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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE TECNOLOGIA - ITEC

FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA - FEM

PROFESSOR: DANILO DE SOUZA BRAGA

MARCOS AFONSO FURTADO BEZERRA FILHO

10188000201

EXPERIMENTO VI: VIBRAÇÃO EM MOTORES ALTERNATIVOS

(MOVIMENTO RECIPROCATIVO)

Belém - 2014
RESUMO

O balanceamento reciprocativo é empregado em conjuntos biela-manivela, esse sistema pode ser


encontrado em mecanismos que transformam movimentos de rotação em translação ou de
translação em rotação, bem como visualizada em motores de combustão interna. Essa conversão faz
que ocorram vibrações excessivas na árvore de manivelas (virabrequim) que devem ser corrigidas
para evitar falhas no conjunto.

1. INTRODUÇÃO

Neste experimento objetivamos a modelagem de um sistema analisado em laboratório conforme


um modelo de 1 (um) grau de liberdade, fazendo o sistema funcionar mostrando a ressonância e o
efeito de desbalanceamento do motor, assim como demonstramos as diferentes deformações
sofridas pelo sistema massa-mola a cada banda de frequência adotada. Outra meta foi quantificar os
esforços inerciais e suas respostas no sistema para evitar as grandes deformações das molas de
sustentação do motor a baixas rotações.

As vibrações que surgem em motores alternativos se devem a variações periódicas de pressão


dos gases no cilindro e forças inerciais associadas às partes móveis, as quais podem acarretar o
desgaste excessivo de mancais, formação de trincas, afrouxamentos de parafusos, falhas estruturais
e mecânicas, manutenção frequente e dispendiosa de máquinas, entre várias outras situações.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

 Vibração: Qualquer movimento que se repita após um intervalo de tempo.


 Frequência Natural: Quando uma ação externa age sobre o objeto ele só vibra nessas
frequências naturais ou seus harmônicos.
 Grau de Liberdade: Número mínimo de coordenadas independentes requerido para determinar
completamente as posições de todas as partes de um sistema a qualquer instante.
 Frequência: Grandeza física ondulatória que indica o numero de ocorrências de um evento em
um determinado intervalo de tempo. Medida em Hertz (Hz).

O mecanismo de transformação de movimento biela-manivela representado na imagem abaixo é


um mecanismo da engenharia, provavelmente um dos mais utilizados devido à sua grande
simplicidade e versatilidade, largamente utilizada também em sistemas mecânicos, sendo uma das
suas principais aplicações nos motores de combustão interna. Nestes motores, a corrediça é o pistão
sobre o qual os gases exercem pressão, que é transmitida à manivela por intermédio da biela.
.

Figura 1 - Esquema do Movimento Biela-Manivela


O movimento retilíneo de “vai e vem” do pistão P é convertido pela biela B (de comprimento L,
entre centros) em movimento circular contínuo do ponto A, ao centro do punho da manivela M (ou
cambota) com eixo de rotação O. Este mecanismo apenas admite movimentos planos. A manivela
descreve somente o movimento plano de rotação, a corrediça descreve apenas movimento de
translação retilínea e a biela tem um movimento plano geral ou misto (translação e rotação), isto é,
os pontos desta ligação têm, simultaneamente, as características dos movimentos de translação e de
rotação.

O desbalanceamento de uma máquina é caracterizado por uma distribuição assimétrica de massa


em torno do eixo de rotação, como podemos visualizar na figura abaixo:

Figura 2 - Modelo Equivalente

2.1. Hipóteses

Com as diretrizes do experimento em mente e as bases teóricas necessárias para a sua


realização, podemos e devemos realizar algumas hipóteses importantes a respeito do sistema para
que tenhamos clareza nas informações, são estas:

 Amortecimento é desprezível;
 Sistema discreto;
 A massa das molas é desprezível em relação ao peso total do sistema;
 O experimento é considerado com características de operação em regime. Neste são obtidos
deslocamentos máximos e fases dados pelas equações de soluções particulares para
movimentos harmônicos forçados não amortecidos;
 São analisadas somente vibrações na vertical, desprezando da análise deslocamentos
horizontais.

