comida não se explica, se experimenta!

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A comida faz um longo percurso antes de chegar à mesa. E esse pro-
cesso, que vai do cultivo ao preparo do alimento, é uma prova de que
comida é cultura. Não comemos apenas o que colhemos na natureza,
mas também criamos o próprio alimento. Ao prepará-lo, fazemos uso
de conhecimentos e tradições que revelam muito de nós e do grupo do
qual fazemos parte.

Ao preparar um prato das culinárias afro-brasileira ou africana, os


alunos não vão apenas provar uma comida – que talvez não esteja
presente cotidianamente em sua mesa. Mais que isso, vão entrar em
contato com o universo simbólico e cultural desse alimento. Pensando
nisso, propomos uma mesa farta. No cardápio: comidas afro-brasilei-
ras, africanas e doces daqui e de lá, que revelam que comer, além de
celebrar, também é compartilhar.

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Introdução ao tema

Doces
As quituteiras – mulheres negras que
preparavam doces e pratos de origem
africana nas ruas das grandes cidades
brasileiras – se popularizaram no
século XIX, mas até hoje marcam a
cultura afro-brasileira. Originárias
da África ocidental, cabia a essas
mulheres o preparo dos pratos
e sua comercialização nas ruas.
As quituteiras ainda permeiam o
imaginário cultural brasileiro, estando
presentes em músicas, em enredos de
escola de samba e em obras visuais.

8
Comer 1

No tabuleiro
da baiana
Uma das mais famosas quituteiras do Brasil foi Hilária Batista de Al-
meida (1854-1924), a Tia Ciata. Além de exímia quituteira, foi mãe
de santo, sambista e responsável pelas festas mais animadas do Rio
de Janeiro do início do século XX.

Acesse a Plataforma UNO e projete para os alunos o vídeo Tia Ciata,


da série “Heróis de Todo Mundo”, produzido pelo Canal Futura e pelo
Projeto A Cor da Cultura, para que eles conheçam um pouco da atua-
ção dessa importante personalidade da cultura brasileira.

Depois, converse com os alunos sobre a importância das festas e das


comidas para a cultura de origem africana. Afinal, na África, o feste-
jar e o comer são valores fundamentais de uma cultura que preza a
vida e a alegria.

Para finalizar esta etapa, acesse a Plataforma UNO e ouça com


os alunos a canção “No tabuleiro da baiana”, composta em 1936
por Ary Barroso. A letra exalta a figura da quituteira, profissional
que mantém vivas as tradições culinárias de origem africana.

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Comer 2
pesquisa

Organize a classe em seis grupos e peça aos alunos para escolher


um dos doces das cozinhas africana e afro-brasileira relacionados
a seguir. Essas receitas serão preparadas por eles no Comer 3.

Grupo 1: Cocada
Grupo 2: Mungunzá
Grupo 3: Quifufutila
Grupo 4: Mandazi de banana
Grupo 5: Bijaga
Grupo 6: Roz bil Halib

Agora, oriente os alunos a realizar na internet uma pesquisa com-


plementar a respeito do doce que escolheram. Nesta etapa eles
reunirão informações que vão auxiliá-los no momento do preparo
do prato. Solicite a eles que façam a pesquisa a partir das pergun-
tas a seguir.

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1. Qual é o principal ingrediente ou tempero desta receita?
2. Qual é a origem destes produtos?
3. Para preparar o doce são necessários utensílios específicos?
Quais?
4. Qual é a história do prato?
5. Ele é de origem de qual região da África?
6. Como ele é preparado?
7. Como ele é servido?
8. Há alguma curiosidade ou tradição relacionada ao prato?
9. Que relação há entre o doce e as culturas africana e afro-brasi-
leira?
10. Por que se diz que comida também é cultura?

Depois de responder a essas perguntas, os grupos devem comparti-


lhar com a classe os resultados que obtiveram.

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Comer 3

Agora, cada grupo deverá preparar o doce pesquisado no Comer 2


para a classe provar, além de servi-lo como manda a tradição.

Recomenda-se que os alunos registrem como os pratos são prepa-


rados e depois apresentem aos colegas em sala. Os registros pode-
rão ser aproveitados no Brincar 4.

