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Культура Документы
Programação …………………………………………………………………….……………2
Mesa 1: Fontes, metodologia e a construção de narrativas ………………………….……...8
Mesa 2: Religiosidade e poder ………………………………………………………………11
Mesa 3: Disputas e representações dos espaços …………….……………………………...12
Mesa 4: Circulação de ideias: imprensa e memória ………………………………………..14
Mesa 5: Cultura Visual …………………………………………………..………………….15
Mesa 6: História e sexualidade …………………………………………….……………….18
Mesa 7: Alteridade e Identidades Nacionais …………………………………….…………20
Mesa 8: Aproximações entre a academia e o ensino .……………………………....………22
Mesa 9: Produção escrita e visual de mulheres na história ……………………….………23
Mesa 10: Discursos e práticas políticas ……………………………………………….……26
Mesa 11: Representações e narrativas na antiguidade ……………………………….……27
Mesa 12: Práticas no Ensino ………………………………………………………….…….29
Mesa 13: Disputas, direitos e o lugar das mulheres na história ………………………..….31
Mesa 14: Abordagens em história da África……………………………………………..…33
Mesa 15: Legislação e justiça …………………………………………………………….....35
Mesa 16: Tensões sociais, Estado e cotidiano na história ………………………………….38
Mesa 17: Estudos Medievais ………………………………………………………………..40
Organização ……………………………………………………………………………....…43
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13 DE MAIO DE 2019, SEGUNDA-FEIRA
14h-16h - Auditório 1
Mesa de abertura: Da inquietação ao projeto em prática: quem pode fazer pesquisa em
História? Profa. Dra. Raquel Gomes (IFCH-UNICAMP)
16h30-18h - Auditório 1
Histórias Raciais: 'El Negro' Raúl Grigera e o Aparente Desaparecimento da Negritude
na Argentina pós-abolição. Profa. Dra. Paulina Alberto (University of Michigan)
Mediador: Prof. Dr. Rodrigo Camargo de Godói (IFCH-UNICAMP)
18h: Sessão de Autógrafos
08h-10h - Auditório 2
Mesa: Religiosidade e poder.
De mouros a mouriscos: população islâmica no sul da Espanha – os limites da conversão
forçada nos manuais de catequese e na literatura aljamiado-morisca (1500-1570). Nicole
Ribeiro Domingos
Escrevendo certo por linhas tortas? A construção da ortodoxia eucarística a partir da
heresia de Berengário de Tours. Diego Aparecido de Souza Pereira
A interpretação das leis no Tratado sobre las leyes de Rodrigo de Arriaga. Julio Cesar
Aquino Ferreira
Perspectiva atlânticas e locais: a diplomacia luso-daomeana em múltiplos espaços.
Raphael dos Santos Gonçalves
10h-12h - Auditório 1
Oficina- Escrita de Projetos. Profa. Dra. Silvia Lara (IFCH-UNICAMP).
14h-16h - Auditório 1
2
Mesa: Disputas e representações dos espaços.
As Festas cerceadas: Ambiguidade, contradições e dilemas nos movimentos reformistas
oitocentistas (Campinas 1870-1880). João Lucas Moura e Souza
O Carnaval em Campinas: Racialização e disputas nos espaços públicos (1871-1900).
Gustavo Longo
Historiografia urbana no IV Centenário do Rio de Janeiro: as representações da cidade.
Brenda Regina Braz Leite
Retórica do Arquivamento: Patrimonialização, Memória e Esquecimento nos processos
de tombamento do Centro Histórico Expandido de Campinas. Lucas Henrique Gregate de
Araujo
14h-16h - Auditório 2
Mesa: Circulação de ideias: imprensa e memória.
História Oral & Heranças do Brasil Imperial: a memória e os relatos de Agentes Comuns.
Julia Aquino
Memória e Imprensa: usos e apropriações da biografia de Sebastiana de Mello Freire em
dois momentos: 1920-1980. Mayra Carvalho Ferreira de França
Do cabeçalho ao rodapé: a ficcionalização da política nas páginas d'O Brasil (1840-1844).
Caio Arrabal Jabbour
16h-18h - Auditório 1
Mesa: Cultura Visual.
A morte de Atala e os diálogos entre os romantismos francês e brasileiro. Vitoria Amadio
de Oliveira
André Lhote e a obra "Interior com figuras femininas" do acervo do MASP. Bárbara
Diniz Gonçalves
A virgem e as castas: a inserção da Virgem de Guadalupe nas pinturas de castas
mexicanas. Giovanna Bareli
Danças do Inframundo: A cosmovisão mochica através da iconografia. Ananda Mendes
Lima
19h-21h - Auditório 1
Mesa: "Prof. História" Mestrado Profissional em Ensino de História. Juliana Videira,
Elton Rigotto Genari, Luiz Leite.
3
Relações entre a prostituição masculina e o movimento homossexual brasileiro no século
XX. Rodrigo Gomes Pinto
Homossexualidade e Idade Média: poder e confissão (séculos XI-XII). Arthur Rocha
Rodrigues Teixeira
08h-10h - Auditório 2
Mesa: Alteridade e Identidades Nacionais.
