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Efun é um nome jeje-nago dado a vários tipos de pó, utilizados nos rituais afro
brasileiro. É conhecido pelos leigos e na Umbanda como pemba, nomeclatura
utilizada pela nação angola.
O Wáji é um elemento muito importante no culto aos Orixás, uma vez que, junto
com outros elementos, ajuda a proteger a cabeça dos nossos iyawos contra as
Ajé. Segunda a crença africana essas pinturas impediriam que eleyé (ave ligada as
Iyami) pousasse no ori dos recém iniciados, pois caso isso ocorresse seria um
desastre para vida dessa pessoa.
O Obi que é um fruto africano de uso imprescindível no Candomblé, sem ele nenhuma
obrigação é feita.
Para que a obrigação, ou outro rito prossiga com aceitação dos Òrísás é necessário uma
resposta positiva a ser dada através do Obi.
Ele deve ser jogado antes da obrigação para saber se o ritual pode ser realizado e depois
de feito para saber se foi aceito.
O fruto utilizado deve ser o que possui quatro gomos, chamado de Obi Abatá, sua
divisão deve ser natural, ou seja é proibido o uso de faca ou qualquer material cortante,
para dividi-lo em quatro partes, se naturalmente ele só contiver duas partes.
As duas metades correspondem a dois casais, caso o Obi contenha mais de quatro partes,
o excedente deve ser retirado, para que somente as quatro permaneçam.
O local onde o Obi será lançado deve ser plano, no chão ou sobre um prato branco, onde
fundamentalmente contenha água.
As partes são lançadas simultaneamente, sem manipulação ou lançamento individual.
Uma exceção deve ser feita no uso do Obi como jogo, para o Òrìsá Sàngó deve ser
utilizado Orogbò em substituição ao Obi.
O fruto dessa árvore tem uma dimensão tão importante no Candomblé que sua utilização
vai desde os rituais de iniciação até a consulta, por meio das suas sementes, para saber
se determinada oferenda agrada aos Òrísás.
Dentre as espécies catalogadas, encontra-se o obi, cujo nome científico é Cola acuminata.
“O obi tem como princípio ativo a cafeína. O teor dessa substância varia muito. Daí por
que ele é usado em processo de iniciação, quando se dá uma importância grande aos
conhecimentos traduzidos de forma oral ao qual é necessário manter-se atento, em
vigília”.
A massinha branca que reveste a semente do obi é rica em açúcares. “Esse tipo de
experiência nos mostrou o quanto há de sabedoria nesse conhecimento dos terreiros.
Obi, obi d’água ou simplesmente obi. Todos estes nomes referem-se à mesma obrigação,
voltada exclusivamente a confortar uma pessoa em um caso de doença, desemprego,
distúrbios nervosos, ou até mesmo para um iniciado dentro dos preceitos do "Asè Òrìsá",
quando por um motivo ou outro, o mesmo não pode passar por um bori. Esta obrigação
tem seu nome em referência a uma fruta africana, o obi, sem a qual nada podemos
realizar para os òrìsás, no tangente a sacrifícios, uma vez que é com ela que conversamos
com nossos antepassados para sabermos se aquele santo está satisfeito com a obrigação,
etc.
A NOZ DE COLA
0BÌ FRUTO DE UMA PALMEIRA AFRICANA (COLA ACUMINATA, SCHOTT. & ENDL. –
STER-CULIACEAE) ACLIMATADA NO BRASIL. INDISPENSÁVEL NO CULTO DOS
ORISÁ, ONDE SERVE DE OFERENDA PARA OS ÒRÌSÀ E É USADO NAS PRÁTICAS
DIVINATÓRIAS SIMPLES, SEPARADO PELAS MÃOS EM PEDAÇOS.
O BROTO DO OBÌ: TIRA-SE PARA IMOBILIZAR A GERMINAÇÃO. PARA UM OBÌ
GERMINAR É PRECISO DE TODAS AS SUAS PARTES. SE ISTO É OBSTRUÍDO, É
NECESSÁRIO NÃO DEIXAR OS GOMOS EM INCUBAÇÃO. UM GOMO ESTÁ
SEPARADO DO CONJUNTO. SERIA MAIS OU MENOS UM PADECIMENTO. POR ISTO
QUE DIZEMOS: PA OBÌ, (MATAR O OBI).
