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IES – INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR

CARGA HORÁRIA DE
PESQUISA EXTERNA:

(20 horas)

TRABALHO EXTRA-CLASSE DE HISTÓRIA

Aluno:
Curso: Licenciatura em História – Aproveitamento de Estudos.

POLO - JAHU – SP
2016

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Sumário

1. INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS HISTÓRICOS..............................................................2


1.1. Estudos Históricos....................................................................................................3
1.2. Positivismo................................................................................................................4
1.3. Exemplo – Leopold Vol Ranke.................................................................................4
1.4. Marxismo..................................................................................................................5
1.5. Escola dos Annales..................................................................................................5
1.6. História Cultural........................................................................................................6
2. HISTÓRIA IBÉRICA........................................................................................................8
2.1. Período Medieval......................................................................................................9
2.2. Sociedade Feudal.....................................................................................................9
2.3. Estados Nacionais Ibéricos....................................................................................11
2.4. Expansão Marítima.................................................................................................12
3. HISTÓRIA MODERNA..................................................................................................14
3.1. Transição: Feudalismo/Capitalismo.......................................................................15
3.2. O Renascimento.....................................................................................................15
3.3. Iluminismo...............................................................................................................17
3.4. Revolução Francesa...............................................................................................18
4. HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA...................................................................................20
4.1. Período Napoleônico..............................................................................................21
4.2. 1º Guerra Mundial...................................................................................................22
4.3. Revolução Russa....................................................................................................23
4.4. Crise de 1929.........................................................................................................25
BIBLIOGRAFIA....................................................................................................................26

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1. INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS HISTÓRICOS

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1.1. Estudos Históricos

A História é uma ciência e seu objetivo é expor fatos passados. O início do seu
estudo foi na Grécia, pelo historiador Heródoto, que é conhecido até hoje como o “Pai da
História”, ele desenvolveu os meios pelos quais nós, do mundo ocidental, podemos saber
e avaliar a história e seus momentos mais importantes. Sua principal obra, escrita por
volta de 440 a.C. ganhou o nome de Histórias e foi dividida em 9 livros: Clio, Euterpe,
Tália, Melpômene, Terpsícore, Erato, Polímnia, Urânia e Calíope. Na obra ele narra a
guerra entre os gregos e os persas.
Por ter um método, a história é vista como ciência, nela se utiliza diversos
objetos como fonte, a partir de vestígios que foram verificados pelo ser humano em outros
momentos históricos, o historiador tenta reconstituir o modo de vida de outros grupos
humanos.
O estudo da história foi dividido pela periodização tradicional em Pré-História e
História. A pré-história é subdividida em dois períodos: o paleolítico e o neolítico.
Enquanto a história é dividida em Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna e
Contemporânea.
A história vista como ciência tem o apoio de outras, como sociologia, filosofia,
geografia, arqueologia, paleontologia, epigrafia, química e etc. Cada uma se encaixa
dentro de suas especialidades e formam um conjunto para tenta explicar da forma mais
verídica possível o passado.
As fontes históricas podem ser denominadas documentos e podem ser
divididos nos seguintes tipos: escritos oficiais e não oficiais – no primeiro enquadramos
tudo o que foi produzido por governos, impérios; são os decretos, leis, jornais oficiais; no
segundo são colocadas todas as obras escritas pelos que não tinham ligação com o
Estado: são os jornais não oficiais, os livros, as revistas. Pinturas são documentos visuais
muito úteis para a História, assim como a fotografia, salientando que são produtos da
vontade humana e não devem ser consideradas o passado, mas uma tentativa de
congelar no tempo algo que foi marcante (no caso mais especifico da fotografia). O que
foi produzido para ser escutado – como a música - também representa os gostos de
determinada época.

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Essas são algumas das fontes que o pesquisador, historiador pode utilizar, mas
como ele utiliza essa fonte e trata o acontecimento passado diz respeito às escolas
históricas. Abaixo se pode observar informações acerca de algumas dessas fontes.

1.2. Positivismo

Os fatos do passado são os criadores da história. O conhecimento sobre o


passado é dentre outras uma das definições de história, onde os historiadores tem a
função de analisar documentos, verificar fatos, ordená-los e descreve-los de uma forma
cronológica.
Esse tipo de analise é vista como historicismo, e sua metodologia é conhecida
como positivista, pois nela o historiador trabalha com base nos princípios de uma
representação fiel e na imparcialidade. O conhecimento fiel sobre os fatos da humanidade
ocorridos no passado é uma definição de história característica da ciência positivista do
século XIX.
Os historiadores da ciência positiva eram vistos pelos historiados mais antigos
(do século XX) como metódicos, pois eles baseavam suas histórias em fatos mais
importantes, descritos em documentos oficiaise sempre seguiam uma sequencia linear de
apreensão do tempo. Era como reviver o passado.
A real intenção dos positivistas era ressaltar a importância dos grandes heróis
nacionais, assim como, evidenciar no Estado Nacional em consolidação, o verdadeiro
sujeito das transformações em curso. Além disso, enaltecer o auge da civilização europeia
em ritmo acelerado de desenvolvimento após as novas tecnologias advindas da Segunda
Revolução Industrial.
Existia uma ideia fixa de expor os assuntos políticos e sociais, abrindo assim
uma distância da realidade por focar mais nos grandes líderes nacionais, pois eram eles
que realizavam as maiores transformações das Nações. Ficando assim outros grupos
sociais esquecidos na história.

