Вы находитесь на странице: 1из 6

.,.,,-.,.,..... :...

-
10
............ ·: -:..... .. . . . ......
:··,\,• , • ' I " ' ' •
:... _ ... ......_:..:..
., ... ...
. t? --- e·:r
f Lúcia Maria Bastos Pereira Neves
Humberto Fernandes Machado
O IMPÉRIO DO BRASIL
\' I
--·-:----
..- impressão
i
,.r
\
. '·· ti
\
.-
• • .

.( \ ;··
. i

'i
(•
r.
·,
't
; _.,
· . .l

I
!
!
!I -À
E DIT ORA
NOVA
FRONTE IR A
. :... .
' ·.
,J_')() O Imp ério do
corot1C:·is, ddlnia111 o jogo de poder locd. Nessas o ri tual
pcriodic11m:nte cnct:nado l·kiç<ic\ consolidav:t \imbolicamente
de uma rígida hin:1rquia \oci:tl, cnqua tll<> :1 dm parti- Anexo
111:1iores contlitos, \ervindo de suporte para lllll certo . - l do lrnpério do Brasil
A. Como SP reveu' .
na lh>s t:JVorcs. Do :dto do trono, o
COilland.tva o espct.Ículo, dctidindo ctll rl· o l>ctn c u 111:!1, :n( que os
interesses divcrgentt:s das dom inantes pudesst:m ser
contidm pelo peso da de que ele se: revl·stira.
A dos cativm c: a lll:ttlutcnç:io da IIH.'IH:Jiidadc cscravo-
in1pmsibilitaram urdir o tecido \Oci:1l na túnica inconsútil dt: u m
projeto nacional. A pedagogia das LuzL:s restrint.riu-sc a servir de
instrumento de das dites, por meio de uma política I
J
edt1cacional direcionaria para a superior, que dotav:1 os dirigen-
lt''> dos ornam entos retóricos l' hektri\t.ls para distingui-los
com o título mais acessível dl· orde m :-tristocrática. lhch:-tréis que,
, b . , ão :linda evide nci.1 su a
embora seguissem as mod:1s européias c se vissem habitantes de um país . s :1pos a o sen :1Ç· .
Cinqi.iet)ta e sete ano. . • . 'd·lr:1111 a cena política br:l-
identificado com J poesi:1 indianista de Gonçalves Di as , os versos . • . 993 debates sem cont:l m un • . .
condoreiros de C:1stro Alves, a de C:1rlos Gomes. a pin tura de P erttnenct:l. Em 1 . . • , n torn. o oo . .
regune uo 1t' ' '
.J nís envolvendo a
.
sileir:l sobre o plcb tsclto . b . de cem anos nves.sem
Vitor Meircks c Pedro Américo, tratavam essa cultura como um brasão, . , bl' f';\onarquia . Em or:l mais ..
lha entre Repu ICa e , . . . I voltava a manH.:StJr- se .
:1 distingui-los da massa analf.1bet:1 e ignorante, pres:1 das tradições ime- . d .'\ 8R9 um:l nost:llg1a 1m pena ..:
tr:lnscorndo des e ' • . . d um tempo de
moriais de avós portugueses, em relação às qu:1is não demonstravam . 'I . inclusive blston a ores, .'
Para 111\.HtOS brast elros, . d não é de se :ldrmrar que
nem nem consideração. E m troca, que motivos teria essa platéia . . d <>arbo. Assnn sen o, .
de glória, de hannoi11:1 e"' '1 h resultado da te n,atl\'a de
nas sombras para deixar- se empolga r pelos de uma civilização que . b lm ério do 13rasl ten am , . . .
mutt:lS obras so r e o p . . . , blicanos ou ditaton.us. me-
só par:1 restringir-lhe a liberdade e coibir suas manifestações .. . b .. entes re,!ilnes braslkJros, I e pu ,
. cnncar sequ "'
ma1s caras.) . ão com o p:1ssado. . ..
diante Ul11:1 comp:lraç. d . . n conheetmento
D iante dessa incongruência entre a tradição e m que surgi u e as con- . , . ·o chegou a pro uzH UI .
