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CARGA HORÁRIA DE
PESQUISA EXTERNA:
(20 horas)
Aluno:
Curso: Licenciatura em História – Aproveitamento de Estudos.
POLO - JAHU – SP
2016
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Sumário
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1. INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS HISTÓRICOS
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1.1. Estudos Históricos
A História é uma ciência e seu objetivo é expor fatos passados. O início do seu
estudo foi na Grécia, pelo historiador Heródoto, que é conhecido até hoje como o “Pai da
História”, ele desenvolveu os meios pelos quais nós, do mundo ocidental, podemos saber
e avaliar a história e seus momentos mais importantes. Sua principal obra, escrita por
volta de 440 a.C. ganhou o nome de Histórias e foi dividida em 9 livros: Clio, Euterpe,
Tália, Melpômene, Terpsícore, Erato, Polímnia, Urânia e Calíope. Na obra ele narra a
guerra entre os gregos e os persas.
Por ter um método, a história é vista como ciência, nela se utiliza diversos
objetos como fonte, a partir de vestígios que foram verificados pelo ser humano em outros
momentos históricos, o historiador tenta reconstituir o modo de vida de outros grupos
humanos.
O estudo da história foi dividido pela periodização tradicional em Pré-História e
História. A pré-história é subdividida em dois períodos: o paleolítico e o neolítico.
Enquanto a história é dividida em Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna e
Contemporânea.
A história vista como ciência tem o apoio de outras, como sociologia, filosofia,
geografia, arqueologia, paleontologia, epigrafia, química e etc. Cada uma se encaixa
dentro de suas especialidades e formam um conjunto para tenta explicar da forma mais
verídica possível o passado.
As fontes históricas podem ser denominadas documentos e podem ser
divididos nos seguintes tipos: escritos oficiais e não oficiais – no primeiro enquadramos
tudo o que foi produzido por governos, impérios; são os decretos, leis, jornais oficiais; no
segundo são colocadas todas as obras escritas pelos que não tinham ligação com o
Estado: são os jornais não oficiais, os livros, as revistas. Pinturas são documentos visuais
muito úteis para a História, assim como a fotografia, salientando que são produtos da
vontade humana e não devem ser consideradas o passado, mas uma tentativa de
congelar no tempo algo que foi marcante (no caso mais especifico da fotografia). O que
foi produzido para ser escutado – como a música - também representa os gostos de
determinada época.
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Essas são algumas das fontes que o pesquisador, historiador pode utilizar, mas
como ele utiliza essa fonte e trata o acontecimento passado diz respeito às escolas
históricas. Abaixo se pode observar informações acerca de algumas dessas fontes.
1.2. Positivismo
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cientificismo” (BURGUIÉRE, 1993, p. 645). Ele realizou importantes contribuições teóricas
que possibilitaram fornecer um caráter científico à História. “Wie es eigentlich gewesen”
traduzido do alemão significa “os fatos históricos tal qual realmente se passaram”, isso é
historicismo ou História Narrativa. Sua metodologia (o positivismo) tem como princípio a
objetividade e neutralidade por parte dos historiadores ao “reviver” a História.
1.4. Marxismo
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problemática, fazendo uso da interdisciplinaridade como estratégia importante para se
chegar ao conhecimento histórico.
A análise mais profunda sobre as fontes históricas é mais uma das
contribuições da escola, a partir dela o conceito de documento histórico será relativizado,
no que tange a ideia de verdade e neutralidade, e enriquecido a partir da incorporação de
novas formas de fontes históricas, além da escrita.
A história foi dividida em três gerações, são elas:
A primeira geração, liderada por Marc Bloch e Lucien Febvre, compreende o
período entre 1929 e 1946.
A segunda geração, dirigida por Fernand Braudel, compreende o período
entre 1946 e 1968.
A terceira geração se constitui a partir de 1968 e foi dirigida por vários
pesquisadores, não apresentando assim uma marca pessoal, tal como nas anteriores
fases.
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– A clássica, entre 1800 e 1950
– História Social da Arte, que começou na década de 1930
– História da Cultura Popular, surgida na década de 1960
– Nova História Cultural, a partir da década de 1980
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2. HISTÓRIA IBÉRICA
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2.1. Período Medieval
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1. A sociedade feudal era hierarquizada e estamental. Hierarquizada, pois era
muito difícil para uma pessoa passar de uma posição social para outra. Estamental, pois
cada pessoa assumia um papel muito bem definido na sociedade, geralmente de acordo
com o grupo em que nasceu.
