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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

Centro de Ciências Biológicas e da Saúde


Disciplina de Farmacobotânica
Curso de Farmácia

Organologia vegetal

Profa. Cristiani Walker


Profa. Renata Ferraz Figueiredo (Voluntária)

São Cristóvão, 2019


Organologia vegetal

• É a parte da biologia que estuda o conjunto de


órgãos que formam o corpo da planta.
 Os principais órgãos vegetais são:
I. Raiz
II. Caule
III.Folhas
Organologia vegetal
• Parte utilizada/órgão vegetal

Conhecer apenas o nome da planta não é suficiente


para sua correta utilização. É necessário conhecer
também a parte da planta utilizada e a forma correta
de seu uso. Diferentes partes de plantas, por exemplo,
raiz e folha, podem apresentar propriedades
terapêuticas completamente diferentes

Memento Fitototerápico, 2016


Organologia vegetal

Raizes como farmacógeno


Monografias
Plantas Medicinais
(Raizes)
Acônito.................317
Alcaçuz .................331
Garra-do-diabo ....486
Jalapa ...................532
Valeriana .............621
Alteia....................644
Genciana..............799
Hidraste...............814
Polígala................876
Ratânia ...............910
Rauvolfia.............918
Ruibarbo..............914

Farmacopeia Brasileira, 2017


Organologia vegetal-Raiz
Raiz Alcaçuz
Detalhe da Periderme e córtex
feloderme (fd);
felogênio (fe);
feixe de fibras esclerenquimáticas (fb)
parênquima cortical com grãos de amido (pc)

Farmacopeia Brasileira, 2017


Raiz
Parte do eixo do vegetal desprovida de folhas e suas
modificações
 Órgão aclorofilado
 Localiza-se geralmente abaixo da superfície do solo
 Funções:
I. Fixar a planta ao solo
II. Absorver água e sais minerais do solo para a
planta
III. Acumular substâncias de reserva
Relembre
Tendência evolutiva das plantas
Relembre
Angiospermas (monocotiledôneas e dicotiledôneas)
Raiz
Desenvolvimento

Relacionado ao grupo de plantas

• Gimnospermas + Angiospermas (dicotiledôneas) – raízes


principais derivam diretamente do desenvolvimento da
radícula do embrião, após germinação da semente

• Angiospermas (monocotiledôneas) – radícula atrofia-se


logo após a germinação da semente – surgem as raízes à
partir da região caulinar
Raiz
Desenvolvimento

1 – Emissão da raiz primária; 2 – Alongamento da raiz


primária; 3 – Elevação do hipocótilo acima do solo; 4 –
Abertura dos cotilédones foliáceos. ct – cotilédone, en –
endosperma, hp - hipocótilo, rp – raiz primária, rs – raiz
secundária, tg – tegumento.
Raiz
Regiões fundamentais
Colo
Região de transição entre caule e a raiz
5) Zona de ramificação
Região onde ocorre a formação das raízes
secundárias (laterais)
4) Zona pilífera (pêlos absorventes)
Células epidérmicas possuem pêlos
absorventes que absorvem água e sais

3) Zona de alongamento celular (lisa)


Células sofrem alongamento
Região da raiz que mais cresce

2) Zona de multiplicação celular


Meristema apical
Ocorre sucessivas divisões mitóticas
1) Coifa (capuz de células parenquimáticas)
Protege o meristema apical
Produz mucilagem que facilita penetração
da raiz no solo
Classifiacção das raizes

Importante na identificação de drogas vegetais constituídas por raízes

I) Quanto a origem

a) Normal: Tem origem a partir da radícula do embrião.

b) Adventícia: Origina-se a partir do caule ou das folhas (radícula atrofia-se).

Normal Adventícia
Classificação das raízes
II) Quanto ao habitat

Subterrâneas

a) Axial ou Pivotante (Angiospermas - Dicotiledôneas): Possui uma raiz principal


de onde partem raízes laterais.
b) Fasciculadas ou cabeleira (Angiospermas - Monocotiledôneas): Formado por
raízes finas que se originam diretamente do caule
c) Tuberosas: Armazenam substâncias nutritivas.

Axial Fasciculada Tuberosa


Classificação das raízes
II) Quanto ao habitat

Aéreas

a) Estranguladoras: Adventícias que abraçam outro vegetal estrangulando-o.


b) Grampiformes: Adventícias em forma de grampo que fixam a planta trepadeira.
c) Respiratórias : ocorrem em plantas aquáticas tem aerênquima bem desenvolvido
(suporte de O2 no interior dos tecidos).

Raiz pneumatófora Raiz grampiforme Raiz estranguladora


Classificação das raízes
II) Quanto ao habitat

Aéreas

d) Haustório: Penetram em tecidos vasculares de outra planta e sugam sua seiva.


e) Suporte ou escora: Raízes que auxiliam a sustentação da planta.
f) Tabular: Promove o aumento da sustentação da planta.

Haustório – Erva de passarinho Raiz tabular Raiz suporte ou escora


Classificação das raízes
II) Quanto ao habitat
Aquáticas
Raízes aquáticas: Possui parênquima aerífero bastante desenvolvido que promove a
flutuabilidade do vegetal.
Estrutura primária da raiz
Pteridófitas, gimnospermas, monocotiledôneas e dicotiledôneas
I) Epiderme
o Camada única de células periféricas
o Possui os pêlos absorventes
o Aumentam a superfície de contato
o Absorção de água e sais minerais

II) Córtex ou região cortical


o As células parenquimáticas preenchem
espaços e podem armazenar nutrientes.
o Endoderme: Delimita o cilindro central

III) Cilindro central


o Apresenta o xilema e o floema
o Periciclo = raízes laterais
o Gimnospermas e dicotiledôneas = câmbio
vascular

Monocotiledôneas – córtex conservado – ausência de estrutura secundária


Classificação de acordo ao número de arcos de
Xilema

Raizes de dicotiletôneas e gimnospermas – pequeno número de arcos de xilema


Raizes de monocotiledôneas – geralmente poliarcas
Raiz
Monocotiledôneas e Dicotiledôneas
Crescimento primário
Raiz
Crescimento Secundário
Crescimento secundário – câmbio internamente e
felogênio externamente
ORGANOLOGIA VEGETAL

CAULE
Caule
» Definição
Órgão vegetal portador de folhas e de suas possíveis
modificações. Na maioria dos vegetais é aéreo.
» Funções
Suportar as folhas, as flores e os frutos;
Realizar a integração entre caule e raiz, possibilitando o
transporte de seivas;
Reserva de nutrientes e água (tubérculos);
Resistência contra altas e baixas temperaturas, bem como
contra queimadas
O caule que não passar por crescimento em espessura possui
apenas estrutura primária; os demais possuem estrutura
secundária.
Anatomia Externa

» Gemas: regiões
meristemáticas
- Gemas terminais= ápice caulinar
- Gemas laterais = axilas de folhas
» Nós: regiões do caule onde
ocorrem a inserção das folhas
» Entrenós: localizados entre
dois nós consecutivos
» Folhas : expansões laterais do
caule
Estrutura primária - Caule
Pteridófitas e monocotiledôneas apresentam somente estrutura primária

 Em corte transversal
Epiderme: sistema de revestimento, uniestratificado com
parede celular espessada (lignina ou suberina)
Córtex: interno à epiderme hipoderme.
Parênquima cortical pouco desenvolvido podendo
apresentar cloroplastos (superficiais).
Região pode conter inclusões celulares importantes na
diagnose de drogas
Cilindro central: internamente a endoderme pode se
encontrar o periciclo.
Estrutura primária do caule
Caule de milho - monocotiledôneas primário

Feixes vasculares
espalhados
em uma massa de
parênquima

Floema
Xilema

Medula

Epiderme
Estrutura primária – Caule de Dicotiledôneas e Gimnospermas
 Três principais regiões: Epiderme, região cortical, parênquima
cortical, endoderme e sistema vascular (contido no cilindro
central)
Epiderme: sistema de revestimento uniestratificado com parede
celular cutinizada (pode se observar anexos epidérmicos)
 Córtex: pouco desenvolvida (córtex externo e interno)
Externo (colênquima abaixo da epiderme) + parênquima cortical
(cloroplastos)
 Cilindro central: Internamente à endoderme encontra-se o
periciclo, que representa a camada periférica do cilindro vascular e
tem origem no procâmbio. O periciclo pode ser formado por uma
ou várias camadas de células.
 Sistema vascular: contínuo (estrutura sinfonostélica) ou
descontínuo (eustélica)
Estrutura primária – Caule de Dicotiledôneas e Gimnospermas
 Sistema vascular: algumas dicotiledôneas – todo o cordão de
procâmbio transforma-se em xilema e floema – não origina câmbio
– não existe estruturas secundárias
 Sistema vascular : gimnospermas (contínuo) as traqueídes e as
células crivadas integram xilema e floema
Estrutura secundária do caule
Formada pela atividade do câmbio - que origina os tecidos vasculares
secundários -, e do felogênio - que dá origem ao revestimento
secundário, a periderme.
Quando o câmbio entra em atividade, produz xilema secundário para
o interior e floema secundário para a periferia
O parênquima cortical que está presente na estrutura primária de
caules e raízes geralmente não é mais observado após o
crescimento secundário
Caule de Dicotiledôneas 1ªrio

Características que permitem a


identificação de um caule de
dicotiledónea:
Feixes condutores dispostos num único
anel (de forma circular)
Feixes condutores colaterais, ou seja o
xilema está junto do floema
Junto dos feixes condutores existem
tecidos de suporte
Legenda:
1. Parênquima cortical (córtex)
2. Xilema
3. Floema
4. Epiderme
5. Parênquima medula
Caule de Dicotiledôneas 2ªrio
CLASSIFICAÇÃO DOS CAULES
Quanto ao ambiente onde se desenvolvem

• Caules aéreos
• Caules terrestres/subterrâneos
• Caules aquáticos
Caules aéreos eretos

•Tronco: caule característico das árvores e dos arbustos.


Apresenta-se ramificado e lignificado. Característico de
dicotiledôneas e gimnospermas.
•Estipe: robustos, com ramificações apenas no ápice. Ex.:
palmeiras e coqueiros.
•Colmo: caule cilíndrico apresentando a região de nós e
entrenós bem visíveis. Não se ramifica. Ex.: cana-de-açúcar
e bambu.
•Haste: caules flexíveis, revestidos por epiderme e são
clorofilados, característico de plantas de porte herbáceo.
Ex.: Valeriana officinallis
Caules aéreos eretos
Tronco Estipe
Caules aéreos eretos

Colmo
Haste
Caules aéreos trepadores

Caules que pela


deficiência de tecidos de
sustentação não
conseguem se manter
eretos, necessitando de
suporte para o seu
desenvolvimento. Ex.:
maracujazeiro (gavinhas),
hera (raízes adventistas).
Caules aéreos rastejantes

Estolhos: caules que crescem paralelamente à superfície


da terra que emitem raízes adventícias. Ex.: morango e
melancia.
Sarmentos: apresentam apenas um ponto de fixação no
solo. Ex: aboboreira
Caules subterrâneos
Rizomas: caules que crescem paralelos ao solo e fixam o vegetal.Ex.: gengibre,
banana e valeriana
Tubérculos: caules que armazenam amido. Diferem das raízes tuberosas por
apresentarem gemas. Ex.: batata-inglesa.
Bulbos: conjunto formado por caule (prato) e folhas modificadas (catafilos), com
função reprodutiva e de reserva nutritiva. Ex.: cebola e alho.

