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CAPÍTULO 5

PROPRIEDADES DE UM MATERIAL METÁLICO

5.1 INTRODUÇÃO
De maneira geral podemos afirmar que as propriedades de um material metálico representam o seu
comportamento de acordo com determinados esforços e condições de trabalho a que o mesmo pode ser
submetido. Estas propriedades devem ser consideradas como uma das questões básicas na seleção e
especificação de um material. Os critérios de seleção, contudo, não se apoiam somente nessas
propriedades, porém também em fatores de natureza econômica. As dimensões de uma peça, por
exemplo, influenciam a seleção do material constituinte e o seu processo de fabricação. Determinados
materiais são mais resistentes, no entanto, são mais difíceis de serem processados para a obtenção do
produto final. As quantidades de peças também exercem influência sobre o processo de fabricação a ser
utilizado uma vez que certos processos são viáveis economicamente apenas para quantidades mínimas de
fabricação. A análise dos custos envolvidos conduz à busca do projeto do produto bem como do processo
de fabricação que melhor atendem os requisitos funcionais e as condições de menor custo de fabricação.

5.2 CLASSIFICAÇÃO DAS PROPRIEDADES DE UM MATERIAL METÁLICO


De maneira geral, as principais propriedades de um material metálico podem ser classificadas da
seguinte maneira:
 Propriedades Físicas
 Propriedades Mecânicas
 Propriedades de Fabricação

5.2.1 Propriedades Físicas


As propriedades físicas de um material metálico são geralmente especificadas de forma a atender
requisitos adicionais a aqueles fornecidos pelas propriedades mecânicas e propriedades de fabricação, os
quais podem ser importantes em alguns casos. Como exemplos, podemos citar a necessidade de elevada
relação resistência/peso para estruturas móveis, alta condutividade elétrica para condutores elétricos, alta
condutividade térmica para componentes de trocadores de calor, etc. Entre as principais propriedades
físicas podemos citar as seguintes:

 Calor Específico: é a quantidade de calor necessária para elevar em 1 ºC a temperatura da massa


de 1 g de um material, na temperatura de maior densidade do mesmo.
 Calor Latente: é a quantidade de calor recebida ou cedida por um material quando submetido a
mudança de estado (sólido, líquido e gasoso), sem que haja variação de temperatura no mesmo.
 Calor Sensível: é a quantidade de calor recebida ou cedida por um material quando submetido a
uma variação de temperatura, sem que haja mudança de estado do mesmo (sólido, líquido e gasoso).
 Condutividade Elétrica: é a capacidade que um material apresenta de conduzir corrente elétrica.
 Condutividade Térmica: é a capacidade que um material apresenta de conduzir calor.
 Densidade Absoluta ou Massa Específica: é a relação entre a massa unitária de um material e o
volume unitário do mesmo.
 Densidade Relativa: é a relação entre a densidade absoluta de um material e a densidade absoluta
de outro material, tomado como padrão, obtida nas mesmas condições.
 Número Atômico: é o número de prótons, igual ao número de elétrons, existentes no núcleo de um
átomo.
 Número de Massa: é a soma do número de prótons e de nêutrons existentes no núcleo de um
átomo.
 Peso Específico: é a relação entre o peso unitário de um material e o volume unitário do mesmo.
 Ponto de Fusão: é a temperatura na qual o material passa do estado sólido para o estado líquido e
vice-versa.
 Ponto de Ebulição: é a temperatura na qual o material passa do estado líquido para o estado gasoso
e vice-versa.