Irlandês primata, Irlanda selvagem: a racialização irlandesa nos cartuns de periódicos
britânicos e estadunidenses (1860 – 1880). Lucas Gomes Liza
Pelas lentes de Costică Acsinte: identidade nacional romena no início do século XX (1920-
1940). Alice Rosim Sundfeld Di Tella Ferreira
Islamic Government - A repercussão da palavra de Khomeini no século XX. Manoel
Augusto Cabral
10h-12h - Auditório 1
Oficina - Escrita acadêmica e Iniciação Científica: do projeto ao poster. Prof. Dr. Aldair
Rodrigues (IFCH-UNICAMP).
13h-15h - Auditório 1
Mesa: Aproximações entre a academia e o ensino.
RepubliCAST: pesquisa e divulgação científica nas mídias digitais. Lucas Gomes Liza e
Daphiny Lisboa de Santana
Diáspora Africana: conexões e fronteiras entre a pesquisa e o ensino de História. Vinicius
Lima Lustoza
Vivências do Programa Residência Pedagógica: uso de fontes históricas em sala de aula.
Raissa Quiterio Dias
13h-15h - Auditório 2
Mesa: Produção escrita e visual de mulheres na história.
Marie de Gournay e a "Querelle des Femmes": Escolhas Retóricas no Tratado Egalité
des Hommes et des Femmes de Marie le Jars de Gournay (1622-1641). Raquel Baptista
Mariani
M.A.P. (Mulheres na América Portuguesa): mapeamento digital de escritos de mulheres
e sobre mulheres no espaço Atlântico. Mariana Rodrigues de Vita
“A expressão da “feminilidade” na obra “Guitarrista e duas figuras femininas” de Marie
Laurencin”. Letícia Asfora Falabella Leme
Lendo as mulheres na construção de uma Argélia independente, 1954-1962: o primeiro
tempo da obra de Assia Djebar. Bruna Perrotti
4
Apropriações culturais do franquismo (1948-1955) pelo pinochetismo (1973-1975). André
Mateus Pupin
Ideário e Práticas Políticas no Governo Jackson (1829-1837). Gustavo Fernandes dos
Santos
Apagamento Da Memória E Resgate Material : A Intersecção Entre A Obra 1984 De
George Orwell E As Ditaduras Latino Americanas Do Século XX. Jaqueline Brandão
Martins
08h-10h - Auditório 2
Mesa: Representações e narrativas na antiguidade.
O persa nas fontes gregas: a alteridade na tragédia Os persas de Ésquilo e nas
representações iconográficas. Amabile Helena Zanco
Doctor Who e a Caixa de Pandora: Uma análise do mito grego em "The Pandorica
Opens". Sidney Junior
Indo além das evidências: dois casos de inferência histórica injustificada. Júlio
Matzenbacher Zampietro
Adornando as bestas: a figuração de animais em rituais de sacrifício na cerâmica ática
do século V a.C. Erik de Lima Correia
10h-12h - Auditório 1
Mesa: Práticas no Ensino.
Motivação Para Ler e Estratégias de Regulação da motivação de Estudantes de
Licenciatura em História. Natalia Borelli de Carvalho
Educomunicação: surdez e ensino de História. Gabriela de Aguiar Gotardi e Rodrigo Gomes
Pinto
10h-12h - Auditório 2
Mesa: Disputas, direitos e o lugar das mulheres na história.
Contestações e defesas sobre o uso do sobrenome do marido pela mulher: o debate da
década de 70. Christiane Kozesinski
A misericórdia nas sentenças de processos jurídicos de violência contra mulher em
Buenos Aires no fim do XVIII. Alessandra Vespa
A mulher na Inglaterra nos séculos XII a XIV: uma análise do poema ABC a Femmes.
Jackeline Hernandez Barros de Oliveira
A enfermagem e a emancipação feminina. Raíza Gomes Araújo de paulo
14h-16h - Auditório 1
Mesa: Abordagens em história da África.
Between the Rainbow and Reality: An Interdisciplinary Approach on South Africa's
Inequality. Matias Almeida Garzon
Uma história Descolonial da África: Um estudo a partir de São Tomé e Príncipe no Século
XX. Jéssica Cristina Rosa
Soberanias negociadas: paz inquieta e protetorado francês nos "Estados de Samory"
(1885-1891). Rafaél Antônio Nascimento Cruz
5
14h-16h - Auditório 2
Mesa: Legislação e justiça.
A Lei Seca e a ascensão do controle biopolítico estadunidense. Caio César Alves da Costa
Antialcoolismo: um estudo do caso canadense. Guilherme Rodrigues Soares
Tutela, assistência e trabalho indígena no período republicano (1910-1988). Luiza Oliveira
P. de Andrade
O trabalhador rural e o Parlamento: direitos e política (1945-1963). Julio Capelupi
16h-18h - Auditório 1
A Universidade, a Pesquisa e os Direitos Humanos. Profa. Dra. Neri de Barros Almeida
(IFCH-UNICAMP) - Auditório 1
19h-21h - Auditório 1
Mesa: Pesquisa em história da arte e patrimônio. Prof. Dr. Marcos Tognon (IFCH-
UNICAMP) e Profa. Dra. Cristina Meneguello (IFCH-UNICAMP).
08h-10h - Auditório 2
Mesa: Estudos Medievais.