2. Este modelo de organização social durante o feudalismo recebeu total
defesa da Igreja. Esta defendia a ideia de que Deus definia a condição em que a pessoa
veio ao mundo, cabendo a esta se manter naquele nível social sem questionar.
3. A posição e o status social de uma pessoa eram determinados pelo
nascimento e pela posse de propriedades, principalmente terras.
4. Havia uma grande disparidade de renda entre a camada dos mais ricos
(senhores feudais e nobres) e os mais pobres (servos camponeses). Portanto, a
sociedade feudal era marcada por forte desigualdade social.
As camadas sociais eram bem distintas - assim como hoje em dia – na figura 1
observa-se a pirâmide social da época.
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O clero se compunha de católicos influentes da igreja, como os padres, bispos,
monges e até o papa. Eles eram responsáveis pela vida religiosa da sociedade, porém
também estavam dentro da política da época.
Os nobres eram cavaleiros e guerreiros que protegiam a sociedade com
recursos militares; e por sua vez, os camponeses eram quem prestavam serviços aos
senhores feudais. Apesar de não poderem ser chamados de escravos, eram tratados
como. Eram as pessoas que mais trabalhavam e também os que sustentavam as outras
ordens.
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foi o ultimo reduto mulçumano, na mesma época em que os “Reis Católicos” se uniram
com a burguesia mercantil para também entrarem na história das Grandes Navegações
No século XV, início da Idade Moderna, a Europa via sua economia cada vez
mais comprometida com a queda de consumo dos bens produzidos na zona rural e
agrícola. O mercado interno europeu passava por sérias complicações. Para abastecer o
consumo, muitas vezes tinha que exportar produtos que vinham do Oriente, como
especiarias, objetos raros e pedras preciosas.
Entretanto, para comprar este material os europeus tinham que negociar com
os mercadores árabes, pois a única rota para fazer essa transação vinha pelo Mar
Mediterrâneo, passando pelas cidades italianas de Gênova e Veneza. Muitos mercadores
envolvidos na exportação de produtos acabavam tornando-os mais caros, o que acabou
contribuindo para a crise econômica europeia.
Para evitar gastos com impostos sobre mercadorias, os europeus procuraram
rotas alternativas para encontrar as Índias (de onde vinham os metais preciosos) e
comprar os produtos de forma direta. Assim, estariam livres dos altos impostos cobrados.
As Expansões Marítimas eram caras e nenhum comerciante rico era capaz de
se embrenhar pelos mares sem recursos do rei. A figura do monarca era essencial para
este empreendimento, pois ele conseguia captar recursos públicos de toda a nação para
investir em embarcações mais resistentes. Foram criadas as
primeiras bússolas e astrolábios para que os embarcadores pudessem se orientar. Um
importante avanço foi o surgimento da primeira caravela, que tornava possível longas
viagens marítimas.
A primeira nação europeia a realizar uma expansão marítima foi Portugal,
graças a sua consolidação como Estado bem organizado militarmente e independência
das demais nações do continente. Com o poder centralizado nas mãos do rei Dom João I,
os portugueses começaram a enviar as primeiras embarcações marítimas, na busca dos
produtos das Índias. Nessas empreitadas, acabou descobrindo outros territórios e novas
possibilidades de atingir seus interesses.
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Outro país que teve acentuada importância na Expansão Marítima foi a
Espanha que, junto com Portugal, investiu na colonização dessas novas terras
exploradas.
Dentre os principais fatores ligados à Expansão Marítima está o descobrimento
do Brasil e da América, no final do século XV. Este novo continente foi crucial para que a
economia da Europa se estabilizasse novamente.
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3. HISTÓRIA MODERNA
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3.1. Transição: Feudalismo/Capitalismo
3.2. O Renascimento
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A razão, de acordo com o pensamento da renascença, era uma manifestação
do espírito humano que colocava o indivíduo mais próximo de Deus. Ao exercer sua
capacidade de questionar o mundo, o homem simplesmente dava vazão a um dom
concedido por Deus (neoplatonismo). Outro aspecto fundamental das obras
renascentistas era o privilégio dado às ações humanas, ou humanismo. Tal característica
representava-se na reprodução de situações do cotidiano e na rigorosa reprodução dos
traços e formas humanas (naturalismo). Esse aspecto humanista inspirava-se em outro
ponto-chave do Renascimento: o elogio às concepções artísticas da Antiguidade Clássica
ou Classicismo.