5.2.2 Propriedades Mecânicas


As propriedades mecânicas são obtidas a partir da realização de diversos tipos de ensaios. Os
valores conseguidos para as mesmas, porém, algumas vezes são muito dependentes das condições de
realização destes ensaios o que conduz a um certo grau de incerteza quanto ao desempenho do material na
prática. Os melhores resultados são obtidos a partir da observação direta do comportamento em serviço
através, quando possível, da instrumentação das peças e estruturas para a medição dos parâmetros das
solicitações presentes. Neste caso, as peças são examinadas nas condições reais de trabalho e o
desempenho do material pode ser avaliado com maior confiabilidade. Entre as principais propriedades
mecânicas podemos citar as seguintes:
 Dureza: é a resistência oferecida pelo material à penetração de outro material sendo, portanto, de
particular interesse para se avaliar a resistência ao desgaste, o grau de endurecimento superficial por
tratamento térmico e a resistência mecânica em geral do material, na medida em que as características
mecânicas de sua superfície são representativas de suas características como um todo. Os principais tipos
de ensaios de dureza utilizados na prática são aqueles baseados nos métodos Brinell (Figura 5.1),
Rockwell (Figura 5.2) e Vickers.
Figura 5.1 – Ensaio de dureza Brinell.

Figura 5.2 – Ensaio de dureza Rockwell.

 Ductilidade: é a medida de deformação plástica ocorrida no material, durante o ensaio de tração,


tanto em seu comprimento (alongamento) como em sua seção transversal (estricção). Devido à facilidade
de determinação, o alongamento é frequentemente tomado como parâmetro de medida da ductilidade.
Esta propriedade é importante pois fornece uma indicação do comportamento do material quanto ao tipo
de fratura que pode estar sujeito, isto é, fratura dúctil ou fratura frágil. A primeira acontece com notável
deformação plástica (Figura 5.3) enquanto que a segunda ocorre com pequena ou nenhuma deformação
plástica do material. A análise do comportamento do material na fratura é complexa e não pode se basear
unicamente neste parâmetro, mesmo considerando apenas a solicitação existente no ensaio de tração.
Além dessa indicação quanto à resistência o alongamento permite, também, estimar aproximadamente o
comportamento do material em processos de conformação.

Figura 5.3 – Alongamento e estricção em um corpo de prova.


 Elasticidade: é a propriedade que o material apresenta de recuperar a forma primitiva tão depressa
cesse o esforço que tenha proporcionado a deformação.
 Fragilidade: é a baixa resistência oferecida por um material quando submetido a deformações
plásticas. A Figura 5.4 apresenta o diagrama Tensão x Deformação para um material completamente
frágil. As Figuras 5.5 e 5.6 mostram, de maneira esquemática, a formação de planos de clivagem durante
o processo de fratura frágil.

Figura 5.4 – Diagrama Tensão x Deformação para um material completamente frágil.

Figura 5.5 – Formação de planos de clivagem durante a fratura frágil.

Figura 5.6 – Ligação iônica que proporciona a formação de planos de clivagem durante a fratura frágil.
 Plasticidade: é a capacidade que o material apresenta de se deixar deformar permanentemente
assumindo diferentes dimensões e formas sem sofrer ruptura, trincas ou fortes alterações de estrutura
quando submetido a pressões, cargas ou choques compatíveis com as suas propriedades mecânicas.
 Resistência Mecânica: é a propriedade que o material apresenta de resistir a esforços estáticos
externos tais como, tração, compressão, flexão, torção e cisalhamento sem sofrer ruptura. A Figura 5.7
apresenta, esquematicamente, os esforços estáticos externos eventualmente aplicados em um material. As
Figuras de 5.8 a 5.11 mostram alguns tipos de equipamentos normalmente utilizados na realização dos
ensaios de tração, compressão, flexão e torção.

Figura 5.7 – Principais tipos de esforços estáticos externos aplicados em um material.

Figura 5.8 – Ensaio de tração.


Figura 5.9 – Ensaio de compressão.

Figura 5.10 – Ensaio de flexão.

Figura 5.11 – Ensaio de torção.


