Вы находитесь на странице: 1из 1

Boca, mastigação. Estômago, digestão de proteínas.

Intestino, absorção de
água e sais minerais. Além do que se refere à perspectiva morfofisiológica, a
discussão acerca da alimentação humana e sua importância reverbera para as
implicações de uma dieta desiquilibrada. Nesse sentido, é importante
problematizar o aspecto correlato da ingestão de alimentos não saudáveis e o
aumento do índice de doenças cardiovasculares, em um contexto de incentivo
ao consumo e acumulo de capital.
Convém analisar, antes de tudo, os impactos patológicos provenientes de uma
alimentação irregular. Segundo dados recentes, divulgados pelo Ministério da
Saúde em parceria com o IBGE, 56,9% dos adultos brasileiros se encontram
com sobrepeso, além de que, devido a altos níveis de ingestão de ácidos graxos
saturados e trans em produtos industrializados, doenças cardiometabólicas
representam a causa de 74% dos óbitos anuais no país. Dessa forma, medidas
de incentivo ao consumo de comidas mais saudáveis, associadas à atividade
física, são ferramentas das quais se deve utilizar para o beneficiamento da saúde
pública brasileira.
Apesar do alimento conduzir à análise biológica, é preciso vislumbrar ainda os
signos e as estruturas sociais que concorrem entre si a fim de regrar nossa dieta.
A partir das concepções teóricas de Adorno e Horkheimer, entende-se a
propaganda como intrínseca no processo de fetiche da mercadoria, de modo a
tornar o produto mais atraente ao consumidor, ao passo que se constrói a
necessidade de consumi-lo. Sob esse viés, a função apelativa da linguagem
publicitária direciona, aliada a uma rotina de produção neoliberal que acelera os
ciclos temporais dos acontecimentos, nossas práticas alimentares a refeições
pouco nutritivas, produtos industrializados e fast food.
Torna-se evidente, portanto, que o aumento no desequilíbrio alimentar e de
obesidade no Brasil nos encaminha para a necessidade de medidas profiláticas
para melhoria da saúde pública. Para tanto, a Organização Mundial da Saúde
(OMS) deve atribuir aos governos de cada país a responsabilidade de elaborar
e distribuir cartilhas sobre a promoção da alimentação saudável e prática de
atividade física, com o objetivo de fortificar a conscientização popular sobre a
problemática. Além disso, a comunidade escolar, com o apoio técnico-
informacional de profissionais da nutrição, tem de garantir na merenda infantil a
inserção de comidas não processadas, como aquelas provenientes da
agricultura familiar. Dessa maneira, pode-se associar à alimentação humana a
saudabilidade por ela requerida.

Вам также может понравиться