Essa valorização das ações humanas abriu um diálogo com a burguesia que
floresceu desde a Baixa Idade Média. Suas ações pelo mundo, a circulação por diferentes
espaços e seu ímpeto individualista ganharam atenção dos homens que viveram todo
esse processo de transformação privilegiado pelo Renascimento. Ainda é interessante
ressaltar que muitos burgueses, ao entusiasmarem-se com as temáticas do
Renascimento, financiavam muitos artistas e cientistas surgidos entre os séculos XIV e
XVI. Além disso, podemos ainda destacar a busca por prazeres (hedonismo) como outro
aspecto fundamental que colocava o individualismo da modernidade em voga.
A aproximação do Renascimento com a burguesia foi claramente percebida no
interior das grandes cidades comerciais italianas do período. Gênova, Veneza, Milão,
Florença e Roma eram grandes centros de comércio onde a intensa circulação de
riquezas e ideias promoveram a ascensão de uma notória classe artística italiana. Até
mesmo algumas famílias comerciantes da época, como os Médici e os Sforza, realizaram
o mecenato, ou seja, o patrocínio às obras e estudos renascentistas. A profissionalização
desses renascentistas foi responsável por um conjunto extenso de obras que acabou
dividindo o movimento em três períodos: o Trecento, o Quatrocento e Cinquecento. Cada
período abrangia respectivamente uma parte do período que vai do século XIV ao XVI.
Durante o Trecento, podemos destacar o legado literário de Petrarca (“De
África” e “Odes a Laura”) e Dante Alighieri (“Divina Comédia”), bem como as pinturas de
Giotto di Bondoni (“O beijo de Judas”, “Juízo Final”, “A lamentação” e “Lamento ante
Cristo Morto”). Já no Quatrocento, com representantes dentro e fora da Itália, o
Renascimento contou com a obra artística do italiano Leonardo da Vinci (Mona Lisa) e as
críticas ácidas do escritor holandês Erasmo de Roterdã (Elogio à Loucura).
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Na fase final do Renascimento, o Cinquecento, movimento ganhou grandes
proporções dominando várias regiões do continente europeu. Em Portugal podemos
destacar a literatura de Gil Vicente (Auto da Barca do Inferno) e Luís de Camões (Os
Lusíadas). Na Alemanha, os quadros de Albercht Dürer (“Adão e Eva” e “Melancolia”) e
Hans Holbein (“Cristo morto” e “A virgem do burgomestre Meyer”). A literatura francesa
teve como seu grande representante François Rabelais (“Gargântua e Pantagruel”). No
campo científico devemos destacar o rebuliço da teoria heliocêntrica defendida pelos
estudiosos Nicolau Copérnico, Galileu Galilei e Giordano Bruno. Tal concepção abalou o
monopólio dos saberes desde então controlados pela Igreja.
Ao abrir o mundo à intervenção do homem, o Renascimento sugeriu uma
mudança da posição a ser ocupada pelo homem no mundo. Ao longo dos séculos
posteriores ao Renascimento, os valores por ele empreendidos vigoraram ainda por
diversos campos da arte, da cultura e da ciência. Graças a essa preocupação em revelar
o mundo, o Renascimento suscitou valores e questões que ainda se fizeram presentes
em outros movimentos concebidos ao logo da história ocidental.
3.3. Iluminismo
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indivíduo. A racionalização dos hábitos era uma das grandes ideias defendidas pelo
iluminismo.
As instituições religiosas eram sistematicamente atacadas por esses
pensadores. A intromissão da Igreja nos assuntos econômicos e políticos era um tipo de
hábito nocivo ao desenvolvimento e ao progresso da sociedade. Até mesmo o
pensamento dogmático religioso era colocado como uma barreira entre Deus e o homem.
O pensamento iluminista acreditava que a natureza divina estava presente no próprio
indivíduo e, por isso, a razão e o experimento eram meios seguros de compreensão da
essência divina.
Inspirados pelas leis fixadas nas ciências naturais, os iluministas também
defendiam a existência de verdades absolutas. O homem, em seu estado originário,
possuía um conjunto de valores que fazia dele naturalmente afeito à bondade e
igualdade. Seriam as falhas cometidas no desenvolvimento das sociedades que teria
afastado o indivíduo destas suas características originais. Por isso, instituições políticas
preocupadas com a liberdade deveriam dar lugar às injustiças promovidas pelo Estado
Absolutista.
Por essas noções instalava-se uma noção otimista do mundo que não teria
como interromper seu progresso no momento em que o homem contava com o pleno uso
de sua racionalidade. Os direitos naturais, o respeito à diversidade de ideias e a justiça
deveriam trazer a melhoria da condição humana. Oferecendo essas ideias, o iluminismo
motivou as revoluções burguesas que trouxeram o fim do Antigo Regime e a instalação de
doutrinas de caráter liberal.