O 13rasll lmpeno na . _. - do Arquivo N ac.otHl, do
cepções em que se quis fund:1r; desse di,·órcio entre a elite cult:1 e a massa . . b .. · rÓplio. embor.1 a Ctl:IÇaO . ..h· -
lllatJz;ll1o so n: SI p ,. ··I . . e da primeira odeiO. de ts
excluída; dessa dist:lncia entre o país idc,r/ t' o país rc.rl, o l3rasil indepen- . , . , C ,,1.. Ur.1s1 en o
In stituto 1-h stonco e e 0 ::- , . . . . . 1sibilidade e:>:l''en:e em
dente em 1822 estava condenado a busor sua identidade de ou- . . . " C I '·"il) Pedro I I iidJCassem .1 . .
túna p.Hna no o r.:::> . . . 1Ó0 ocidental o
tros mecanismos, como o r;)dio ; o fute bol e a televis:ln. c:ue ainda não - ,. • n 'l'l d.l no nntl ,
.to c rocente I . } . - . . .,J concentrou-se il\) F;;:no-
existi;llll no ;nomento da proclamaç;"\o d.1 Reptlblic:t. e1n I SSlJ. Identida- , . , E • :lnto. ;\ in\'l'Stl S.1Ç10 . .. .. . I
secuh) \:IX. ntrd. . . . . . . . illlportante, a 1-/:.'"'n .. .
de que o Im pério do Urasil soube co loc.1r con1o um probk1na. que . ·videncÍ;I a 1111(\,ltlV:\ \11.m .
do cohHll;\\, n)l110 L' . I' r >r/11<'0' escn t:t DOr Fr:ln-
- . I. 1 'li d'CIICI<i
.(
cabe a nós, em 19\)l), analisar e rd:1zer, p;n:t dotar lk uma alma, (( ( ' ' .
. .·t ' 1111'''
I 13 ld.•l
( (l c.
de •\1111 St'/hiYd\dt> C li I! t/ l • .
ent1m, a
U lmpl!rio du· 8r;rsil
' . ... ,
.
Anexo
'' . ·.·,·'· ·>:'
'.,;i!!:.:. "•;.. t :.. :·,),..· :... t·:.
Adoi/i> de (I H5·1- ll'l57). Em o llll'io le-
. . '.1 fi
.. ,. .i ·..... t"
,,
:,,•} "' ' ' -. ·; ' .l
trado dl'ixou de rc.Dl'tir, llllllla histúrica. sobre :1 W 1. E Ll'11to () I) jp.i,, Jllno (V,>0_9)
:1s '11ngton • · nq.. ·· · ·'IJZ. •·' ·..'· O· lmpcno , . -'t··
de, à maneira dojom;t}ista justi ni:111o ·P
da H.ocha B 12-1 H(>3), autor nome cn1
.linda .1 :!lllpla rontc de () ."a j us- I 1
de Ação, rco(tla c lrausarào ( ll'l55), em que buscava llllJ c;.;plicati'vo ' ' IX22.:..18HY (In I ). embora I);JQ fosse, ' :. ' I
para ;1 cvoluç:ic; política do país até t'JJt:lo; do Cindido Mendes lmiSIIL'lro, I
, ca ou go\·crno, quc• c\·\ a não .
c:lrl:ce por;ouc ·c.onsJgo
.., , • , . ·J . .
· de Almeida (181R-10H1), com o /)irei/o ciJJt'/ cdcsitÍsti<"o br,tsilciro (!X(>ó), tilicaçào {c um:1 cpo · ' .d . ·ríodo .
r. I ral" comi cr:w.t o 1t't.: . , • . ....
a criticar o rcg:dismo hnd:tdo de Portugal; c do c •rrq;a seu lll gor mo1 . • . st:r-Vil de ,
, .. . , . . h ·ra solucionar :J qm. · · \ . . r. ,.
Ag<Ninho Marques Pcrdig:lo Mallwiro (I H2-l- 111H l ), nüa /I c·srr,tvid.ionl> c notavl'l •Ja que sm . .. 1· • . illl)JOr a ordem Clvtl c ·'•Í
• {1 • • . • o ·reh'1111C par .llllt.:llt.lr, . • ' . fi .,. !
Brasil (1 H6ô- 1867) ll:l C:llll aboli<.:ionista. legal, deixar IJOI t:sct.:r ' ·sma pro JS- ·.c'.
d l't' ·xterna. Com a me. • • . ,
as di retrizes c uma po .' u.:. \;, 7()-1(J34) com a Ptllítica exterior do lm-·
A primeira obra sobre o ) .egundo Reinado Vl'io :i luz 1 J - Jl. 11 :lií ( 1 H • • · · · · d
• oao ·' c • . • , . d' I 't!·c·t· • ''111 IJers· pectJva e1·
após a proclamação da JZ ept'J blica, coni o intuito de rt:sgatar t: o · 1· ·t' n:J 1p o ma ·
phi" ( I (J27 I 1930), maugurou a m oi'.' t ·conômica•. esta última,
pass;tdo imperial. E transformou-se num clássico. Tr:lt:l-sl! de .Un!'cst,ulista ' ·volução po ttlca quan o c
•, do Império. (1897), de (1H49-1910), então da
atento tanto a c
· ••
,
0 de acor o com crg
d S rio Buarnue de Holanda.[
'J .
