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Aula 7º

O professor alfabetizador

Olá, alunos(as), tudo bem com vocês!?


Trataremos, nesta aula, sobre o perfil do professor
alfabetizador, assim como, da importância do seu
posicionamento teórico, para que tenha possibilidades de
realizar um trabalho realmente significativo para seu aluno,
possibilitando o seu desenvolvimento completo.
Vamos à aula?
Espero que estejam animados!
Bons estudos!

Objetivos de aprendizagem

Esperamos que, ao término desta aula, vocês serão capazes de:

‡ adequar-se a situações novas de forma a inovar a sua prática utilizando-se de toda informação disponível;
‡ utilizar as novas tecnologias na produção, na (re)organização e na transmissão dos conhecimentos;
‡ ter autonomia e criatividade para buscar alternativas de ação pedagógica frente aos desafios postos pela realidade
cotidiana onde se concretiza a sua práxis;
‡ compreender e valorizar as diferentes linguagens, manifestas na sociedade contemporânea, e sua função na produção
do conhecimento.
268 Fund. e Met. de Alfabetização e Letramento 44
o trabalho com texto, pois estes, auxiliam na constituição do
Seções de estudo indivíduo, preparando-o para a interação com o meio no qual
esteja inserido.
De acordo com Andrade (1995, p. 63): “O trabalho
1 – Introdução com o texto surge como uma possibilidade de mudança, na
2 – Posicionamento teórico do professor alfabetizador qual o professor assume uma postura interlocutiva com seu
DOXQRFRQVWUXLQGRXPSURMHWRPDLVDUURMDGRHHÀFD]SDUDD
aprendizagem da língua escrita”. Assim, os professores, prin-
1 - Introdução FLSDOPHQWHRDOIDEHWL]DGRUWHPDQHFHVVLGDGHGHUHÁH[mRQR
que se refere a sua própria formação, em relação as teorias
do texto, para que assim, esteja preparado para proporcionar
ao aluno, situações que o permita desenvolver competências
básicas, compreendendo e produzindo textos, na língua ma-
terna.
/RJRDEXVFDSRUFUHVFLPHQWRSURÀVVLRQDOpIXQGDPHQ-
tal para o educador que busca uma pratica de ensino demo-
crática, conforme compreenda o seu próprio papel como um
personagem transformador e socialmente importante, com-
preende o tamanho do seu compromisso. É preciso ter em
mente que a prática de um professor cresce e se transforma
)RQWHKWWSZZZQRYDSULQWFRPEUSURIHVVRUHVDOIDEHWL]DFDRLYHWHUD΍D! de no dia-a-dia, na interação com seus alunos, aceitando seu
compromisso no processo ensino-aprendizagem, não só tra-
O período de alfabetização é de grande responsabilida- tando com responsabilidade, suas ações, mas também tendo
de para o professor, exigindo dele cuidado e muito preparo, prazer com seu papel de ensinar e aprender.
SRLVPXLWDVGDVGLÀFXOGDGHVHFRQVWDQWHIUDFDVVRGRVDOXQRV $ QHFHVVLGDGH GH TXH R SURIHVVRU VHMD XP SURÀVVLR-
durante as primeiras fases da vida escolar, deixa claro a ne- QDOUHÁH[LYRDEHUWRDLQRYDo}HVHTXHWRPHGHFLV}HVTXH
cessidade de mudanças tanto na atitude do professor, como GHVHQYROYDPR´VDEHUID]HUµHTXHFRPSUHHQGDRVLJQLÀ-
na busca de novas formas para auxiliar o aluno. É necessário cado do “para que fazer”, capaz de interpretar e analisar a
que a escola se torne dinâmica, com professores conheçam e realidade educativa, é uma exigência dos Referenciais para
acreditem no papel que tem a desempenhar no processo de Formação de Professores (Brasília, 1999), bem como uma
ensino-aprendizagem, para assim, levar o aluno a descobrir exigência do próprio contexto histórico-social, atualmente,
o seu. do Brasil, para que assim contribua para a formação do ci-
O professor alfabetizador, dentro de um processo de dadão e atenda ao mercado de trabalho que se mostra cada
ensino-aprendizagem, é o primeiro a possibilitar o aluno a vez mais exigente.
