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PESSOA
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
JOÃO PESSOA - PB
2018
ELTON FARIAS HENRIQUES
FRANCISCO NIEPCE EVANGELISTA PINHEIRO
JOÃO PESSOA - PB
2018
ELTON FARIAS HENRIQUES
FRANCISCO NIEPCE EVANGELISTA PINHEIRO
BANCA EXAMINADORA
________________________________________________
Professor MSc. Guilherme Penha
(Orientador)
________________________________________________
Professor (a) Título e nome completo
(Membro)
_________________________________________________
Professor (a) Título e nome completo
(Membro)
JOÃO PESSOA - PB
2018
AGRADECIMENTOS
1 INTRODUÇÃO
2 METODOLOGIA
3 MERCADO DE ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL
4 A ORGANIZAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO
4.1 Órgãos
4.2 Agentes
5 MERCADO LIVRE DE ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL
5.1 Diferenças entre o mercado livre e cativo
5.2 Vantagens e desvantagens do consumidor livre
5.3 Processos de Migração para o Mercado Livre
5.4 Mercado SPOT
5.5 Mercado de Energia no Brasil Comparados a outros Países
5.6 Comercializado de Energia
6 ESTUDO DE CASO: CATIVO X CONSUMIDOR LIVRE
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
HENRIQUES, Elton Farias; PINHEIRO, Francisco Niepce Evangelista. Mercado livre
de energia – contexto geral. João Pessoa, 2018.1. Monografia (Bacharelado em
Engenharia Elétrica) Faculdade Uninassau – João Pessoa.
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo geral demostrar ao leitor informações sobre o
mercado livre de energia, bem como identificar quais os tipos possíveis de contratação
de energia e como identificar qual a melhor opção de contratação de energia. No Brasil
existem as seguintes formas regulamentadas para o funcionamento e utilização: o
ambiente de contratação livre e o ambiente de contratação regulamentada. No
ambiente livre de contratação de energia elétrica, mais comumente conhecida como
mercado livre, no qual se adquire energia elétrica por um preço menor em relação ao
mercado regulado ou mercado cativo. Por uma questão de regulação da Agência
Nacional de Energia Elétrica; o mercado livre de energia elétrica ou ambiente de
contratação livre é um ambiente, em que os consumidores podem escolher livremente
os seus fornecedores de energia. No ambiente regulado não sendo possível a escolha
dos fornecedores, o consumidor cativo não tem liberdade para negociar as condições
de contratação e flexibilidades de seu suprimento de energia elétrica para atendimento
das suas necessidades, devendo seguir as determinações da Distribuidora. O
mercado livre é uma ferramenta extremamente útil para que a indústria brasileira seja
mais competitiva. Tendo em vista que, a energia elétrica vendida no Brasil é a mais
cara do mundo. Existe perspectiva que futuramente haja flexibilização nos requisitos,
e que mais e mais consumidores possam negociar a sua energia no mercado livre.
Inclusive as pessoas físicas, como já ocorrem em países desenvolvidos, como a
Alemanha, Austrália e Coréia do Sul.
ABSTRACT
The objective of this work is to demonstrate to the reader information about the free
energy market, as well as to identify the possible types of energy contracting and how
to identify the best option for contracting energy. In Brazil there are the following
regulated forms for operation and use: the free contracting environment and the
regulated contracting environment. In the free environment of electric power
contracting, more commonly known as free market. Market where electricity is
purchased for a lower price in relation to the regulated market or captive market. As a
matter of regulation of the National Electric Energy Agency; the free electricity market
or free hiring environment is an environment in which consumers can freely choose
their energy suppliers. In the regulated environment where it is not possible to choose
the suppliers, the captive consumer is not free to negotiate the contracting conditions
and flexibilities of their electricity supply to meet their needs, and must follow the
determinations of the Distributor. The free market is an extremely useful tool to make
the Brazilian industry more competitive. Considering that, the electric energy sold in
Brazil is the most expensive in the world. There is a prospect that future requirements
will be relaxed, and that more and more consumers will be able to negotiate their
energy in the free market. Including individuals, as is already the case in developed
countries such as Germany, Australia and South Korea.