I
domínio vtrgcm na cpo . • li' ge· rado pela crítica as·11
polític;t reconstruindo, :1 dos papéis que <kix:1ra, a tra- · d d s 'astc da pr.t 1 " repu ) tcana, · b I
de seu pai, o senador, ministro ·e consdheiro J osé Nabuco O cluna e .e. g.. . . d. 1()2() e 1930, estimulou a or-1
. · 315 n·1s dcc.1das c l' · d
oli!;.trqlllas rt:glon .. ' . . . . . s instituições po mcas oi
de ArJCúo (IHJ3-1S78), responsável por alguns dos dis- • , d . . ·iat Ao a ,
cursos no br:Jsileiro e por Ílllllller.Js Outras Ndc, identi- dagens do peno o unpt:t • d brasileiro, Francisco Jose!·
, . • . . de tormaçao o povo . . '
lmpeno com a ausencJa 1 'zar o sistema monar-1
ficava-se a da monarquia com as gr.mdes co-nquistas XIX, :a . . . (1883- 1951} acabou por va on , '. . .
a manutençiio da unidade eo de OhveJra VIanna , . d condescendencJa. Seuj
- . volvendo-o numa especte e ,
.........__ A .e.s.Sa a Guerra (1870) abalara Ó\prestígio quico, amda que en
I • · (1925) f01 so tCJta o pc
.. 1' . d ·lo Instituto Histórico c Geogra d
I
da cultura o Drasil à innuência de outras de Ocaso do mpcno . , .· d , nascimento do segun oi
r 0 centena11o e ·
fico Brasileiro para comemor;J f: das idéias que tinham
pensamento, como a e :1 Inglaterra, com reper- N . 1111:1 história elos atos, mas . ,. . I
:lO era L • fi Jróprio autor no
cussões regionais. Foi o do Recife, mais yoltada para ques- . .R . .,.imc como a trma o I . I
destruído o Antigo cg ' , I fi I a exaltar a grandeza pessoal
tões _c do cearense J oão Abreu ( 1?53- 1927), - . ém no capttu o na • • · , . d
nu c não se turtava, por • uc: . d bondade da justtça e •a,
que soube·emprestar uma outra dimensão ao <:i:ir.o introduzido 'J , I forço a ravor a • '
de Pedro li, responsave pores , . d Sousa (1889- 1959) dava
por ao hurmna c ;l 't':.o-:- . E 1937 Oct·ívio Tarqu11110 e fi 1
no Drastl. • m • · , . d B . uma série de biogra tas
-nomia Espcci;tlista do período colonial, deixou alguns estudos . . , . d Jr d d ws do Impcno o ms• 1• . I
I ... início :J Hrstona os tm n < " • • que se ..çxtinguJu c
sobre o lmpérió, em que t:nGtiz.1 a com o JXIS- · ·. rocu rava recna1 a . · . .... :i,, 1
de viés in ovador, em C]LH.: p . . ·t ' r·Ja
como "História pátria" (!HHO), "O Drasilno sécufo XIX" (1900) c · " '. parJ
rest;turaí' o tempo que .' • queI a ,traJt: . " oe • perfei;1
"Fases do segundo Império" (1925), rewiic!os na SL'rie Eusaios (' C.··rud,,s, . . .. dos bsttdJOsos re atonos . . .
de•xasse de tet o ranço . l . to' rico" destaca-I1
Mon:trquista a serviço' da c produto da mcstn:t 'rL·de de , . d' ,'d 1 :.:0 seUll1CIO 115 ,• ,.. ·. .,.." , '-
·· o pcrúambucano Manuel de O li\·dra Lima ( 1Hó7-192S) •. O 111 l\ UO . ·c1 •]os ranédrd:Cl..1
·d··- 1>- :\vn J CliJ..l atu:tç;1o. comprometi ;t · ;' ..:·. .... ;id c '· d',i
vcitou a carreira para :llllt';llhar doctllllt'ntos no estr;1 ngt·iro, se a c t' t '" < ' · ·. . .- 0 tota1nien.te: e10nna ":
di: 1H:11, . ---·.
nun n· pcrspecttv:t . ate cnt.l. , i (; scinad;t; ., .. ·. ·.l
pelo bnlhol. I
que acabou do:1ndo, cksgostoso com a p:Ítria, .i biblioteca qut• leva seu -· . . d. histo nadorc:s contiiH10L •1. .. • : ..'
A gcraçao segullltc l . .