entrar em contato com o mundo da leitura, tornando-se Ante o exposto, percebemos a exigência em relação ao
assim, um formador de leitores, quando apresenta ao aluno SHUÀOGRSURIHVVRUSDUDTXHUHDOL]HVHXWUDEDOKRFRPRDOID-
leituras interessantes e prazerosas, propõe atividades lúdi- EHWL]DGRUDQHFHVVLGDGHGHTXHUH~QDHPVHXSHUÀODWLWXGHV
cas, utilizando materiais variados, como: recorte, colagem, adequadas, saberes práticos, pedagógicos, além de, saberes es-
desenho, pintura entre outras, presentes no meio escolar. SHFtÀFRVUHODFLRQDGRVDVGLVFLSOLQDV
Buscando assim, tornar o aprendizado interessante e sig- Portanto, não basta ter “boas intenções”, se o professor
QLÀFDWLYRSDUD RDOXQR7UD]HQGRDLQGDSDUD DOXQRVFRP QmRWLYHUXPVXSRUWHWHyULFRVLJQLÀFDWLYRSDUDHPEDVDUVHX
alguma necessidade especial, a possibilidade de ter conta- trabalho.
to com o texto. Em muitos momentos, precisando deixar
de lado o ensino da escrita e da leitura, estimular o aluno, 2 - Posicionamento teórico do
instigando a querer ler, pois, muitos alunos se apresentam professor alfabetizador
carentes em relação a leitura, estando então, sem interesse
em aprender. A seguir, apresento a vocês, um texto muito interes-
Portanto, o professor precisa compreender todas essas sante que vai contribuir para a compreensão mais profunda
problemáticas e situações que afetam a aprendizagem, para em relação ao conteúdo. Leia com bastante atenção. Vamos
que tenha possibilidade de provocar o desenvolvimento dessa lá?
aprendizagem. Para isso, faz-se necessário subsídios teórico-
O POSICIONAMENTO TEÓRICO DO ALFABETIZADOR E... SUAS
FLHQWtÀFRHPUHODomRDOLQJXDJHPEDVHSDUDRWUDEDOKRFRPD
CONSEQUÊNCIAS
alfabetização, é importante uma formação que lhe dê suporte
em relação ao trabalho com a linguagem. Prof. Ms. Joana Maria Rodrigues Di Santo
Tanto a LDB, os PCNs, trazem o ensino da língua escrita
Após as pesquisas de Emilia Ferreiro e Ana Teberosky sobre a
como fundamental, pois, a linguagem, não é só uma ativida-
de cognitiva, mas trata-se, também, da forma em que ocorre SVLFRJ¬QHVH GD O¯QJXD HVFULWD ȴFRX FODUR TXH D FDSDFLGDGH GH
a interação entre os indivíduos, dessa forma, podemos dizer ler e escrever não depende exclusivamente da habilidade que o
que o ensino-aprendizagem da língua, traz como prioridade alfabetizando apresente de “somar pedaços de escrita”, e sim, antes
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disso, de compreender como funciona a estrutura da língua e a Com frequência, muitas crianças decoram todo o alfabeto, mas
forma como é utilizada na sociedade. não conseguem ler sílaba nem palavra; sílabas que, por ventura,
Magda Soares diz que, num sentido amplo, o que poderíamos conseguiram decorar para leitura não conseguem escrever no
chamar de acesso ao mundo da escrita é o processo de um sujeito ditado, nem reconhecer em outros contextos; podem, até, conseguir
entrar nesse mundo, o que ocorre basicamente por duas vias: fazer cópias, mas não conseguem escrever as mesmas palavras
uma, por meio do aprendizado de uma técnica, ou seja, quando quando são ditadas.