Tubérculos
Rizomas
Bulbos
Relembre
RAIZES E CAULES COM IMPORTÂNCIA
FARMACOLÓGICA
(FARMACÓGENO )

RAIZES E CAULES
COM IMPORTÂNCIA FARMACOLÓGICA
Alcaçuz

Glycyrrhisa glabra – FABACEAE


» Substancias ativas principais: saponinas (glicirrizina)
flavonoides: liquiritina e
isoliquiritina
» Uso terapêutico -
Expectorante;
Afecções da via respiratória;
Tratamento de úlceras gástricas e duodenais;
Anti-espasmódico
Alteia

• Althaea officinalis L. – MALVACEAE


• Principal componente: mucilagem
» Uso terapêutico –
Expectorante;
Tratamento de úlceras gástricas e duodenais;
Antiespasmódico;
Anti-inflamatória em formulações cosméticas
Equinácea
• Echinacea angustifolia – ASTERACEAE
» Substâncias ativas principais: taninos, alcaloides
Usos terapêuticos: imunoestimulante;
Antiinflamatório;
Inflamações bucofaringeanas;
Bronquites
Garra do diabo, harpagofito
• Harpagophytum procumbens – Pedaliaceae
• Substância ativa principal: flavonoides,ácidos cinâmico,
cafeico, clorogênico
» Usos terapêutico: auxiliar no tratamento da artrite
reumatoide e desordens degenerativas do sistema
locomotor - como artrose e bursite; Fibromialgia;
Tendinite; Diurético
Ginseng

• Panax ginseng – APIACEAE


Sustância ativa: estriol, estrona, estradiol
» Usos terapêuticos: Auxiliar no tratamento da perda
gradativa de memória, principalmente em memórias de curto
prazo
Contraindicações: pacientes com úlcera
• Interações medicamentosas: anticoagulantes orais
(hemorragia), contraceptivos à base de estrogênio (aumento do
sangramento), hipoglicemiantes (hipoglicemia grave), anti-
hipertensivos (cefaleia, insuficiência cardíaca)
Catuaba
• Erythroxylum catuaba – BIGNACEAE
• Indicações: estimulante, afrodísiaco, desgaste
físico e mental, impotência sexual
Valeriana
Raiz e Rizoma
• Valeriana officinalis – VALERINACEAE
• Substâncias ativas: taninos, alcaloides, triterpenos, flavonas
» Usos terapêutico: sedativo moderado, como agente promotor do sono e no
tratamento de distúrbios do sono associados à ansiedade.
• Contraindicação: pode potencializar o efeito de outros medicamentos
depressores do SNC. Estudos em animais mostraram um efeito aditivo quando
utilizado em combinação barbitúricos, anestésicos ou benzodiazepínicos e
outros fármacos depressores do SNC.
• Recomenda-se evitar o uso deste medicamento juntamente com a ingestão de
bebidas alcoólicas pela possível exacerbação dos efeitos sedativos.
• Este medicamento pode causar sonolência, não sendo, portanto,
recomendável a sua administração antes de dirigir, operar máquinas ou
realizar qualquer atividade de risco que necessite atenção.

53
54
Carqueja - caule

Baccharis trimera
Usos – afecções do estômago e
fígado

55
Gengibre
Zingiber officinallis
Parte utilizada: rizomas
Estimulante digestivo, emagrecimento, cinetose,
dores de garganta, gripe e resfriados
RA aumento do tempo de sangramento, aumento
da pressão arterial

Cemicifuga
Cimifuga racemosa
Parte utilizada: rizomas
Alívio dos sintomas do climatério, como rubor, ondas de
calor, suor excessivo, palpitações e alterações
depressivas de humor
Int. med.: potencializar o efeito de anti-hipertensivos.
Cuidado ao usar com medicamentos para terapia 56
hormonal
• Origem
ORGANOLOGIA • Conceito
• Morfologia Foliar
FOLHAS • Anatomia Foliar

Profa. Cristiani Walker e Profa. Renata F. Figueiredo


Origem
(Meristema apical)
 A folha é um órgão geralmente laminar verde, encontrado em quase
todas as plantas, sendo considerada um apêndice caulinar que surge na
Conceito região nodal e que pode apresentar quatro estruturas: Lâmina foliar ou
limbo, pecíolo, estípula e bainha.

(SANTOS, 2014).
Limbo: é a lamina foliar, responsável pela fotossíntese, transpiração e
trocas gasosas.

Pecíolo: caulículo que liga o limbo ao caule.

Conceito Bainha: expansão da base da folha, que envolve o caule.

Estípula: apêndices, localizados junto à bainha, com função de


protegê-la.

Nervuras: são os feixes de vasos condutores


Estruturas básicas
da folha
 Pode-se afirmar que a folha é formada por três sistemas:
 Sistema dérmico (epiderme),
Estruturas
básicas da folha  Sistema fundamental (mesofilo)
 Sistema vascular (feixes vasculares).

(SANTOS, 2014; CASTRO, 2014).


Estruturas
básicas da folha
O mesofilo é o tecido fundamental que está localizado entre as
duas faces da epiderme
Representando por:
 Parênquima clorofiliano também conhecido como

Mesofilo Foliar clorênquima - uma de suas características marcantes é a


presença de cloroplastos, além de muitos espaços
intercelulares.
 Dois tipos de parênquima clorofiliano:
 Parênquima paliçádico
 Parênquima lacunoso
Mesofilo Foliar
Mesofilo Foliar
De acordo com a disponibilidade de água no
ambiente as plantas se classificam de três maneiras:
 Xerófitas (ambientes secos, pouca disponibilidade
Folhas de Plantas
(Hidrófitas , de água);
Xerófitas e
 Mesófitas (considerável suprimento hídrico do solo e
Mesófitas)
umidade relativa alta)
 Hidrófitas (grande suprimento hídrico, parcialmente
ou totalmente submersas na água
Folhas grandes e delgadas que auxiliam no
controle do excesso de água por transpiração
 Epiderme ------ delgada
 Estômatos geralmente nas duas faces da
Folhas de Plantas epiderme ---- folhas anfiestomáticas
Mesófitas
• Presença de aerênquima (que em muitas auxilia na flutuação
na água

• Estômatos estão na parte adaxial das folhas ou mesmo são


ausentes --- caracteriza essas folhas como epiestomáticas
Folhas de Plantas
Hidrófitas • A temperatura, o ar e os sais na água influenciaram nas suas
modificações, assim houve uma redução grande nos tecidos
de sustentação e de condução em especial no xilema, além do

desenvolvimento do aerênquima.
Folhas de Plantas
Hidrófitas
• Ambientes secos ----- Semiárido Nordestino

• Exemplos morfológicos da adaptação dessas plantas são seus caules e raízes


que armazenam água

• Folhas de tamanho pequeno e muitas vezes se modificam em espinhos ----


reduzir a perda de água por evaporação

• Estômatos ---fechados pelo dia e abertos à noite. Protegidos por sulcos da


Folhas de Plantas
Xerófitas folha. Localizados na epiderme inferior --- Evitar a incidência direta do sol ---
reduzir a perda de água

• Caules – reserva de água e cheios de tricomas --- isolamento do mesofilo---


proteger contra o excesso de calor

• Células da epiderme possuem cutícula espessa

• Possuem sistema vascular denso.

• Folhas com presença de parênquima aquífero


Folhas de Plantas
Xerófitas
Metabolismo primário o conjunto de processos metabólicos que
desempenham uma função essencial no vegetal:

A fotossíntese;

A respiração e o transporte de solutos


Metabolismo
Os compostos envolvidos no metabolismo primário possuem uma
Primário distribuição universal nas plantas:

É o caso dos aminoácidos;


Secundário
Nucleotídeos;

Lipídios;

Carboidratos e Clorofila.

ASHIHARA, H.; MONTEIRO, A. M.; GILLIES, F. M. & CROZIER, 1996


Metabolismo secundário origina compostos que não possuem uma
distribuição universal, pois não são necessários para todas as plantas.

Existem três grandes grupos de metabólitos secundários:


Metabolismo Terpenos a partir do ácido mevalônico (citoplasma) ou piruvato 3PGA
(cloroplasto)
Primário
Compostos fenólicos ácido mevalônico ou ácido chiquímico

Secundário Alcalóides aminoácidos aromáticos (triptofano, tirosina), os quais são


derivados do ácido chiquímico, e também de aminoácidos alifáticos (ornitina,
lisina)
Trocas
gasosas

Atrair
Distrib. agentes
seiva polinizad
Principais ores
Funções Fotossíntese Produção de
substâncias
orgânicas

Energia solar
Energia
Condução Transpira química
seiva ção
 É um processo físico-químico que ocorro no interior
das células de organismos fotossintetizantes como
algumas bactérias e plantas clorofiladas
Fotossíntese
Estar intimamente relacionada à produção de
compostos orgânicos da planta e consequentemente
dos compostos bioativos de uma Planta Medicinal
Fotossíntese
H2O
CO2
LUZ
PIG.
FOTOSSSINTÉTICOS
Tilacóide

Estroma
 A transpiração vegetal é a eliminação de água no estado
gasoso.
 As trocas gasosas, correspondem a entrada de CO2 (utilizado
na fotossíntese).
Transpiração  Os eventos ocorrem principalmente nas folhas, onde se
e encontram os estômatos (na epiderme).
Trocas gasosas
 Estômatos Funcionam como válvulas reguláveis que
podem abrir ou fechar, possibilitando a ocorrência simultânea
de transpiração e trocas gasosas
 Células-guardas túrgidas

Ostíolo se abre
Transpiração
e
Transpiração
Trocas gasosas

Trocas gasosas
 A umidade do ar

 A abertura e o fechamento dos estômatos dependem da água


existente no interior das células-guardas, são chamados de
Mecanismos que
movimentos hidroativos.
determinam a
abertura dos
 A luz
estômatos
 Geralmente a luz permite a abertura dos estômatos enquanto
sua falta favorece seu fechamento. Os chamados movimentos
fotoativos dos estômatos
Classificação

Disposição caule

Alternas
Opostas
Verticiladas
Oposta cruzada
Classificação  1 Mais de um ano no vegetal
Tempo de duração  2 Caem em certas épocas do ano, deixando o
vegetal sem folha
1 Persistentes  3 Desprende-se do vegetal logo após alcançar o
2 Decíduas pleno desenvolvimento
3 Caducas
ESPINHEIRA-SANTA, folha
A droga vegetal consiste de folhas secas de Maytenus ilicifolia contendo no
mínimo, 2,0% de taninos totais

 Descrição macroscópica

Classificação  Pecíolo curto;