4.2 Agentes
São agentes, as empresas que atuam no setor de energia elétrica nas áreas
de geração, distribuição e comercialização. Os agentes adquirem direitos e
comprometem-se com as condições estabelecidas na Convenção de Comercialização
de Energia Elétrica, bem como nas Regras de Comercialização, nos Procedimentos
de Comercialização e em todos os documentos e normas aplicáveis ao mercado
(CCEE, 2018).
Os Agentes, empresas que atuam no setor de energia elétrica, dividem-se em:
geração, distribuição, comercialização, consumidores livres e especiais, de acordo
com o que foi definido na Convenção de Comercialização.
Agentes de geração
Os agentes de geração são classificados como sendo produtores de
energia, podendo ser autoprodutores, que produzem sua própria energia,
produtores independentes, que produzem energia e a comercializa,
respeitando todas as regras do CCEE e os do serviço público, que produzem
energia através de concessões públicas. Todos os agentes de geração
descritos podem comercializar energia tanto para o ACR, quanto para ACL
(CCEE, 2018).
Agentes Transmissoras
São os agentes responsáveis para a transmissão da energia através das
linhas de transmissão inseridas na rede básica. Elas estão classificadas como:
Linhas de interesse para centrais de geração, responsáveis pela conexão a
usinas geradoras a rede básica; Linhas próprias das concessionárias, com a
finalidade de conectar as áreas ao qual atendem me determinada região
(CCEE, 2018).
Agentes distribuidores
São agentes detentoras de concessão para realizar a distribuição de
energia elétrica as quais realizam o atendimento em determinadas regiões
através de contratos de fornecimento de energia no ACR por meio de leilões,
conforme regulados pela ANEEL (CCEE, 2018).
Agentes comercializadores
Os agentes comercializadores têm a função de comprar e vender
volumes de energia elétrica. As comercializadoras podem comprar e vender
energia para clientes livres e empresas de distribuição através de leilões e
transações comerciais (CCEE, 2018).
5 MERCADO LIVRE DE ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL
Criado em 1995, através da lei 9.074, o mercado livre de energia surgiu como
sendo um ambiente de negócios onde a energia é livremente negociada entre
compradores e vendedores. Após a reestruturação do setor elétrico, ocorrido em
1995, passando assim a permitir o livre comércio entre consumidores pré-
determinados através de regulamentação, passando assim a escolher o seu
fornecedor de energia elétrica diretamente com geradoras e comercializadoras.
Com a função de atrair investimentos do setor privado, o mercado livre de
energia tinha o objetivo de aliviar a máquina pública de investimentos em
infraestrutura no setor elétrico atraindo o investimento do capital privado, com a
promessa de estimular a livre concorrência (ABRACEEL, 2017).
Como exemplo do funcionamento do mercado livre: quando um consumidor
quita a conta de energia no mercado cativo, custeia dois produtos de natureza distinta:
a energia, que fomenta a produção e proporciona o conforto nas residências, e o
transporte da eletricidade, feito por meio dos condutores elétricos que podem ser
vistos nas ruas de nossas cidades. Estima-se que, de cada R$ 100,00 de conta de
energia de consumidores de média tensão, R$ 80,00 são relativos ao custo da energia
elétrica e R$ 20,00 ao transporte da energia. Do ponto de vista das distribuidoras, os
custos são separados em duas parcelas diferentes (ABRACELL, 2016).
Mundialmente, a energia oriunda de hidrelétricas está entre as mais utilizadas.
Apesar da tendência de crescimento de outras fontes de energia, devido às restrições
socioeconômicas e ambientais de projetos hidrelétricos e principalmente aos avanços
tecnológicos no aproveitamento de fontes não-convencionais, tudo indica que a
energia proveniente de hidrelétricas continuará sendo por algum tempo a principal
fonte geradora do Brasil (OLIVEIRA, 2008).