Os reis e a moeda na Francia Ocidental Carolíngia (séculos VIII-IX). Eric Cyon Rodrigues
O recurso à violência e seus significados na sociedade da Alta Idade Média: o caso de
Geraldo de Aurillac. Vitor Boldrini
O "Hávámal" para um novo aprendizado: como a literatura dos povos vikings pode
influenciar numa nova concepção acerca da Idade Média. Alexandre Pinto de Souza e Silva
10h-12h - Auditório 1
Oficina - Pesquisa bibliográfica em bases digitais. Profa. Dra. Josianne Cerasoli (IFCH-
UNICAMP), Profa. Dra. Camila Loureiro Dias (IFCH-UNICAMP) - Auditório 1
14h-16h - Auditório 1
Mesa de Encerramento.
6
"Os desafios de fazer pesquisa em época de oposição ideológica". Prof. Dr. Rui Luis
Rodrigues (IFCH-UNICAMP)
"O desmonte da Universidade pública como desafio à pesquisa histórica". Prof. Dr. Thiago
Lima Nicodemo (IFCH - UNICAMP)
7
Mesa 1: Fontes, metodologia e a construção de narrativas
8
Palavras-chave: Antonio Gramsci; Transição Democrática; Redemocratização; Ditadura
Militar; Intelectuais.
9
Dicionário das Mestiçagens na Ibero-América: base de dados para estudo das
mestiçagens
Luan Carlos Barros de Moura - UFMG
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Mesa 2: Religiosidade e poder
O projeto propõe uma análise de três obras literárias de cunho proselitista, produzidas
na Espanha ao longo do século XVI, cujo alvo principal são os mouriscos, conversos de origem
islâmica. Trata-se de exortações de fé, conduta e costumes dirigida a esta população, porém,
elaboradas por dois grupos religiosos distintos: católico e muçulmano. Partindo deste material,
o objetivo da pesquisa consiste em compreender os limites das conversões forçadas,
fundamentando-nos na maneira pela qual a população mourisca regulava seu modo de vida,
seus costumes e tradições após serem obrigados pelos arcebispados da coroa espanhola, por
meio de decretos, a substituírem sua fé islâmica pela cristã católica.
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A interpretação das leis no Tratado sobre las leyes de Rodrigo de Arriaga
Julio Cesar Aquino Teles Ferreira - UNIFESP
Este projeto de pesquisa propõe a análise da interpretação das leis no século XVII, com
base no Tratado sobre las leyes de Rodrigo de Arriaga (1592-1667). A análise pretende-se a
partir das categorias de arbítrio, equidade, circunstância e caso, tendo como chave de leitura os
princípios da Teologia moral e, especificamente, o probabilismo jurídico.
A maior parte dos estudos sobre essa questão por parte da historiografia brasileira têm
sido baseados nos textos das ordenações, das leis régias e dos textos normativos sem levar em
consideração o papel atribuído nesse período histórico à necessária interpretação das leis por
parte dos juízes.
A obra que será analisada é o Tratado sobre las leyes, que faz parte do IV tomo dos 8
volumes da obra Disputationes theologicae, publicada entre 1643 e 1655. Arriaga foi um
teólogo moralista jesuíta cujas obras tiveram uma ampla difusão na Europa e na América, tendo
sido ainda mestre de Caramuel, um dos principais teólogos probabilistas que teve forte
influência no desenvolvimento dessa corrente teológica.
12
as aplicações das agendas reformistas que visavam cercear as práticas tradicionais. Analisamos
os vínculos entre as agendas reformadoras e o cotidiano da população, em conjunto com a
multilateralidade das relações emergidas no contexto festivo
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resultando na criação do Estado da Guanabara, e o fenômeno de urbanização acelerada. Esta
pesquisa estudou, por meio dos livros de história urbana do Rio de Janeiro publicados ou
reeditados no contexto oficial das comemorações de 1965, o lugar do passado frente às
aspirações de futuro e de transformações urbanas.
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História oral & heranças do Brasil Imperial: a memória e os relatos de agentes comuns
Julia Aquino - IFCH/UNICAMP
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Memória e Imprensa: usos e apropriações da biografia de Sebastiana de Mello Freire
em dois momentos: 1920-1980
Mayra Carvalho Ferreira de França - FFLCH/USP
Esta pesquisa propõe uma leitura do periódico "O Brasil" a partir da ficcionalização da
política e da justiça. Inicialmente Regressista e, posteriormente, Conservador, o periódico
atenua os limites entre o mundo político do Brasil imperial e a ficção folhetinesca
constantemente publicada no rodapé de suas páginas. Em um período de intensas
transformações - como a antecipação da maioridade de D. Pedro II; a consolidação dos partidos
Liberal e Conservador, e as “Revoluções” Liberais em São Paulo e Minas Gerais - a pesquisa
procura demonstrar como o periódico se utiliza da literatura e da crítica teatral para posicionar-
se frente às discussões contemporâneas, inserindo-as nas narrativas através de seus
personagens ou como plano de fundo ao enredo construído.