1.3. Exemplo – Leopold Vol Ranke

O historiador alemão Leopold Von Ranke (1795-1886), “pode ser considerado


um dos fundadores da história científica na Alemanha e um dos fundadores do

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cientificismo” (BURGUIÉRE, 1993, p. 645). Ele realizou importantes contribuições teóricas
que possibilitaram fornecer um caráter científico à História. “Wie es eigentlich gewesen”
traduzido do alemão significa “os fatos históricos tal qual realmente se passaram”, isso é
historicismo ou História Narrativa. Sua metodologia (o positivismo) tem como princípio a
objetividade e neutralidade por parte dos historiadores ao “reviver” a História.

1.4. Marxismo

O Marximo ou a história Marxista tem outra forma de escrever a história. Ele se


baseia em uma filosofia com traços voltados ao economicismo.
A Filosofia da História tem como objetivo explicar como se desenvolve a
história. Junto com o crescimento da importância da ciência da História, no século XVIII
diversos pensadores dedicaram seu tempo para estudar a Filosofia da História. Surgindo
várias concepções de progresso histórico.
Naquela época, dentre diversos pensadores dedicados ao tema Filosofia da
História, se destacou o alemão Karl Marx, que baseava suas explicações históricas para
relações sociais em pilares economicistas.
Segundo Marx, a vida social é diretamente afetada em todas as vertentes pela
economia. Ele utilizava algumas ferramentas para explicar essas interferências sociais,
como o materialismo dialético e o caráter teleológico.

1.5. Escola dos Annales

O movimento a Escola dos Annales renovou a historiografia, teve seu início na


França no final da década de 1920. Foi fundado por Marc Bloch e Lucien Febvre, da
revista Anais de História Econômica e Social. Os dois historiadores, inicialmente
periféricos na academia francesa se reuniram com pesquisadores de outras áreas das
ciências humanas, propunham uma escrita da história que privilegiasse o econômico e o
social em detrimento do político.
O movimento se opõe diretamente à produção historiográfica que no século
XIX era predominante, a revista tornou-se um movimento de vanguarda na renovação do
método de investigação histórica. Era foco da divulgação da revista, além de outras
coisas, a produção de uma história total que fosse desenvolvida a partir de uma

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problemática, fazendo uso da interdisciplinaridade como estratégia importante para se
chegar ao conhecimento histórico.
A análise mais profunda sobre as fontes históricas é mais uma das
contribuições da escola, a partir dela o conceito de documento histórico será relativizado,
no que tange a ideia de verdade e neutralidade, e enriquecido a partir da incorporação de
novas formas de fontes históricas, além da escrita.
A história foi dividida em três gerações, são elas:
 A primeira geração, liderada por Marc Bloch e Lucien Febvre, compreende o
período entre 1929 e 1946.
 A segunda geração, dirigida por Fernand Braudel, compreende o período
entre 1946 e 1968.
 A terceira geração se constitui a partir de 1968 e foi dirigida por vários
pesquisadores, não apresentando assim uma marca pessoal, tal como nas anteriores
fases.

"Da minha perspectiva, a mais importante contribuição do grupo dos Annales,


incluindo-se as três gerações, foi expandir o campo da história por diversas áreas.
O grupo ampliou o território da história, abrangendo áreas inesperadas do
comportamento humano e a grupos sociais negligenciados pelos historiadores
tradicionais. Essas extensões do território histórico estão vinculadas à descoberta
de novas fontes e ao desenvolvimento de novos métodos para explorá-las.
Estão também associadas à colaboração com outras ciências, ligadas ao estudo
da humanidade, da geografia à linguística, da economia à psicologia. Essa
colaboração interdisciplinar manteve-se por mais de sessenta anos, um fenômeno
sem precedentes na história das ciências sociais". (BURKE, 1992, p. 173).