 Folhas simples, inteiras, ovalado-oblongas à elípticas ou elíptico - lanceoladas;

 A nervação é peninérvea;

 Na margem foliar, tanto as nervuras secundárias quanto as que delas

partem, unem-se com a nervura marginal, formando projeções pontiagudas, de 5


a 15 unidades por folha

Farmacopéia Brasileira, 2017


O contorno foliar é considerado como uma linha imaginária que
Classificação liga os pontos externos da lâmina foliar e podem ser

Limbo classificadas por exemplo em:

Lanceolada – aquelas que se assemelham à forma de uma lança


(Contorno ou
forma; Oval – mais larga na base e o contorno apresenta aspecto oval
Margem;
Orbicular – Contorno aproximadamente circular
Subdivisão;
Nervação) Falciforme – Contorno lembra uma foice

Linear – Contorno estreito e comprido


1. Falciforme
2. Elíptico
3.Cordiforme
4. Orbicular pentalado
5. Rombidal
6. Orbicular
7. Triangular
8. Oboval
9. Oblongo
10. Acicular
11. Reniforme
12. Lanceolada
13. Subulado
14. Linear
15. Oval
Margem inteira --- apresenta a borda foliar lisa

Margem Sinuada ---- apresenta sinuosidades nas bordas

Margem Crenada ---- apresenta recortes em forma de “dentes”


arredondados
Limbo
Margem denteada ---- “ dentes” perpendiculares ao eixo
Margem
longitudinal da folha

Margem serrilhada --- recortes agudos em direção ao ápice da


folha

Margem revoluta ---- borda da folha enrolada para baixo


Inteira
Sinuosa
Revoluta
Crenada
Serrilhada
Denteada
Limbo

Subdivisão

Lobado
Fendido
Partido
Dissecado
Limbo

Nervuras

Curvinérvea
Peninérvea
Uninérvea
Paralelinérvea
Palmatinérvea
Fitoterapia
Raiz e Caule
(Farmacógeno)

Prof. Marlon Claudener dos Santos Dantas


Farmacêutico
Especialista em Farmacologia Clínica e Prescrição Farmacêutica
Mestrando em Ciências Farmacêuticas - PPGCF/UFS
Pesquisador do Laboratório de Estudos Neurofarmacológicos LABEN/UFS
FITOTERAPIA:
Histórico e Conceitos
PARA COMEÇAR: “EU TENHO UMA DOR DE OUVIDO...“

 Observe a linha do tempo a seguir que retrata uma breve história da terapêutica
ocidental e o retorno ao uso de plantas medicinais.
 Conforme a linha do tempo, percebe-se um retorno ao uso de plantas
medicinais no tratamento de enfermidades, na história do ocidente.

 De acordo com a OMS (2011), de 70% a 90% da população nos países em


desenvolvimento depende das plantas medicinais no que se refere à Atenção
Primária à Saúde.

 Há um reconhecimento dos saberes populares e tradicionais relacionados ao


cuidado com a saúde pela incorporação das práticas integrativas e
complementares orientada pelos princípios e diretrizes do Sistema Único de
Saúde no Brasil.
PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS CONCEITOS
BÁSICOS
 Planta medicinal: segundo a OMS é toda e qualquer planta que,
quando aplicada sob determinada forma e por alguma via ao
homem, é capaz de provocar um efeito farmacológico. Pode ser
aplicada diretamente na terapêutica ou processada para obtenção
de um fitoterápico (WHO, 1978).

 Fitoterápicos ou medicamentos fitoterápicos: são considerados


medicamentos fitoterápicos aqueles obtidos com emprego
exclusivo de matérias primas ativas vegetais. Não se considera
medicamento fitoterápico aquele que inclui na sua composição
substâncias ativas isoladas, sintéticas ou naturais, nem as
associações dessas com extratos vegetais (ANVISA RDC 26,
2014).
 Fitoterápico: produto final apresenta uma Forma farmacêutica e
uma Fórmula farmacêutica.

 Matéria-prima vegetal: é a planta medicinal, a droga vegetal ou o


derivado vegetal.

 Droga vegetal: é a planta medicinal ou suas partes que


contenham as substâncias responsáveis pela ação terapêutica,
após processos de coleta/colheita, estabilização (quando
aplicável) e secagem, podendo estar na forma íntegra, rasurada,
triturada ou pulverizada (ANVISA RDC 26, 2014).
 Preparado fitoterápico intermediário: é o produto vegetal (triturado,
pulverizado, rasurado, extrato, tintura, óleo fixo ou volátil, cera, suco, etc.)
obtido de plantas frescas e de drogas vegetais (através de operações -
extração, purificação, fracionamento e concentração) e utilizado na
preparação do produto fitoterápico (CARVALHO, 2004).

 Fármaco: denominação empregada a uma substância química, droga,


insumo farmacêutico ou matéria prima utilizada para modificar ou explorar
sistemas fisiológicos dos estados patológicos em benefício da pessoa à qual
se administra (BRASIL, 2011).

 Fitofármaco = Princípio ativo natural (P.A.N.): princípios ativos, as


substâncias ou grupo delas, quimicamente caracterizadas, cuja ação
farmacológica é conhecida e responsável, total ou parcialmente, pelos efeitos
terapêuticos do produto fitoterápico (CARVALHO, 2004).
INTERLIGAÇÕES ENTRE CONCEITOS
HISTÓRICO

 A história do uso de PLANTAS MEDICINAIS, desde os tempos


remotos, tem mostrado que elas fazem parte da evolução humana e
foram os primeiros recursos terapêuticos utilizados pelos povos.

Pré-História Antiguidade
Idade Idade
Moderna Contemporânea
PRÉ-HISTÓRIA
 Antigas civilizações têm suas próprias referências históricas acerca das
plantas medicinais utilizando como REMÉDIO.

 A descoberta das propriedades úteis ou nocivas dos vegetais ocorreu por


meio do conhecimento empírico;

 Existem relatos lendários em que se atribuem às plantas poderes divinos;

Essas valiosas informações foram sendo, inicialmente, transmitidas oralmente às


gerações seguintes, para, posteriormente, com o surgimento da escrita, passarem
a ser compiladas e arquivadas.
ANTIGUIDADE
 As primeiras descrições do uso de plantas com fins terapêuticos foram
escritas em cuneiforme.

 Essas descrições são originárias da Mesopotâmia e datam de 2.600 a.C


 Outra referência escrita sobre o uso de plantas como remédios é encontrada na
obra chinesa Pen Ts’ao (“A grande fitoterapia”), de Shen-Nong, de 2800 a.C.

 Shen-Nong é reconhecidamente o fundador da medicina chinesa, pois a ele


são atribuídas as virtudes da descoberta das drogas vegetais e a capacidade de
experimentar venenos
 Foi durante a Antiguidade egípcia, grega e romana que se acumularam
conhecimentos tradicionais transmitidos, principalmente pelos árabes, aos
herdeiros dessas civilizações.

 Os antigos papiros no Egito evidenciam que, a partir de 2000 a.C., um


grande número de médicos utilizava as plantas como remédio e considerava
a doença como resultado de causas naturais, e não como consequência dos
poderes de espíritos maléficos.
O papiro de Ebers
 Escrito no Antigo Egito à 1550 a.C;
funcho (Foeniculum vulgare Miller)

 Mais antigos e Importantes tratados médicos; coentro (Coriandrum sativum L.)

genciana (Genciana lutea L.)


 Relata em torno de 100 doenças;
zimbro (Juniperus communis L.)

 Descreve um grande número de PRODUTOS NATURAIS; sene (Cassia angustifolia Vahl.)


timo (Thymus vulgare L.)

losna (Artemisia absinthium L.)


O papiro de Ebers
 Descrito cerca de 800 “fórmulas mágicas” e
remédios populares;

 Incluindo Extratos de:


 Plantas;
 Metais (Chumbo; Cobre)
 Venenos de Animais

 Prescrição de Uso Terapêutico de Óleos Vegetais


(Alho; Girassol; Açafrão);

 Uso do Mel ou Cera de Abelha como Veículo para


Página do papiro de Ebers.
Melhorar a Absorção. Fonte: National Library of Medicine (2012).
 Outros relatos do uso de plantas medicinais em antigas civilizações demonstram que,
desde 2300 a.C.;

 os egípcios, assírios e hebreus cultivavam diversas ervas e traziam de suas expedições


tantas outras;

 Já nessa época, esses povos criavam classes de medicamentos utilizando plantas


medicinais;
 Na Índia, foi criado um dos sistemas medicinais mais antigos da humanidade:
AYURVEDA;

 Os Vedas, poemas épicos de cerca de 1500 a.C., fazem menção a plantas medicinais
até hoje utilizadas, como:

➢ alcaçuz (Glycyrrhiza glabra) ➢ gengibre (Zingiber officinale Roscoe)

➢ mirra (Commiphora myrrha [Nees] ➢ manjericão (Oci-mum basilicum L.);


Baillon);
➢ alho (Allium sativum L.); ➢ cúrcuma (Curcuma domestica L.);
➢ acônito (Aconitum napellus L.); ➢ aloés (Aloe sp.).
 Na antiga Grécia, grande parte da sabedoria sobre plantas
deve-se a HIPÓCRATES (460–377 a.C.);

 Ele reuniu em sua obra Corpus Hipocratium, conjunto de


aproximadamente 70 livros;

 Síntese dos conhecimentos médicos indicando para cada


enfermidade um remédio vegetal e um tratamento
adequado.

 Para Hipócrates, o tratamento poderia ser feito através de


dieta alimentar adequada;

 E uma prescrição exata, era necessário conhecer os


elementos e os constituintes dessa dieta.
 No Ocidente, os registros da utilização da fitoterapia são mais recentes.
TEOFRASTO (372–287 a.C.);

 No século III a.C., listou cerca de 455 plantas medicinais que constituíram o
primeiro herbário ocidental;

 As primeiras prescrições são datadas do século V a.C.


Era Cristã
 O grego PEDANIUS DIOSCÓRIDES, médico grego militar
nascido em Anazarbo da Cilícia (40–90 d.C.);

 Catalogou e ilustrou cerca de 600 diferentes plantas usadas


para fins medicinais;

 A obra em que ele reuniu esses registros é denominada de


matéria medica;

 Considerada a principal referência ocidental para a área de


plantas medicinais até o renascimento;
 CLAUDIUS GALENO (129–216 d.C.), médico, filósofo grego
e considerado o “Pai da Farmácia”;

 De seus mais de 300 tratados, cerca de 150 permanecem até hoje;

 Ele desenvolveu misturas complexas, advindas de antigas


misturas egípcias e gregas e intituladas como “cura-tudo”.

 Elas são conhecidas como “misturas galênicas”

GALENO estimulou oficiais romanos a fiscalizarem remédios para verificar se continham o que
era declarado, dando início à Vigilância Sanitária. Isso foi feito porque misturas contendo até 100
ingredientes, conhecidas como theriacs (do grego para “antídoto”), eram comuns naquela época e
levaram a fraudes e superfaturamento por muitos séculos.
IDADE MODERNA
 Paracelso - Philippus Aureolus Theophrastus Bombastus von
Hohenheim (1493-1541);

 Um dos principais responsáveis pelo avanço da terapêutica;

 Lançou as bases da medicina natural e afirmou que cada doença


específica deveria ser tratada por um tipo de medicamento.