2.2. Modelos Matemáticos

 Rigidez

 Frequência Natural
Wn =

 Amplitude do Movimento (Amortecimento Nulo)

 Força de Translação do Pistão (Realizado no Laboratório)

F = m.a
F = m.
Onde:

Portanto,

 Forças Inerciais

Força Primária:

Força Secundária:

2.3. Modelo Físico

Para calcular o balanceamento do sistema é preciso considerar o modelo físico equivalente


apresentado na fig. 2. A força excitadora é função da rotação do sistema e da sua geometria. O
seguimento representa o comprimento da biela L, o seguimento representa o raio da
trajetória da manivela Rm e mb é a massa balanceadora do sistema.

A figura apresentada abaixo, mostra de maneira explícita os componentes ilustrados na fig. 2,


assim como também o ângulo de deslocamento :

Figura 3 - Modelo Físico do Mecanismo Exemplificado


3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1. Materiais Utilizados

 Motor elétrico (15 W PAVARLUX – Electric Motors – Pot. 1/50 HP; 3000 RPM)
 Bancada com mecanismo biela-manivela (Sanderson 1021)
 Controlador de rotação (Sanderson 1021)
 Balança (Dayhome EL3052 - precisão: 2g)
 Paquímetro (precisão de 1/10 mm)
 Régua graduada (precisão 1/10 mm)
 Notebook contendo o software Pulse 12.5 Labshop
 Analisador de sinais Pulse B&K (com 4 canais de entrada e 2 de saida)
 Módulo de conexão (cabo crossover)
 Acelerômetro (base magnética)

3.2. Métodos

O primeiro passo foi calcular a rigidez das molas (Keq) do sistema que sustentam o conjunto
biela-manivela, o procedimento adotado foi idêntico ao cálculo de rigidez de mola realizado no
Experimento III. Pesos de 400 gramas foram adicionados um a um e o deslocamento do conjunto
foi acompanhado por uma régua instalada no alto da estrutura. Foram feitas 4 (quatro) medições
para cálculo da rigidez, bem como a sua medição inicial sem a adição de forças externas. Os
resultados podem ser visualizados na tabela abaixo:

Deslocamento x Massa (Sistema Massa-Mola)


Massa [kg] Deslocamento X [m] ΔX [m]
0 0,2179 0
0,4 0,2216 0,0037
0,8 0,2255 0,0076
1,2 0,229 0,0111
1,6 0,2323 0,0144
Figura 4 - Resultados Obtidos

A partir destes resultados, plotamos o gráfico do Sistema Massa-Mola do experimento para


analisarmos o deslocamento em função da adição de massa e obtermos a equação linear que melhor
descreve o experimento:
Figura 5 - Gráfico do Sistema Massa-Mola Representativo

Com a bancada de balanceamento dinâmico do motor montada, pôs-se a acionar o eixo de


manivelas do motor a ser balanceado com o auxílio de um motor elétrico que acionava o eixo
através de uma correia lisa. Um potenciômetro, com medidor de frequência, em porcentagem,
acoplado ao motor elétrico, media a frequência de rotação do motor.

Iniciou-se a rotação do eixo de manivelas com o medidor acusando 0% de rotação. Aumentou-se


levemente a carga do potenciômetro para se vencerem as inércias iniciais do motor. Superada esta,
foi-se aumentando progressivamente a frequência de rotação do motor. Medimos a frequência
natural pelo analisador e o valor obtido foi de 1,75 [Hz].

