Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
2016.
VIÇOSA, MG
JUNHO – 2016
ÍNDICE
Introdução................................................................................................................................... 3
Objetivo ...................................................................................................................................... 4
Material e Métodos..................................................................................................................... 8
Conclusões ............................................................................................................................... 10
1
1. Introdução
uma população mundial de, aproximadamente, 9,5 bilhões de habitantes em 2050, onde a
demanda por madeira para uso industrial e geração de energia, a partir do consumo per capita,
chegará a 5,2 bilhões de metros cúbicos por ano, um acréscimo de 40% nos próximos 35
anos, o que exigiria o plantio adicional de cerca de 210 milhões de hectares de eucalipto em
Em 2014, o Brasil manteve mais uma vez sua liderança no ranking global de
melhoramento genético dos plantios aliado às técnicas de manejo florestal (IBÁ, 2015).
proporcionando maior uniformidade, melhor adaptação dos clones aos diferentes ambientes
de plantio, maior produção de madeira por unidade de área, racionalização das atividades
operacionais, redução na idade de corte e nos custos de colheita e transporte. Por essas razões,
o emprego da silvicultura clonal vem sendo cada vez mais utilizado, tornando-se estratégica
2006).
instalação de testes clonais, para que se possam selecionar efetivamente os melhores clones.
A simples seleção fenotípica das árvores superiores e a sua propagação vegetativa não
2
garantem que o material selecionado propicie os ganhos esperados e a manutenção da
Segundo Xavier et al. (2013), as aplicações dos testes clonais na área florestal são
decorrentes do fato de que as árvores, uma vez clonadas, são resultado de fatores genéticos e
probabilidade de se encontrar um clone ideal que se adapte a uma condição específica, bem
como maior segurança contra pragas e doenças. Porém quando se avalia grande número de
clones, existe um limitação quanto ao tamanho das parcelas, alto custo de implantação, baixa
ESTEFANEL (1995), SIMPLÍCIO et al. (1996) e VIANA (1999) salientam que um problema
que ainda existe é quanto à definição do número de indivíduos a ser considerado dentro de
cada parcela, a forma e o número de repetições das parcelas experimentais, visando a redução
do erro experimental.
plantio piloto, como formas de buscar maior eficiência no processo seletivo de clones
(SILVA, 2001).
2. Objetivo
genético seminal de Eucalyptus urophylla plantados em um teste clonal utilizando dois tipos
de parcelas experimentais.
3
3. Revisão de Literatura
espécie no norte das Filipinas, pertencente à família Myrtaceae, inclui mais de 700 espécies
(ESALQ-USP, 2012).
necessidades de lenha, postes e dormentes das estradas de ferro na região Sudeste, devido ser
climáticas do Brasil (GOLFARI, 1975). Na década de 50, passou a ser usado como matéria
prima no abastecimento das fábricas de celulose e papel. Apresenta-se como uma espécie.
Durante o período dos incentivos fiscais, durante as décadas de o 60 e 70, eucalipto teve
meados de 1980, com o retirada dos incentivos. Esse período foi considerado um marco na
silvicultura brasileira, dado os efeitos positivos que gerou no setores onde era utilizado como
matéria-prima.
árvores plantadas para fins industriais, apesar de deter uma pequena parte da área de plantios
4
Os programas de melhoramento genético em eucalipto exigem muito tempo, pois, por
serem perenes e de ciclo longo, o número de anos necessários para completar seu ciclo de
matéria-prima para a produção de celulose, papel, carvão vegetal, madeira serrada, postes,
testes de progênies. Qualquer que seja o plantio de origem seminal, normalmente, é dada
(XAVIER at al., 2013). Após a seleção, resgate e propagação das árvores que se destacaram
em campo, tratadas neste momento como clones, são executados os testes clonais.
demonstrar a performance da futura floresta clonal a ser formada (SILVA et al., 2003;
5
Genético Florestal, consistindo na base para definição de quais genótipos poderão ser
para a previsão dos benefícios do emprego de um possível plantio clonal (XAVIER et al.,
2013).
adapte a uma condição específica aumenta, sendo maior a possibilidade de sucesso com a
seleção. Uma limitação, quando se avalia grande número de clones, tem sido o tamanho das
do número de mudas, das limitações de área, do aumento da área a ser controlada e das
Parcela de Planta Única: onde se permite o aumento no número das repetições sem
aumentar o tamanho do experimento. Pode ser utilizada nas etapas iniciais de avaliação
clonal, onde há grande número de clones para serem avaliados e porém com baixa
disponibilidade de mudas para todos os clones. Não é possível o uso de parcelas maiores.
Parcela Linear: é indicado o uso da parcela experimental com cinco a dez plantas em
rotação.
6
Plantio Piloto: é utilizado no final da seleção clonal, após a avaliação dos clones em
parcelas menores e idades precoces, são selecionados os melhores clones, os quais são
empresa.
nas parcelas do teste clonal, esta deve conter no mínimo de duas fileiras de plantas, de um
De acordo com Silva et al. (2003) parcelas de cinco a dez plantas resultam boa
clone, para uso comercial, parcelas quadradas maiores e, ou, plantios piloto são os mais
indicados.