 Dose certa define se uma substância química é um medicamento ou


um veneno.

“A MEDICINA se fundamenta na NATUREZA, a Natureza é a Medicina, e somente


naquela devem os homens buscá-la. A Natureza é o mestre do médico, já que ela
é mais antiga do que ele e existe dentro e fora do homem”.
IDADE CONTEMPORÂNEA
 Foi a partir do século XIX que a fitoterapia teve maior avanço devido ao
progresso científico na área da química, o que permitiu analisar, identificar e
separar os PRINCÍPIOS ATIVOS das plantas;
 Hahnemann (1755-1843);

 Tentava trabalhar com a menor dose possível com a


qual os remédios ainda tinham atividade e
desenvolveu os conceitos da HOMEOPATIA.

Homeopatia: palavra de origem grega que significa “doença” ou “sofrimento


semelhante”. É um método científico para o tratamento e a prevenção de doenças agudas e
crônicas, em que a cura se dá por meio de medicamentos não agressivos que estimulam o
organismo a reagir, fortalecendo seus mecanismos de defesa naturais.
 No fim do século XX, a Agência Federal de Saúde da Alemanha criou
uma comissão para avaliar a segurança e a eficácia de produtos de
origem vegetal.

 Foram publicadas cerca de 400 monografias de monopreparados e de


combinações de produtos de origem vegetal.

Identificação;
Pureza;
Adulteração;
Composição fitoquímica;
➢ Elas incluem as seguintes informações: Ações farmacológicas;
Ações terapêuticas;
Contraindicações;
Efeitos colaterais;
Dosagens.
NO BRASIL
 História da utilização de plantas no tratamento de doenças apresenta
influências marcantes das culturas africana, indígena e europeia.

Africanos Plantas Nativas Rituais Religiosos


Propriedades Farmacológica

Índios Pajés Passavam de Geração

Europeus Absorveram os Conhecimentos


Séculos XVI-XX
 No século XVI, o jesuíta José de Anchieta foi o primeiro boticário de
Piratininga, atual cidade de São Paulo;

 Em 1765, a cidade de São Paulo tinha três boticários.

 A Real Botica de São Paulo foi a primeira farmácia oficial da cidade.

 Os medicamentos eram, em sua grande maioria, plantas medicinais:

➢ rosa (Rosa sp.);


➢ sene (Cassia angustifolia);
➢ manacá (Brunfelsia uniflora);
➢ ipeca (Psychotria ipecacuanha);
➢ copaíba (Copaifera langsdorffii).
 Em 1801, a administração da capitania da Bahia recebeu do príncipe regente,
por meio de Dom Rodrigo de Souza Coutinho;

 Ampliar do Real Jardim Botânico, para a publicação de uma “flora completa


e geral do Brasil e de todos os vastos domínios de Sua Alteza Real”.

 Em 1838, o farmacêutico Ezequiel Correia dos Santos realizou o isolamento


do princípio ativo (alcaloide pereirinha) da casca do pau-pereira
(Geissospermum vellosii), usado tradicionalmente para febres e malária.

 Em 1926, foi publicada a primeira Farmacopeia Brasileira, de Rodolpho


Albino Dias da Silva, chamada de “farmacopeia verde”. Com 183 espécies
de plantas medicinais brasileiras, trazia descrições macro e microscópicas
das drogas.

As substâncias ativas do pau-pereira são utilizadas até hoje em estudos sobre o tratamento
da doença de Alzheimer.
 Até meados do século XX, as plantas medicinais e seus derivados
constituíam a base da terapêutica medicamentosa.

 A síntese química, que teve início no fim do século XIX, iniciou uma fase
de desenvolvimento vertiginoso decorrente de tecnologias na elaboração
de fármacos sintéticos.

 A medicina tradicional foi vista como atraso tecnológico e foi sendo


substituída pelo uso dos medicamentos industrializados.

Após o auge do desenvolvimento da indústria farmacêutica e o domínio dos medicamentos


sintéticos, hoje pelo menos 90% das classes farmacológicas incluem um protótipo de
produto natural (World Health Organization, 2002).
Dos 120 compostos ativos isolados de plantas superiores e utilizados atualmente, 74% têm
o mesmo uso terapêutico nas sociedades nativas.
DIAS ATUAIS
 Brasil voltou a valorizar sua flora como fonte inestimável de novas moléculas
com atividade biológica e medicamentos fitoterápicos;

 As plantas medicinais e os fitoterápicos não são mais considerados apenas


terapia alternativa;

 Forma sistêmica e racional de compreender e abordar os fenômenos


envolvidos nas questões da saúde e da qualidade de vida;
Fatores determinantes para o Uso das Plantas
Medicinais:
• Acessibilidade

 Regiões de baixo desenvolvimento econômico ou em zonas rurais

• Econômicos

 A falta de acesso da população aos medicamentos industrializados

Na última década, registrou-se um aumento expressivo no interesse em substâncias


derivadas de espécies vegetais, evidenciado pelo crescimento de publicações dessa linha
de pesquisa nas principais revistas científicas das áreas de química e farmacologia.
POLÍTICAS PÚBLICAS DE FITOTERAPIA

 As Políticas do Ministério da Saúde, na área de Fitoterapia, tem como


objetivo garantir à população brasileira o acesso seguro e o uso racional de
plantas medicinais e fitoterápicos: por meio das seguintes Portarias:

- Portaria n° 971 de 3 de maio de 2006. Aprova a Política Nacional de Práticas


Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde .

- Decreto n° 5813 de 22 de junho de 2006. Aprova a Política Nacional de


Plantas Medicinais e Fitoterápicos e dá outras providências.
Ampliar as opções terapêuticas aos usuários, com garantia de acesso a plantas medicinais, fitoterápicos e
serviços relacionados à fitoterapia com segurança, eficácia e qualidade, na perspectiva da integralidade da
atenção à saúde, considerando o conhecimento tradicional sobre plantas medicinais.
Prescrição de Fitoterápicos

 Médicos
 Odontólogos
 Enfermeiros
 Nutricionista (Especialização)
 Farmacêuticos
Prescrição Farmacêutica
 Resolução CFF 477, de 28 de maio de 2008 – Dispõe sobre as atribuições do
farmacêutico no âmbito das plantas medicinais e fitoterápicos;

 Resolução nº 586 de 29 de agosto de 2013 – dispõe sobre a prescrição


farmacêutica;

 Art. 9 Resolução CFF 477/2008: Compete ao farmacêutico a manipulação;


dispensação e aconselhamento farmacêutico no uso de plantas medicinais e
seus derivados, fitoterápicos manipulados e industrializados em
atendimento a uma prescrição médica ou na automedicação responsável.
“A automedicação responsável deverá ocorrer somente mediante
orientação e acompanhamento farmacêutico nos casos dos medicamentos
isentos de prescrição”.
Prescrição Farmacêutica
 Resolução nº 586/2013: Art 5º O farmacêutico poderá realizar a prescrição
de medicamentos e outros produtos com finalidade terapêutica, cuja
dispensação não exija prescrição médica, incluindo medicamentos
industrializados e preparações magistrais – alopáticos ou dinamizados –
plantas medicinais, drogas vegetais e outras categorias ou relações de
medicamentos que venham a ser aprovadas pelo órgão sanitário federal para
prescrição do farmacêutico.

 Art 9º - A prescrição farmacêutica e seus componentes mínimos.


Cimicifuga (Cimicifuga racemosa (L.) Nutt.)

➢ PARTE UTILIZADA/ÓRGÃO VEGETAL: Raiz ou rizoma.


➢ INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Alívio dos sintomas do climatério, como rubor,
fogachos, transpiração excessiva, palpitações, alterações do humor, ansiedade e
depressão.
➢ POSOLOGIA: Oral. Dose diária: 6 mg extrato seco
➢ CONTRAINDICAÇÕES: Pacientes portadoras de insuficiência hepática.
Esse fitoterápico é contraindicado durante a gravidez.
➢ EFEITOS ADVERSOS: Pode causar desconforto gastrointestinal, erupção
cutânea,(12,13) cefaleia e tontura.
➢ INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: agentes hipotensores, como
betabloqueadores (metoprolol ou propanolol) e bloqueadores dos canais de cálcio
(diltiazem ou verapamil).
➢ PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS: Triterpenos (cimifugosídeo, 26-deoxiacteína,
acteína e cimigenol), alcaloides, taninos e ácidos fenólicos.
Equinácea (Echinacea purpurea (L.) Moench.)

➢ PARTE UTILIZADA/ÓRGÃO VEGETAL: Raiz.


➢ INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Preventivo e coadjuvante no tratamento dos
sintomas de resfriados.
➢ POSOLOGIA: extrato seco 250 mg, 1 a 3 vezes ao dia (equivalente a 10-30 mg
de ácido chicórico por dia.
➢ CONTRAINDICAÇÕES: em pacientes com esclerose múltipla, colagenose,
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA), tuberculose e para crianças,
grávidas.
➢ EFEITOS ADVERSOS: Pode causar febre e distúrbios gastrointestinais, como
náusea, vômito e paladar desagradável logo após a ingestão.
➢ INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: Deve ser administrado com cautela em
associação com fármacos cujo metabolismo é dependente das enzimas CYP
➢ PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS: Fenilpropanoides, polissacarídeos,
sesquiterpenos.
Garra-do-diabo (Harpagophytum procumbens DC)

➢ PARTE UTILIZADA/ÓRGÃO VEGETAL: Raízes secundárias.


➢ INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Alívio de dores articulares moderadas e
lombalgia aguda.
➢ POSOLOGIA: Oral. Administrar 1-3 g de raízes ou quantidade equivalente de
extrato aquoso ou hidroalcoólico.
➢ CONTRAINDICAÇÕES: A pacientes com cálculos biliares. É contra-indicado
para menores de 18 anos, lactantes, grávidas
➢ EFEITOS ADVERSOS: Diarreia, náusea, vômito, dor abdominal, cefaleia,
tontura e reações alérgicas cutânea
➢ INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: agentes hipotensores, como
betabloqueadores (metoprolol ou propanolol) e bloqueadores dos canais de cálcio
(diltiazem ou verapamil).
➢ PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS: Iridoides glicosilados, cumarinas,
flavonoides, fenilpropanoides, triterpenos e diterpenos.
Valeriana (Valeriana officinalis L. )

➢ PARTE UTILIZADA/ÓRGÃO VEGETAL: Raízes.