A palavra “obi”, se refere à noz de cola fresca nativo da África, especificamente o OBI
ABATA. Varia de branco, a escuridão vermelho, em cor.
Embora possam ser usadas outras configurações do Obi de vários modos, são os quatro
lóbulos de Obi, também conhecido como Iya Obi (A Mãe Obi).
3. Obì abatá pupa – Obi vermelho. Serve de oferenda para qualquer ebora que não seja
fun-fun, inclusive para Orí e Egun.
4. Obì edun = obì àáyá – (Cola Caricofolia– Sterculiáceae) – Cola de macaco Possui o
fruto vermelho e brilhante. É comestível. - Desconhecido o uso ritualístico.
5. Obì àbàtà = obì gidi – (Cola Acuminata – Sterculiáceae) – Este é um tipo de nóz de cola
vermelha que pode possuir de quatro a seis cotilenóides (awé). Típico para oferenda para
qualquer Ebora.
7. Obì ifin = O mesmo àjoòpa, só que de cor branca. - Oferendado a Obatalá - Muitas
vezes é dado como um presente ou como parte de um presente a uma pessoa importante.
8. Gbánjà = górò = awé méji. – (Cola Nitida – Sterculiáceae) – É vermelho e possui apenas
dois segmentos como indica um de seus nomes (awé méji). Contém muita cafeína e por
este motivo, se comido à noite, provoca insônia. A cafeína age como estimulante e
excitante muscular. Combate a depressão e a hipertensão e sua ação rápida é também de
curto efeito. Não serve de oferenda Òrìsá.
"Era uma vez um belo rapaz, forte e saudável, cujo nome era Obi, seu trabalho era levar
os recados dos homens, para os Òrìsás. Toda vez que um homem precisava fazer uma
oferenda a uma divindade, ele deveria falar no ouvido de Obi todas as suas orações,
pedidos e lamentações, e este, por sua vez, transmitiria os recados e traria uma resposta
daquela divindade.
Com o tempo, Obi passou a ser mais requisitado pelos seus trabalhos, pois com sua ajuda
tudo se tornara mais fácil, a resposta era imediata. Isso foi fazendo com que Obi ficasse
muito orgulhoso e envaidecido, passando a cobrar preços cada vez mais altos pelos seus
serviços, acumulando assim, muitas riquezas.
Obi sentia-se livre para agir desta forma, andava pelas ruas sem falsa modéstia, dizendo o
quanto as pessoas precisavam de seus favores. O tempo foi passando e a situação
chegou a tal ponto, que Exu ficou incomodado com as atitudes de Obi. Esù, que caminha
entre o céu e a terra com muita facilidade, foi falar com Olodùmàré (o Deus Supremo),
relatando tudo o que estava acontecendo na terra, especialmente o comportamento de
Obi.
Olodùmàré ficou muito triste com o que Obi estava fazendo e tomou uma decisão, ir
pessoalmente a casa de Obi, falar com ele, e ver quais seriam seus argumentos. O Deus
Supremo, que nunca havia saído do céu anteriormente, seguiu em direção a casa de Obi,
lá chegando, bateu na porta, e Obi foi atender, sem imaginar quem poderia estar do lado
de fora, ao abrir a porta, tão grande foi seu susto, que caiu de costas no chão imobilizado,
foi quando Olodùmàré disse a ele:
"Tanto foi o teu orgulho e vaidade que vim pessoalmente a sua casa para falar de minha
tristeza, como reparação de seus erros, a partir de hoje nunca mais falará de pé, toda vez
alguém precisar de teu trabalho é no chão que deverá te invocar, esse será o teu castigo
para sempre".
E até hoje é assim que consultamos Obi, no chão. Sabemos toda lenda serve para nos
transmitir uma mensagem filosófica.
Outro Ìtán:
"Olodùmàré chama os homens para retornarem ao seu lar, porém nem mesmo a morte é
capaz de apagar as lembranças os feitos de grandes homens.
Obi é um elemento muito importante no culto de Vodun, Òrìsá e Nkise. A noz de cola, Obi,
é o símbolo da oração no céu.