Este projeto pretende analisar o quadro A morte de Atala realizado por Rodolfo
Amoedo em 1883, contextualizando-o com o cenário artístico do século XIX e traçando
paralelos com a arte francesa, o romantismo francês e brasileiro e a difusão do romance Atala
15
(1801) de François René de Chateaubriand. A partir do diálogo entre literatura e artes visuais,
o projeto procura resgatar também outras representações de cenas da mesma obra a fim de
compreender a representação deste tema e o repertório imagético que Amoedo acumulou em
seus estudos no Rio de Janeiro e em sua temporada em Paris. O quadro é um instrumento
fundamental para entendermos desdobramentos do romantismo francês e suas reverberações
nas obras de mesmo caráter no Brasil. Serão abordadas temáticas caras ao panorama brasileiro,
como o indianismo e o nacionalismo, as quais serão exploradas de maneira a contemplar suas
complexidades e questionar o papel das referências culturais e artísticas francesas.
A hipótese da pesquisa se constitui em entender as implicações que levariam Rodolfo
Amoedo a pintar esta obra anos depois do lançamento do livro, e ela será levantada com base
no argumento principal de que ele faz uma ressignificação desta temática.
André Lhote (França, 1885 – 1962) foi escultor, pintor, crítico e educador. Preocupado
não apenas com o ato de pintar, mas também com as teorias que o pintar envolvia, Lhote
realizou ampla produção escrita, incluindo textos críticos, livros sobre aspectos da produção
das vanguardas e tratados sobre pintura, paisagem e figura. Ele está presente no acervo do
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP) com duas obras que expõe dois
momentos distintos de seu percurso como artista. Ambas foram doadas pelos Diários
Associados na segunda metade da década de 1940, período coincidente com os inícios da
fundação do museu e da elaboração de seu objetivo pedagógico, e desde então pertencem ao
seu acervo. O presente trabalho é constituído pelo estudo específico de um desses quadros,
Interior com figuras femininas de 1936 acerca de seus aspectos temático, pictórico e contextual.
O princípio de que a obra pictórica possui sua própria linguagem, a ser compreendida e
relacionada com a bibliografia e com as fontes escritas de autoria do próprio pintor e de seus
contemporâneos, guia metodologicamente a pesquisa. Dessa forma, é possível desvendar
características e tendências da obra do pintor-escritor, tanto nas interlocuções que estabelece
juntamente aos movimentos artísticos com os quais dialogou quanto na originalidade de seus
trabalhos.
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A Virgem e as castas: a inserção da Virgem de Guadalupe nas pinturas de castas
mexicanas.
Giovanna de Assis Bareli - IFCH/UNICAMP
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Mesa 6: História e sexualidade
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A Violência Nas Redes Sociais: Os Discursos De Ódio Virtuais Contra Lgbts
William Dias - IFCH/UNICAMP
Este projeto visa compreender como são produzidos, quem produz e como são
propagados os discursos de ódio LGBTfóbicos na internet e em mídias digitais, perguntando
sobre os significados do espraiamento dessas ideias no contexto dos anos 2011 a 2017. A
pesquisa está centrada em analisar os argumentos centrais dos propagadores dos discursos de
ódio e, especialmente, os comentários a essa produção nas mídias digitais, sobretudo no
Facebook através do grupo “Sou contra a PL 122 e o kit gay”. A esse corpus de pesquisa se
junta a análise de denúncias relatadas ao Disque 100 do governo federal e dados disponíveis
na Safernet.
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Homossexualidade e Idade Média: poder e confissão (séculos XI-XII)
Arthur Rocha Martins Rodrigues Teixeira - IFCH/UNICAMP
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cartuns, a integração social, assim como outro fator externo que está presente no cotidiano
irlandês tanto na América quanto na Europa, o seu nacionalismo.
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Government, tendo edições publicadas tanto no oriente como no ocidente, é que serve de fonte
documental para essa pesquisa de monografia.
A dissertação, que ainda está em seu início, levanta alguns questionamentos sobre o
que esse projeto de governo e sociedade, possibilitado pela instauração de uma República
Islâmica idealizada por Khomeini, representou para determinados setores sociais que
compunham as manifestações no contexto da Revolução Iraniana e, sobretudo, no período da
década de 80 do século XX, período de implementação do governo, bem como o que essa
publicação representou no ocidente, pensando na circulação da obra nos Estados Unidos.
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Palavras chave: Podcast; Divulgação Científica; Mídias Digitais; História do Brasil; Ensino.
O presente trabalho tem por objetivo realizar uma breve discussão sobre relação entre
a pesquisa acadêmica acerca da formação e expansão do Reino do Daomé dentro do contexto
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da Diáspora Africana no século XVIII com o ensino de História. Este estudo é resultante da
articulação do desenvolvimento de uma pesquisa de Iniciação Científica com a experiência de
lecionamento em cursinhos populares. Os principais interesses residem no impacto que o
desenvolvimento de pesquisas nesta área podem implicar na aplicabilidade da Lei 10.639/2003
na sala de aula e, também, os possíveis caminhos que estudos neste tema podem proporcionar
nos atuais debates de Diáspora Africana.