' . _ C .1 lk O!tve 1ra
. . T •. (1916.:..'1973) , em A
orres , . . ·,; .':
dcl·
.. .
d' """"'·qu". Jo'o ""' o . . .·; i ;:·;:::;;::{. :I
j .•
:\ /:t;::''; ,{: I
·Ir
-r
Áll(' \(1
·1.'> ·1 O I mpério do /Jr,uil
\in h,, p n',:-.;im:t, Ndsnn W n ncck Sndr.:·. t:llllhl·lll \ig:td n .lll l' :1rlllhl (:o-
.
l/l(l(l'clrill ((ll'(lclcfcl .' 1uma
• · po / lllf<l
' · cf,, flllprrí(J do HrIS'/ ( 1')S 1) I . tmt llJ<.ta. iniciav;l lot,o dt:po is, cntn Uistôriil da litcr.ltllra sc11 s)Í111·
C ljll: dmn Pedro d. O ·I .. . . ' I . ' ' l cd lcado :to prí n- 1
. t: I c.Hls c UragJnç;l e ., Mílt C . cl,uii(:IIIM t'l'•)IIÔtllin>s ( 1lJ3H) c o Jlcu tMdlllli do I111J!ái,1 ( 1 )39), \1111:1
ZJr um a história das id '" . . I' " . on .u npos, qui \ produ-
- . eJas, .ma Jsa ndo as origens .. . \o11 ga c profícua c;J rrl'ÍP de l'S<.:ritor.
do CO lllJ>I · . I. I. . . 'a cstrutll!a e as trans-
fi cxo I<co ogJc o que est·tva n ·1 . . I - 11 T ambém ncss:1 (·pl1Cl Sé rgio BuarquL' d e Hobnda
políti cos do (lllpé ri< " (i · . . · ' ' ' r,\17. l :I dos hon .: ns
> • :1 1111 t1e IdentJfic " · - · ( 1•JI 12 - 1 henkiru i:Hc knu :ll de C api\ tr:IIIO dt.: Ahreu . que . de
rio " . Hélio Vianna (190R- 1l)7?) . a h! st(; ri ca do lmpé-
r - . C.ttcd r:Jt! CO <h Uni v . . I I I c/,, Hr.iiil ( I •)3(>) a De> l111p<;rio ,I (it llcgr.Hl tl' d:t (;e r.tl da
t: lll :SIIIrf(ls de história impcri,d ( 1')50) f) J> ·I , . l rs J< :H c . o l lr.Jsil,
dv illlpério (1 %8) b ·d . . c I n > /, .JOfllclhS/11 ( I ')(J 7) c VHI/,15 \.3rasikira, l'/:'2), ch.llll 0\1 par:t o patri.,rctli \1110 <.:<1!110
. . ' o e ecendo a concc d. . . cln J<.: <.:O!ltinui d:tlk ;) l' l) I\ ci!l.l<h). coJld \\ZilH\ 0
pr:ltlca historiográfi . . pç.IO tr:l ICIOJd L' I:! tua! da
. . • • !C,l, acrt:SCL'lltOU. 110 Cllta lltu . f . . - . :1 da ordt:ll i polí tic1 c;n ;tL'tL'l'iZ;ld.t p.:\.1 ,,\,Í!llL'lrÍ;l cn t.r e <) po-
111 111ll CIOS:lS so bre i • ' 111 O!Jll,IÇOL'S prl'CIS;JS C
. mp o rtantcs do período. d er p .>líti<.:o c a so c icd:d-:. Na mestna c rític.l. situam-se. no
R ccorreJ Jdo ;\ cxpress;io d o hi storiado fi • marcado ;:dos debates L' tll torno do t•crSII S
q u ase ·tod os esses t 11 . , r rances R aoul Girarckt , de
. . . r. a l OS, escn tos num d . subdescnvolvim o.: nto , nomes como os de Victor N u n..:s L-:.11, 1\.;lÍtll \llldu
debate d l3 . ··1 os momentos de mais forte
"' o r.lst re<.:en te co 1 • F.10r0 e H o n ó rio IZ.udrigues ( I ') 13- 1'JH7).