É um alimento básico, e toda vez que é oferecido, o seu consumo é sempre precedido por
preces.
Foi Orunmila quem revelou como a noz de cola foi criada.
Quando Olodùmàré descobriu que as divindades estavam lutando umas contra as outras,
antes de ficar claro que Esù era o responsável por isso, Ele decidiu convidar as quatro
mais moderadas divindades (Paz, a Prosperidade, a Concórdia e Aiye, a única divindade
feminina presente), para entrarem em acordo sobre a situação.
Eles deliberaram longamente sobre o motivo de os mais jovens não mais respeitarem os
mais velhos, como ordenado pelo Deus Supremo.
Todos começaram então a rezar pelo retorno da unanimidade e equilíbrio. Enquanto
estavam rezando pela restauração da harmonia, Olodunmare abriu e fechou sua mão
direita apanhando o ar.
Em seguida abriu e fechou sua mão esquerda, de novo apanhando o ar.
Após isso, Ele foi para fora, mantendo suas mãos fechadas e plantou o conteúdo das duas
mãos no chão.
Suas mãos haviam apanhado no ar as orações e Ele as plantou. No dia seguinte, uma
árvore havia crescido no lugar onde Deus havia plantado as orações que Ele apanhara no
ar.
Ela rapidamente cresceu, floresceu e deu frutos.
Quando as frutas amadureceram para colheita, começaram a cair no solo.
Aiye pegou-as e as levou para Olodùmàré, e Ele disse a ela para que fosse e preparasse
as frutas do jeito que mais lhe agradasse.
Primeiro, ela tostou as frutas, e elas mudaram sua textura, o que as deixou com gosto
ruim.
No outro dia, Ela pegou mais frutas e as cozinhou, e elas mudaram de cor e não podiam
ser comidas. Enquanto isso, outros foram fazendo tentativas, no entanto todas foram mal
sucedidas.
Foram então até Olodùmàré para dizer que a missão de descobrir como preparar as nozes
era impossível.
Quando ninguém sabia o que fazer, Elenini, a divindade do Obstáculo, se apresentou
como voluntária para guardar as frutas.
Todas as frutas colhidas foram então dadas a ela. Elenini então partiu a cápsula, limpou e
lavou as nozes e as guardou com as folhas para que ficassem frescas por quatorze dias.
Depois, ela começou a comer as nozes cruas.
Ela esperou mais quatorze dias e depois disso percebeu que as nozes estavam vigorosas
e frescas.
Após isso, ela levou as frutas para Olodùmàré e disse a todos que o produto das preces,
Obi, podia ser ingerido crú sem nenhum perigo.
Deus então decretou que, já que tinha sido Elenini, a mais velha divindade em sua casa
quem conseguiu descodificar o segredo do produto das orações, as nozes deveriam ser
dali por diante, não somente um alimento do céu, mas também, onde fossem
apresentadas, deveriam ser sempre oferecidas primeiro ao mais velho sentado no meio do
grupo, e seu consumo deveria ser sempre precedido por preces.
Olodùmàré também proclamou que, como um símbolo da prece, a árvore somente
cresceria em lugares onde as pessoas respeitassem os mais velhos.
Naquela reunião do Conselho Divino, a primeira noz de cola foi partida pelo Próprio
Olodùmàré e tinha duas peças.
Ele pegou uma e deu a outra para Elenini, a mais antiga divindade presente. A próxima
noz de cola tinha três peças, as quais representavam as três divindades masculinas que
disseram as orações que fizeram nascer a árvore da noz de cola.
A próxima tinha quatro peças e incluía assim Aiye, a única mulher que estava presente na
cerimônia.
A próxima tinha cinco peças e incluiu Òrìsá-Nlá.
A próxima tinha seis peças representando a harmonia, o desejo das orações divinas.
A noz de cola com seis peças foi então dividida e distribuída entre todos no Conselho.
Aiye então levou a noz de cola para a Terra, onde sua presença é marcada por preces e
onde ela só germina e floresce em comunidades humanas onde existe respeito pelos mais
velhos, pelos ancestrais e onde a tradição é glorificada."