1.6. História Cultural

A História cultural investiga representações e imaginários do outro, produzidas


num âmbito específico, e para isso ocupa-se da cultura de certo lugar em determinado
período do tempo, mas sem estar diretamente ligada a historia política ou a história oficial
deste.
A História da cultura se baseia em ideias de Volksgeist, Zeitgeist e
Weltanschauung – o primeiro é o espírito nacional ou popular, o segundo é o espirito da
época ou tempo já o ultimo refere-se ao espírito da visão do mundo. Peter Burke divide a
histórica cultural em quatro momentos:

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– A clássica, entre 1800 e 1950
– História Social da Arte, que começou na década de 1930
– História da Cultura Popular, surgida na década de 1960
– Nova História Cultural, a partir da década de 1980

A História Cultural vem se mostrando como um ótimo parceiro de outros


campos historiográficos para realizar conexões de pesquisas, ao mesmo tempo em que
tem proporcionado aos historiadores um rico espaço para a formulação conceitual.

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2. HISTÓRIA IBÉRICA

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2.1. Período Medieval

O período da História Medieval ocorrido no ocidente está estre a História Antiga


e a Moderna. Ela teve início na queda do Império Romano, em 476, quando a invasão dos
bárbaros causou uma grande dispersão do império, alterando assim para sempre as
relações políticas.
A Idade Média é subdivida pelos historiadores em três períodos distintos: Alta
Idade Média, Idade Média Clássica e Baixa Idade Média. Essa divisão ocorre porque é
possível notar variações na estrutura geral dentro do próprio período Medieval.
A Alta Idade Média se passa entre os séculos V e X, teve seu início na
dispersão total do Império Romano, na mesma época em que se iniciou uma nova
realidade estrutural. A Idade Média Clássica veio em seguida e se passou entre os
séculos de XI e XIII, é neste momento em que estão os elementos mais populares do
período Medieval, como feudos, suserana e vassalagem e cavalaria, por exemplo. A Baixa
Idade Média, correspondente aos séculos XIV e XV, já representa uma fase de transição
para o novo período, no qual novos elementos começam a alterar a estrutura Medieval.
O poder da Igreja Católica se multiplicou na Idade média, crescendo assim a
sua influência sob a população. É neste período da história que a instituição tem mais
poder e por isso condiciona o cotidiano de todas as relações. A soberania da Igreja
interfere nas Artes, na Arquitetura, na Política, na Cultura, na Filosofia, nas guerras, além,
claro, das questões religiosas.
As principais características da Idade Média são: o feudalismo, as relações
de suserania e vassalagem, as Cruzadas, as ordens de cavalaria e a Peste Negra.

2.2. Sociedade Feudal

A sociedade feudal se consolidou com a miscigenação dos povos germânicos


invasores com os povos restantes do Império Romano. Esta sociedade tinha como ponto
principal de organização o feudo (principal unidade de produção e organização territorial
da Idade Média).

A Sociedade Feudal tinha algumas características particulares, numeradas


abaixo:

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1. A sociedade feudal era hierarquizada e estamental. Hierarquizada, pois era
muito difícil para uma pessoa passar de uma posição social para outra. Estamental, pois
cada pessoa assumia um papel muito bem definido na sociedade, geralmente de acordo
com o grupo em que nasceu.
2. Este modelo de organização social durante o feudalismo recebeu total
defesa da Igreja. Esta defendia a ideia de que Deus definia a condição em que a pessoa
veio ao mundo, cabendo a esta se manter naquele nível social sem questionar.
3. A posição e o status social de uma pessoa eram determinados pelo
nascimento e pela posse de propriedades, principalmente terras.
4. Havia uma grande disparidade de renda entre a camada dos mais ricos
(senhores feudais e nobres) e os mais pobres (servos camponeses). Portanto, a
sociedade feudal era marcada por forte desigualdade social.

As camadas sociais eram bem distintas - assim como hoje em dia – na figura 1
observa-se a pirâmide social da época.

Pirâmide Social da Sociedade Feudal


Fonte: http://www.coladaweb.com/historia/sociedade-feudal

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O clero se compunha de católicos influentes da igreja, como os padres, bispos,
monges e até o papa. Eles eram responsáveis pela vida religiosa da sociedade, porém
também estavam dentro da política da época.
Os nobres eram cavaleiros e guerreiros que protegiam a sociedade com
recursos militares; e por sua vez, os camponeses eram quem prestavam serviços aos
senhores feudais. Apesar de não poderem ser chamados de escravos, eram tratados
como. Eram as pessoas que mais trabalhavam e também os que sustentavam as outras
ordens.

