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Economia Política

Resenha: Capítulo 8, Itens 1 ao 6 do Livro O Capital – Karl Marx

O Capítulo 8, tem como título “A Jornada de Trabalho’’, trata-se de um capítulo


bastante concreto onde Marx, analisa documentos e relatos sobre as condições de
trabalho principalmente na Inglaterra.

1. Os Limites Da Jornada De Trabalho


Nesse item, Marx trata sobre quais seriam os limites da jornada de trabalho, para
isso ele define a força de trabalho como sendo uma mercadoria negociada, na venda da
mão-de-obra, o valor é em cima do trabalho necessário, sendo o valor medido pela
necessária vitalidade do trabalhador. A grandeza total da jornada de trabalho é medida
tanto pelo “necessário”, quanto pela variação do mais-trabalho.
O limite mínimo da jornada de trabalho seria as horas necessárias para que o
trabalhador produzisse o equivalente a sua subsistência, dentro de uma lógica
capitalista, isso não deve ocorrer; o limite máximo esbarra nas necessidades físicas e
sociais do trabalhador.
O capitalista compra a força de trabalho e com ela busca a essência do capital:
aumentar o valor do capital. “O tempo durante o qual o trabalhador trabalha é o tempo
durante o qual o capitalista consome a força de trabalho que comprou. Se o trabalhador
consome seu tempo disponível para si, então rouba ao capitalista”.
O capitalista, uma vez que comprou a força de trabalho e agora ela lhe pertence,
procurar tirar dela o maior proveito de seu valor de uso possível, até mesmo transformar
uma jornada de trabalho em duas.
O vendedor da mercadoria “força de trabalho”, encontra-se no direito de negociar
o valor de seu produto, por outro lado, o comprador (o capitalista) vê-se no direito de
fazer o que bem entende com a mercadoria que acaba de comprar. “E assim a
regulamentação da jornada de trabalho apresenta-se na história da produção capitalista
como uma luta ao redor dos limites da jornada de trabalho, uma luta entre o capitalista
coletivo, isto é, a classe dos capitalistas, e o trabalhador coletivo, ou a classe
trabalhadora”.
2. A Avidez Por Mais-Trabalho. Fabricante E Boiardo

Marx inicia o item dois levantando uma polêmica questão: “Sociedade não
comerciais (propriedades familiares; comunidades indígenas) historicamente
trabalhavam bem menos horas. Mesmo sociedades antigas escravagistas ou feudais
trabalhavam menos que sociedades capitalistas contemporâneas”.
O mais trabalho sempre existiu, “E assim a regulamentação da jornada de
trabalho apresenta-se na história da produção capitalista como uma luta ao redor dos
limites da jornada de trabalho, uma luta entre o capitalista coletivo, isto é, a classe dos
capitalistas, e o trabalhador coletivo, ou a classe trabalhadora”.
Trabalho necessário VS trabalho excedente: No primeiro conceito trata-se do
tempo “necessário” a subsistência da força de trabalho, porém a produção para o
capitalista caminha lado a lado (são processos de produção simultâneos); no segundo
caso, o tempo é inteiramente dedicado a produção de mais-valia, trata-se do período
após o "trabalho necessário" (sucessão).
O trabalho excedente é elástico; um ano de trabalho, 12 meses, pode virar 13,
através de “furtos” de tempo de trabalho.
As legislações legitimam o mais-trabalho, porém não o sobre trabalho. Mesmo
sendo legalmente incorreto, o lucro a partir daí é tão grande, que caso seja pego e tenha
que pagar multa, ainda assim o capitalista obtém lucro.
A esses “pequenos furtos” pelo capital do tempo das refeições e do tempo de
descanso dos trabalhadores chamam os inspetores também de “petty pilferings of
minutes”, pequenas furtadelas de minutos, “snatching a few minutes”, escamotear
minutos, 375 ou, como os trabalhadores os denominam tecnicamente, “nibbling and
cribbling at meal times”.

3. Ramos da Indústria Inglesa Sem Limite Legal da Exploração


Esta seção do capítulo narra sobre as péssimas condições de trabalho as quais os
trabalhadores eram submetidos, sobretudo na Inglaterra. Compõe essas condições
desumanas de trabalho as longas horas de trabalho (muitas das vezes sem pausa para as
refeições), falta de tempo para descanso (tanto físico quando psicológico), insalubridade
no local de trabalho, etc. O objetivo do capitalista, é ter a produção parada o mínimo de
tempo possível, argumentando que poderia ter prejuízo caso suas maquinas ficassem
sem produzir por alguns instantes (sobre trabalho). São expostos relatos sobre algumas
fabricas/manufaturas.

4. Trabalho Diurno E Noturno. O Sistema De Revezamento

Só o mais trabalho e o sobretrabalho não são suficientes, a produção não pode


parar, usa-se o sistema de dois turnos (diurno e noturno). Revezamento do turno da
jornada; uso exacerbado da mão-de-obra de jovens; anti-regulamentação do trabalho
noturno.
Usar adultos no turno da noite seria um aumento de custo para o capitalista, isso
ele considera um absurdo, sendo que o trabalho do adulto em momento nenhum traz
mais lucro, apenas custa mais caro. Os jovens deveriam trabalhar durante a noite para
aprender melhor os ofícios, tendo em vista que durante o dia não seria possível.

