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Introdução ao tema 8
Comer 2 Pesquisa 10
Comer
para celebrar
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museu afro-brasileiro da universidade federal da bahia,
Acarajé de Iansã,
no Ilê Oxumaré,
de Carybé
salvador-ba
(1911-1997).
Mas nada é tão forte quanto a lembrança dos pratos e dos aromas que exalam
dos tabuleiros das quituteiras e das panelas das cozinheiras. Carybé afirma-
va que a força vital da religiosidade africana, o axé, era algo tão intenso que
não podia ser explicado, tinha de ser experimentado. Assim, parafraseamos
o artista para nos referirmos às culinárias africana e afro-brasileira. Afinal,
comida não se explica, se experimenta!
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A comida faz um longo percurso antes de chegar à mesa. E esse pro-
cesso, que vai do cultivo ao preparo do alimento, é uma prova de que
comida é cultura. Não comemos apenas o que colhemos na natureza,
mas também criamos o próprio alimento. Ao prepará-lo, fazemos uso
de conhecimentos e tradições que revelam muito de nós e do grupo do
qual fazemos parte.
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Introdução ao tema
Doces
As quituteiras – mulheres negras que
preparavam doces e pratos de origem
africana nas ruas das grandes cidades
brasileiras – se popularizaram no
século XIX, mas até hoje marcam a
cultura afro-brasileira. Originárias
da África ocidental, cabia a essas
mulheres o preparo dos pratos
e sua comercialização nas ruas.
As quituteiras ainda permeiam o
imaginário cultural brasileiro, estando
presentes em músicas, em enredos de
escola de samba e em obras visuais.
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Comer 1
No tabuleiro
da baiana
Uma das mais famosas quituteiras do Brasil foi Hilária Batista de Al-
meida (1854-1924), a Tia Ciata. Além de exímia quituteira, foi mãe
de santo, sambista e responsável pelas festas mais animadas do Rio
de Janeiro do início do século XX.
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Comer 2
pesquisa
Grupo 1: Cocada
Grupo 2: Mungunzá
Grupo 3: Quifufutila
Grupo 4: Mandazi de banana
Grupo 5: Bijaga
Grupo 6: Roz bil Halib
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1. Qual é o principal ingrediente ou tempero desta receita?
2. Qual é a origem destes produtos?
3. Para preparar o doce são necessários utensílios específicos?
Quais?
4. Qual é a história do prato?
5. Ele é de origem de qual região da África?
6. Como ele é preparado?
7. Como ele é servido?
8. Há alguma curiosidade ou tradição relacionada ao prato?
9. Que relação há entre o doce e as culturas africana e afro-brasi-
leira?
10. Por que se diz que comida também é cultura?
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Comer 3
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COCADA
Ingredientes
• 2 cocos secos ralados
• 1 kg de açúcar
• ½ litro de água
Modo de fazer
1. Coloque o açúcar e a água em uma panela e leve ao fogo brando
até estar em ponto de fio.
2. Retire do fogo e acrescente os dois cocos ralados.
3. Leve ao fogo novamente e mexa com uma colher de pau.
4. Pouco antes de a mistura açucarar, retire a panela do fogo.
5. Estenda o doce em uma superfície lisa ou em uma mesa de
mármore para esfriar.
6. Quando o doce estiver frio, corte-o em losangos e deixe secar.
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MUNGUNZÁ
Ingredientes
• 500 g de milho para mungunzá (milho-branco)
• 1 litro de leite de coco
• 500 ml de leite de vaca
• 500 g de açúcar
• 1 colher (chá) de sal
• cravo e canela a gosto
Modo de fazer
1. Leve ao fogo o milho, previamente debulhado, o sal, o cravo
e a canela.
2. Quando os grãos estiverem bem cozidos, acrescente o leite de
vaca, o leite de coco e o açúcar e deixe ferver.
3. Retire do fogo e deixe esfriar um pouco. Também pode ser
servido frio.
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QUIFUFUTILA
Receita tradicional de Angola.
Ingredientes
• 250 g de ginguba (amendoim) torrada
• 150 g de farinha de mandioca
• 250 g de açúcar
• 50 g de canela em pó
Modo de fazer
Misture todos os ingredientes até obter uma farinha fina.
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MANDAZI DE BANANA
Receita tradicional de São Tomé e Príncipe. Neste país da costa
ocidental africana, muitas receitas são preparadas com banana,
uma fruta da Ásia que se espalhou pelo mundo e tem diferentes
usos culinários.