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COCADA

Traz referências dos tabuleiros e de outros tipos de vendas


ambulantes de base e tradição afro-brasileira.

Ingredientes
• 2 cocos secos ralados
• 1 kg de açúcar
• ½ litro de água

Modo de fazer
1. Coloque o açúcar e a água em uma panela e leve ao fogo brando
até estar em ponto de fio.
2. Retire do fogo e acrescente os dois cocos ralados.
3. Leve ao fogo novamente e mexa com uma colher de pau.
4. Pouco antes de a mistura açucarar, retire a panela do fogo.
5. Estenda o doce em uma superfície lisa ou em uma mesa de
mármore para esfriar.
6. Quando o doce estiver frio, corte-o em losangos e deixe secar.

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MUNGUNZÁ

Originário da tradição afro-brasileira. Em geral, é consumido no


café da manhã ou mesmo como uma refeição. O mungunzá salgado
é complementado com carne fresca ou seca de gado bovino.

Ingredientes
• 500 g de milho para mungunzá (milho-branco)
• 1 litro de leite de coco
• 500 ml de leite de vaca
• 500 g de açúcar
• 1 colher (chá) de sal
• cravo e canela a gosto

Modo de fazer
1. Leve ao fogo o milho, previamente debulhado, o sal, o cravo
e a canela.
2. Quando os grãos estiverem bem cozidos, acrescente o leite de
vaca, o leite de coco e o açúcar e deixe ferver.
3. Retire do fogo e deixe esfriar um pouco. Também pode ser
servido frio.

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QUIFUFUTILA
Receita tradicional de Angola.

Ingredientes
• 250 g de ginguba (amendoim) torrada
• 150 g de farinha de mandioca
• 250 g de açúcar
• 50 g de canela em pó

Modo de fazer
Misture todos os ingredientes até obter uma farinha fina.

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MANDAZI DE BANANA
Receita tradicional de São Tomé e Príncipe. Neste país da costa
ocidental africana, muitas receitas são preparadas com banana,
uma fruta da Ásia que se espalhou pelo mundo e tem diferentes
usos culinários.

Ingredientes
• 1 ovo
• 2 bananas maduras fatiadas
• ½ xícara de leite
• 2 xícaras de farinha de trigo
• 1 colher (chá) de fermento em pó
• 3 colheres (sopa) de açúcar
• óleo para fritar

Modo de fazer
1. Em um recipiente, misture e amasse o ovo, as bananas, o leite, a
farinha, o fermento e o açúcar até formar uma massa homogênea.
Se ficar muito espessa, junte um pouco mais de leite.
2. Deixe repousar por 10 minutos.
3. Aqueça o óleo em uma panela e frite em porções feitas com uma
colher de sopa.
4. Deixe fritar até ficar dourado.
5. Com uma escumadeira, retire os mandazis da panela e deixe
escorrer sobre papel absorvente.

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BIJAGA
Doce tradicional da Guiné-Bissau. A receita tem acentuada
influência portuguesa, pois o país foi colonizado por Portugal.
A bijaga é semelhante ao filhós português, que, por sua vez, tem
origem no da África mediterrânea.

Ingredientes
• 200 g de farinha de milho fina
• 1 ovo
• 50 g de açúcar
• ½ xícara de água
• sal e mel de cana-de-açúcar a gosto
• óleo para fritar

Modo de fazer
1. Em uma vasilha, misture com as mãos a farinha, a água, o ovo,
o açúcar e o sal até a massa ficar homogênea. Se a massa ficar
seca, acrescente um pouco mais de água.
2. Com uma colher de sopa separe pequenas porções e frite até
dourar.
3. Deixe esfriar e regue com o mel de cana-de-açúcar.

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ROZ BIL HALIB
(ARROZ-DOCE)
Receita afro-islâmica, da região do Magreb.