5. A Luta Pela Jornada Normal De Trabalho. Leis Que Prolongam


Compulsoriamente A Jornada De Trabalho

Desde o fim da Idade Média até o período da revolução industrial, a jornada de


trabalho aumentou bastante. Para combater as leis e os regulamentos medievais que
restringiam a jornada de trabalho, foram introduzidas leis que ampliavam a jornada.
O que é uma jornada de trabalho? Durante quanto tempo é permitido ao capital
consumir a força de trabalho cujo valor diário paga? Por quanto tempo se pode
prolongar a jornada de trabalho além do tempo necessário para reproduzir a própria
força de trabalho?
O dia de trabalho compreende todas às 24 horas, descontadas as poucas horas de
pausa sem as quais a força de trabalho fica impossibilitada de realizar novamente sua
tarefa.
Não é a conservação normal da força de trabalho que determina o limite da
jornada de trabalho; ao contrário, é o maior dispêndio possível diário da força de
trabalho, por mais prejudicial, violento e doloroso que seja que determina o limite do
tempo de descanso do trabalhador. A produção capitalista, que essencialmente é
produção de mais-valia, absorção de trabalho excedente, ao prolongar o dia de trabalho,
não causa apenas a atrofia da força humana de trabalho, à qual rouba suas condições
normais, morais e físicas de atividade e desenvolvimento. Ela ocasiona o esgotamento
prematuro e a morte da própria força de trabalho.
O valor da força de trabalho compreende o valor das mercadorias necessárias
para reproduzir o trabalhador, ou seja, para perpetuar a classe trabalhadora. A
experiência mostra geralmente ao capitalista que existe uma população excedente em
relação às necessidades momentâneas do capital de expandir o valor. Essa
superpopulação, entretanto, se compõe de gerações humanas atrofiadas, de vida curta,
revezando-se rapidamente, por assim dizer, prematuramente colhidas.
A queixa sobre a degradação física e mental, a morte prematura, o suplício do
trabalho levado a completa exaustão, responde: por que nos atormentamos com esses
sofrimentos, se aumentam nosso lucro? De modo geral, isto não depende da boa ou da
má vontade de cada capitalista. A livre competição torna as leis imanentes da produção
capitalista leis externas, compulsórias para cada capitalista individualmente
considerado.
O estabelecimento de uma jornada normal de trabalho é o resultado de uma luta
multissecular entre o capitalista e o trabalhador. A história dessa luta revela duas
tendências opostas. Foi preciso que decorressem séculos para que o trabalhador “livre”,
em consequência do desenvolvimento do modo de produção capitalista, consentir
voluntariamente, isto é, ser socialmente compelido a vender todo o tempo ativo de sua
vida, sua própria capacidade de trabalho, pelo preço de seus meios de subsistência
habituais; seu direito à primogenitura, por um prato de lentilhas.
A casa de terror para os indigentes, com a qual a alma do capital ainda sonhava
em 1770, ergueu-se poucos anos mais tarde, gigantesca, no cárcere de trabalho para o
próprio trabalhador da indústria. Ela se chamava fábrica. E desta vez o ideal
empalideceu diante da realidade.

6. A Luta Pela Jornada Normal De Trabalho. Limitação Legal Do Tempo De


Trabalho. A Legislação Fabril Inglesa De 1833 A 1864.

O capital levou séculos, antes de surgir a indústria moderna, até prolongar a


jornada de trabalho até seu limite máximo normal e, ultrapassando-o, até o limite do dia
natural de 12 horas. A partir do nascimento da indústria moderna, no último terço do
século XVIII, essa tendência transformou-se num processo que se desencadeou
desmesurado e violento como uma avalanche.
“Logo que a classe trabalhadora, atordoada pelo tumulto da produção, recobra
seus sentidos, tem início sua resistência, primeiro na Inglaterra, a terra natal da grande
indústria. Todavia, as concessões que conquista durante três decênios ficaram apenas no
papel”.
Uma jornada normal de trabalho para a indústria moderna só aparecem com a lei
fabril de 1833, aplicável as indústrias têxteis, de algodão, lã, linho e seda. Assim nasceu
a lei fabril adicional de 7 de julho de 1844. Colocou sob a proteção da lei uma nova
categoria de trabalhadores: as mulheres maiores de 18 anos.
A nova lei fabril de 8 de junho de 1847 estabelecia que, a 1º de julho de 1847, o
dia do trabalho dos adolescentes de 13 a 18 anos e de todas as mulheres seria,
preliminarmente, reduzido a 11 horas e, a partir de 1º de maio de 1848, a 10 horas,
definitivamente, nenhuma delas limita a jornada do trabalhador do sexo masculino
maior de 18 anos.
“Os trabalhadores tinham oferecido uma resistência até então passiva, embora
inflexível e cotidianamente quotidianamente renovada. (...) A pretensa lei das 10 horas,
diziam eles, não passava de simples embuste, de logro parlamentar, e nunca existira. Os
inspetores do trabalho preveniram o governo insistentemente a respeito do antagonismo
de classe, que estava atingindo um grau inacreditável de tensão.”

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