Apesar de implantado no ano de 2000, o mercado livre de energia no Brasil tem
hoje um crescimento acelerado e competitivo, mas ainda apresenta uma tímida
presença, se compararmos a outros países, como os Estados Unidos e a Europa. Nos
Estados Unidos 65% dos consumidores o mercado livre de energia em vários países
da Europa 100% dos consumidores já utilizam o mercado livre de Energia, a exemplo
de Portugal (EUA e Europa despontam no uso de do mercado livre de energia, 2012).
O mercado livre de energia elétrica, ou Ambiente de Contratação Livre (ACL),
é um ambiente em que os consumidores podem escolher livremente seus
fornecedores de energia, exercendo seu direito à portabilidade da conta de energia.
Nesse ambiente, consumidores e fornecedores negociam as condições de
contratação de energia.
No Mercado Cativo a opção tradicional dos consumidores é adquirir a energia
no Ambiente de Contratação Regulada (ACR). Trata-se da contratação compulsória
via a distribuidora da região em que estão. As tarifas pelo consumo da energia são
fixadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e não podem ser
negociadas. Todos os consumidores residenciais estão nesse mercado, assim como
algumas empresas comerciais, indústrias e os consumidores rurais (ABRACEEL,
2016).
As principais usinas de geração de energia e consumidores do País estão
unidos pelo Sistema Interligado Nacional (SIN), que possibilita intercâmbios de
energia entre as diferentes regiões. Quem coordena esses intercâmbios é o Operador
Nacional do Sistema (ONS). O objetivo teórico é combinar o menor custo e as
melhores condições de segurança para todo o Sistema. A rigor, o SIN funciona como
uma única máquina elétrica de diferentes proprietários, cujas relações comerciais são
regidas por meio de diferentes contratos regulados (transporte e energia) e livremente
negociados no mercado livre (energia). A operação do sistema não possui relação
com os contratos de energia realizados entre os agentes. A operação está em um
ambiente físico e a contratação em um ambiente apenas financeiro. A garantia do
fornecimento da energia para os agentes de consumo é obtida mediante o registro de
seus contratos na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE)
(ABRACEEL, 2016, p. 11).
Conforme a cartilha da ABRACEEL, no mercado livre, o consumidor deve ter a
capacidade de prever seu consumo de energia. É também o consumidor que define
sua estratégia de contratação de energia e toma as suas próprias decisões de compra.
É fundamental que cada consumidor tenha uma estratégia de longo prazo. Apenas a
energia contratada protege o consumidor de variações de preços, que são muito
voláteis no setor elétrico brasileiro. Essa volatilidade se deve principalmente às
características de nosso parque gerador predominantemente hidroelétrico e, portanto,
dependente do regime de chuvas. É importante ressaltar que não existe estratégia
melhor ou pior em termos de contratação de energia – ela deve ser definida com base
nas características de consumo de cada empresa e no perfil de aversão ao risco de
seus dirigentes. As alternativas mais comuns são apresentadas a seguir, conforme a
Cartilha Mercado Livre de Energia Elétrica:
As regras para o mercado livre e mercado cativo são definidas pela ANEEL.
Todos os contratos de energia são contabilizados mensalmente pela Câmara de
Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O detalhamento das regras está descrito
na Lei 10.848/04 e no Decreto nº 5.163, de 30 de julho de 2004 (ANEEL, 2004).
O Mercado Livre de Energia possui um alto potencial de redução de custos com
energia, uma vez que a empresa passa a ser detentora das estratégias de compra e
consumo de energia que podem propiciar tanto ganhos contra o mercado regulado,
com tarifas determinadas pela ANEEL e pelo perfil da distribuidora, como contra o
concorrente (INTERENERGIA, 2017).
GERAÇÃO
GERAÇÃO
TRANSMISSÃO
TRANSMISSÃO
Agente
comercializador DISTRIBUIÇÃO
DISTRIBUIÇÃO
CONSUMIDOR
CONSUMIDOR
CATIVO
LIVRE
Pelas unidades consumidoras com carga maior ou igual a 3.000 kW, com
tensão maior ou igual a 69 kV. As unidades consumidoras do subgrupo A3, A2
e A1. Também são livres para escolher seu fornecedor novas unidades
consumidoras instaladas após 07 de julho de 1995 com demanda maior ou
igual a 3.000 kW e atendidas em qualquer tensão. Estes consumidores podem
comprar energia de qualquer agente de geração ou comercialização de
energia.