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fonte como inserida em um universo linguístico maior. A hipótese que subjaz nossa
investigação é que Gournay teria desenvolvido, no contexto da "Querelle des Femmes" que se
desdobra na primeira metade do século XVII, uma obra original a partir da leitura criativa que
fez de autores envolvidos no debate e de textos integrantes das tradições clássica e cristã. Essa
leitura, conquanto delimitada pelas possibilidades retóricas próprias daquele contexto (e que
condicionavam a própria noção de “originalidade”), não teria se esgotado na mera repetição de
argumentos consagrados ou em fazer eco às ideias de mentores de Gournay (como Montaigne
e Lipsius); ao contrário, respondeu a questões levantadas em seu próprio momento, inserindo-
se vigorosamente no ambiente erudito da primeira metade do século XVII. É em termos dos
problemas colocados nesse contexto, e não de valorações anacrônicas da obra de Gournay, que
procuramos compreender a especificidade de seu pensamento, de forma a cooperar para o
esclarecimento de uma importante fase da história moderna.
Palavras-chave: Marie de Gournay; "Egalité des Hommes et des Femmes"; escolhas retóricas;
"Querelle des Femmes"; Primeira Modernidade.
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“A expressão da “feminilidade” na obra “Guitarrista e duas figuras femininas” de
Marie Laurencin”
Letícia Asfora Falabella Leme - IFCH/UNICAMP
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Mesa 10: Discursos e práticas políticas
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Apagamento da Memória e Resgate Material : a intersecção entre a obra 1984 de
George Orwell e as ditaduras Latino Americanas do Século XX
Jaqueline Brandão Martins - IFCH/UNICAMP
Este é um artigo através do qual busca-se aproximar dois processos contidos em dois
universos diferentes, respectivamente: o primeiro corresponde ao fenômeno do apagamento da
memória, processo endossado pelas ditaduras militares na América Latina do século XX; o
segundo compreende os trabalhos realizados pelo Ministério da Verdade, aparato
governamental existente no mundo distópico criado por George Orwell em sua obra intitulada
1984. Depois de feita tal aproximação, surge na intersecção desses universos a problemática
do resgate da memória, e sugere-se, a partir daí, uma possível solução através da Arqueologia
e seu resgate material.
Doctor Who e a Caixa de Pandora: Uma análise do mito grego em "The Pandorica
Opens"
Sidnei de Oliveira Junior - IFCH/UNICAMP
Este artigo busca expor as reflexões realizadas na elaboração do trabalho final do curso
“Tópicos Especiais em História XXIX – ‘Introdução à Cultura Visual’". Será analisado o
primeiro episódio do arco que encerra a Quinta Temporada da famosa série britânica de sci-fi
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Doctor Who, "The Pandorica Opens" (A Pandorica se abre), transmitido originalmente em 19
junho de 2010 pela emissora britânica de televisão BBC HD, e no Brasil pelo canal televisivo
TV Cultura em 2011. Busca-se compreender o modo como é produzida a releitura do mito de
"Prometeus e Pandora" e sua recepção no início do século XXI.
Inicialmente será feita uma breve colocação sobre Doctor Who inserido na Era da
Convergência – conceito teorizado por Jenkins. Em seguida será descrito alguns aspectos da
série e um resumo do episódio e, logo após, será narrada um trecho da versão de Hesíodo em
"O Trabalho e os Dias" do mito de “Prometeus e Pandora”. Finalizando, será realizada uma
análise desta lenda grega e sua recepção nesse episódio da série Doctor Who.
Este trabalho tem como objetivo entender o ritual de sacrifício animal na perspectiva
dos artesãos que produziam vasos de cerâmica áticos no século V a.C. por meio da forma como
eles figuravam animais. Muitas cenas deste tipo de ritual foram figuradas em vasos cerâmicos
por artesãos da região da Ática, mas a bibliografia não é consistente quanto aos animais que
nelas estavam presentes. Nesse sentido, pretende-se analisar os animais escolhidos, como eram
figurados e também a forma de interação destes com outros elementos presentes nas cenas nos
vasos de cerâmica pintados.
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Van Straten (1995) apresenta um enorme catálogo tanto de figurações de vasos de
cerâmica quanto de relevos votivos que possuem cenas que figuram o ritual de sacrifício
animal. O estudioso, ao tratar dos vasos pintados, separa estas cenas em três fases distintas: a
fase de “pré-sacrifício”, que mostra animais vivos e inteiros em variadas cenas do ritual; a fase
de “sacrifício”, que mostra o animal sendo abatido; e a fase de “pós-sacrifício”, onde não é
mais possível identificar o animal na cena. Para essa pesquisa, portanto, centralizarei apenas
em cenas de “pré-sacrifício”, e o foco recairá sobre os animais que estão figurados nelas, tendo
como objetivo específico entender a perspectiva do ritual de sacrifício animal pelos artesãos da
região da Ática do século V a.C., e objetivos gerais que são: (a) entender a escolha de animais
feitas por estes artesãos; (b) como esses animais eram figurados; e (c) como esses animais
interagiam com os demais elementos também figurados nas cenas.
Para analisar as figurações, proponho três pontos a serem levados em consideração: a
cena e seu contexto; o animal como um todo; e a interação deste com outros elementos
presentes na cena. Dois tipos de cenas, as procissões e os rituais preliminares no altar, devem
ser levados em conta frente a escolha do animal feita pelos artesãos, para contextualizar os
animais. Em seguida, deve-se ser feita a descrição do tipo do animal e de toda sua anatomia,
sexo, como ele foi e/ou está figurado na cena, tomando também como foco suas posições na
cena, tendo como pressuposto que uma imagem é um lugar, um espaço onde sinais ocorrem,
posicionados de acordo com os critérios espaciais – esquerda/direita, alto/baixo, na frente ou
atrás, como ressalta Durand (1989). Por fim, é preciso entender como o animal está interagindo
com os outros elementos da cena. Para tal, é importante descrever os gestos, os movimentos
das figuras humanas e dos animais, os objetos presentes na cena e que tenham relação com os
animais, assim como o ritual de sacrifício.
