Disciplina: Tópicos Especiais em Auto-regulação da Aprendizagem
Discente: Beatriz Scolforo Ramos Docente: Vera Deps 04/04/2019
Fichamento 1 – Capitulo 1 - A autorregularão na aprendizagem: A
demarcação de um campo de estudo e de intervenção. Autora: Adelina Lopes da Silva. O capítulo se divide em partes, no qual evolui entre fases e processos, componentes, intervenção, procedimentos, uso eficaz da auto regulação da aprendizagem com ênfase no papel do estudante na regulação de sua aprendizagem. Para que isso ocorra de acordo com a autora, o aluno precisa desenvolver atitudes positivas frente ao o que se denomina aprendizagem, estabelecer objetivos que o desafie, usar adequadamente estratégias da monitorização da realização escolar ou da auto avaliação dos processos e dos resultados. Essa participação ativa construtiva e autônoma dos estudantes na aprendizagem se baseia em uma gestão adequada de recursos internos e externos tendo em vista a obtenção de um objetivo pedagógico desejado.Dentre as diferentes fases da autorregulação e os diversos processos psicológicos citados pelos autores, todos são unanimes em definir 3 fases da regulação. A primeira consiste nas fases de antecipação e preparação que são influenciadas por crenças motivacionais, no qual a execução de uma tarefa depende das crenças sobre as competências pessoais para alcançar resultados positivos ou negativos de determinada tarefa ou objetivo. Além disso a importância que o aluno atribui a situação de aprendizagem influência na elaboração de um plano estratégico para atingir o objetivo pedagógico. A segunda de execução e controle, os estudantes colocam em ação os processos ou as estratégias por eles estabelecidas para alcançar o objetivo. Desta forma necessitasse de atenção a cada ação direcionada pois se ela não estiver de acordo para com o objetivo é necessário ter o controle sobre isso e chegar à conclusão que aquele comportamento que não está de acordo precisa ser inibido e substituído por outro de acordo a fim de controlar os fatores pessoais, sociais ou ambientais que possam perturbar a execução da tarefa. A automonitorização é responsável por informar os progressos que vão sendo alcançados, os esforças e o tempo gasto na utilização de estratégias selecionadas. Está também é influenciada por concepções de si mesmo. Nesta fase para mantes os propósitos revalidados na primeira fase são utilizados processos volitivos, como estratégias de controle da atenção, controle emocional, controle do ambiente de aprendizagem, A terceira da autorreflexão e auto reação servem de critérios para a apreciação da atividade em curso, e consequente apelo ao sentimento de eficácia ou a estratégias de verificação e correção. Esta função auto avaliativa pode mobilizar esforços para a manutenção, correção ou a inatividade do comportamento de acordo com cada resultado sendo influenciado por variáveis metacognitivas, motivacionais volitivas e pelo feedback recebido por outros. Estas fases cumprem um ciclo que de acordo com cada comportamento e avanços e recuos realizados sempre diferentes, são enriquecidos pela experiência anteriores, pelo contexto em que ocorrem e pelos resultados que se alcança. A auto regulação é multidimensional e determina que toda ação para ser regulada pelo individuo, exige que ele tenha consciência dos objetivos a atingir, conhecer as requisições das ações do que quer realizar, discriminar e organizar seus recursos internos e externos para a concretização da ação, avaliar o nível de realização atingido e por fim alterar os procedimentos utilizados se o resultado que chegou não o satisfaça. As crenças que o estudante constrói, ao longo de sua escolarização, sobre suas competências, expectativas se sucesso e percepções de controle, os sentimentos negativos e positivos resultam no processo de autoavaliação, que influencia no processo de aprender. Durante todo texto autores tentam definir o que é Auto regulação da aprendizagem: sendo uma ação dinâmica, temporal, intencional, planeada e complexa; Dinâmica pois se dá em diferentes direções e situações de acordo com cada momento do indivíduo. Temporal, pois se desenrola em uma sequência de ações, com possíveis avanços e retrocessos. Intencional, pois é a formulação de uma meta que obriga um planejamento estratégico. Planeada, pois não basta saber onde quer chegar, é necessário saber como pode ser atingir o alvo desejado. Por fim, é complexa pois depende das competências e estratégias, contexto social, valores, resultados, abandono ou não do processo. Por fim concluísse que a autorregulação raramente é linear. Para que seja possível o exercício da regulação é exigido 3 condições que devem interagir entre si. 1- A existência de uma automonitorização. 2- Um sistema organizado com informações do que ocorreu e o que vai ocorrer. 3- Estratégias e comportamento de auto modificação que possam ser aplicados. Além disso, como anteriormente é citado outras etapas, como a auto-observação que introduz mudanças, a auto avaliação que nesta etapa ocorre a criação de metas realistas, a formação de expectativas pessoais, estabelecimento de atribuições causais internas e a seleção de recursos pessoais, sociais e matérias que favoreçam a execução do comportamento desejado. E por fim o Auto reforço, no qual o indivíduo se recompensa após cada etapa alcançada a fim de motivar a persistência e o esforço para ajudar a saber lidar com as reações afetivas positivas. Para ajudar nesse processo, a Teoria de Vigotiski e Luria, abordam a importância do dialogo interno que possibilita a regulação do comportamento motor de forma a compreender melhor a natureza da tarefa, avaliar melhor a informação necessária. Definir melhor os objetivos a atingir, fazer o uso mais eficiente das estratégias que possui, reforçar a atenção, avaliar processos e favorecer uma orientação positiva durante a aprendizagem. Em suma, o diálogo interno permite a pessoa melhor representar os problemas e melhor agir sobre eles. Isso tudo é eficaz quando as intervenções para o desenvolvimento da meta cognição que tem como principal suposto valorizar a aprendizagem, possibilitando o indivíduo a tomar consciência das ações cognitivas realizadas e dos resultados obtidos, estimular e desenvolver o conhecimento sobre os próprios processos e produtos e sobre o modo de interferir e melhorar a ação desses processos e finalmente possibilitar a avaliação frente aos resultados das ações cognitivas realizadas e a tomada de decisão sobre os procedimentos a adotar. Desta forma podemos direcionar a intervenção na construção de conhecimentos e processos com maior possibilidade de sucesso e transferência, desenvolver estratégias de aprendizagem como a de planejamento, monitorização e resolução de problemas e por fim promover a autonomia na gestão de tarefas, estimulada a reflexão sobre as condições internas e externas, facilitando a aprendizagem e o estudo. Por fim estas ações visam aumentar a consciência sobre a as competências, problemas, dificuldades, estratégias e atitudes. Estimular a analise previa sobre cada tarefa, desenvolver processos de autocontrole, através da automonitorização e da auto avaliação, a ajuda a estar atento, estar rever e corrigir e apreciar os efeitos de melhorar da realização de tarefas. Considerações pessoais: O texto traz constantemente as fases pelo qual a auto regulação ocorre, e cada estudo acrescenta novos processos e estratégias que ajudam na manutenção da auto regulação. Valoriza a importância dos processos internos e externos em todas as fases, pois são estes que fazem o sucesso ou não de se alcançar os objetivos traçados pelo indivíduo. Uma crítica ao texto é que ele cita as fases, os processos, mas não delimita os caminhos para que a auto regulação ocorra, resumindo, não diz como fazer.