o educando aprende a ler e a escrever relacionando sons com São as crianças copistas, que sofrem muito com sua própria
OHWUDV IRQHPDV FRP JUDIHPDV SDUD FRGLȴFDU H GHFRGLȴFDU (VWD situação. Há as que escrevem precariamente algumas palavras-
via prioriza o domínio do código convencional da leitura e da chave e famílias silábicas, usadas exaustivamente, mas não leem.
escrita, com base na teoria empirista, que historicamente é a que E como são muito cobradas, tendem a desenvolver baixa auto-
PDLVWHPLQȵXHQFLDGRDVUHSUHVHQWD©·HVVREUHRDWRGHHQVLQDUH estima e alguns bloqueios, pois adentram à escola com muitas
o de aprender, expressando-se em um modelo de aprendizagem expectativas, que não são correspondidas, o que pode levá-las a
conhecido como de “estímulo-resposta”. se sentirem desmotivadas, principalmente em função dos exercícios
Decorrentes da proposta didática de alfabetização por meio da descontextualizados e da cobrança da memorização. com o que
aquisição de uma técnica (tradicional), estão concepções como ȴFDOKHVPXLWRPDLVGLI¯FLODOIDEHWL]DUVH
DGHTXHOHU«DSUHQGHUDLGHQWLȴFDUOHWUDVV¯ODEDVSDODYUDVH Com o método sintético, a criança é um aprendiz que vai
frases para depois conseguir decifrar curtos e simples textos MXQWDQGRLQIRUPD©·HVTXHDSUHQGHXPDIDP¯OLDVLO£ELFDDSµV
HVFRODUHV HVSHF¯ȴFRV; ler, no período da alfabetização, consiste a outra se supondo que, em dado momento no decorrer desse
HP FRGLȴFDU H GHFRGLȴFDU OHWUDV H VRQV R DOXQR Vµ FRQVHJXH caminho, tenha um insight e compreenda a relação entre todas
ler depois de dominar a técnica da leitura e da escrita, quando, HVVDVV¯ODEDVID]HQGRXPDV¯QWHVHDSDUWLUGHXPDGHWHUPLQDGD
então, passa a ter contato com textos reais e com a linguagem quantidade de informações. Pode aprender a escrever, porém
XWLOL]DGDFRWLGLDQDPHQWHRDOIDEHWL]DQGRSUHFLVDPHPRUL]DUHȴ[DU não a expressar-se com desinibição e espontaneidade, pois,
LQIRUPD©·HVGDVPDLVVLPSOHVSDUDDVPDLVFRPSOH[DVTXHVHY¥R inclusive pela falta de contextualização, sua visão de mundo tende
sobrepondo e acumulando na composição das palavras, que têm a limitar-se ao discurso escolar; é como se a leitura e a escrita
XP ȴP HP VL PHVPDV R SODQHMDPHQWR Q¥R SUHFLVD VHU ȵH[¯YHO fossem atividades restritas ao ambiente escolar: lêem e escrevem
podendo o professor utilizar o mesmo em todos os anos e em as palavras que o professor ensina. A criança é levada a construir
qualquer classe, que deve ser homogênea para facilitar o trabalho VHX FRQKHFLPHQWR GD O¯QJXD HVFULWD HP XP VLVWHPD JU£ȴFR GH
do docente, detentor do conhecimento, que corrige rigorosamente representação da linguagem oral, e faz do ato de ler e escrever
WRGDVDVDWLYLGDGHVDȴPGHHYLWDUTXHRHUURVHMDȴ[DGR DSHQDV XPD FRGLȴFD©¥R H GHFRGLȴFD©¥R ‹ XPD DOIDEHWL]D©¥R
Isso pode ser constatado através das tradicionais cartilhas, que DUWLȴFLDOHPHF¤QLFDGLȴFXOWDQGRDVXDFRPSUHHQV¥RSRLVQ¥RWHPD
na grande maioria utilizam a silabação, embora proclamem lançar ver com tudo que vivencia em seu cotidiano: o educando faz cópias
mão do método misto. Partem da memorização das vogais, que se GH FRQWH¼GRV Q¥R FRQWH[WXDOL]DGRV H VHP VLJQLȴFDGR SDUD D VXD
combinam com cada consoante, no estudo das famílias silábicas. vida.