2.3. Estados Nacionais Ibéricos

A formação dos estados nacionais se deu a partir da Crise Feudal no século XI


e XIV, gerando o Renascimento comercial e urbano. Apesar das inovações tecnológicas e
ampliação das terras, a produção agrícola encontrou seus limites por passar por várias
inundações, secas e outros fatores climáticos, fazendo com que em 1316 nos campos e
nas cidades houvesse o que hoje é conhecido como a Grande Fome.
A Guerra dos 100 anos (1337-1453) foi a responsável pelo aumento da taxa de
mortalidade e junto com ela veio a Peste Negra. A Peste Negra junto com mais algumas
epidemias mataram mais de 1/3 de toda a população.
Diversas foram as consequências da crise do Século XIV, algumas delas são:
- Diminuição da mão-de-obra devido às mortes e fugas.
- Aumento da exploração senhorial, pois o renascimento Comercial impôs um novo
padrão de vida para o Senhor Feudal com mais luxo.
- Revoltas nos campos
- Mudanças nas relações produtivas: A servidão deixava espaço para o trabalho
livre, contratos de trabalho, salários...
- Formação das Monarquias Nacionais financiadas pela burguesia, unificando
mercados, criando moeda única, sistema de pesos e medidas

Em Portugal começou a surgir a monarquia nacional a partir do Reino


Portucalense, pertencente a Henrique de Borgonha, genro e vassalo do rei de Leão (séc.
XII). A Dinastia de Borgonha foi responsável pela unificação e centralização política
portuguesa e a Dinastia de Avis (revolução de Avis 1383-1385) aliou-se à burguesia
mercantil e Portugal tornou-se pioneiro na Expansão Marítima Européia.
Na Espanha o casamento de Fernando de Aragão e Isabel de Castela deu
início a sua unificação. A partir dai houve várias mudanças, em 1492 a cidade de Granada

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foi o ultimo reduto mulçumano, na mesma época em que os “Reis Católicos” se uniram
com a burguesia mercantil para também entrarem na história das Grandes Navegações

2.4. Expansão Marítima

No século XV, início da Idade Moderna, a Europa via sua economia cada vez
mais comprometida com a queda de consumo dos bens produzidos na zona rural e
agrícola. O mercado interno europeu passava por sérias complicações. Para abastecer o
consumo, muitas vezes tinha que exportar produtos que vinham do Oriente, como
especiarias, objetos raros e pedras preciosas.
Entretanto, para comprar este material os europeus tinham que negociar com
os mercadores árabes, pois a única rota para fazer essa transação vinha pelo Mar
Mediterrâneo, passando pelas cidades italianas de Gênova e Veneza. Muitos mercadores
envolvidos na exportação de produtos acabavam tornando-os mais caros, o que acabou
contribuindo para a crise econômica europeia.
Para evitar gastos com impostos sobre mercadorias, os europeus procuraram
rotas alternativas para encontrar as Índias (de onde vinham os metais preciosos) e
comprar os produtos de forma direta. Assim, estariam livres dos altos impostos cobrados.
As Expansões Marítimas eram caras e nenhum comerciante rico era capaz de
se embrenhar pelos mares sem recursos do rei. A figura do monarca era essencial para
este empreendimento, pois ele conseguia captar recursos públicos de toda a nação para
investir em embarcações mais resistentes. Foram criadas as
primeiras bússolas e astrolábios para que os embarcadores pudessem se orientar. Um
importante avanço foi o surgimento da primeira caravela, que tornava possível longas
viagens marítimas.
A primeira nação europeia a realizar uma expansão marítima foi Portugal,
graças a sua consolidação como Estado bem organizado militarmente e independência
das demais nações do continente. Com o poder centralizado nas mãos do rei Dom João I,
os portugueses começaram a enviar as primeiras embarcações marítimas, na busca dos
produtos das Índias. Nessas empreitadas, acabou descobrindo outros territórios e novas
possibilidades de atingir seus interesses.

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Outro país que teve acentuada importância na Expansão Marítima foi a
Espanha que, junto com Portugal, investiu na colonização dessas novas terras
exploradas.
Dentre os principais fatores ligados à Expansão Marítima está o descobrimento
do Brasil e da América, no final do século XV. Este novo continente foi crucial para que a
economia da Europa se estabilizasse novamente.

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3. HISTÓRIA MODERNA

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3.1. Transição: Feudalismo/Capitalismo

Dentro do sistema feudal não havia comercio, o relacionamento era de troca de


produtos. No sistema feudal não existia comércio, as relações eram à base de trocas de
produtos, e toda produção era destinada ao sustento local.
Os senhores feudais eram os donos das terras, os subordinados trabalhavam e
tinham que pagar um “aluguel” pelas terras que usavam, além de trabalhar três dias de
graça.
Os servos deviam respeitar e agradecer o senhor feudal por lhe oferecer
trabalho e proteção, relação denominada como vassalagem. Não havia pagamento de
salários, o que criava dependência social entre senhor e servo.
Por volta do século Xll, com a desintegração do feudalismo, começa a surgir
um novo sistema econômico, social e político: O Capitalismo. A característica essencial do
novo sistema é o fato de nele, o trabalho ser assalariado e não mais servil como no
feudalismo.
Outros elementos típicos do capitalismo: Economia de mercado, trocas
monetárias, grandes empresas e preocupação com o lucro. O capitalismo nasce da crise
do sistema feudal e cresce com o desenvolvimento comercial, depois das Primeiras
Cruzadas.
Foi formando-se aos poucos durante o período final da idade média, para
finalmente dominar toda a Europa ocidental a partir do século XVl.
Mas foi somente após a revolução industrial, iniciada no século XVlll na
Inglaterra que se estabeleceu o verdadeiro capitalismo.