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A vida dos trabalhadores e camponeses era de extrema miséria, portanto,
desejavam melhorias na qualidade de vida e de trabalho. A burguesia, mesmo tendo uma
condição social melhor, desejava uma participação política maior e mais liberdade
econômica em seu trabalho.
A situação se agravou a tal ponto que o povo foi às ruas para derrubar o rei
Luis XVI. O primeiro alvo dos revolucionários foi a Bastilha. A Queda da Bastilha em
14/07/1789 marca o início do processo revolucionário, pois a prisão política era o símbolo
da monarquia francesa.
Os revolucionários usavam o tema "Liberdade, Igualdade e Fraternidade", pois
ele resumia muito bem os desejos do terceiro estado francês.
Durante o processo revolucionário, grande parte da nobreza deixou a França,
porém a família real foi capturada enquanto tentava fugir do país. Presos, os integrantes
da monarquia, entre eles o rei Luis XVI e sua esposa Maria Antonieta foram guilhotinados
em 1793. O clero também não saiu impune, pois os bens da Igreja foram confiscados
durante a revolução.
No mês de agosto de 1789, a Assembleia Constituinte cancelou todos os
direitos feudais que existiam e promulgou a Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão. Este importante documento trazia significativos avanços sociais, garantindo
direitos iguais aos cidadãos, além de maior participação política para o povo.
A Revolução Francesa marcou a Historia Moderna com o fim do sistema
absolutista e os privilégios da nobreza. O povo passou a ser mais respeitado e terem mais
direitos, melhorando a qualidade de trabalho e vida. A burguesia, por sua vez, conduziu o
processo para não perder seu domínio social. As bases de uma sociedade burguesa
e capitalista foram estabelecidas durante a revolução. Os ideais políticos
(principalmente iluministas) presentes na França antes da Revolução Francesa também
influenciaram a independência de alguns países da América Espanhola e o movimento
de Inconfidência Mineira no Brasil.
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4. HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA
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4.1. Período Napoleônico
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Os sindicatos e as greves são proibidos, mas as associações de
empregadores, permitidas. Numa disputa judicial sobre salários, o Código determina que
o depoimento do patrão, e não o do empregado, é que deve ser levado em conta.
O Código foi feito pela burguesia e para a burguesia: foi feito pelos donos da
propriedade para a proteção da propriedade. igreja-elaboração de um acordo (concordata,
em 1801) entre a Igreja Católica e o Estado Francês, tendo como objetivo fazer da religião
um instrumento de poder político.
O Papa reconhecia o confisco das propriedades da Igreja, em troca do amparo
do Estado ao Clero. Por sua vez, Napoleão reconhecia o catolicismo com a religião da
maioria dos franceses, mas reservava para si o direito de designar bispos, cujos nomes
seriam, posteriormente, aprovados pelo Papa.
Nos anos entre 1914 e 1918 se deu a Primeira Guerra mundial, porém mesmo
antes disso, o mundo passava pela Belle Epóque (Bela Época). Tempos em que houve
um grande progresso tecnológico e econômico. Os países mais ricos tentavam impor
suas vontades aos países mais pobres. Porém nessa mesma época havia uma tensão
muito grande que deflagrou no que hoje é conhecido como a Grande Guerra ou a Guerra
das Guerras.
Quanto mais os países europeus se industrializavam, maior ficava a disputa
entre eles, que queriam dominar não apenas a Europa, mas modernizar sua economia se
sobrepondo sobre as outras nações. Esse clima acirrado provocou uma forte tensão, pois
os países industrializados disputavam os mercados consumidores mundiais e as matérias
primas com todas as armas que lhes eram possíveis.
Por conta dessas disputas de mercados, surgiram indícios que uma guerra
mundial estava por iniciar. E Europa começou a investir em tecnologias de guerra e
aumentar seus exércitos. Houve também a formação da “Política de alianças”, onde foram
assinados acordos militares que dividiram os países europeus em dois blocos. E isso que
ocasionou mais tarde a Primeira Guerra Mundial.
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Nesses blocos de um lado estavam Alemanha, Itália e Império Austro-húngaro,
formando a Tríplice Aliança, e do outro lado estavam a França, Rússia e Inglaterra, que
formavam Tríplice Entente.
Quando o príncipe do Império Austro-hungaro, Francisco Ferdinando, foi
assassinado, deu-se o estopim da Guerra no dia 28 de julho de 1914.