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uma para mapear o tipo motivacional para a leitura e a outra para identificar as estratégias de
regulação da motivação da amostra. Os participantes apresentaram níveis elevados de
motivação extrínseca integrada e identificada para a leitura e pouca desmotivação. No que
tange às estratégias de regulação da motivação, verificou-se que os participantes utilizam mais
frequentemente as estratégias da regulação do valor. Os participantes relataram ser altamente
motivados e autorregulados quanto à leitura. Em linhas gerais, os resultados se encontram em
consonância com a literatura da área. Considera-se altamente relevante conhecer o futuro
professor, uma vez que estes serão os responsáveis pelo ensino de seus alunos. Professores
altamente motivados para ler como os participantes dessa pesquisa tendem a incentivar a leitura
em seus alunos, contribuindo para o desenvolvimento de habilidades de leitura e senso crítico,
variáveis muito importantes para a aprendizagem de história e de outras disciplinas.
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Mesa 13: Disputas, direitos e o lugar das mulheres na história
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A mulher na Inglaterra nos séculos XII a XIV: uma análise do poema ABC a Femmes
Jackeline Hernandez Barros de Oliveira - PUC-CAMP
A História das mulheres tem sido frequentemente negligenciada por historiadores, seja
por não a considerarem importante ou por ter sido feita através de uma perspectiva
unidimensional da disputa de poder entre homens e mulheres. Através do tempo, a história das
mulheres foi muitas vezes generalizada, ignorando suas especificidades e sua relevância para
o entendimento político, cultural e social de um período. Esse artigo visa contextualizar e
compreender os papéis exercidos pelas mulheres na Inglaterra Anglo-Normanda, aplicando
hermenêutica ao poema ABC a Femmes, do manuscrito MS Harley 2253. Busca-se usar o
poema para compreender o que era esperado dessas mulheres, quais eram suas
responsabilidades para com a sociedade e qual seu level de autonomia.
Palavras-chave: MS Harley 2253; ABC a Femmes; História das Mulheres; História Social;
Inglaterra; Idade Média.
No início do século XX, as demandas de saúde pública e a parceria com outras nações
possibilitaram a fundação da primeira escola de enfermagem do país. A criação da Escola Anna
Nery marca no Brasil o início da enfermagem moderna e seguindo o “padrão Nightingale”
estabelece a profissão como um lugar do feminino, ou mais especificamente, da mulher branca
e de “boa base social". Essa nova possibilidade de ocupação para as mulheres cresce com a
multiplicação das escolas de enfermagem, pois essas visam atingir o padrão proposto pela E.E.
Anna Nery. Assim, a enfermagem torna-se um espaço a ser ocupado pelas mulheres e ao
contrário das outras “profissões femininas” (professora, costureira...) essa era capaz de
emancipar as mulheres financeiramente e garantia a elas o “direito” à vida longe da tutela
masculina. Apesar da intensa propaganda pública a enfermagem não conseguiu preencher toda
a sua necessidade com o público alvo, por isso foi obrigada a alargar o padrão do feminino,
recebendo também mulheres negras e de menor poder aquisitivo. Nesse contexto a
comunicação tem como objetivo analisar o perfil das primeiras enfermeiras e avaliar como a
enfermagem impactou nas relações de gênero durante boa parte do século XX. Utilizando um
estudo histórico social que revisitou biografias, contrapôs fontes e traçou o perfil da Escola de
Enfermagem Carlos Chagas uma das primeiras escolas do país. Localizada na fronteira entre
diversas áreas do conhecimento a pesquisa provoca importantes reflexões sobre a história da
enfermagem, possibilitando compreender melhor os desafios da enfermagem e principalmente
os desafios das profissões tidas como femininas.
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Mesa 14: Abordagens em história da África
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passa então por modificações legais e discursivas no cenário internacional, na tentativa de
manter suas colônias no continente.
No atual estágio da pesquisa, o foco é na produção da imprensa sãotomense. A
cronologia escolhida, 1911 a 1930, coincide com o da proclamação da Primeira República
Portuguesa, mas tem por interesse as implicações das mudanças de regime político
metropolitano no arquipélago. Nesse contexto de alteração e instabilidade governamental, é
central para os são tomenses, e outros habitantes das colônias portuguesas na África, pensar
que tipo de relação se estabeleceria entre Portugal e seus territórios além-mar. A ideologia
republicana, por exemplo, é uma questão latente nas páginas dos periódicos, bem como a
percepção de que algumas atitudes dos administradores portugueses nada condiziam com os
valores do sistema político recém adotado.