3.2. O Renascimento

O Renascimento foi um importante movimento de ordem artística, cultural e


científica que se deflagrou na passagem da Idade Média para a Moderna. Em um quadro
de sensíveis transformações que não mais correspondiam ao conjunto de valores
apregoados pelo pensamento medieval, o renascimento apresentou um novo conjunto de
temas e interesses aos meios científicos e culturais de sua época. Ao contrário do que
possa parecer, o renascimento não pode ser visto como uma radical ruptura com o mundo
medieval.

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A razão, de acordo com o pensamento da renascença, era uma manifestação
do espírito humano que colocava o indivíduo mais próximo de Deus. Ao exercer sua
capacidade de questionar o mundo, o homem simplesmente dava vazão a um dom
concedido por Deus (neoplatonismo). Outro aspecto fundamental das obras
renascentistas era o privilégio dado às ações humanas, ou humanismo. Tal característica
representava-se na reprodução de situações do cotidiano e na rigorosa reprodução dos
traços e formas humanas (naturalismo). Esse aspecto humanista inspirava-se em outro
ponto-chave do Renascimento: o elogio às concepções artísticas da Antiguidade Clássica
ou Classicismo.
Essa valorização das ações humanas abriu um diálogo com a burguesia que
floresceu desde a Baixa Idade Média. Suas ações pelo mundo, a circulação por diferentes
espaços e seu ímpeto individualista ganharam atenção dos homens que viveram todo
esse processo de transformação privilegiado pelo Renascimento. Ainda é interessante
ressaltar que muitos burgueses, ao entusiasmarem-se com as temáticas do
Renascimento, financiavam muitos artistas e cientistas surgidos entre os séculos XIV e
XVI. Além disso, podemos ainda destacar a busca por prazeres (hedonismo) como outro
aspecto fundamental que colocava o individualismo da modernidade em voga.
A aproximação do Renascimento com a burguesia foi claramente percebida no
interior das grandes cidades comerciais italianas do período. Gênova, Veneza, Milão,
Florença e Roma eram grandes centros de comércio onde a intensa circulação de
riquezas e ideias promoveram a ascensão de uma notória classe artística italiana. Até
mesmo algumas famílias comerciantes da época, como os Médici e os Sforza, realizaram
o mecenato, ou seja, o patrocínio às obras e estudos renascentistas. A profissionalização
desses renascentistas foi responsável por um conjunto extenso de obras que acabou
dividindo o movimento em três períodos: o Trecento, o Quatrocento e Cinquecento. Cada
período abrangia respectivamente uma parte do período que vai do século XIV ao XVI.
Durante o Trecento, podemos destacar o legado literário de Petrarca (“De
África” e “Odes a Laura”) e Dante Alighieri (“Divina Comédia”), bem como as pinturas de
Giotto di Bondoni (“O beijo de Judas”, “Juízo Final”, “A lamentação” e “Lamento ante
Cristo Morto”). Já no Quatrocento, com representantes dentro e fora da Itália, o
Renascimento contou com a obra artística do italiano Leonardo da Vinci (Mona Lisa) e as
críticas ácidas do escritor holandês Erasmo de Roterdã (Elogio à Loucura).

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Na fase final do Renascimento, o Cinquecento, movimento ganhou grandes
proporções dominando várias regiões do continente europeu. Em Portugal podemos
destacar a literatura de Gil Vicente (Auto da Barca do Inferno) e Luís de Camões (Os
Lusíadas). Na Alemanha, os quadros de Albercht Dürer (“Adão e Eva” e “Melancolia”) e
Hans Holbein (“Cristo morto” e “A virgem do burgomestre Meyer”). A literatura francesa
teve como seu grande representante François Rabelais (“Gargântua e Pantagruel”). No
campo científico devemos destacar o rebuliço da teoria heliocêntrica defendida pelos
estudiosos Nicolau Copérnico, Galileu Galilei e Giordano Bruno. Tal concepção abalou o
monopólio dos saberes desde então controlados pela Igreja.
Ao abrir o mundo à intervenção do homem, o Renascimento sugeriu uma
mudança da posição a ser ocupada pelo homem no mundo. Ao longo dos séculos
posteriores ao Renascimento, os valores por ele empreendidos vigoraram ainda por
diversos campos da arte, da cultura e da ciência. Graças a essa preocupação em revelar
o mundo, o Renascimento suscitou valores e questões que ainda se fizeram presentes
em outros movimentos concebidos ao logo da história ocidental.