Tais instrumentos enfatizam uma concepção de língua escrita A outra via, construtivista,b FRQVLVWH HP GHVHQYROYHU DV SU£WLFDV
como transcrição da fala, apresentando textos construídos com a de uso da língua escrita, considerando que não adianta aprender
ȴQDOLGDGHGHWRUQDUFODUDHVVDUHOD©¥R uma técnica e não saber usá-la. Os dois processos devem ser
Ao alfabetizar o aluno com embasamento no método tradicional, VLPXOW¤QHRVHLQWHUGHSHQGHQWHVSRLVDSUHQGHUDW«FQLFDGDOHLWXUD
YDORUL]DVHRSURGXWRȴQDOGRDWRGHOHUHHVFUHYHUHQWHQGHQGRR e da escrita não é pré-requisito para utilizar tais capacidades nas
como decorrente da aquisição de habilidades como, aprender a atividades cotidianas.
técnica, desenvolver a coordenação motora, discriminação visual, O alfabetizador que atua com postura construtivista valoriza
o uso de lápis, do papel, etc., o que gera ênfase primordial na um ambiente alfabetizador, que facilite a interação do educando
automação da escrita para, numa segunda etapa, voltar-se para com os mais diversos tipos de textos, dentro de um clima de
a compreensão ou interpretação do texto, em detrimento ao liberdade para participar das propostas e construir o ato de ler e de
processo de construção da língua escrita pelos alunos. É centrado HVFUHYHU&RQVLGHUDTXHOHU«DWULEXLUVLJQLȴFDGRRTXHRFRUUHSHOR
no professor e valoriza a cópia, podendo conduzir muitos alunos ao XVRGHHVWUDW«JLDVGHOHLWXUD GHGHFRGLȴFD©¥RVHOH©¥RDQWHFLSD©¥R
analfabetismo funcional. LQIHU¬QFLD H YHULȴFD©¥R  D SDUWLU GR FRQKHFLPHQWR SU«YLR H GRV
Neste processo, é prioridade a mecanização e memorização da índices fornecidos pelo texto.
HVFULWDFDUDFWHUL]DQGRFULDQ©DVTXHUHDOL]DPVRPHQWHDFRGLȴFD©¥R Procura trazer para a sala de aula tudo que possa motivar a
HRXDGHFRGLȴFD©¥RGDVV¯ODEDVPDLVWUDEDOKDGDVHPVDODGHDXODH criança, despertar sua curiosidade e o desejo de ler, utilizando
não são capazes de construir novas palavras a partir destas mesmas D GHFRGLȴFD©¥R SRVV¯YHO QDTXHOH PRPHQWR FRPR LGHQWLȴFDU
sílabas, nem de utilizá-las em textos diversos. Tal abordagem D OHWUD LQLFLDO ȴQDO RX DV LQWHUPHGL£ULDV SDUD DQWHFLSDU R
vê a língua como pura fonologia, apresentando à criança textos VLJQLȴFDGRGDHVFULWDGHSRUH[HPSORSDLQ«LVFRQWH[WXDOL]DGRV
não estruturados, que não passam de um agregado de palavras receitas, rótulos de produtos bem conhecidos, que auxiliarão na
desconectadas, sem coerência e coesão. Dessa forma, podem produção de textos individuais e coletivos, pois considera que é
até reconhecer essas sílabas e palavras-chave exaustivamente SRVV¯YHOOHUTXDQGRDLQGDQ¥RVHVDEHOHUFRQYHQFLRQDOPHQWH, e
repetidas em sala de aula, mas não conseguem formar novas que é dessa forma que se pode aprender, tratando os alunos como
palavras juntando tais sílabas, nem escrever frases contextualizadas leitores, desde sua entrada na escola.