Gomes, despn:.• nde-se :1 nost I ·. d ' t 10 m ostrou Angcb de
l , . . . gi.l e d. " . O p1im..:iro public<>Ll , em 1<J..tl), c11X•1d.1 c l'oto, un1 dos
mpeno como lllll:l época d b'l'd d . , .t: c ouro . que o
. · e esta 1 I a c p oli tt C:l r· 1 clássicos da licera tura política brasileira, analis.mdo a fo rça do
t: nc Ja, prestígio inten . I . . , o pu-
1 l:tCIOna e tntensa v1da int ·I 1 município na política e soci:ll do país, belll ço tnO a rel:tçào que
ao presente insati sf.1tÓrio p I ·I , e ectu:l 'em con traposição
. ara c amente no d, manteve com o s poderes t!stadual e federaÍ, desde a Colô ni a até a Repú-
também assistiu ao su rgim e nt d . '. entanto, a ecada de 1930
• o as pnmetras d . d F 'l blica. O jurisw ltai!i1U11do Faoro, em Os do nos dv puder ( 19S8,
ao Paulo e no Rio d J . e de al wns cstud • ad esI . e. .1 . . ' em
S . . . c . re,·i5ada e ampliada em 1975), valeu-se de um arcabo u ço teó rico weberi. ano
sociais, onginais pelo , . , . b os e Hst o n a e cJenctas
- ., esp m to cnttco que os animav:t e de perspectivas marxistas para entender a histÓ\Ía luso-brasikira c o m o a
SoCJologo voltado para a hist ó ria G'lb , ,. contínua afirmação de um "estamento burocrático" , congelado nas esfe-
mesmo ímpeto dom d· . . ' I e::rto Fre::yre (1900-1 987), no
o ermsm o que redescobria - . ras do poder centralizado, capaz de sobrepor-se aos d em ais seto res da
os d esequilíbrios e d . , entao o Brasi l, analisou
. __es;uustamentos profund d [! - . sociedade c ivil. Em rc:v,>luçào c colltm-rcl'olução (1975/ 1976),
!eira, va lori zãii-clo de . . , . : os a ormaçao social brasi-
, manelr:l medtta ··a cont 'b , - d . ' H o nóri o Rodrigu es, típico representante de um pensa mento naci o-
c setzzal<l (1933) d ·d· ' n os afncah os. Após
' e !Cada ao penod 0 I . I da d e 19 SO, procuro u defende r a t ese de que 1822 repre-
moc.unbvs (1936) e t d . · c o oma , Sobrados e
s e n eu a perspectiva ao lm é ri . sentou uma revolução, às c ustas de m ui tas lutas e san!,!;ue , opon-
de estudo Q p o e mauguro u unl novo
· :lO mesmo te c · à v isão t radici01ul de lima sepa:·ação ami gá,·el entre a colô nia e
1990) ' e m Evolllçào polític d B '/ mpo, aJO Júni o r (1907-
11 O TllSI (1933) :tp
corre nd o a métod ·I . . , , . resenta va uma ntese re -
. o re ativamente medito C! . I .. . .A. p:1rtir dos anm e h istóricos n o Brasil
de nclado pelo subtítul d b . n nossa lJsto n ografi:J, cvi-
. . o a o ra, Cllsmo de intcrpr ·t - . . ClWlt'\';Jratn :1 passar uma pro funda renovação. et)m a crescente pro-
fiel l•rasilcim o Se r 1 d ) . . ( (1(1111 1/ltllcn<l! IS/ cl dci ln'stá-
. . gt n o kemado suwi·l c· " I . uni,·crsit:lri:l, ã it n p\:11J t:1Çâo dos prosr.11lla s de pós-grad ua-
mtcress·111t · d· 1 - · "' o m o ta vez o período Jll:t ·iS
.. • t: .1 evo , bn'st-1e .Jra , ' pots
uç:to . <.:OllStit ·. .. f . J . - (:iL'. e maroLb seja pl'l.< teo ria n J:n xista. scj:1 pela :Hi\'itbde dos pesquisa-
entre o passado colo ni:tl . . tll.l :t ue
. • c o presente de nossos d i,·" . I J dorL'S li·an c cses da revi,t.l Alllldb, çon h ecidos pela .lproxitll:tção com as
ctonal estru tun ' gJ..; .·. d .. · · · .lt :lptanoo trJdi-
•- " .. 11.1- exporta. 0 ao capttl · 1tsm. o c ontell1J10r:1Jl
. c·o . N uma
...·'
"'ítd
"
Anrxo
O Império do Br.Hil
. . . ·1o da Jolítica nm c.:ktncntan:s. coJno a
outras ciênci;lS humana.s. Muito centrada inicialmt:nte na Universitbcle tbnwd:l p:lr:l a cçmduç. I'· ·. .,rticu lar dos deputados,
de São Paul o, resultou, quanto ao pc.:rí'odo entre outros, em 1. --,,l. ,.