3.3. Iluminismo

No século XVIII, um grupo de pensadores começou a se mobilizar em torno da


defesa de ideias que pautavam a renovação de práticas e instituições vigentes em toda
Europa. Levantando questões filosóficas que pensavam a condição e a felicidade do
homem, o movimento iluminista atacou sistematicamente tudo aquilo que era considerado
contrário à busca da felicidade, da justiça e da igualdade.
Dessa maneira, os iluministas preocuparam-se em denunciar a injustiça, a
dominação religiosa, o estado absolutista e os privilégios enquanto vícios de uma
sociedade que, cada vez mais, afastava os homens do seu “direito natural” à felicidade.
Segunda a visão desses pensadores, sociedades que não se organizam em torno da
melhoria das condições de seus indivíduos concebem uma realidade incapaz de justificar,
por argumentos lógicos, sua própria existência.
Por isso, o pensamento iluminista elege a “razão” como o grande instrumento
de reflexão capaz de melhorar e empreender instituições mais justas e funcionais. No
entanto, se o homem não tem sua liberdade assegurada, a razão acaba sendo tolhida por
entraves como o da crença religiosa ou pela imposição de governos que oprimem o

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indivíduo. A racionalização dos hábitos era uma das grandes ideias defendidas pelo
iluminismo.
As instituições religiosas eram sistematicamente atacadas por esses
pensadores. A intromissão da Igreja nos assuntos econômicos e políticos era um tipo de
hábito nocivo ao desenvolvimento e ao progresso da sociedade. Até mesmo o
pensamento dogmático religioso era colocado como uma barreira entre Deus e o homem.
O pensamento iluminista acreditava que a natureza divina estava presente no próprio
indivíduo e, por isso, a razão e o experimento eram meios seguros de compreensão da
essência divina.
Inspirados pelas leis fixadas nas ciências naturais, os iluministas também
defendiam a existência de verdades absolutas. O homem, em seu estado originário,
possuía um conjunto de valores que fazia dele naturalmente afeito à bondade e
igualdade. Seriam as falhas cometidas no desenvolvimento das sociedades que teria
afastado o indivíduo destas suas características originais. Por isso, instituições políticas
preocupadas com a liberdade deveriam dar lugar às injustiças promovidas pelo Estado
Absolutista.
Por essas noções instalava-se uma noção otimista do mundo que não teria
como interromper seu progresso no momento em que o homem contava com o pleno uso
de sua racionalidade. Os direitos naturais, o respeito à diversidade de ideias e a justiça
deveriam trazer a melhoria da condição humana. Oferecendo essas ideias, o iluminismo
motivou as revoluções burguesas que trouxeram o fim do Antigo Regime e a instalação de
doutrinas de caráter liberal.

3.4. Revolução Francesa

Na época do Antigo Regime a situação da França era de uma injustiça social


extrema. O Terceiro Estado era formado pelos trabalhadores urbanos, camponeses e a
pequena burguesia comercial. Os impostos eram pagos somente por eles e tinha como o
objetivo de manter os luxos da nobreza.
Nessa época o rei era quem tinha todos os poderes, controlava a economia,
justiça, politica e religião de todos os súditos. Não havia democracia. Quem se opunha
podia ser condenado à morte.

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A vida dos trabalhadores e camponeses era de extrema miséria, portanto,
desejavam melhorias na qualidade de vida e de trabalho. A burguesia, mesmo tendo uma
condição social melhor, desejava uma participação política maior e mais liberdade
econômica em seu trabalho.
A situação se agravou a tal ponto que o povo foi às ruas para derrubar o rei
Luis XVI. O primeiro alvo dos revolucionários foi a Bastilha. A Queda da Bastilha em
14/07/1789 marca o início do processo revolucionário, pois a prisão política era o símbolo
da monarquia francesa.
Os revolucionários usavam o tema "Liberdade, Igualdade e Fraternidade", pois
ele resumia muito bem os desejos do terceiro estado francês.
Durante o processo revolucionário, grande parte da nobreza deixou a França,
porém a família real foi capturada enquanto tentava fugir do país. Presos, os integrantes
da monarquia, entre eles o rei Luis XVI e sua esposa Maria Antonieta foram guilhotinados
em 1793. O clero também não saiu impune, pois os bens da Igreja foram confiscados
durante a revolução.
No mês de agosto de 1789, a Assembleia Constituinte cancelou todos os
direitos feudais que existiam e promulgou a Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão. Este importante documento trazia significativos avanços sociais, garantindo
direitos iguais aos cidadãos, além de maior participação política para o povo.
A Revolução Francesa marcou a Historia Moderna com o fim do sistema
absolutista e os privilégios da nobreza. O povo passou a ser mais respeitado e terem mais
direitos, melhorando a qualidade de trabalho e vida. A burguesia, por sua vez, conduziu o
processo para não perder seu domínio social. As bases de uma sociedade burguesa
e capitalista foram estabelecidas durante a revolução. Os ideais políticos
(principalmente iluministas) presentes na França antes da Revolução Francesa também
influenciaram a independência de alguns países da América Espanhola e o movimento
de Inconfidência Mineira no Brasil.