 Resistência ao Impacto: correspondente à energia do choque mecânico absorvido pelo material
para fraturar. É bastante influenciada pelas condições de temperatura e do estado triplo de tensões o qual
pode ser proporcionado pela presença de entalhes ou mudanças bruscas na seção do corpo de prova. Os
ensaios de choque são, geralmente, padronizados nos ensaios Charpy e Izod e os resultados dependem,
em particular, da forma e da dimensão dos corpos de prova. Também neste caso, os resultados do ensaio
representam apenas indicações para efeito comparativo em diferentes materiais não podendo, portanto,
ser utilizados como índice de resistência para o projeto ou representação real do comportamento em
serviço. As Figuras de 5.12 a 5.14 mostram o princípio de realização do ensaio de impacto.

Figura 5.12 – Princípio de realização do ensaio de impacto.


Figura 5.13 – Ensaio de impacto.

Figura 5.14 – Detalhe do ensaio de impacto Charpy.


 Resistência à Fadiga: as falhas de componentes metálicos em serviço, na maioria das vezes,
decorrem devido à fadiga proporcionada pelas solicitações cíclicas. A fratura por fadiga apresenta
características frágeis e é influenciada por diversos fatores como pontos de concentração de tensões,
temperatura, presença de meios corrosivos, tensões residuais e outros que dependem das condições de
projeto, fabricação da peça e meio ambiente. Portanto, os resultados dos ensaios de fadiga realizados em
corpos de prova constituem apenas uma indicação do comportamento em serviço do material que depende
também de muitos outros fatores não representados nos ensaios de flexão rotativa (Figura 5.15.a), flexão
alternada (Figura 5.15.b) e tração-compressão. O ensaio realizado na peça fabricada se aproxima muito
mais das condições reais de trabalho contudo, mesmo assim, é necessário um tratamento estatístico dos
valores de resistência à fadiga devido à dispersão desses resultados.

(a) (b)
Figura 5.15 – Ensaios de fadiga por flexão rotativa e flexão alternada.

 Resistência à Fluência: as solicitações mecânicas podem provocar, a partir de uma determinada


temperatura, a deformação plástica em função do tempo e/ou carga constante. Esta propriedade é
fundamental para o projeto de componentes de máquinas e estruturas que devem operar em temperaturas
elevadas. O tempo necessário, normalmente da ordem de centenas de milhares de horas, para que ocorra
uma pequena deformação plástica do componente em serviço sob tensão constante, é um índice
importante para o projeto. O ensaio de fluência realizado em corpos de prova deve ser de menor duração
do que o previsto para o funcionamento do sistema mecânico onde atua o componente metálico, caso
contrário o mesmo será muito demorado e dispendioso. Assim, existe a incerteza, que deve ser
considerada no projeto, decorrente da extrapolação do comportamento em serviço para tempos longos
com base em ensaios de curta duração (Figura 5.16).

Figura 5.16 – Ensaio de fluência.


 Resiliência: é a propriedade que corresponde à energia máxima de deformação elástica de um
material equivalente, portanto, ao limite de elasticidade do mesmo. Esta propriedade é particularmente
importante no projeto de elementos elásticos (Figura 5.17).

Figura 5.17 – Diferentes representações de áreas sob a curva Tensão x Deformação. A resiliência
corresponde à região de deformação elástica enquanto que a tenacidade equivale às regiões de
deformação elástica e plástica sob a referida curva.

 Tenacidade: É a medida da energia necessária para romper o material em condições de solicitação