rca1zac,; ·l·ls. clciçôcs· L' ;I corrc.:spom LllCI·' P·
dois trabalhos àissicos de Emília Viotti da Costa, Da scJrzala à wlâ11ia nadores c ministros. . I ,· ··t· r :1 vis1o c
, · · · histflna tc.:m cu a fl)(l '1 • · •
(1966) e na colctànea Da Mtlll<rrqui.r ,} Rcpríl>lica (1 'J77). que, próximos à Nos ult11110S anos, ·1 · • • , • . • rovc.:ito ele.: no-
. , s anos Sl'SSL'llta L' sdcnt.l, c 111 11 .•
interpretáção de Prado Júnior, cnf.1tiz.1m a pcnn:m t-ncia das cst ru- c.:strutural no. 1 . . privikgialll o indlvl-
. incbs antropo C]UC
tui·as socioeco nômicas. A essa altura. também começaram ;t apare cn os vas msp · · · _. . 1\ . ,anhando essa
. . Tltiva c o acnntn1111Ulto. 1.. 01111
tr:J.balhos dos brasilianista.s, que, após os pionci rm de Alan I< . duo, o rotlthan o, a . . . . . brade.: M:tria Hdc.:na
. histótia cultur;ll. dc,t.IL .nn-st: a o .
Manchestcr c Pierrc Monheig, trouxt'r.UJI nlios:1.s con tribuiçôcs, como o corn:nt..: de_uma no• a · • . . . I ( I 1 de lllllil fil<'f'dlllrd JIC!CI!l·
.. • . L> ·r(tl csplcudu 1t'. ti 1111 "" ' '
Vtzssouras: rmzm11tzirípiobmsilciro dt>c<!fr, 1850-I'JOO, ele StankyJ. Stein (I!J57), J!,_ou:tnc·t. Etwutmcutr <IH < . I -1 . . n tc.: fr:tnás Fc.:rclin:md
:\ 1 npd ..:xcrctLO pc n Vl:ljol
c Gr.l-f3rcltllzlltl c o illfcio da modmriZtl(titl lltl 1850- 1':) I..J. de wtl ( \{)!)\), c.:m torno to r-• • 'I ·.I· llistória wltural c polémiws
. b, Ventura, Estr t1 /n>Jll«l · -
Grah:tm (1 W>X). Posteriormeme, mencionem-se trab:1.lhm de L..:slie Dcms; c a de R o erto . . d ,l1 conduzidos pela gc.:raça o
. ,. . (l991) que.: cx:tlllllla m
lrtcr.mas 110 Brasr1
• · .
Bethell c de Robert Conrad. • . . . . tnç1o nacionalidade,
enlnda em discutn co nl o , , , . . .
De um ponto de vist:1 político, no 0nal dos setenta e de 1870, emp . . . -. .·. estra ngc 1ras, hterattn a
. T - . 11111 .
início dos oit..:nta, surgiram, no exterior, as tc.:ses de doutoramento de religião. CIVI lz.açao ' . ' :1 J !1. , J) Neede\1 Bdlc épt>qHc
· · · · .· . O tr:J.b·1lho c rey · '
Fernando Uricoche:1. e de José Murilo de C:trvalho; c, na Uni vc.:rsidade c lmtona patll.\d. I' . . R .>d") '''cin> '"' vir,rda do século ( 1993),
.d d lt a c c rrc no ll c '
de São Paulo, _;J_de Ilmar Rohlofr de Mattos. O Mintlfllllfll imperial (1978), lroJJical: sonc a c c Cll " ' . J .· do final do Oitocentos,
·' 'b' t e v·11ores da socleth e c.n lOCa .
do primeiro, adota o conceito de burocrJciJ patrimonial, guc busca em recupera os h a 1 os . . I . I francc.:sa c ingksa. lnspn·a-
. f1 • . exeroda pe as cu turas .
Max Weber, para, no rastro de Sérgio Duarque de a s:J.Iicntando a 10 uenoa · . . . t. do .1p o"..:u do Segundo
. , :J.tO minuCIOSO C i:ISClllJtl c.: ' 0 • •
formação do monárquico, que ndc, contudo, não alcanç:1 o car.í- se, em parte, no 1\.:tr. W d -· 1· Pinho. sem m:J.ior prcocupaçao cn-
. d d por t:Y · · \'d d ·
ter estático qu..: lhe atribui Raimundo Faoro. A an:í lise de José Murilo de Rema o es . . I ( \ 93X) A gramk ongllla I :1. c
tic:J., em Salões c da !liaS do Sc.l!wrdo ,>F. -.' . .r a '1798- 1852
CJrvalho desdobrou-se 11:1. de dois livros, hoje reu- . d l) d • . k 13arman , IJrctzrl: r r< -,>r&rng ' . . .
nidos: A collstnrçii<>da ordem: a elite d,z políti<a imperial ( 1980) c Tctltro das do hvro e , o enc . I . l' cativo da narrativa h1stonca
'd tar 0 potencta exp I •
sombras (1988). Em _:1 mbos, recorre à teoria das elites e procede a um ( 1988), res1 e em resga . · :llidadc brasileira, em
. . bl n:ítiC:l de se forpr uma nacwn. \
I
criterioso exame sociológico desse com.p or:eme dâ polític:J. numa para d1scunr a pro e t ' · ·. d l ição de compromisso en-
. 1 XIX conduzm o a uma so L , .