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4. HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA

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4.1. Período Napoleônico

Após a revolução Francesa, a Europa teve um período de grande instabilidade.


Os revolucionários radicais e os monarquistas ameaçavam constantemente a burguesia,
e essa escolheu Napoleão Bonaparte para ser o líder do país.
Os monarquistas por sua vez, temiam o avanço dos ideais revolucionários em
seus países. Acabaram se aliando para lutar contra o expansionismo francês. Era a
reação conservadora para manter o Antigo Regime.
Com o golpe de Estado de 10 de novembro de 1799, Napoleão Bonaparte
tornou-se a mais importante figura da vida política francesa, e assim se iniciou o famoso
período napoleônico, que se instaurou por 15 anos. Ele é divido em: Consulado, Império e
Governo dos Cem Dias.
Napoleão Bonaparte teve seu destaque quando a França implantou o serviço
militar obrigatório e acabou com o emprego das tropas mercenárias. Ele reorganizou as
tropas francesas e conseguiu inúmeras conquistas. Porém, ao tentar derrotar a Inglaterra
por pontos vulneráveis do país, a Inglaterra, Áustria, Russia e Turquia se uniram contra a
França – Segunda Coligação Antifrancesa – assim quando Napoleão voltou ao país, o
encontrou a beira do caos.
Por descontentamento com o enfraquecimento do governo francês, em
novembro de 1799, o general aplicou um golpe do Estado (18 Brumário), depondo o
Diretório e implantando o regime do Consulado - uma ditadura militar.
O Consulado reorganizou a parte administrativa e recuperou a economia.
A educação era utilizada como meio de controle do comportamento político e
social dos cidadões. direito-elaboração de novos códigos jurídicos, como Código Civil,
também conhecido como Código Napoleônico (concluído em 1804).
O Código Napoleônico consagrava as aspirações da burguesia, como a
liberdade individual, a igualdade de todos perante a lei, o respeito à propriedade privada e
o matrimônio civil separado do religioso. Observa Leo Huberman que o Código
Napoleônico tem cerca de 2000 artigos, dos quais sete tratam apenas do trabalho e cerca
de 800, na propriedade privada.

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Os sindicatos e as greves são proibidos, mas as associações de
empregadores, permitidas. Numa disputa judicial sobre salários, o Código determina que
o depoimento do patrão, e não o do empregado, é que deve ser levado em conta.
O Código foi feito pela burguesia e para a burguesia: foi feito pelos donos da
propriedade para a proteção da propriedade. igreja-elaboração de um acordo (concordata,
em 1801) entre a Igreja Católica e o Estado Francês, tendo como objetivo fazer da religião
um instrumento de poder político.
O Papa reconhecia o confisco das propriedades da Igreja, em troca do amparo
do Estado ao Clero. Por sua vez, Napoleão reconhecia o catolicismo com a religião da
maioria dos franceses, mas reservava para si o direito de designar bispos, cujos nomes
seriam, posteriormente, aprovados pelo Papa.

4.2. 1º Guerra Mundial

Nos anos entre 1914 e 1918 se deu a Primeira Guerra mundial, porém mesmo
antes disso, o mundo passava pela Belle Epóque (Bela Época). Tempos em que houve
um grande progresso tecnológico e econômico. Os países mais ricos tentavam impor
suas vontades aos países mais pobres. Porém nessa mesma época havia uma tensão
muito grande que deflagrou no que hoje é conhecido como a Grande Guerra ou a Guerra
das Guerras.
Quanto mais os países europeus se industrializavam, maior ficava a disputa
entre eles, que queriam dominar não apenas a Europa, mas modernizar sua economia se
sobrepondo sobre as outras nações. Esse clima acirrado provocou uma forte tensão, pois
os países industrializados disputavam os mercados consumidores mundiais e as matérias
primas com todas as armas que lhes eram possíveis.
Por conta dessas disputas de mercados, surgiram indícios que uma guerra
mundial estava por iniciar. E Europa começou a investir em tecnologias de guerra e
aumentar seus exércitos. Houve também a formação da “Política de alianças”, onde foram
assinados acordos militares que dividiram os países europeus em dois blocos. E isso que
ocasionou mais tarde a Primeira Guerra Mundial.