4. Material e Métodos
Os dados coletados para este trabalho são provenientes de um teste clonal estabelecido
distribuída ao longo do ano, com verão chuvoso e inverno seco. O total pluviométrico anual
relevo da região onde está inserida a área de estudo é forte ondulado, havendo predomínio de
7
O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso. O teste clonal - 1 foi
clonal – 2 cada planta representou uma parcela e foram avaliadas oito repetições. Em toda a
área do experimento foi estabelecida bordadura externa dupla com semente de E. urophylla .
O crescimento das plantas foi avaliado aos 9,33 anos de idade. As medições do DAP
foram realizadas com auxílio de uma suta. Para altura total (Ht), os dados foram coletados por
meio de hipsômetro (Haga). O volume por planta foi estimado por meio de equação
sobrevivência.
com auxílio do software Assistat®, versão beta 7.7, por meio da análise de variância (Teste
5. Resultados e Discussão
Aos 112 meses após o plantio não foi observada diferença significativa (p>0,05)
comparados pelo teste F - tanto para a parcela quadrada completa (16 plantas), como para a
8
Sobrevivência de Clones e Semente em Parcela Quadrada
120.0
100.00 97.93
100.0 93.77 89.63
83.37
Sobrevivência (%)
80.0
60.0
40.0
20.0
0.0
I - 144 I - 244 386 911 Semente
Material Genético
80.0
60.0
40.0
20.0
0.0
I - 144 I - 244 386 911 Semente
Material Genético
9
Tabela 1 - Diâmetro (DAP), altura total (Ht), volume por hectare (Vha) e incremento médio
anual (IMA) de materiais genéticos de eucalipto aos 112 meses de idade, em parcela quadrada
(16 plantas) no espaçamento, 3,0 x 3,0 em Viçosa, MG.
Material Genético DAP (cm) Ht (m) Vha (m3/ha) IMA 9,33
21,46 a 35,23 a 491,42 a 52,56 a
Clone I - 144
20,58 a 30,40 ab 413,92 ab 44,35 ab
Clone I - 224
19,08 a 30,92 ab 299,13 b 32,05 b
Clone 386
20,43 a 33,67 a 377,51 ab 40,45 ab
Clone 911
19,05 a 26,13 b 322,86 b 34,59 b
Semente
As médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo teste F
(p>0,05).
Tabela 2 - Diâmetro (DAP), altura total (Ht), volume por hectare (Vha) e incremento médio
anual (IMA) de materiais genéticos de eucalipto aos 112 meses de idade, em parcela quadrada
(4 plantas) no espaçamento, 3,0 x 3,0 em Viçosa, MG.
Material Genético DAP (cm) Ht (m) Vha (m3/ha) IMA 9,33
20,91 a 34,00 a 457,98 a 49,09 a
Clone I - 144
19,36 a 30,08 a 400,92 a 42,97 a
Clone I - 224
18,63 a 31,70 a 338,36 a 36,27 a
Clone 386
20,39 a 34,28 a 390,84 a 41,89 a
Clone 911
20,87 a 26,06 a 342,86 a 36,76 a
Semente
As médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo teste F
(p>0,05).
10
Tabela 3 - Diâmetro (DAP), altura total (Ht), volume por hectare (Vha) e incremento médio
anual (IMA) de materiais genéticos de eucalipto aos 112 meses de idade, em parcela de planta
única no espaçamento, 3,0 x 3,0 em Viçosa, MG.
Material Genético DAP (cm) Ht (m) Vha (m3/ha) IMA 9,33
22,19 a 41,37 a 617,95 a 66,21 a
Clone I - 144
21,53 ab 38,80 a 560,65 a 60,07 a
Clone I - 224
18,92 ab 32,60 a 404,68 a 43,36 a
Clone 386
17,66 ab 36,80 a 409,03 a 43,82 a
Clone 911
15,48 b 28,67 a 286,71 a 33,72 a
Semente
As médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo teste F
(p>0,05).
Tabela 4 – Ranking dos materiais genéticos de eucalipto, aos 112 meses de idade, para as
características Diâmetro (DAP), altura total (Ht), volume por hectare (Vha) e incremento
médio anual (IMA) para parcela quadrada completa, interna e parcela de planta única em
Viçosa, MG.
6. Conclusões
7. Referências Bibliográficas
11
ALFENAS, A. C.; ZAUZA, E. A. V.; MAFIA, R. G.; ASSIS, T. F. de. Clonagem e
Técnica, 3.
Eucalyptus urophylla S. T. Blake na bacia do rio Jari – Pará. Viçosa, MG: UFV, Impr.
Viçosa, Viçosa.
Eucalyptus grandis and comparisons with seedling checks. Forest Science, v. 40, n. 3, p.
397-411, 1994.
12
MASSARO, R. A. M. Viabilidade de aplicação da seleção precoce e tamanho de
Jaboticabal.
Queiróz, Piracicaba.
737-747, 2006.
SILVA, R. L.; XAVIER, A.; LEITE, H.G.; PIRES, I.E. Determinação do tamanho ótimo
número de repetições para experimentos com milho (Zea mays L.). Agronomia
13
VIANELLO, R. L., ALVES, A. R. Meteorologia básica e aplicações. Viçosa: UFV,
1991. p.449.
very successful for some species. Journal of Forestry, v. 90, n. 4, p. 29-34, 1992.
14