que rcssalt:1 :1. h omogeneidade intclectual dJ gera- meados do secu o ' . d so c ial c os p;rupos locaiS
1 az de a or em . • , . .
tre o Estado ccntr:l ' cap. ,. • ·1 .. I p:J.rtidos, aos favores do
ção gue rea li zou a Independência e os mecanismos pelos quais o poder T 1 ·1 concorrer p..: ·1 \la c os \
era exercido no centro. r de Mattos, em O tcmpt> Strqrtarclll<l ( \ 9H7), dominan tes, l1a b 1 ltac os · . ' . b lho de Ricardo )
. ra a\<>o .- dift>n:nte, SitUa-se O tra a
rela c ionou o processo de constmção do Estado imperial :1 constituiçã o da governo . Em . . - d 'd. tidadc nacional no Brasil do Scgun-
classe senh orial sobretudo fluminense, identificad:t ao grupo Salles, impcnal: afonllaçao a 'lu r a11el da m at riz csc ra\·ista do
. I (I !)!)6) que procurou ava 1,\r o P· r
conservador: conhecido como S<7quarcmas, que exercia urn Íl lOilopólio d,, Rcrn,u t' ' . E ta d o e a elo povo . ..: este.
. '\S classes donHnantes, o s•
do poder, em relação ao p:tís, semdh:1nte :lquek detido peb me- pa1s c.:tn .• · ·' · · · · , '
trópol e. Mais recente, o livro de Richard Grah:tm, Clicntclismt' c polítiw d;l cidadani;L . , . ior livro de Eduardo Sil-
. bio rnltas ro:.•..:entCS, pOl1t:-St: C • 0
110Bmsil do séwlo XIX (1990), identifica o clientdismo como a trama de Dentre as : . . . do p 'I', . vida ICIII]Jâ c pciiS<IIIICIIIt> de 11/ll
ligação do Urasilno século XIX, a partir de origirplíssim:l pcsguisa \':1' dt>lll OI,, ·, li d' .J I'rnca ' o [1n11npc t ' . '
ilo//IC/11 lil'r<' de Ct>r (11N7). que: soubl' uma via de: Kesso original crn qucst:'io os pressup mtos da sobn· o amm t\,, 111t1ito
rara O C.:StlldO do COtidianO C do lllli ':CrSO Clll (jlll' SC.: inseriam 11 ;arcacb pela escola sociológim ]Jaulista, de Florestan Fern:tndcs,
libertos c h ollll'llS li vrl's d t cor no l3r:lsil oitocentista. E, de O ctávio bnni e Hc:nrique cb visão ck Gilber-
Ncill Mac.1uby, D. f>cdrt> I: cr l111cr pd.1 lihcrdadc.: 110 Brasil c C/11 f>ortHgal, to Fn:yrc. Em particular, a nova corrnllt: a di,cutir a " coisiti·..:.J._::io"
1789- 183-J (19R6) , que acomp;1nha :, mjetória de do printciro im - do c.1tivo, .1 que esse' .tutores tinham prc,ct:dido, r11:1s ac1bo u
per;tdo r. C:t111textualizandthl Jl!> i1ttc rtur da passagem da antiga ordc:m un L. pol0rnic:t com J aco h Gorc:mkr. expt,,t,, <.:111 /1 t'HI'·II'id.iJ rr.;/>i/it.u/,1.
cultural do i\ntigo R.egime ;t th libcralis mu. Entbora nutna outra e 111 Uni versidades do R. io dr Janc.:iro e ck C:tmpirus. scr-
pcrspc:ctin. m:1is antropnlc'>gica do qt::: histúrica, pode-se cit;tr o trabalho vc.:111 dt: exemplo dessa abordage 111 a obra 11111c1j.urcl.r ;>olr.r •' Oito-
de Li! ia Mt'litz Scl1:1rtz- As f>,lr/>.1.' • iiii{Jcrtl(ftlr: d. Pedro 11, 11111 IIIOIIclrCtl CCIII O.'. organi zada por H cbc.: Maria Matos i.\..: C;tstro l' Edu;nl.io Schnoor.