4. RESULTADOS

Primeiramente, devemos considerar os dados experimentais fornecidos no Roteiro deste


experimento, os quais são:

mp = 172 g
mm = 171,9 g
mb = 84 g
l = 12,35 cm
r = 25,1 mm
lcg = 7,74 cm
mmotor = 7,955 kg

Para iniciarmos a obtenção dos resultados, devemos obter o valor de K, através dos cálculos
abaixo:

Observando o gráfico da fig. 5 podemos verificar que o coeficiente angular da reta é =110,3.
Portanto,

Realizando o cálculo da velocidade angular (experimental), utilizando a frequência natural


obtida no analisador, temos:
Desta maneira, obtendo os valores analíticos:

Para obter as amplitudes experimentais e , sabemos que A1 = 4,3 m/s² e A2 = 0,639 m/s²
(obtidos no experimento), podemos calcular da seguinte maneira:

Sabendo que a frequência de rotação era de 12,5 [Hz] e a velocidade angular é:

Substituindo e na equação de X1, temos:

Substituindo e na equação de X2, temos:

Para calcularmos as amplitudes analíticas, realizamos os seguintes métodos:

Primeiro calculamos a massa da biela em relação ao pistão. Para desenvolvimento dos cálculos,
temos que observar o DCL das forças que agem no pistão, conforme imagem abaixo:
A

Onde:

(vide roteiro)

Dessa forma, obtendo o momento com relação ao ponto A e admitindo sinal positivo no sentido
anti-horário, temos:

Em seguida, devemos calcular a Força Primária, da seguinte maneira:

Onde,

Portanto,

Então, para calcularmos a :


Onde,

Retomamos então a fórmula para massa de rotação, substituindo os valores obtidos:

Dessa maneira, retomamos :

Onde,

Com os resultados podemos calcular a amplitude analítica da seguinte maneira:

Onde,

Logo,
Calculamos da seguinte maneira:

Onde,

Logo,

Com os resultados podemos calcular a amplitude analítica :

Onde,

Portanto,

Por fim, calculamos os erros obtidos entre os valores analíticos e experimentais obtidos das
Frequências Naturais e Amplitudes:

 Frequência Natural

 Amplitude
 Amplitude

5. CONCLUSÕES

Podemos concluir que obtivemos resultados satisfatórios para os erros das frequências naturais e
de rigidez. Por outro lado, encontramos um erro muito elevado na relação entre as amplitudes, o que
não é aceitável na engenharia. Os fatos que podem ter influenciado nestes resultados podem ter sido
a soma de um acúmulo de erros residuais nas medições e no cálculo de massa das partes da
manivela e eixo. Para uma afirmação mais precisa, concluo dizendo que os erros residuais não
foram os principais responsáveis pelo alto valor de erro encontrado, mas sim um provável erro na
fundamentação teórica e modelos utilizados.

Algumas deduções de modelos matemáticos utilizados neste relatório foram realizadas em sala e
laboratório, por este motivo não foram inclusas na fundamentação e modelos matemáticos, mas não
deixaram de ser citadas nas referências deste trabalho. Ainda se tratando da ausência de
informações, obtivemos no experimento alguns gráficos dos resultados de frequência natural e
frequência de rotação, gerados pelo software auxiliar, que não foram inclusas no relatório para que
pudéssemos manter o número máximo de páginas solicitadas através do Template LVA 2014.

6. REFERÊNCIS BIBLIOGRÁFICAS

RAO, Singiresu, Vibrações Mecânicas, 4° Ed, Pearson Brasil, 2009.

HARTOG, J. Vibrações nos Sistemas Mecânicos. São Paulo: Ed. Blücher.

THOMSON, W. T. Teoria da Vibração com aplicações. Rio de Janeiro: Interciência.

MABIE H. H. & OCVIRCK, F. W., Dinâmica das Máquinas, Editora Livros Técnicos e
Científicos S. A., Rio de Janeiro, 1980, pp 442 a 549.

NORTON, Robert L. Cinemática e Dinâmica dos Mecanismos, BOOKMAN COMPANHIA


EDITORA LTD, 2010.

BRAGA, D., Notas de Aula, 2014.

7. RESPONSABILIDADE AUTORAL

O autor é o único responsável pelo conteúdo deste trabalho.

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