➢ INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Usado como sedativo moderado, hipnótico e
no tratamento de distúrbios do sono associados à ansiedade
➢ POSOLOGIA: Extrato seco: de 45 a 125 mg de dose diária
➢ CONTRAINDICAÇÕES: Contraindicado para menores de 12 anos, grávidas,
lactantes e pacientes com histórico de hipersensibilidade
➢ EFEITOS ADVERSOS: tontura, desconforto gastrointes- tinal, alergias de
contato, cefaleia e midríase.
➢ INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: Esse fitoterápico pode potencializar o
efeito de outros depressores do SNC.
➢ PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS: Monoterpenos, sesquiterpenos, epóxi-
iridóides e valepotriatos.
Cáscara-sagrada (Rhamnus purshiana DC.)

➢ PARTE UTILIZADA/ÓRGÃO VEGETAL: Cascas secas.


➢ INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Indicado para tratamento de curto prazo da
constipação intestinal ocasional.
➢ POSOLOGIA: Extrato seco: de 57 a 108 mg em dose única diária.
➢ CONTRAINDICAÇÕES: menores de 10 anos, grávidas, lactantes, nos casos de
insuficiência hepática, renal e cardíaca;
➢ EFEITOS ADVERSOS: Doses únicas podem resultar em câimbras, e desconforto do
trato gastrointestinal
➢ INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: diuréticos tiazídicos, aadrenocorticosteroides
ou raiz de alcaçuz pode ser acentuada, e o desequilíbrio eletrolítico poderá ser agravado.
➢ PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS: glicosídeos hidroxiantracênicos (6-9%).
Desses 80 a 90% de cascarosídeos A-D. Glicosídeos antracênicos e antraquinonas
Barbatimão (Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville)

➢ PARTE UTILIZADA/ÓRGÃO VEGETAL: Cascas.


➢ INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Cicatrizante
➢ POSOLOGIA: Uso Externo. Aplicar até três vezes ao dia na área afetada, após
a higienização
➢ CONTRAINDICAÇÕES: Contraindicado em situações em que há
necessidade da exsudação por meio de drenos ou de forma espontânea;
➢ EFEITOS ADVERSOS: Poderá ocorrer reação alérgica em pessoas com
histórico de alergias a outras espécies vegetais
➢ INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: Devido à presença de taninos como
componente desse fitoterápico, evitar o uso concomitante com sais de prata,
bases proteicas e princípios ativos vasodilatadores.
➢ PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS: Taninos, proantocianidinas, ácidos
fenólicos e flavonoides.
Unha-de-gato (Uncaria tomentosa (Willd. DC.) )

➢ PARTE UTILIZADA/ÓRGÃO VEGETAL: Cascas.


➢ INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Anti-inflamatório.
➢ POSOLOGIA: Cápsula (droga vegetal): 300–500 mg, 1 cápsula, 2 a 3 vezes ao dia.
➢ CONTRAINDICAÇÕES: grávidas e lactantes;
➢ EFEITOS ADVERSOS: Potencializa a ação de anticoagulantes, aumentan- do o risco
de hemorragias
➢ INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: Administrar em associação com
medicamentos e drogas vegetais, como varfarina, estrógenos, teofilina e gengibre,
➢ PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS: Flavonoides, alcaloides indólicos, triterpenos e
saponinas.
FARMACOGNOSIA I
FITOTERAPIA

Folhas; Flores; Frutos e Sementes


QUAL O PAPEL DA ASSISTÊNCIA
FARMACÊUTICA NO AMBITO DA
FITOTERAPIA?
Assistência Farmacêutica em Fitoterapia

 Envolve:

Ações Educativas
 Papel do farmacêutico na educação da comunidade
 Hortos
 Plantas de uso tradicional
Produtos oficinais
 Farmácia com manipulação
 Farmácia Viva
Produto industrializado
O que vocês compreendem sobre
FÁRMACIA VIVA?
um conjunto de plantas
medicinais que são indicadas para
Farmácia o tratamento das doenças e
Viva sintomas mais comuns e de menor
gravidade, como gripes, resfriados,
problemas estomacais e dor de
Portaria nº cabeça.
866/2010
Atenção Básica
à Saúde

Médico* Farmacêutico Agrônomo

IDENTIFICAÇÃO BOAS PRATICAS DE


ORIENTAÇÃO CULTIVO E
DIAGNÓSTICO /
PREPARAÇÃO E CONTROLE PREPARAÇÃO DAS
TRATAMENTO
MUDAS
PROCESSO DE CUIDADO FARMACÊUTICO
RECOMENDAÇÕES OMS - PLANTAS
MEDICINAIS

✢Proceder: Levantamentos regionais das plantas usadas na


medicina popular ou tradicional e identificá-las cientificamente.

✢Apoiar: O uso das práticas úteis que utilizem plantas


selecionadas por sua eficácia e segurança terapêuticas.

✢Desaconselhar: O uso das práticas da medicina popular


consideradas inúteis ou prejudiciais.

✢Desenvolver: Programas que permitam cultivar e utilizar as


plantas selecionadas de forma segura
QUAIS OS MATERIAIS DE APOIO QUE
TRAZEM INFORMAÇÕES SOBRE PLANTAS
MEDICINAIS RECONHECIDOS PELO SUS?
PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS
CONTEMPLADOS NO SUS

 Listas Oficiais

 Memento Fitoterápico
 Formulário Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira
 RENISUS

 RENAME
Memento Fitoterápico da Farmacopeia
Brasileira

 Monografias de 28 espécies vegetais de uso


frequente no Brasil (a maioria isenta de
prescrição médica)

 Orientar a prescrição de plantas medicinais e fitoterápicos


 Conteúdos baseados em evidências científicas
 Conduta terapêutica do profissional prescritor.
Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia
Brasileira

 Contempla 83 monografias (drogas vegetais para infusos e decoctos,


tinturas, xarope, géis, pomadas, sabonete, cremes, bases farmacêuticas e
solução conservante)

 Definir normas de manipulação de forma padronizada;


 Formas corretas de preparo;
 Indicações e restrições de uso de cada espécie.
RENISUS – Relação Nacional de Plantas
Medicinais de Interesse ao SUS

 Lista com 71 espécies vegetais

 Subsidiar o desenvolvimento de toda cadeia produtiva


relacionadas
 Regulamentação

 Cultivo

 Manejo

 Produção

 Comercialização

 Dispensação
RENAME – Relação Nacional de
Medicamentos Essenciais

 Contempla 12 Fitoterápicos.

 Seleçãoe padronização de medicamentos indicados para


atendimento de doenças ou de agravos no âmbito SUS.
QUAIS OS MÉTODOS DE EXTRAÇÃO PARA
OBTENÇÃO DOS PRINCÍPIOS ATIVOS DA
PLANTAS MEDICINAIS?
INFUSÃO:
➢ Plantas ricas em princípios ativos voláteis, aromas delicados e sensíveis ao calor
prolongado.
➢ Ferve-se a água necessária, derrama-se sobre a erva separada e picada em outro
recipiente e tampa-se o recipiente deixando tampado por 5 a 10 minutos.
➢ Utilizá-la no mesmo dia.

DECOCÇÃO:
➢ Ervas com princípios ativos termo-estáveis.
➢ Preparo de plantas em que o principio ativo encontra-se em partes mais duras (sementes,
raízes, cascas, etc).
➢ Coloca as plantas numa panela adequada, e com água suficiente para cobrir os vegetais,
deixando-a sob fogo brando por 15 a 20 minutos.
➢ Deve ser coado e usado no mesmo dia do seu preparo.

MACERAÇÃO:
➢ Usadas na preparação de plantas cujo principio ativo se degrada facilmente pelo calor.
➢ De acordo com o tipo de princípio ativo utiliza-se o liquido extrator adequado que pode ser
água, álcool, óleo, etc.
➢ Flores, folhas e outras partes moles: 10 a 12 hs.
➢ Raízes, cascas e partes mais duras: 18 a 24 hs.
Droga Vegetal

Folhas e Cascas, raízes


flores Cascas, rizomas e sementes
e raízes

Infusão Maceração

Decocção

(5 a 10 min).
(15 a 20 min).
Alcachofra (Cynara scolymus L.)

➢ FAMÍLIA: Asteracea

➢ PARTE UTILIZADA/ÓRGÃO VEGETAL: Folhas.

➢ INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Diurético; Antidispéptico (indigestão);


Antiflatulento.

➢ CONTRAINDICAÇÕES: Obstrução do Ducto biliar, Gravidez e Lactação;


VIAS DE ADMINISTRAÇÃO E POSOLOGIA
(DOSE E INTERVALO)

DOSE DIÁRIA

1-2 g de extrato seco aquoso.


Tomar 2 cápsulas, de 2 a 4 vezes ao dia

FORMA FARMACÊUTICA TEMPO DE UTILIZAÇÃO

Droga vegetal encapsulada, Se os sintomas persistirem por mais de


comprimido (droga vegetal), 2 semanas durante o uso do fitoterápico,
infusão, e extrato seco um médico deve ser consultado.
padronizado.
➢EFEITOS ADVERSOS: Laxante;

➢INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:

➢PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS: Ácidos Fenólicos, Fenilpropanoides,


Saponinas, Flavonoides, Sesquiterpernos e Esteroides;
Cavalinha (Equisetum arvense L.)

➢ FAMÍLIA: Equisetaceae.

➢ PARTE UTILIZADA/ÓRGÃO VEGETAL: Folhas e partes aéreas.

➢ INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Diurético;

➢ CONTRAINDICAÇÕES: Menores de 12 anos, Grávidas, Lactante; Pacientes


com Restrição de líquidos (doenças cardíacas e renais severas)
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO E POSOLOGIA
(DOSE E INTERVALO)

DOSE DIÁRIA

CHÁ: 2-3 g das folhas p/ 250 mL de Água.


CÁPSULA: 200 - 225 mg extrato seco (Hidroetanólico).
TINTURA: 20 gotas

FORMA FARMACÊUTICA ➢ Tomar 3 doses ao dia.

Tintura Hidroetanólica; TEMPO DE UTILIZAÇÃO


Cápsula e comprimido contendo
extrato seco; ➢ 2 a 4 semanas.
Chá medicinal (Infusão)
➢EFEITOS ADVERSOS: Bloqueio atrioventricular transitório, distúrbios
gastrointestinais e reações alérgicas.

➢INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:

➢PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS: Monoterpenoides, Dinorditerpenoides,


Dinorsesquiterpenoides, Cumarinas, Alcaloides, Mucilagens, Minerais,
Flavonoides e Saponinas
Ginkgo (Ginkgo biloba L.)

➢ FAMÍLIA: Ginkgoaceae.

➢ PARTE UTILIZADA/ÓRGÃO VEGETAL: Folhas.

➢ INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Vertigem e zumbidos (distúrbios circulatórios);


Cãmbrias (D. C. Periféricos).

➢ MECANISMO DE AÇÃO: FLUXO Agregação


OXIGENAÇÃO
SANGUÍNEO celular Plaquetária

➢ CONTRAINDICAÇÕES: Menores de 12 anos, Grávidas, Lactante; Pacientes com


Coagulopatias e Uso de Anticoagulantes.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO E POSOLOGIA
(DOSE E INTERVALO)

DOSE DIÁRIA

120–240 mg extrato seco.