Com o inicio da guerra, um dos primeiros ataques foram contra o continente
africano, onde haviam colônias e territórios ocupados pelos europeus. A África do Sul foi
atacada pelas forças alemãs em 10 de agosto, pois as terras pertenciam ao império
Britânico. A Nova Zelândia invadiu a Samoa, que pertencia à Alemanha, e a Força Naval e
expedicionária Australiana desembarcou na ilha de New Pommem, que viria a se tornar
futuramente a Nova Bretanha, que na época fazia parte da chamada Nova Guiné Alemã.
No ano de 1917 os Estados Unidos decidiram entrar na guerra. Eles se
posicionaram ao lado da Tríplice Entente, já que tinham acordos comerciais milionários
envolvidos com países como Inglaterra e França. Esta união foi crucial para a vitória da
Entente, o que acabou forçando os países derrotados a assinarem a rendição.
A partir de então foi feito o Tratado de Versalhes, que impôs aos derrotados
fortes restrições, fazendo com que, por exemplo, a Alemanha reduzisse seu exército, que
fosse mantido um controle sobre a indústria bélica do país, a devolução da região Alsácia-
Lorena à França, além de ter que pagar os prejuízos da guerra aos países vencedores.
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espaço para a democracia. Mesmo os trabalhadores urbanos, que desfrutavam os poucos
empregos da fraca indústria russa, viviam descontentes com o governo do czar.
No ano de 1905, Nicolau II mostra a cara violenta e repressiva de seu governo.
No conhecido Domingo Sangrento, manda seu exército fuzilar milhares de manifestantes.
Marinheiros do encouraçado Potenkim também foram reprimidos pelo czar.
Começava então a formação dos sovietes (organização de trabalhadores
russos) sob a liderança de Lênin. Os bolcheviques começavam a preparar a revolução
socialista na Rússia e a queda da monarquia.
A Revolução Russa se deu em duas etapas distintas, a primeira foi em março
de 1917, onde foi derrubada a autocracia de Czar Nicolau II da Rússia, o último Czar a
governar, e procurou estabelecer em seu lugar uma república de cunho liberal.
A segunda foi em outubro do mesmo ano, na qual o Partido Bolchevique,
liderado por Vladimir Lênin, derrubou o governo provisório e impôs o governo socialista
soviético.
O Governo Provisório iniciou de imediato diversas reformas liberalizantes,
inclusive a abolição da corporação policial e sua substituição por uma milícia popular. Mas
os líderes bolcheviques, entre os quais estava Lenin, formaram os Sovietes (Conselhos)
em Petrogrado e outras cidades, estabelecendo o que a historiografia, posteriormente,
registraria como ‘duplo poder’: o Governo Provisório e os Sovietes.
Lenin foi o primeiro dirigente da URRS. Liderou os bolcheviques quando estes
tomaram o poder do governo provisório russo, após a Revolução de Outubro de 1917
(esta sublevação ocorreu em 6 e 7 de novembro, segundo o calendário adotado em 1918;
em conformidade com o calendário juliano, adotado na Rússia naquela época, a
revolução eclodiu em outubro). Lenin acreditava que a revolução provocaria rebeliões
socialistas em outros países do Ocidente.
Ao expor as chamadas Teses de abril, Lenin declarou que os bolcheviques não
apoiariam o Governo Provisório, e pediu a união dos soldados numa frente que viesse pôr
fim à guerra imperialista (I Guerra Mundial) e iniciasse a revolução proletária, em escala
internacional, idéia que seria fortalecida com a propaganda de Leon Trotski. Enquanto
isso, Alexandr Kerenski buscava fortalecer a moral das tropas.
No Congresso de Sovietes de toda a Rússia, realizado em 16 de junho, foi
criado um órgão central para a organização dos Sovietes: o Comitê Executivo Central dos
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Sovietes que organizou, em Petrogrado, uma enorme manifestação, como demonstração
de força.
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BIBLIOGRAFIA
BENJAMIN, Walter. “Sobre o conceito de História”, In: Magia e técnica, arte e política.
Tradução de Sérgio Paulo Rouanet. Brasiliense, 1985.
BURKE, Peter. A Nova História, seu passado e seu futuro. A escrita da História: novas
perspectivas. São Paulo, Editora UNESP, 1992.
FAUSTO, Boris. História do Brasil. EDUSP, 2007. HOBSBAWM, Eric. Sobre história.
Companhia da Letras, 1998.
FRANCO, Hilário Jr. A Idade Média – O Nascimento do Ocidente. Brasiliense. Amplicada, 2001.
SILVA, Marcos e GUIMARÃES, Selva. Ensinar História no século XXI: em busca do tempo
entendido. Papirus, 2007.
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