Ingredientes
• 1 ovo
• 2 bananas maduras fatiadas
• ½ xícara de leite
• 2 xícaras de farinha de trigo
• 1 colher (chá) de fermento em pó
• 3 colheres (sopa) de açúcar
• óleo para fritar
Modo de fazer
1. Em um recipiente, misture e amasse o ovo, as bananas, o leite, a
farinha, o fermento e o açúcar até formar uma massa homogênea.
Se ficar muito espessa, junte um pouco mais de leite.
2. Deixe repousar por 10 minutos.
3. Aqueça o óleo em uma panela e frite em porções feitas com uma
colher de sopa.
4. Deixe fritar até ficar dourado.
5. Com uma escumadeira, retire os mandazis da panela e deixe
escorrer sobre papel absorvente.
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BIJAGA
Doce tradicional da Guiné-Bissau. A receita tem acentuada
influência portuguesa, pois o país foi colonizado por Portugal.
A bijaga é semelhante ao filhós português, que, por sua vez, tem
origem no da África mediterrânea.
Ingredientes
• 200 g de farinha de milho fina
• 1 ovo
• 50 g de açúcar
• ½ xícara de água
• sal e mel de cana-de-açúcar a gosto
• óleo para fritar
Modo de fazer
1. Em uma vasilha, misture com as mãos a farinha, a água, o ovo,
o açúcar e o sal até a massa ficar homogênea. Se a massa ficar
seca, acrescente um pouco mais de água.
2. Com uma colher de sopa separe pequenas porções e frite até
dourar.
3. Deixe esfriar e regue com o mel de cana-de-açúcar.
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ROZ BIL HALIB
(ARROZ-DOCE)
Receita afro-islâmica, da região do Magreb.
Ingredientes
• 1 litro de leite
• 1 xícara de arroz
• 1 xícara de açúcar
• 3½ colheres (sopa) de água de flor de laranjeira ou de rosas
Modo de fazer
1. Cozinhe o arroz previamente em água e pouco sal.
2. Aqueça o leite em uma panela não aderente.
3. Acrescente o arroz e o açúcar e deixe em fogo baixo, mexendo
de vez em quando com uma colher de pau até engrossar.
4. Coloque a água de flor de laranjeira ou de rosas.
5. Retire do fogo e despeje em uma travessa para esfriar um pouco.
Também pode ser servido frio.
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Comer 4
No tabuleiro tem...
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Comer 5
Vamos festejar!
Os vídeos criados podem ser exibidos e os doces preparados podem
ser distribuídos à comunidade escolar durante a celebração final. Su-
gerimos que o encerramento e as comemorações sejam realizados no
dia 20 de novembro. Para esse momento, os alunos devem pensar nos
doces que serão oferecidos aos visitantes. Cabe a eles decidir se todas
as refeições pesquisadas serão preparadas ou se a classe vai preparar
apenas alguns pratos.
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Comer 6
O espaço é nosso
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Diretoria de Conteúdo: Beatriz Elias (diretora); Ana Paula Castellani,
Inês Mendonça, M. Estela Heider Cavalheiro e
Vinícius Moisés (gerentes de projeto)
Back office : Natália Carvalho e Tamires Frota
Edição de conteúdo: Aline Souza, Ana Paula Figueiredo, Cecilia Skaf, Edinaldo Andrade,
Fabio Rondinelli Roquetti, Flávia Leal, Gabriel Kolyniak, Ligia Cantarelli,
Lívio Augusto D’Ottaviantonio, Luci Kasai, Luísa da Rocha Barros,
Marco Antônio C. Fioravante, Mariana Zafalon e Reginaldo Dias
Design : João Ricardo Lagazzi Rodrigues
Iconografia: Rafael Galvão (coordenador ); Tiemy Hasimoto e Walkyria Arruda
Preparação, revisão e checagem: Marise Leal (coordenadora); André Annes Araujo, Carolina Vicente,
Érika Finati, Flávio Mendes, Graziela Marcolin, Nilce Xavier,
Renata Holdack e Rinaldo Milesi
Produção: Raquel Bortoletto (coordenadora de produção) e
Cristiano Galan (coordenador de projetos digitais)
Plataforma digital: Natasha Bin (gestora de conteúdo) e Ingo Aleksander Vollbrecht (programador )
Publicação: Guilherme José Ferreira (coordenador); Adailton Brito, Camila Pinto de Castro,
Caroline Almeida, Celson Scotton, Danilo Pereira, Felipe Lamas,
Marina C. Nievas, Tomás de Aquino e Vicente Valenti Junior
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