(40 mg de extrato equivale a 1,4 - 2,7g de folhas)

0,5 mL Extrato fluido

FORMA FARMACÊUTICA ➢ Tomar 2 ou 3 doses ao dia.


Cápsula e comprimido revestido TEMPO DE UTILIZAÇÃO
(extrato seco das folhas secas)
Solução Oral (extrato padronizado) ➢ O tempo de uso depende da indicação terapêutica e da
evolução do quadro acompanhada pelo profissional
prescritor.
FITOTERÁPICO SOMENTE SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
➢EFEITOS ADVERSOS: distúrbios gastrointestinais, cefaleia e reações alérgicas
cutâneas; enjoos, palpitações, hemorragias e hipotensão.

➢INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:

➢PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS: Flavonoides (derivados da quercetina,


kaempferol e isorramnetina) e terpenolactonas (ginkgolídeos e bilobalídeos).
Alecrim-Pimenta (Lippia sidoides Cham)

➢ FAMÍLIA: Verbenaceae.

➢ PARTE UTILIZADA/ÓRGÃO VEGETAL: Folhas e flores.

➢ INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Anti-inflamatório, antisséptico da cavidade oral,


afecções da pele e couro cabeludo. Antisséptico tópico, antimicótico e escabicida.

➢ CONTRAINDICAÇÕES: Menores de 2 anos, Grávidas, Lactante; Alcoolistas e


diabéticos;
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO E POSOLOGIA
(DOSE E INTERVALO)

DOSE DIÁRIA
CHÁ: 2-3 colheres de chá p/ 150 mL de Água.
TINTURA: 10 mL em 75 mL de Água.
➢ Bochechos 2 ou 3 vezes ao dia.

Gel: Aplicar nas áreas afetadas de 1 a 3 x ao dia.


FORMA FARMACÊUTICA Sabonete Líquido: Durante o Banho, Aplicar nas
Tintura; Gel; áreas afetadas, deixando em contato por 10 min.
Sabonete Líquido Lavar com Água Corrente.

O uso foi considerado seguro para enxaguatórios, géis


TEMPO DE
e colutórios com até 10% de óleo essencial em
UTILIZAÇÃO
períodos de 7 a 30 dias, de três meses e um ano.
➢EFEITOS ADVERSOS:

A infusão pode provocar suave sensação de ardor na boca e alterações no


paladar.
A aplicação tópica da tintura pode provocar ardência.

➢INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:

Não foram encontrados dados descritos na literatura consultada.

➢PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS:

Óleo Essencial (Timol, Carvacrol), Triterpenoides, Naftoquinonas, Taninos e


Flavonoides
Babosa (Aloe vera (L.) Burm.f. )

➢ FAMÍLIA: Xanthorrhoeaceae.

➢ PARTE UTILIZADA/ÓRGÃO VEGETAL: Gel incolor mucilaginoso de folhas


frescas..

➢ INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Queimaduras de primeiro e segundo graus, e


como cicatrizante..

➢ CONTRAINDICAÇÕES: hipersensibilidade aos componentes do fitoterápico e, em


casos de alergia conhecida às plantas da família Xanthrrorhoeacea.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO E POSOLOGIA
(DOSE E INTERVALO)

DOSE DIÁRIA

USO TOPICO:

Aplicar nas áreas afetadas de 1 a 3 x ao dia.

FORMA FARMACÊUTICA
TEMPO DE
Gel hidrofílico; UTILIZAÇÃO
Pomada;

O tempo de uso depende da indicação


terapêutica e da evolução do quadro
acompanhada pelo profissional prescritor.
➢EFEITOS ADVERSOS:

Dermatite de contato que podem estar associados à presença de constituintes


antracênicos, comumente encontrados na parte externa da folha que não deve ser
utilizada nas preparações farmacêuticas

➢INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:

Não foram encontrados dados descritos na literatura consultada.

➢PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS:

Mistura complexa de Polissacarídeos (pectinas, hemicelulose, glucomano,


acemano e derivados de manose), Triterpenos (exemplo, lupeol) e Esteroides
(campesterol e β-sitosterol)
Espinheira-santa (Maytenus ilicifolia Mart.ex Reissek e
Maytenus aquifolia Mart.)

➢ FAMÍLIA: Celastraceae.

➢ PARTE UTILIZADA/ÓRGÃO VEGETAL: Folhas.

➢ INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Antidispéptico, Antiácido e Protetor da Mucosa


Gástrica.

➢ CONTRAINDICAÇÕES: Menores de 6 anos, Grávidas, Lactante (redução do leite


materno).
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO E POSOLOGIA
(DOSE E INTERVALO)

DOSE DIÁRIA

CHÁ: 3 g das folhas p/ 150 mL de Água.


➢ Tomar 4 a 4 vezes ao dia.

CÁPSULA: 860 mg extrato seco (Hidroetanólico).


Uso adulto e infantil acima de 12 anos
FORMA FARMACÊUTICA
➢ Tomar 2 a 3 vezes ao dia.
Cápsula e comprimido contendo
extrato seco;
Chá medicinal (Infusão) TEMPO DE UTILIZAÇÃO

O tempo de uso depende da indicação terapêutica e da


evolução do quadro acompanhada pelo profissional
prescritor
➢EFEITOS ADVERSOS:

Aumento Do Apetite; Casos Raros de Hipersensibilidade;

➢INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:

➢PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS:

Terpenos, Flavonoides, e Taninos.


Boldo-do-chile (Peumus boldus Molina)

➢ FAMÍLIA: Monimiaceae.

➢ PARTE UTILIZADA/ÓRGÃO VEGETAL: Folhas.

➢ INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Má-digestão.

➢ CONTRAINDICAÇÕES: Menores De 6 Anos; Obstrução das Vias Biliares, Cálculos


Biliares, Infecções ou Câncer de Ducto Biliar e Câncer de Pâncreas; Afecções
Severas no Fígado; Grávidas e Lactantes.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO E POSOLOGIA
(DOSE E INTERVALO)

DOSE DIÁRIA

CHÁ: 1 - 2 g das folhas p/ 150 mL de Água.


➢ Tomar 2 x ao dia.

FORMA FARMACÊUTICA CÁPSULA: 50 - 100 mg extrato seco


Cápsula e comprimido contendo
➢ Tomar 2 a 3 vezes ao dia.
extrato seco;
Chá medicinal (Infusão);

TEMPO DE Caso os sintomas persistam acima de 2 semanas durante


UTILIZAÇÃO o uso do medicamento, um médico deverá ser procurado.
➢EFEITOS ADVERSOS:

Nas Doses Recomendadas Não São Conhecidos Efeitos Adversos Ao


Fitoterápico;
As Recomendadas Causam Irritação Nas Vias Urinárias, Vômitos E Diarreia.

➢INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:

Não foram encontrados dados descritos na literatura consultada sobre as


interações medicamentosas com fitoterápicos à base de P. boldus.

➢PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS:

Alcaloides, flavonoides, cumarina, sesquiterpenoides e taninos.


Goiabeira (Psidium guajava L)

➢ FAMÍLIA: Myrtaceae.

➢ PARTE UTILIZADA/ÓRGÃO VEGETAL: Ramos novos, com folhas jovens.

➢ INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: diarreia aguda não infecciosa e enterite por


rotavirus.

➢ CONTRAINDICAÇÕES: Hipersensibilidade ou alergia à droga vegetal


VIAS DE ADMINISTRAÇÃO E POSOLOGIA
(DOSE E INTERVALO)

DOSE DIÁRIA

CHÁ: 500 mg das folhas p/ 150 mL de Água.


➢ Tomar 2 a 3 x ao dia.

FORMA FARMACÊUTICA CÁPSULA: 250 - 350 mg extrato seco


Cápsula e comprimido contendo
➢ Tomar 3 a 4 vezes ao dia.
extrato seco;
Chá medicinal (Infusão);

TEMPO DE Não exceder a dosagem recomendada ou a duração do


UTILIZAÇÃO tratamento.
➢EFEITOS ADVERSOS:

Alergia aos componentes do fitoterápico;

➢INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:

Não foram encontrados dados descritos na literatura;

➢PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS:

Flavonoides, Terpenoides (sesquiterpenos e triterpenos) e Taninos.


Sene (Cassia acutifolia Delile)

➢ FAMÍLIA: Leguminosae.

➢ PARTE UTILIZADA/ÓRGÃO VEGETAL: Folhas e frutos.

➢ INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Tratamento de constipação intestinal ocasional.

➢ CONTRAINDICAÇÕES: Menores de 12 anos; Grávidas e Lactantes; Hemorroidas,


Apendicite, Hipocalemia, Doença Inflamatória Pélvica, Período Menstrual, Cistite,
Insuficiência Hepática, Renal ou Cardíaca.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO E POSOLOGIA
(DOSE E INTERVALO)

DOSE DIÁRIA

CHÁ: 1 a 2 g das folhas ou frutos p/ 250 mL de Água.


➢ Diariamente antes de Dormir

FORMA FARMACÊUTICA CÁPSULA: 150 mg extrato seco


Cápsula e comprimido contendo
➢ Tomar 1 a 3 vezes ao dia.
extrato seco;
Chá medicinal (Infusão);

TEMPO DE Contraindicado por mais de 2 semanas sem


UTILIZAÇÃO supervisão médica
➢EFEITOS ADVERSOS:

Desconforto no trato gastrointestinal, com presença de espasmos e cólicas


abdominais.
Alterar a Cor da Urina para Amarela Escura ou Marrom Avermelhada

➢INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:

➢PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS:

Glicosídeos Antracênicos.
Maracujá (Passiflora incarnata L.)

➢ FAMÍLIA: Celastraceae.

➢ PARTE UTILIZADA/ÓRGÃO VEGETAL: Folhas e partes aéreas.

➢ INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Ansiolítico e sedativo leve.

➢ CONTRAINDICAÇÕES: Grávidas e paciente em tratamento com sedativos e


depressores do sistema nervoso
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO E POSOLOGIA
(DOSE E INTERVALO)

DOSE DIÁRIA

CHÁ: 1 - 2 g das folhas p/ 150 mL de Água.


➢ Tomar 1 a 4 vezes ao dia.

CÁPSULA: 0,5 - 2 g extrato seco


FORMA FARMACÊUTICA
➢ Tomar 1 a 4 vezes ao dia.
Cápsula e comprimido contendo
extrato seco;
Chá medicinal (Infusão); TINTURA: 0,5 a 2 mL – 3 x ao dia.
Tintura;

TEMPO DE Caso os sintomas persistam acima de 2 semanas durante


UTILIZAÇÃO o uso do medicamento, um médico deverá ser procurado.
➢EFEITOS ADVERSOS:

Asma ocupacional mediada por IgE e Rinite; Doses Elevadas Poderão Causar
Estados de Sonolência Excessiva.

➢INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:

➢PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS:

Fitosteróis, Heterosídeos Cianogênicos, Alcaloides Indólicos, Flavonoides (Di-


c-heterosídeos de Flavonas Até 2,5%, Vitexina e Apigenina) e Cumarinas.
Calêndula (Calendula officinalis L. )

➢ FAMÍLIA: Asteraceae.