Ingredientes
• 1 litro de leite
• 1 xícara de arroz
• 1 xícara de açúcar
• 3½ colheres (sopa) de água de flor de laranjeira ou de rosas

Modo de fazer
1. Cozinhe o arroz previamente em água e pouco sal.
2. Aqueça o leite em uma panela não aderente.
3. Acrescente o arroz e o açúcar e deixe em fogo baixo, mexendo
de vez em quando com uma colher de pau até engrossar.
4. Coloque a água de flor de laranjeira ou de rosas.
5. Retire do fogo e despeje em uma travessa para esfriar um pouco.
Também pode ser servido frio.

18
Comer 4

No tabuleiro tem...

Reúna os alunos nos mesmos grupos em que trabalharam no Co-


mer 3. Cada grupo pode criar um vídeo de no máximo 4 minutos
com informações sobre a tradição das quituteiras no Brasil e so-
bre o doce que prepararam.

As informações levantadas nas pesquisas realizadas no Comer 2


em relação à história do prato, o preparo e o modo de servi-lo de-
vem fazer parte do vídeo.

Depois de finalizado, o trabalho pode ser postado em rede social e


divulgado para toda a comunidade escolar.

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Comer 5

Vamos festejar!
Os vídeos criados podem ser exibidos e os doces preparados podem
ser distribuídos à comunidade escolar durante a celebração final. Su-
gerimos que o encerramento e as comemorações sejam realizados no
dia 20 de novembro. Para esse momento, os alunos devem pensar nos
doces que serão oferecidos aos visitantes. Cabe a eles decidir se todas
as refeições pesquisadas serão preparadas ou se a classe vai preparar
apenas alguns pratos.

Professor: Em alguns estados, 20 de novembro é feriado por ser o Dia da


Consciência Negra. Nesses casos, sugerimos que a Celebração da África na
escola ocorra em outro dia da mesma semana.

20
Comer 6

O espaço é nosso

O momento de celebrar com a comunidade é marcante nas culturas


tradicionais africanas e afro-brasileiras. É no grupo que as coisas ga-
nham vida e significado. Ao preparar o espaço onde serão socializados
os trabalhos criados, os alunos devem levar em consideração essa di-
mensão da tradição africana. Afinal, pensar em africanidade é pensar
na experiência coletiva, na cooperação e na produção compartilhada.

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Diretoria de Conteúdo: Beatriz Elias (diretora); Ana Paula Castellani,
Inês Mendonça, M. Estela Heider Cavalheiro e
Vinícius Moisés (gerentes de projeto)
Back office : Natália Carvalho e Tamires Frota
Edição de conteúdo: Aline Souza, Ana Paula Figueiredo, Cecilia Skaf, Edinaldo Andrade,
Fabio Rondinelli Roquetti, Flávia Leal, Gabriel Kolyniak, Ligia Cantarelli,
Lívio Augusto D’Ottaviantonio, Luci Kasai, Luísa da Rocha Barros,
Marco Antônio C. Fioravante, Mariana Zafalon e Reginaldo Dias
Design : João Ricardo Lagazzi Rodrigues
Iconografia: Rafael Galvão (coordenador ); Tiemy Hasimoto e Walkyria Arruda
Preparação, revisão e checagem: Marise Leal (coordenadora); André Annes Araujo, Carolina Vicente,
Érika Finati, Flávio Mendes, Graziela Marcolin, Nilce Xavier,
Renata Holdack e Rinaldo Milesi
Produção: Raquel Bortoletto (coordenadora de produção) e
Cristiano Galan (coordenador de projetos digitais)
Plataforma digital: Natasha Bin (gestora de conteúdo) e Ingo Aleksander Vollbrecht (programador )
Publicação: Guilherme José Ferreira (coordenador); Adailton Brito, Camila Pinto de Castro,
Caroline Almeida, Celson Scotton, Danilo Pereira, Felipe Lamas,
Marina C. Nievas, Tomás de Aquino e Vicente Valenti Junior

nestE PROJETO

Edson Ikê, Flávio Assis e Francione Oliveira Carvalho


Elaboração:
Autoria deste tema: Francione Oliveira Carvalho
Repertório das receitas: Raul Lody
Identidade visual e ilustrações: Edson Ikê

Todos os direitos reservados.


SANTILLANA
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2015
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