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O Vocalismo Átono no Português do Brasil

Aluna: Julia Duarte

Apesar de a gramática de Cunha & Cintra (1984) tratar nalguns pontos das
especificidades do Português do Brasil, sobre questões de vocalismo átono não há nada de
relevante a apontar.
Na gramática de Mateus et al. (2003), no capítulo em que se estudam as diferenças
dialectais, refere-se que: As vogais átonas do PB são muito menos reduzidas que em PE, tal como sucede
no português falado em África. No nordeste e norte do Brasil, as vogais átonas pretônicas são abertas. Seguem-
se alguns exemplos:
PB PE
partir p[a]rtir p[ɐ]rtir
levar l[e]var l[ɨ]var
morar m[o]rar m[u]rar
leve lev[i] lev[ɨ]
more mor[i] mor[ɨ]

Como se pode observar, no PB, só em final de palavra temos a elevação da vogal /e/, a
qual passa a [ɨ].

Em Bechara (2006), no capítulo sobre Fonética e Fonologia, dentro da secção Fonologia


Descritiva, em Classificação das Vogais, apontam-se algumas diferenças entre o PE e o
PB:
Quanto à intensidade, as vogais podem ser tônicas ou átonas. Vogal tônica é aquela em que recai
o acento tônico da palavra: avó, paga, tímido. Vogal átona é a inacentuada: avó, paga, tímido. As
vogais átonas podem estar antes da tônica (pretônicas): avó, pagar, ou depois (postônicas): tímido.
Nos vocábulos de maior extensão fonética, mormente nos derivados e nos verbos seguidos de
pronome átono, pode aparecer, além da tônica, uma vogal de grande intensidade, a qual recebe o
nome de vogal subtônica: polidamente, cegamente, louvar-te-ei.

Na definição de TIMBRE, segundo o gramático, podemos perceber uma elevação e


redução quando se passa da posição tônica para átona em e e o, mas no caso do a há apenas
uma chamada “redução”, ou enfraquecimento da pronúncia, não uma alteração no som:
A distinção entre abertas e fechadas só se dá nas vogais tônicas e subtônicas; nas átonas
desaparece a diferença entre /ó/ e /ô/, /é/ e /ê/, e o /a/ reduzido é proferido com menos nitidez,
como se pode depreender comparando-se os dois tipos em casa, em que o primeiro é aberto e o
segundo, reduzido.
(...) Quase sempre no fim das palavras, as vogais átonas e e o se enfraquecem e soam,
respectivamente, /i/ e /u/. Assim temos sete vogais tônicas orais (/a/, /é/, /ê/, /i/, /ó/, /ô/, /u/), cinco
vogais átonas orais (/a/, /e/, /i/, /o/, /u/) e três vogais reduzidas orais (/a/, /i/, /u/). Também são
reduzidas as vogais átonas nasais: antigo, sentar, limpeza, combate, fundar.

Observações:
1.ª) Não temos no Brasil o a fechado oral tônico dos portugueses como em cada, para, mas.
2.ª) Na pronúncia normal brasileira, as vogais nasais são fechadas ou reduzidas (estas quando
átonas)

Na secção dedicada à Ortoépia ou Ortoepia (parte da gramática que trata da pronúncia


correta) temos alguns apontamentos sobre as pronúncias de vogais átonas (de forma
semelhante ou diferente em PB e em PE):
a) São fechadas as vogais nasais; por isso não distinguimos as formas verbais terminadas em -amos e
-emos do pres. e pret. perf. do indicativo da 1.ª e 2.ª conjugações: Ontem trabalhamos e agora
trabalhamos.
b) Soam muitas vezes como nasais as vogais seguidas de m, n e principalmente nh: cama, cana, banha,
cena, fina, Antônio, unha; (...)
c) São reduzidas as vogais e e o átonas finais, que soam /i/ e /u/, respectivamente: frente, carro. (...)
f) São oscilantes /e/, /i/, /ẽ/, /ĩ/, /o/, /u/, /õ/, /ũ/, reduzidos pretônicos em numerosos vocábulos, oscilação
que corresponde “a uma gradação de frequência de meio cultural, de nível social ou de tensão psíquica
do indivíduo falante” (Normas, 482): pedir /pedir/ ou /pidir/; estudo /estudu/ ou /istudu/; sentir /sentir/
ou /sintir/; costura /costura/ ou /custura/; compadre /compadre/ ou /cumpadre/.
g) Em linguagem cuidada, evita-se a oscilação de que anteriormente se falou, quando tem valor
opositivo, isto é, serve para distinguir palavras de significado diferente: eminente / iminente; emigrar /
imigrar; descrição / discrição.

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