Depois da leitura de várias edições de seis jornais do arquipélago, escolhi o periódico
A Liberdade, publicado entre 1919 e 1923. Do volume completo de edições publicadas (ainda
não consegui encontrar a quantidade exata), tenho disponível 10 números (entre os n.º 19 e 28),
a partir dos quais foco na análise da elite crioula a partir da imprensa, meio de expressão e de
construção política desse grupo. A imprensa funciona aqui como fonte para a compreensão do
processo político e social no qual essa elite estava envolvida, processo este que envolve pensar
um projeto político para seu local de origem, mas também como objeto, uma vez que é nela
que o grupo se constrói, expressa, debate e atua.
Nessa comunicação, pretendo apresentar um panorama do arquipélago (central para as
aspirações portuguesas na África no período), bem como explorar as conclusões e reflexões
que tenho feito sobre a elite crioula e sua imprensa em São Tomé e Príncipe nesse início de
século XX. Essas questões, que busco discutir e aprofundar em minha monografia, serão o
caminho para uma reflexão mais ampla que buscará, nesse evento, falar da importância do
estudo de uma história que busque temas, metodologias e epistemologias para além da suposta
centralidade e universalidade do sujeito europeu.
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Koura (1886), Bissandougou (1887) e Niakho (1889). À partir da análise dos tratados e de
relatos das negociações pretendemos identificar possíveis orientações para a ação política de
Samory, bem como o papel dos tratados em regrar as relações entre as duas entidades sem,
contudo, deixar de levar em conta as assimetrias da dominação imperialista.
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Antialcoolismo: um estudo do caso canadense
Guilherme Rodrigues Soares - FFLCH/USP
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Tutela, assistência e trabalho indígena no período republicano (1910-1988)
Luiza Oliveira P. de Andrade - IFCH/UNICAMP
A lei n.º 4.214, de 2 março de 1963, criou o Estatuto do Trabalhador Rural (ETR),
primeiro texto que institui o regime jurídico das relações de trabalho no campo. A lei garantia
aos trabalhadores rurais os direitos que até então só eram certificados aos assalariados urbanos
pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) - com as adaptações ao trabalho rural. Há uma
vasta bibliografia sobre o assunto, cuja maior parte se dedicou a analisar os impactos da lei nas
relações de trabalho, passando também pelo estudo do conteúdo jurídico do ETR e pelos
objetivos do Estado na sua aprovação. Entretanto, nenhum trabalho analisou como os
parlamentares pensaram os direitos dos trabalhadores do campo durante a tramitação do projeto
(1960-1963), constituindo uma lacuna historiográfica na qual o pesquisador se inseriu. A
pesquisa já tem dois anos de duração, com muitos resultados, usando como documentação
privilegiada os anais da Câmara dos Deputados, além de vários jornais da época, obras de
juristas especializados no Direito do Trabalho, e livros de memórias escritos por políticos do
contexto em foco. Inicialmente eram 4 as hipóteses centrais do projeto, que não podem ser
explicitadas aqui por falta de espaço. Mas ao longo da pesquisa outros elementos e pontos
centrais de análise foram modificados no contato com a documentação. Atualmente é possível
dizer que duas das três partes da monografia (início em janeiro de 2019 e previsão de término
em agosto do mesmo ano) estão concluídas: 1. análise das querelas político-partidárias do
período que compreende 1945-1960 para entender os seus impactos na tramitação do projeto;
2. narrativa sobre as diferentes concepções parlamentares a respeito da figura do homem do
campo, algo que foi determinante na “solução encontrada” pelos políticos, qual seja a do caráter
civilizador e instrumental da lei.
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Mesa 16: Tensões sociais, estado e cotidiano na história
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fronteira como um vasto ambiente de adaptação e interação do homem com o cenário natural.
Sendo assim, a Expedição Roncador-Xingu, que no presente trabalho incorpora a expansão da
fronteira Oeste, será analisada a partir das preocupações e agendas de seu período, ou seja,
intimamente vinculada às mudanças econômicas, políticas e sociais dos anos 1940. Por fim,
tendo em vista que a Roncador-Xingu avançou em terras indígenas, a pesquisa reflete sobre
como os contatos e as “pacificações” estabelecidas se enquadraram no cenário das políticas
indigenistas de meados do século XX. A reflexão proposta engloba a atuação e a análise do
diário dos irmãos Villas Bôas - os mais renomados expedicionários - e do sertanista Acary de
Passos Oliveira, relator da expedição. Apesar de assumirem o modelo protecionista defendido
por Marechal Rondon, a expedição se insere em um movimento no qual o Estado utilizou da
imagem simbólica do indígena, como integrante da nacionalidade, para a espoliação de suas
terras através das diversas faces da Marcha para o Oeste, entre elas a Roncador-Xingu.
Nas ruas de Minas Gerais, entre os aparatos burocráticos e os tabuleiros - uma história
das pretas minas
Vivian Felipe de Sousas - IFCH/UNICAMP
O tema deste projeto são as relações das comerciantes africanas da Costa da Mina com
as múltiplas formas de uso da palavra escrita nos arraiais auríferos de Mariana, Minas Gerais
na primeira metade do século XVIII. Trata-se de um grupo que teve presença marcante na
formação da sociedade colonial, atuando no abastecimento alimentar por meio de tabuleiros ou
por meio de vendas. O objetivo da pesquisa é investigar os significados atribuídos à palavra
escrita pelo grupo composto pelas pretas Mina (como eram denominadas nos documentos
manuscritos) e as dimensões sociais que permeavam o acesso que elas tiveram aos aparatos
burocráticos do cotidiano colonial. A pesquisa, portanto enfoca práticas mercantis das pretas
Mina do ponto de vista dos circuitos dos documentos que permeavam suas atividades.