➢ PARTE UTILIZADA/ÓRGÃO VEGETAL: Flores.

➢ INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: anti-inflamatório, cicatrizante e antisséptico.

➢ CONTRAINDICAÇÕES: Gestantes, lactantes ou para crianças sem supervisão


médica.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO E POSOLOGIA
(DOSE E INTERVALO)

DOSE DIÁRIA

CHÁ: 1 – 2 g p/ 150 mL de Água.


TINTURA: 25 mL em 100 mL de Água.
➢ Bochechos 2 ou 3 vezes ao dia.

Gel: Aplicar nas áreas afetadas 3 x ao dia.


FORMA FARMACÊUTICA
Creme/Pomada: Aplicar nas áreas afetadas 3 x ao dia
Gel hidrofílico; Pomada;
Creme; Tintura;
nos casos de eczemas ou 1 x ao dia em feridas;
Chá Medicinal (Infusão)

O tempo de uso depende da indicação


TEMPO DE
terapêutica e da evolução do quadro
UTILIZAÇÃO
acompanhada pelo profissional prescritor.
➢EFEITOS ADVERSOS:

Reações alérgicas e sensibilização da pele foram relatadas;


Efeitos espermicida, antifertilizante e uterotônico também foram relatados;

➢INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:

Não foram encontrados dados descritos na literatura consultada

➢PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS:

Óleo essencial, carotenoides, Triterpenos, esteroides, Saponinas, ácidos


fenólicos, Flavonoides e antocianinas.
Camomila (Matricaria chamomilla L. )

➢ FAMÍLIA: Asteraceae.

➢ PARTE UTILIZADA/ÓRGÃO VEGETAL: Inflorescências.

➢ INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Antiespasmódico, ansiolítico e sedativo leve.


Antiinflamatório em afecções da cavidade oral.

➢ CONTRAINDICAÇÕES: Gestantes (Relaxamento da Musculatura Lisa)


VIAS DE ADMINISTRAÇÃO E POSOLOGIA
(DOSE E INTERVALO)

DOSE DIÁRIA

CHÁ: 1 – 2 g p/ 150 mL de Água.


TINTURA: 45 mL em 100 mL de Água.
➢ Bochechos 3 vezes ao dia.

Compressas: 100 g – 1000 mL de Água.


FORMA FARMACÊUTICA
Gel hidrofílico; Pomada; Creme/Pomada: Aplicar nas áreas afetadas 3 x ao dia
Creme; Tintura;
Chá Medicinal (Infusão)
Cápsula ou Comprimido

O tempo de uso depende da indicação


TEMPO DE
terapêutica e da evolução do quadro
UTILIZAÇÃO
acompanhada pelo profissional prescritor.
➢EFEITOS ADVERSOS:

Dermatite de contato para algumas preparações contento camomila;


Um caso de reação anafilática por ingestão de flores de camomila foi
registrado;

➢INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:

➢PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS:

Flavonoides (apigenina, luteolina). Cumarina (umbeliferona). Óleo essencial


(farneseno, alfa-bisabolol, óxidos de Alfa-bisabolol, alfa-camazuleno,
espiroéteres).
Saw-palmetto (Serenoa repens (W. Bartram) Small)

➢ FAMÍLIA: Arecaceae.

➢ PARTE UTILIZADA/ÓRGÃO VEGETAL: Frutos.

➢ INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Tratamento sintomático da hiperplasia prostática


benigna

➢ CONTRAINDICAÇÕES: para crianças, grávidas, lactantes; casos avançados de


HPB com severa retenção urinária e afecções hepáticas.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO E POSOLOGIA
(DOSE E INTERVALO)

DOSE DIÁRIA

1 - 2 g da droga vegetal
(320 mg – 1 x dia do extrato seco)

TEMPO DE UTILIZAÇÃO
➢ O tempo de uso depende da indicação terapêutica e da
FORMA FARMACÊUTICA evolução do quadro acompanhada pelo médico

Cápsula gelatinosas e PRECAUÇÕES DE USO


comprimido (extrato seco)
Idade > 70 anos, Pico De Fluxo Urinário < 12 mL/s,
Volume da Próstata de 30 cm3 , Volume Residual > 50 mL e
PSA sanguíneo de 1,4 ng/mL.

FITOTERÁPICO SOMENTE SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.


➢EFEITOS ADVERSOS:

Náuseas, Dor Abdominal, Distúrbios Gástricos, Constipação Intestinal E


Diarreia.

➢INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:

➢PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS: Triglicerídeos, ácidos graxos, esteroides,


polissacarídeos e flavonoides.
Castanha-da-índia (Aesculus hippocastanum L.)

➢ FAMÍLIA: Sapindaceae.

➢ PARTE UTILIZADA/ÓRGÃO VEGETAL: Semente.

➢ INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: tratamento da insuficiência venosa e fragilidade


capilar.

➢ CONTRAINDICAÇÕES: Gestantes; Lactantes; Crianças; Pacientes com histórico


de hipersensibilidade e alergia a qualquer um dos componentes.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO E POSOLOGIA
(DOSE E INTERVALO)

DOSE DIÁRIA

CÁPSULA: (250 a 310 mg – 2 x dia do extrato seco)

GEL: 2% de escina.

TEMPO DE UTILIZAÇÃO
FORMA FARMACÊUTICA
➢ O tempo de uso depende da indicação terapêutica e da
Cápsula e ou comprimido evolução do quadro acompanhada pelo profissional
(extrato seco); prescritor
Gel

PRECAUÇÕES
Categoria de RISCO C para Gestantes
DE USO
➢EFEITOS ADVERSOS:

Prurido, Náuseas e Desconforto gástrico.

➢INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:

➢PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS:

Cumarinas, Flavonoides e Saponinas.


Soja (Glycine max (L.) Merr.)

➢ FAMÍLIA: Leguminosae.

➢ PARTE UTILIZADA/ÓRGÃO VEGETAL: Semente.

➢ INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: coadjuvante no alívio dos sintomas do climatério:


sintomas vasomotores, tais como: ondas de calor e sudorese e modulador seletivo
de receptores estrogênicos.

➢ CONTRAINDICAÇÕES: Gestantes; Lactantes; Menores de 12 anos; Pacientes


com histórico de hipersensibilidade.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO E POSOLOGIA
(DOSE E INTERVALO)

DOSE DIÁRIA

CÁPSULA: (50 a 120 mg – 1 x ao dia)

TEMPO DE UTILIZAÇÃO
FORMA FARMACÊUTICA
➢ O tempo de uso depende da indicação terapêutica e da
Cápsula e ou comprimido
evolução do quadro acompanhada pelo profissional
(extrato seco);
Gel prescritor

PRECAUÇÕES
Categoria de RISCO C para Gestantes
DE USO
➢EFEITOS ADVERSOS:

Distúrbios Gastrointestinais Leves como Constipação, Flatulência e Náusea.

➢INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:

➢PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS:

Cumarinas, Flavonoides E Saponinas.


Universidade Federal de Sergipe
Disciplina de Farmacognsia I

Produção de Drogas Vegetais

Profa. Dra. Cristiani Walker


CONTROLE DE QUALIDADE DA MATÉRIA-
PRIMA VEGETAL

Etapa importante
PRODUÇÃO DA MATÉRIA-PRIMA VEGETAL

A qualidade do produto fitoterápico final depende


da qualidade da matéria-prima vegetal
Rev. Bras. Pl. Med., Campinas, v.17, n.3, p.468-472, 2015.

3
Problemas relacionados

as plantas e drogas vegetais
• Seleção
• Cultura ou cultivo
• Colheita ou Coleta
• Preparo ou tratamento
• Estabilização
• Secagem
• Conservação
• Embalagem
• Tempo de armazenamento
Cultura

Fatores que influenciam sobre o conteúdo de princípios


ativos de uma droga
• Temperatura - Tragacanto (goma adraganta)
• Tipo de solo
• Umidade
• Clima - 3 a 30 graus
• Altitude
• Estado patológico - infestação de centeio com Claviceps purpurea.
www.nature.com/scientificreports

OPEN Climatic factors control the


geospatial distribution of active
ingredients in Salvia miltiorrhiza
Received: 24 July 2018
Accepted: 25 November 2018 Bunge in China
Published: xx xx xxxx
Chenlu Zhang1,2, Dongfeng Yang3, Zongsuo Liang1,3, Jingling Liu1, Kaijing Yan4,
Yonghong Zhu4 & Shushen Yang1

Climate change profoundly influences the geospatial distribution of secondary metabolites and causes
the geographical migration of plants. We planted seedlings of the same species in eighteen ecological
regions along a latitudinal gradient in eastern and western China, in order to explore the regulation of
multi-climatic factors on active ingredient accumulation in Salvia miltiorrhiza Bunge. The correlations
between six active ingredient contents and ten climatic factors were investigated to clarify their
relationships. We found that climatic factors not only regulated active ingredient contents but also
markedly influenced their composition and led to a specific geospatial distribution of these active
ingredients in China. The main climatic factors include the air temperature, precipitation, atmospheric
vapour pressure and sunshine duration. Future warming in high-latitude regions could cause continued
northward expansion of planting areas suitable for S. miltiorrhiza. The effect of extreme climatic
conditions on active ingredients should not be overlooked. The findings of this study can help farmers 7
scientifically choose suitable cultivation regions in the future. Furthermore, this study provides an
Related climatic factors. Data on annual c
Data Sharing Service System27 and Provincial Agr
transplanted in an approximately 1000 square metre region at every site. We collected
factors50included
individual samples
annual withhigh temperature
extreme
the scientific method at each site, divided them into five test samples on average ric pressure (AABP), annualand
(n = 10 within two year), average wind speed
removed the rhizome. Fresh root samples were rapidly cleaned with flowing water, vapourdried in a (AAVP),
pressure ventilated area, average relative h
annual
heated in a stove at a constant temperature of 50 °C, and then crushed into a fine annual
powderaccumulated
that could pass through above 10 °C (AA
temperature
65 mesh. 2013 (Table 2). Climate factors were averaged over
Voucher specimens from all populations were identified by Professor Yuejin Zhang of Northwest A&F
University through comparison with herbarium specimens of S. miltiorrhiza located Chromatographic detection
at Northwest Agriculture & analysis by re
Forestry University (WUK381982-5143). The seedlings were obtained from the phy Good (RP-HPLC). RA, SAB,
Agriculture Practice DTS, CTS, TSI, and
pro-
duction base belonging to Shaanxi Tasly Plant Pharmaceutical Co. Ltd. (ShangluoThe sum
City, of RAProvince,
Shaanxi and SAB China),
defined the total phenolic
which has been authenticated three times by China’s Food and Drug Administration. total tanshinone (TTS). The effectiveness, linearit
were confirmed to be sufficient. The results of ch
Related climatic factors. Data on annual climatic factors were obtained Pharmacy Engineering
from the China (Northwest Agriculture &
Meteorological
Data Sharing Service System and Provincial Agricultural Meteorological Service Center. The 10 main climatic
27

factors included annual extreme high temperature (AEHT), annual precipitationStatistical