com essas palavras. Nas oportunidades de interação com textos reais, mesmo sem
270 Fund. e Met. de Alfabetização e Letramento 46
saber ler convencionalmente, os alunos poderão questionar, WHVFRQWH[WRVFRPXQLFDWLYRVSDUWLFLSDQGRGHVLWXD©·HVVRFLDLVQDV
explorar e confrontar suas hipóteses, registrando suas próprias quais os textos reais são utilizados, pensando sobre seus usos, ca-
escritas. A correspondência letra-som é um conteúdo fundamental, racterísticas e funcionamento, além do sistema alfabético, pelo qual
mas apenas um dos inúmeros conteúdos que a criança precisa, a língua é grafada.
necessariamente, dominar na aquisição progressiva da linguagem Assim, acreditar que o que mobiliza a aprendizagem é o esforço do
escrita. VXMHLWRFRPYLVWDVDGDUVHQWLGR¢VLQIRUPD©·HVTXHHVW¥RGLVSRQ¯-
Considera-se a alfabetização uma parte constituinte da prática veis, como fazem os construtivistas, é bem diferente de acreditar
da leitura e da escrita, onde, na interação com os textos, a TXH R HGXFDQGR SHUPDQHFH SDVVLYR LQWURMHWDQGR DV LQIRUPD©·HV
criança constrói o seu conhecimento, as hipóteses a respeito que lhe são oferecidas e da maneira como são oferecidas, de acordo
da escrita e, dessa forma, progressivamente aprende a ler e a FRPFRQFHS©·HVHPSLULVWDV
escreverFRPSUHHQGHQGRDVUHOD©·HVTXHH[LVWHPHQWUHIRQHPDV 2SURIHVVRUTXHTXHVWLRQDDHȴF£FLDGRXVRGHFDUWLOKDVGRP«-
H JUDIHPDV FRGLȴFDQGR H GHFRGLȴFDQGR SRLV D DOIDEHWL]D©¥R todo tradicional, dos materiais excessivamente estruturantes
DFRQWHFH FRPR UHVXOWDGR GD UHȵH[¥R VREUH DV FDUDFWHU¯VWLFDV H utilizados, frequentemente, percebe que é preciso fazer mu-
regularidades da escrita, sendo a palavra um meio para isso. danças. Nesse momento é fundamental estar atento para compre-
O construtivismo coloca em evidência as hipóteses que ender que o construtivismo constitui uma teoria muito complexa,
as crianças formulam, testam, reorganizam, assimilam, que possibilita saber quais passos a criança, em sua interação com
acomodam e formam novas hipóteses até adquirirem a forma a escrita, dá numa direção que lhe permite descobrir que escrever é
FRQYHQFLRQDO GD O¯QJXD HVFULWD Há uma leitura sequencial com registrar sons e não coisas. Depois que passa pela fase silábica, vai
FRQWH¼GRVLJQLȴFDWLYRGHPRGRTXHDFULDQ©DY¬DHVFULWDFRPRXP perceber o som do fonema, até o momento em que se tornará alfa-
objeto social. A proposta construtivista busca uma alfabetização bética. Nesse momento, a criança deverá apropriar-se do sistema al-
com compreensão, construída pouco a pouco, respeitando a IDE«WLFRHGRVLVWHPDRUWRJU£ȴFRGDHVFULWDTXHV¥RVLVWHPDVFRQVWL-
compreensão dos meios que a criança utiliza para representar a tuídos de regras convencionais, as quais ela tem de aprender. E isso
construção do seu conhecimento sobre a língua escrita. Deixa o não ocorre de maneira espontaneísta; melhor ainda, a intervenção
aluno livre para criar suas próprias hipóteses, valorizando-o como
GRSURIHVVRU«GHWHUPLQDQWHQHVWHSURFHVVRHOHWHPTXHGHȴQLUH
construtor do seu conhecimento e sujeito de sua aprendizagem.