Palavras-chave: preta mina; mulheres; colônia; Minas Gerais; diáspora africana; Minas
colonial.
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impacto do comércio negreiro nos processos de ruptura, composição e recomposição de laços
familiares dos descendentes de africanos nascidos na América portuguesa, sem desconsiderar
as suas relações com outros segmentos demográficos, sobretudo os africanos escravizados que
eram importados constantemente para a Colônia. Interessa recuperar a dimensão humana destas
dinâmicas marcadas por profundas rupturas dos laços de parentesco. A principal contribuição
deste projeto para o campo historiográfico onde se insere são os aportes e avanços que trará
para o conhecimento da complexidade das vivências dos descendentes de africanos (crioulos)
na experiência histórica mais ampla da diáspora.
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Durante boa parte do século XX, a Alta Idade Média foi interpretada por inúmeros
historiadores como um período de regressão econômica, principalmente o período
correspondente aos reis carolíngios. A produtividade das terras era baixa, o comércio era
restringido à poucas mercadorias, e as cidades existiam em poucas regiões, possuindo um papel
marginal em relação à economia de subsistência. Da mesma forma, o papel das moedas era
resumido ao campo econômico. E este, por sua vez, possuía pouca relevância.
Entretanto, interpretações com perspectivas mais positivas da economia carolíngia
trouxeram uma nova abordagem para as moedas, não só ressaltando seu papel relevante nas
relações comerciais, mas também buscando estudá-las em outros campos sociais do Império
Carolíngio. O uso do dinheiro nas trocas comerciais seria relativamente maior. Não apenas
como meio de troca, mas como unidade de valor. Além disso, ela atuaria como uma forma de
afirmação do poder por parte dos governantes, que durante esses dois séculos, realizaram
reformas monetárias e combateram a falsificação de moedas, tentando estabelecer um
monopólio real sob a produção e a circulação monetária.
Dentro do período de 751 a 877 d.C., no espaço compreendido por Francia Ocidental,
nosso objetivo será o de analisar um conjunto de dezoito capitulares e quarenta exemplares
monetários carolíngios, buscando compreender a natureza das reformas monetárias, suas
razões e suas consequências. Dessa forma, teremos base para afirmar se é possível interpretá-
las como um conjunto de decisões coesas, e classificá-las, se esse for o caso, como uma prática
de política monetária realizada pelos governantes carolíngios.
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O recurso à violência e seus significados na sociedade da Alta Idade Média: o caso de
Geraldo de Aurillac
Vitor Boldrini - IFCH/UNICAMP
Durante quase todo o século XIX e nas primeiras décadas do XX, os historiadores
frequentemente afirmavam que a violência descomedida era um dos elementos constitutivos
das sociedades na Alta Idade Média. O século X, em particular, foi muitas vezes descrito como
"século de ferro", em contraste com a organização política centralizada dos Estados Modernos.
A partir do final da década de 1970 são estabelecidas outras interpretações. A releitura de
documentos e a descoberta de novos, amparados principalmente pelos avanços da arqueologia,
foram fatores fundamentais nessa mudança. Os historiadores passam a adotar novas
explicações que permitem questionar a historiografia desenvolvida até então.Atentos às novas
descobertas e hipóteses, nosso principal objetivo na presente pesquisa é compreender como se
articulam as relações entre paz e violência na hagiografia Vida de São Geraldo de Aurillac
(c.930), tendo como finalidade a caracterização dos conflitos e das disputas nela presentes.
Buscaremos compreender, sobretudo, quais as formas em que eram feitas as reconciliações e
as novas alianças, estabelecidas num quadro muito mais complexo do que o mero registro da
violência generalizada.
O "Hávámal" para um novo aprendizado: como a literatura dos povos vikings pode
influenciar numa nova concepção acerca da Idade Média
Alexandre Pinto de Souza e Silva - FGV-Rio
O "Hávámal" (que significa "o altíssimo", em tradução livre) foi escrito no século X,
onde atualmente é a Islândia, e pertence a um conjunto de histórias que constituíam a "Edda
em prosa" e era voltada, sobretudo, para o deus máximo desta cultura politeísta: Odin. A
literatura escandinava deste período ficou marcada sobretudo pelas sagas, poesias escáldicas e
Eddas, porém pouco se conhece devido ao predomínio das literaturas da França, Inglaterra e
Alemanha nos livros didáticos. A inserção de um estilo literário diferente do qual estamos
habituados representa a inclusão de um novo olhar sobre o mesmo período, bem como um olhar
diferente para os povos à margem das culturas dos países "civilizados" da Idade Média. O
aprendizado deste conto pode nos dizer muito sobre os costumes e as tradições dos povos
"vikings", que produziam suas histórias por meio da coletividade e da oralidade. Assim, a
diversificação dos fatos históricos permite ao aluno ter uma compreensão mais ampla acerca
do período histórico medieval, que ainda é bastante restrita aos olhares de poucas culturas, e
também perceber os valores sociais de acordo com a cultura nórdica e a narrativa que ela
formula os seus conhecimentos.
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Organização
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