lltl.\ tl'tÍf>ic't'·'·- que tem co1nn objt•ti,·, ,. :!ltnpr::CJr ;1 cons:ru\·;io sin1bólica e m trah:tlhos de Robnt Sknc.:s. Sil üt l !uJl\)ld t: Sidm:y
figura do Co 111 as m c:smas Rei s, ch Bahi:1. par-
Na d o co tidiano, trabalhos chamam a ticipou de ,"•.,'<:l!<'(itiÇcio c (01!/lito: cl resistt:llclcl IH)!f<l tlc> !Jmsil L'Scrtlflisltl ( 1!JWJ),
i\brangenck' o fim do pc:ríodo cnlon:J c.: o l3rasil Rc.:inu , Vidt1 pn'v,rdc! c.: em p,trcci ra com Eduardo Silva, c.: do reo·nce Li/Jcrdad<· J'M IIIH/1<1.' ilistárict
•]rwtidicul<> tlt' Brasil: r1cr t;f'''c'" de d. .Hcu:.l I c d. j oáo VI ( I 'J'JJ), de: Maria quilomhM 11 o Brasil (1 ')W>), que.: c:k organizou, juntamente co m FLlvio
ti<>s
l.k·;ttriz Nizz.1 cb Silva, analisa a 6mília e m sua intimidade, tanto dos S.nltoS Gomes.
\' os ;rspecws legais do p:ttrimônio e relações lícit:ts e ilícitas, quanto Por frm, para urna visão de conjunto, continuam úteis, ernbor;1 nem
dos que transp.ueC,:!n das cr:tdições, dos hábitos, das sempre :ttuais, os artigos reu nidos por Sérgio Uuarque de H olanda nos .
. manifcst:tÇÕés lúdicas e religiosas e da ,·iolência do cotidiano. O segundo, qt1:1tro tomos ela l-listârio gemi dcl riflili::::a(iit> lmuilcircl TL' Íc:rc.:ntes ao
ror Luiz Felipe de Aknc..,;cro. imcgr:t a l·Iistvria da lllOil:irquico. U rna pcrspc:ctiv; mais modc:rru informa a Ccrllll>ric(l!_c llisttll')'
vida prit'cldtlll<' Brasil, dirigida por Fernando Novais e intitula-se Império: a tJ{ Lui11 ! lnr crica, dirigida IJOr Lcslie lkthdl - fdizmente em ck
C urte c cl 1/lt>.icmidadc llflclt>llal ( 1997), i<1 cluindo contribuiçõc.:s de alguns ;raduç.\o - . cujo terceiro volume (1 985) co ncérn arrigos do o rganizador
dos inais imrortantes CJ<ic' crabalham atualmente sobre o ..: de José Murilo d e Cal'\';tlho, de: R.i charcl Graham c.: de.: Emília Viocti da
pc:ríodo. La5r /111t 1101 lcasr. Sandra Lau d.:rda le Graham, em Proteção c obc- . Costa. cobrindo todo o período imperial.
criadm--c·seus patrões 110 Rio de Janá n>, 1860- 191 O ( 1988) lança um /\ varieclac!c de olha res c interpret:1çõc:s, rcvehclos mesmo por c.:stc.:
inov:tdor sobre :t tensão entre :t c.:.1sa c.: a rua, c.:mre o f<uniliar e o sum:írio pass<:io pela hiscoriografla do Império do Brasil, ind tcarn que a
público, no final do h istória não é um produto acabado, mas depende, a cada m o mento, não
N:t produção :tcadêmic:t recente. du.ts pro blem:ítios se a só da produção p:tssada, como também das indagações do pre5emc.
re \·is:io d a Guerra do c ela prórri.l t'SCLl\'idão . !':o pri m c: iro caso, aos h i;co riadort'S C:lptar COnÍronCalld\'-:lS COill :tqueb, 11'.!!11 C.:XerCÍ-
pudc:m o livro de Ri c:trdo S.1lks, Glit'l'rcl dt> cscra11idào CÍO de rigor que saiba respeitar as características da sem
c ádctdanicl n,; ,í:1 nllc1Çcit> elo Exército ( I<J<J(l e a colc:dnea, C:i:rrcrdo Para,çzrwi, :tf.1st.:r-se d.b de.: seus Som e!!:,· .b\illt . l'
130 r111os dc.:p·.'ls. rcsult:tnte de u rn col ó,; t!io qut: reuniu ,ksc:tc:ados espe- · pdo cm·oki lll ento no próprio deb.ue . pmk .t hi stóri.t
ci.tlist:ts na ciomis <.: estra nge iros. Qu:tn:o ;\ crabalhos p io- se em uJll imrruJnt:nto poderoso para situ:1r t1\ ll!1mc.:ns no mundo. Al!,;O
n eiros de Ciro F. S. Cardoso, u m a série tk pesquis:ts oris-imis, irnpulsio- que l'i.t sc:mprc: teve dificuldade t:tzer no que que:
n.;Jas pelas do ccnten:íno da Abolição, c:m 19HR, colocou da St'_i.t ca paz de L'lll breve.

Вам также может понравиться