(AP), annualanalysis. The results are presen
average baromet-
ric pressure (AABP), annual average wind speed (AAWS), annual average temperature (AAT), annual averageand Duncan’s mul
analysed by one-way ANOVA
vapour pressure (AAVP), annual average relative humidity (AARH), annual average Statistical
lowestsignificance
temperaturewas considered as P < 0.05.
(AALT),
annual accumulated temperature above 10 °C (AAT ≥ 10), and annual sunshine ponent analysis
duration (PCA),
(ASD) from and stepwise
2012 to multiple linea
2013 (Table 2). Climate factors were averaged over two years. Statistics 23 software 18
. The complex relationships
intuitively displayed by a heat map using HemI 1.0
Chromatographic detection analysis by reverse-phase high-performance liquid chromatogra-
phy (RP-HPLC). RA, SAB, DTS, CTS, TSI, and TSIIA were determined by HPLC Results
as described by Peng L et al.25.
The sum of RA and SAB defined the total phenolic acid (TPA), and the sum of CTS, TSI, anddistribution
Geospatial TSIIA definedcharacteristics
the of
total tanshinone (TTS). The effectiveness, linearity, repeatability, precision, andrrhiza grown
stability in the
of the 18 test
HPLC sites are shown in Figs
method
eastern and western
were confirmed to be sufficient. The results of chromatographic analysis were obtained from the Institute of sites. The change in single-co
Pharmacy Engineering (Northwest Agriculture & Forestry University, Yangling, component
China). contents. With a decrease in latitude, t
a single peak in the western sites. Although the va
Statistical analysis. The results are presented as the mean ± standard western deviation sites, the The
(SD). average
dataTTS content was similar
were
analysed by one-way ANOVA and Duncan’s multiple comparison test using IBM titude andStatistics
SPSS mid-latitude sites were evidently higher
23 software.
Statistical significance was considered as P < 0.05. Pearson’s two-tailed correlation analysis (CA), principal com-
ponent analysis (PCA), and stepwise multiple linear regression (SMLR) analysis were performed using IBM SPSS
Statistics 23 software18. The complex relationships between ecological factors and active ingredient contents were
SCIENTIFIC28REPORTS | (2019) 9:904 | DOI:10.1038/s41598-018-36729-x
intuitively displayed by a heat map using HemI 1.0 software .

Results 8
Geospatial distribution characteristics of tanshinones. The active ingredient contents of S. miltio-
17 KM 30.9 862 809 2.8 15.1 12.6 70.8 11.5 5,320 2,354
18 WS 31.8 923 844 3.5 16.4 14.4 Related
77.6 climatic
12.8 5,780factors.
2,050 Data on annual clim
Data Sharing Service System27 and Provincial Agricu
Table 2. Climatic factors examined in this study. Data were obtained factors
from theincluded annual extreme
China Meteorological Data high temperature (A
ric pressure
Sharing Service System and Provincial Agricultural Meteorological Service (AABP), annual
Center. Abbreviations: AEHT-average wind speed (A
vapour pressure (AAVP),
annual extreme high temperature, AP-annual precipitation, AABP-annual average barometric pressure, annual average relative hum
AAWS-
annualaverage
annual average wind speed, AAT-annual average temperature, AAVP-annual accumulated temperature
atmospheric vapour above 10 °C (AAT
2013 (Table 2).
pressure, AARH-annual average atmospheric relative humidity, AALT-annual Climate
average lowest factors were averaged over tw
temperature,
ACT ≥ 10-annual cumulative temperature above 10 °C, ASD-annual sunshine duration.
Chromatographic detection analysis by reve
phy (RP-HPLC). RA, SAB, DTS, CTS, TSI, and TS
The sum of RA and SAB defined the total phenolic a
total tanshinone (TTS). The effectiveness, linearity,
were confirmed to be sufficient. The results of chro
Pharmacy Engineering (Northwest Agriculture & Fo

Statistical analysis. The results are presente


analysed by one-way ANOVA and Duncan’s multip
Statistical significance was considered as P < 0.05. Pe
ponent analysis (PCA), and stepwise multiple linear r
Statistics 23 software18. The complex relationships be
intuitively displayed by a heat map using HemI 1.0 so

Results
Geospatial
Figure 2. Active ingredient contents of S. miltiorrhiza in the eastern sites. distribution
The SAB content is presented characteristics
on the of ta
right Y axis, and the other ingredient contents are presented on the leftrrhiza
Y axis. grown
For eachin
location, values with
the 18 test sites are shown in Figs 2
different letters are significantly different according to Duncan’s test (Peastern
< 0.05), n = 10,
and mean ± sites.
western SD. This figure
The change in single-com
was created using OriginPro 8 software. RA-rosmarinic acid, SAB-salvianolic acid B, DTS-dihydrotanshinone,
CTS-cryptotanshinone, TSI-tanshinone I, TSIIA-tanshinone IIA. component contents. With a decrease in latitude, the
a single peak in the western sites. Although the vari
western sites, the average TTS content was similar be
titude and mid-latitude sites were evidently higher th
In addition, the TPA/TTS proportion generally increased with increasing ASD in the eastern and western
sites, especially in the western sites. The TPA/TTS proportion decreased with an increase in air temperature
and the AAVP. The TPA/TTS proportion showed a significant negative correlation with the AEHT and AALT
(P < 0.05) in the eastern sites and with the AAVP, AARH, and AABP (P < 0.05) in the western sites. The TPA/TTS
proportion increased with latitudeSCIENTIFIC REPORTS
and elevation |
(Fig. 7). These (2019) 9:904 | DOI:10.1038/s41598-018-36729-x
results indicated that the TPA/TTS proportion
would increase under low-temperature stress, water stress, or an excessive ASD.

Stepwise multiple linear regression (SMLR) analysis. SMLR has been applied to identify the best 9
prediction model in many studies. The standardized regression coefficient reveals the significance of an individ-
Colheita ou Coleta

MANUAL MECANIZADA

DEPENDE DO MATERIAL A SER COLETADO


Coleta

Fatores que influenciam no teor e conteúdo de


princípios ativos
• Órgão para órgão (Chamomilla recutita)
• Idade da planta
• Estado patológico
• Período do dia em que é feita a
coleta
• Época da coleta
Coleta

Órgão Época de colheita


Raízes e rizomas Primavera e/ou
Outono
Cascas Primavera
Folhas Durante o dia
Flores Polinização
Sementes Antes da deiscência

Oliveira, 2001
PROPORÇÃO PERCENTUAL RELATIVA ENTRE
ESCOPOLAMINA E ATROPINA
NAS FRAÇÕES DE ALCALÓIDES TOTAIS.

Proporção Percentual entre Escopolamina e Atropina


FOLHA CAULE
MÊS
Escopolamina Atropina Escopolamina Atropina
1 61,7 38,3 69,3 30,7
2 65,9 34,1 48,4 51,6
3 67.9 32,1 63,0 37,0
4 71,0 29,0 79,0 21,0
5 70,0 30,0 76,0 24,0
6 66,6 33,4 76,0 24,0
7 68,3 31,7 86,6 13,4
8 78,2 21,8 86,5 13,5
9 66,2 33,8 76,6 23,4
10 47,3 52,7 24,6
11 57,8 42,2 73,4 26,6

12 58,2 41,8 73,8 "26,2

Tab. 2.5 - Variação alcaloídica de Datura suaveolens Humboldt et Bonpland durante um ano.

13

13
Preparo ou tratamento

• Lavagem
• Seleção
NÃO UTILIZAR
- Exemplares com manchas
- Perfurados por insetos
- Com terra
- Fora do padrão
Estabilização

Impede a ação enzimática

Alteração dos compostos químicos presentes na


droga
Desnaturação protéica das enzimas celulares

Destruição das suas estruturas quaternária e terciária


Formas de estabilização

• Aquecimento: 80°C, 15-30 minutos

• Solvente: imersão do material vegetal em


etanol em ebulição

• Irradiação UV: poder de penetração dos raios


UV é pequeno
Secagem

• Eliminar certa quantidade de água do órgão


vegetal

• Diminuição do volume da droga

• Facilita a conservação da droga

• Evita a contaminação por micro-organismos


Secagem

% DE ÁGUA NECESSÁRIA PARA A AÇÃO DE AGENTES DELETÉRIOS

Agentes % de umidade
Bactérias 40 a 45
Enzimas 20 a 25
Fungos 15 a 20

* Quanto maior o teor de água, a droga fica mais sujeita a


agentes deletérios
Oliveira, 2001
Secagem

• Processos naturais
- Secagem á sombra
- Secagem ao sol
- Secagem mista

• Processos artificiais
- Circulação de ar
- Aquecimento
- Vácuo
- Esfriamento
Processos naturais

• Secagem à sombra
- Processo lento
- Pode facilitar a decomposição da droga
- Presença de enzimas
Processos naturais

• Secagem ao sol
- Processo rápido
- Cuidar: componentes voláteis ou princípios
termolábeis
• Secagem mista
- Diminui o tempo de secagem sem alterar o teor
de princípios ativos
Processos artificiais

• Circulação de ar: passagem de ar com velocidade


adequada. Drogas com princípios termolábeis
• Aquecimento: estufa sem circulação de ar com
temperatura controlada (35 a 40°C).
Processos artificiais

• Aquecimento com passagem de ar: diminui o


tempo dse operação. Drogas com princípios
ativos voláteis
• Liofilização: congela-se o material e retira-se a
água à vácuo por sublimação
Conservação
Fatores que interferem a conservação da
droga:

*Ambiente

*Estado de divisão

*Embalagem

*Tempo de armazenamento
Ambiente
• Alvenaria com bom arejamento
• Janelas e portas programadas para
impedir a entrada de insetos e
roedores
• Iluminação pouco intensa
• Temperatura ideal: 5-15°C
Estado de divisão
• Reduz o material vegetal a
fragmentos de pequenas dimensões
• Quanto mais dividida a droga:
- Absorção de mais umidade
- Aceleração de processos oxidativos
- Perda de substâncias voláteis
Embalagem
• Depende da droga
• Deve permitir trocas gasosas
• Não pode reagir com as substâncias
contidas na droga
- Óleos voláteis e óleo fixos reagem
com embalagens plásticas
Embalagem
• Drogas que se deterioram com
facilidade
- Digitalis e Esporão do Centeio
- Embaladas em latas
• Gomas, resinas e extratos
- Barris ou caixas
Embalagem
• Em farmácias e laboratórios pequenos:
frascos de vidro âmbar hermeticamente
fechados
• F. Bras. IV: as drogas devem ser
acondicionadas em recipiente de vidro
bem fechado ao abrigo da luz e do calor,
por período não superior a 1 ano,
dependendo da droga
Tempo de armazenamento
• Máximo por um 1 ano
• Exceção: Cáscara-sagrada
• Armazenada por 1 ano ou aquecimento à
100°C por 1-2 h
• Redução do teor de antronas irritação
da mucosa gástrica, vômitos, cólicas e
diarreia sanguinolenta

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