propor atividades; acompanhar o desempenho de cada aluno, en-
Para tanto, o planejamento deve ser elaborado em função de
corajando-o, explicando, interpretando a sua escrita, auxiliando-o a
uma classe real, necessitando de retomadas e reorganizações,
perceber onde está o erro, auxiliando-o a avançar. Cabe-lhe obser-
Q¥RSRGHQGRVHUUHXWLOL]DGRQD¯QWHJUDGHXPDQRSDUDRXWUR
YDUDD©¥RGRVDOXQRVDFROKHURXSUREOHPDWL]DUVXDVSURGX©·HVLQ-
e de uma classe para outra, pois estas devem ser heterogêneas,
tervir a cada momento que julgar que pode colaborar para o avanço
VHQGR EHQ«ȴFR SDUD RV DOXQRV LQWHUDJLUHP FRP FROHJDV GH
GDVXDUHȵH[¥RVREUHDHVFULWDSRLVUHDOPHQWHRDOIDEHWL]DQGRWHP
diferentes níveis de conhecimento, o que favorece o trabalho do
que passar por um processo sistemático e progressivo de aprendi-
professor, uma vez que, quando os alunos aprendem uns com os
zagem desse sistema, evoluindo com a ação compromissada e coe-
outros, o educador tem maior liberação para atender os educandos
rente do professor.
mais necessitados de sua intervenção pedagógica.
&RP ȴQDOLGDGH GLG£WLFD SURFXUDPRV UHJLVWUDU ODGR D ODGR
5HSHWLQGRWDLVGLIHUHQ©DVȴFDPHYLGHQWHVVREUHWXGRSRUTXH
DVSHFWRV VLJQLȴFDWLYRV GH FDGD XPD GHVWDV FRQFHS©·HV GH
para o método tradicional, todos aprendem da mesma forma,
alfabetização:
em classes homogêneas, descartando os conhecimentos
prévios que a criança trouxe de seu ambiente social.b (OD « TRADICIONAL, com silabá- CONSTRUTIVISTA, com textos
ensinada mecanicamente, utilizando-se de sua memória sem rio.
lhe dar oportunidade de pensar sobre a escrita e construí-la. Já 9DORUL]DRSURGXWRȴQDOGR - Entende alfabetização como
numa abordagem construtivista, todo processo de elaboração é ato de ler e escrever. compreensão do modo de cons-
respeitado e é a partir dele que o professor vai estimular e intervir truir conhecimento.
para que o aluno se desenvolva e se aproprie da leitura e da escrita. - A concepção de ensino e - A concepção de ensino e apren-
Nesse processo, são apresentados à criança diversos textos que irão DSUHQGL]DJHPSUHVVXS·HTXH GL]DJHP SUHVVXS·H TXH D DOID-
auxiliá-la, e ela será capaz de produzir narrativas e demais textos que a alfabetização é um betização é um processo
não são apenas frases soltas, justapostas, mas que terão um sentido
processo cumulativo: agre- de construção conceitual,
HXPDOLJD©¥RHQWUHVLb3HUFHEHVHTXHRDOXQRFRQVHJXHUHDOPHQWH
gam-se conhecimentos, pas- DSRLDGR QD UHȵH[¥R VREUH DV
eVFUHYHUXPDKLVWµULDFRPSULQF¯SLRPHLRHȴPULFDGHYRFDEXO£ULR
sando pouco a pouco do características e funcionamen-
e imaginação. Neste caso, a criança foi estimulada diariamente em
simples (letras e sílabas) ao to da escrita: pouco a pouco o
sala de aula, com textos elaborados.
complexo (palavras e texto). educando compreende as re-
O professor construtivista acredita que cada aluno aprende no
gularidades que caracterizam a
seu tempo e de acordo com suas diferenças. Isso o estimula a
escrita.