Pelas unidades consumidoras com demanda maior ou igual que 500 kW, com
qualquer tensão, podendo escolher seu fornecedor, porém a escolha está
restrita à energia oriunda das chamadas fontes incentivadas, são elas:
Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCH´s, Usinas de Biomassa, Usinas Eólicas
e Sistemas de Cogeração Qualificada (ABRACEEL, 2018).
DESVANTAGENS
Exposição à preços voláteis: se o preço de energia no mercado livre de energia
é mais barato que o mercado cativo; o que não é verdade de forma constante.
Ou seja, mesmo que no longo prazo, a energia no mercado livre tem se
mostrado muito mais vantajosa que no mercado cativo, existe a possibilidade
de que o valor seja desvantajoso em relação ao cativo em momentos de
estresse de geração ou de alta demanda do setor. Porém, o segredo é criar
uma estratégia de compra que leve em consideração pontos de gatilhos de
compra/venda (Interenergia, 2017).
Montantes de energia contratados maiores ou menores que o consumo: o
volume de energia a ser contratado pelo consumidor, que será um montante
referente a projeções e seu perfil de consumo, podendo gerar sobras ou faltas
de energia que não existem no mercado regulado. Isso porque o consumidor
passa a ser responsável pela determinação do volume de energia que será
contratado e pelo seu consumo (Interenergia, 2017).
CONSUMO
DEMANDA (R$/kW)
(R$/kWH)
SUBGRUPO CLASSES
FORA FORA
PONTA PONTA
PONTA PONTA
SERVIÇO
- 15,12 1,12408 0,02448
PÚBLICO
A4 RURAL - 16,01 1,19020 0,02592
(13,8 kV) RURAL
- 16,01 1,19020 0,00288
IRRIGAÇÃO
DEMAIS CLASSES - 17,79 1,32245 0,02881
Fonte: ENERGISA, 2018.
Com base nas tarifas praticadas pela distribuidora, com seus tributos, e nos
dados do consumidor, o valor da fatura para as tarifas aplicadas considerando como
consumidor cativo, será determinada na Tabela 3.
Na Tabela 3, observa-se que o consumidor, que se enquadra na modalidade
tarifária verde, possui contrato com a distribuidora apenas da Demanda em kW fora
ponta, Energia em kWh Fora ponta e Energia em kWh Ponta.
Tabela 3 – Demonstrativo de Custo para Consumidor Cativo aplicado pela
Distribuidora Energisa Paraíba
Valor total Tarifa Valor total
Tarifa sem
Quantidade sem com com
tributos
tributos tributos tributos
Consumo em kWh -
0,0 R$1,6997 R$0,00 R$2,3756 R$0,00
Ponta
Consumo em kWh -
231.120 R$0,2485 R$57.433,32 R$0,3591 R$82.995,19
Fora Ponta
Demanda de Potência -
511,2 R$17,79 R$9.094,25 R$25,90 R$13.240,08
Fora Ponta
Demanda de Potência
não consumida - Fora 168,8 R$17,79 R$3.002,95 R$18,99 R$3.205,51
Ponta
Total a Pagar a Distribuidora R$99.440,78
Fonte: Dados da pesquisa, 2018.
Energia livre: isso é da sua conta. Revista ABRACEEL, n.2, 2017. Disponível em:
<http://www.abraceel.com.br/userfiles/Versao_Final_Relatorio_Anual_Abraceel_201
6.pdf> Acesso em: 15 maio de 2018.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo:
Atlas, 2002.
OLIVEIRA, Robson Tiago de. Novo modelo do setor elétrico nacional e estudo
do mercado livre de energia elétrica. Campinas (SP), dez. 2008. Relatório
apresentado à Banca Examinadora do Trabalho de Conclusão do Curso de
Engenharia Elétrica para análise e aprovação. 2008.