estática. Inclui, portanto, as deformações elástica e plástica. É importante salientar que enquanto em um
material dúctil a tenacidade é bem maior que a resiliência, em um material frágil estas propriedades são
praticamente iguais (Figura 5.17).
Além destas existem outras propriedades mecânicas, igualmente importantes, tais como resistência
à corrosão, resistência ao desgaste, resistências às variações de temperatura, etc que devem ser levadas
em conta durante o dimensionamento de um material.
5.2.3 Propriedades de Fabricação
A seleção de um material deve ser realizada considerando também o processo de fabricação da
peça. Enquanto que a escolha do material para atender os requisitos do projeto do produto se baseia nos
aspectos de resistência, durabilidade e segurança de desempenho associados ao baixo custo de aquisição,
no projeto do processo é fundamental a seleção do mesmo com vistas a minimizar os custos de
fabricação. A capacidade dos materiais dimensionados poderem se adaptar aos processos de fabricação é
um fator de influência no processo de seleção dos mesmos bem como dos processos de fabricação
envolvidos. Esta capacidade corresponde às propriedades de fabricação que decorrem da interação entre
as características do processo de manufatura e as propriedades mecânicas que são exigidas durante sua
produção. Portanto, para cada processo define-se o comportamento de um material o qual permite
caracterizá-lo com uma propriedade adicional às mencionadas anteriormente. Assim sendo, podemos citar
as seguintes propriedades de fabricação:

 Fundibilidade: é a capacidade que o material apresenta de penetrar completamente no molde de


fundição, produzindo uma peça sem defeitos e com as características mecânicas especificadas (Figuras
5.18 e 5.19).

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Figura 5.18 – Dispositivo refrigerado a água utilizado no estudo da solidificação direcional horizontal
objetivando avaliar a influência do vetor gravidade na estrutura e propriedades de um material, onde: (1)
Entrada de água; (2) Saída de água; (3) Revestimento cerâmico; (4) Resistências elétricas; (5) Lingoteira
de aço inoxidável; (6) Termopares; (7) Tampa do dispositivo; (8) Controlador de temperaturas; (9)
Registrador de temperaturas; (10) Computador e software de aquisição de dados.
Figura 5.19 – Peça de geometria complexa obtida através do processo de fundição.

 Fusibilidade: é a propriedade apresentada pelo material de passar do estado sólido para o estado
líquido sob a ação do calor. É caracterizada pela temperatura de fusão. Para que um material seja
industrialmente fusível é necessário que possua um baixo ponto de fusão e que não sofra, durante o
processo de mudança de fase líquido-sólido, oxidações profundas nem alterações em sua estrutura.
Ex: Estanho - 232 ºC
Chumbo - 327 ºC
Zinco - 420 ºC
Alumínio - 660 ºC
Cobre - 1083 ºC
Ferro - 1540 ºC
Nióbio - 2415 ºC

 Soldabilidade: é a capacidade que os materiais metálicos apresentam de se unirem pela aplicação


localizada de calor de maneira a conservarem a continuidade de suas propriedades mecânicas (Figuras
5.20 e 5.21).

Figura 5.20 – Processo de soldagem oxi-acetilênico sem metal de adição.


Figura 5.21 – Processo de soldagem oxi-acetilênico com metal de adição.

 Temperabilidade: é a propriedade que o material apresenta de modificar a sua macroestrutura após


um aquecimento prolongado seguido de um resfriamento brusco. As propriedades mecânicas são
modificadas (Figuras 5.22 e 5.23).

Figura 5.22 – Material policristalino apresentando granulometria grosseira.

Figura 5.23 – Material policristalino apresentando granulometria refinada.

 Usinabilidade: é uma das propriedades de fabricação mais importantes e corresponde à facilidade


que o material apresenta de ser trabalhado por retirada de cavaco nos diversos processos de usinagem sem
desgastar excessivamente a ferramenta de corte. O conhecimento desta propriedade permite estimar os
tempos necessários às operações de usinagem sendo, portanto, indispensável nos referidos processos de
fabricação (Figuras de 5.24 a 5.27).
Figura 5.24 – Ferramenta de corte empregada em operações de usinagem.

Figura 5.25 – Diferentes tipos de fresas utilizadas em operações de usinagem.

Figura 5.26 – Diferentes tipos de brocas utilizadas em operações de usinagem.


Figura 5.27 – Componente mecânico obtido através do processo de usinagem.

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