VHU PDLV GLQ¤PLFR SURFXUDQGR VHPSUH GLYHUVLȴFDU VXD D©¥R
pedagógica para atender todas as diferenças. Embasado pela - Exercícios repetitivos de - Entende alfabetização como
WHRULDFRQVWUXWLYLVWDRSURIHVVRUFULDU£VLWXD©·HVTXHSRVVLELOLWHP coordenação motora, dis- compreensão dos meios que a
aos alunos a vivência dos usos sociais que se faz da escrita, possibi- criminação visual e auditiva, criança utiliza para representar
litando-lhes ouvir a leitura e atentar às características dos diferentes localização espaço-temporal, a construção do seu conheci-
gêneros textuais, bem como a linguagem compatível com diferen- etc. mento sobre a língua escrita.
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-O modelo de ensino apoia-se -O modelo de ensino apoia-se conhecimento, orientadas por um professor que lhes facilita
na capacidade do sujeito de QDFDSDFLGDGHGRVXMHLWRUHȵH- a ação de conhecer o mundo, ou ocorra de modo mecânico,
associar estímulos e respos- WLULQIHULUHVWDEHOHFHUUHOD©·HV sistemático e previamente determinado pela cartilha?
tas, repetindo, memorizando processar e compreender infor- A decisão é sua, professor!
H ȴ[DQGR QD PHPµULD D HV- PD©·HV WUDQVIRUPDQGRDV HP
BIBLIOGRAFIA
crita é algo a ser decifrado. conhecimento próprio.
%5$6Ζ/3DU¤PHWURV&XUULFXODUHVQDFLRQDLV0HF6()
A criança compreende a função BRASIL, Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, Vol.
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FERREIRO, Emília e TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da Língua Escrita.
- Parte-se da crença de que - Parte-se do que os alunos pen-
Porto Alegre. Artes Médicas, 1998.
seja fácil para o educando sam e sabem sobre a escrita, e
60Ζ7+ )UDQN /HLWXUD 6LJQLȴFDWLYD 3RUWR $OHJUH $UWHV 0«GLFDV
aprender primeiro, havendo isto possibilita que a aprendiza-
1999.
falsa suposição sobre o que é JHPVHMDVLJQLȴFDWLYD
SOARES, Magda. A reinvenção da alfabetização. Artigo.
fácil e difícil de aprender.
WEISZ, Telma. O diálogo entre o ensino e a aprendizagem. São
- A criança é copista, não con- - O aluno elabora o texto de Paulo. Ática, 1999.
seguindo construir um texto acordo com sua visão de mun-
'LVSRQ¯YHOHPKWWSGRFSOD\HUFRPEU2SRVLFLRQDPHQWRWHRULFR
elaborado, e sim com frases do, de forma criativa, expondo GRDOIDEHWL]DGRUHKWPO!$FHVVRHPGHIHYGH
soltas, repetitivas. suas ideias.
- Tudo vem pronto para ser - Os textos são desenvolvidos
copiado. São utilizados textos pelos alunos, conforme sua li-
DUWLȴFLDLVSDUDHQVLQDUDOHUH nha de raciocínio. São textos
a escrever. reais , considerados como o
local onde se aprende a ler e es-
FUHYHUEHPFRPRVHUHȵHWHVR-
bre as regularidades da escrita.
-A informação deve ser ofe- - o aprendiz é um sujeito, prota-
recida da forma mais simples gonista do seu próprio proces-
possível, uma de cada vez, so de aprendizagem.
)RQWHKWWSDOJRWDRGRFHHGXFDFDREORJVSRWFRPEUWXGRVREUH
para não confundir aquele alfabetizacao.html>.
que aprende.
Percebemos, assim, que não importa o referencial teóri-
É fundamental que o alfabetizador conheça cada uma dessas co escolhido pelo professor, mas que conheça cada uma delas,
YLDV SDUD LGHQWLȴFDU DV UHVSHFWLYDV consequências, pois cada analisando a consequência de cada uma delas, muitas vezes,
concepção orienta práticas pedagógicas diferentes, sendo fazendo utilização do que se mostra adequado importante de
diferentes, também, os resultados alcançados. Ao adotar a cada uma das teoria, no entanto, faz-se necessário ter um nor-
PHWRGRORJLD GH DOIDEHWL]D©¥R GHȴQLU£ WDPE«P VXDV DWLWXGHV H te, ou seja, o professor pode escolher entre diversos métodos
posturas em sala de aula, bem como os materiais que utilizará, disponíveis ou, até mesmo, elaborar métodos próprios, adap-
priorizando as competências e habilidades a serem construídas tando e adequando os métodos já existentes, mas precisa ter
pelos alunos. GHÀQLGRXPDWHRULDSDUDTXHDVVLPIXQGDPHQWHVHXWUDEDOKR
Embasado pelo conhecimento da teoria, o professor atuará É fundamental que conheça e discuta sobre materiais e méto-
de forma coerente quanto à compreensão dos processos de dos, conheça o grupo de alunos com o qual trabalha, para que
ensino-aprendizagem,b¢FRQFHS©¥RGHO¯QJXDHVFULWDSRUSDUWHGH possa proporcionar a esses alunos, momentos de aprendizado
cada um de seus alunos, bem como a escolha crítica do material VLJQLÀFDWLYR
a ser utilizado em sala de aula, correlacionando-o à realidade dos Como diz Magda Soares (2013), o conhecimento não é
alunos, num esforço para orientar sistemática e progressivamente construído pela teoria ou pela prática, mas pela interação entre
sua apropriação do sistema de escrita. teoria e prática, portanto, faz-se importante conhecer a teoria
Para tanto, é essencial o planejamento e a organização do trabalho para que assim, compreenda melhor a prática.
HPWRUQRGDDOIDEHWL]D©¥RDȴPGHSURPRYHUVLWXD©·HVPRWLYDGRUDV
e a partir delas realizar uma intervenção adequada. Sua decisão
depende de sua visão de homem, de mundo, de educação. Assim, Retomando a aula
decidir se vai ou não utilizar a escrita socialmente, permitindo ao
aluno construir seu próprio conhecimento; que tipo de criança quer
formar: mais criativa, questionadora, com melhor entendimento
de expressão escrita e leitura, ou que simplesmente reproduza os
fonemas e grafemas ensinados? Parece que estamos indo bem. Então, para encerrar
Que a aprendizagem da escrita ocorra de modo dinâmico, esse tópico, vamos recordar?
interessante, com crianças engajadas na construção do próprio
272 Fund. e Met. de Alfabetização e Letramento 48
1 – Introdução
1DVHomRGDDXODÀ]HPRVXPDSHTXHQDLQWURGXomR
ao tema, apresentando alguns requisitos importantes para o
SHUÀOGRSURIHVVRUDOIDEHWL]Ddor, como a busca conhecer o
próprio papel no processo ensino-aprendizagem.

2 – Posicionamento teórico do professor alfabetiza-


dor
Na seção 2 da aula 7, tratamos sobre o posicionamento
teórico do professor alfabetizador, para tanto, foi apresentado
um texto para leitura contendo informações importantes para
TXHVHWUDFHXPSHUÀOSDUDRSURIHVVRUDOIDEHWL]DGRU

Vale a pena

Vale a pena assistir

<https://www.youtube.com/watch?v=YLIRcUN-
GxMQ>.

<https://www.youtube.com/watch?v=f_Fr0FUaOvc>.

Minhas anotações

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