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Nesses blocos de um lado estavam Alemanha, Itália e Império Austro-húngaro,
formando a Tríplice Aliança, e do outro lado estavam a França, Rússia e Inglaterra, que
formavam Tríplice Entente.
Quando o príncipe do Império Austro-hungaro, Francisco Ferdinando, foi
assassinado, deu-se o estopim da Guerra no dia 28 de julho de 1914.
Com o inicio da guerra, um dos primeiros ataques foram contra o continente
africano, onde haviam colônias e territórios ocupados pelos europeus. A África do Sul foi
atacada pelas forças alemãs em 10 de agosto, pois as terras pertenciam ao império
Britânico. A Nova Zelândia invadiu a Samoa, que pertencia à Alemanha, e a Força Naval e
expedicionária Australiana desembarcou na ilha de New Pommem, que viria a se tornar
futuramente a Nova Bretanha, que na época fazia parte da chamada Nova Guiné Alemã.
No ano de 1917 os Estados Unidos decidiram entrar na guerra. Eles se
posicionaram ao lado da Tríplice Entente, já que tinham acordos comerciais milionários
envolvidos com países como Inglaterra e França. Esta união foi crucial para a vitória da
Entente, o que acabou forçando os países derrotados a assinarem a rendição.
A partir de então foi feito o Tratado de Versalhes, que impôs aos derrotados
fortes restrições, fazendo com que, por exemplo, a Alemanha reduzisse seu exército, que
fosse mantido um controle sobre a indústria bélica do país, a devolução da região Alsácia-
Lorena à França, além de ter que pagar os prejuízos da guerra aos países vencedores.

4.3. Revolução Russa

A Revolução Russa se deu em 1917, decorrentes de diversos fatos políticos na


Rússia, onde depois da eliminação da autocracia russa, e depois do Governo Provisório,
o partido bolchevique estabeleceu o poder o soviético, onde foi criada a União Soviética,
que durou até 1991.
A Rússia no começo do século XX era um país dependente da agricultura, pois
a sua economia total girava em torno de 80% dela. Assim, não era era um país de
economicamente estável.
Os trabalhadores rurais viviam em extrema miséria e pobreza, pagando altos
impostos para manter a base do sistema czarista de Nicolau II. O czar governava a
Rússia de forma absolutista, ou seja, concentrava poderes em suas mãos não abrindo

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espaço para a democracia. Mesmo os trabalhadores urbanos, que desfrutavam os poucos
empregos da fraca indústria russa, viviam descontentes com o governo do czar.
No ano de 1905, Nicolau II mostra a cara violenta e repressiva de seu governo.
No conhecido Domingo Sangrento, manda seu exército fuzilar milhares de manifestantes.
Marinheiros do encouraçado Potenkim também foram reprimidos pelo czar.
Começava então a formação dos sovietes (organização de trabalhadores
russos) sob a liderança de Lênin. Os bolcheviques começavam a preparar a revolução
socialista na Rússia e a queda da monarquia.
A Revolução Russa se deu em duas etapas distintas, a primeira foi em março
de 1917, onde foi derrubada a autocracia de Czar Nicolau II da Rússia, o último Czar a
governar, e procurou estabelecer em seu lugar uma república de cunho liberal.
A segunda foi em outubro do mesmo ano, na qual o Partido Bolchevique,
liderado por Vladimir Lênin, derrubou o governo provisório e impôs o governo socialista
soviético.
O Governo Provisório iniciou de imediato diversas reformas liberalizantes,
inclusive a abolição da corporação policial e sua substituição por uma milícia popular. Mas
os líderes bolcheviques, entre os quais estava Lenin, formaram os Sovietes (Conselhos)
em Petrogrado e outras cidades, estabelecendo o que a historiografia, posteriormente,
registraria como ‘duplo poder’: o Governo Provisório e os Sovietes.
Lenin foi o primeiro dirigente da URRS. Liderou os bolcheviques quando estes
tomaram o poder do governo provisório russo, após a Revolução de Outubro de 1917
(esta sublevação ocorreu em 6 e 7 de novembro, segundo o calendário adotado em 1918;
em conformidade com o calendário juliano, adotado na Rússia naquela época, a
revolução eclodiu em outubro). Lenin acreditava que a revolução provocaria rebeliões
socialistas em outros países do Ocidente.
Ao expor as chamadas Teses de abril, Lenin declarou que os bolcheviques não
apoiariam o Governo Provisório, e pediu a união dos soldados numa frente que viesse pôr
fim à guerra imperialista (I Guerra Mundial) e iniciasse a revolução proletária, em escala
internacional, idéia que seria fortalecida com a propaganda de Leon Trotski. Enquanto
isso, Alexandr Kerenski buscava fortalecer a moral das tropas.
No Congresso de Sovietes de toda a Rússia, realizado em 16 de junho, foi
criado um órgão central para a organização dos Sovietes: o Comitê Executivo Central dos

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Sovietes que organizou, em Petrogrado, uma enorme manifestação, como demonstração
de força.

4.4. Crise de 1929

A Crise de 1929 ou A Grande Depressão, com seu epicentro os Estados


Unidos, foi a maior oscilação econômica do capitalismo. Como efeito, a crise se espalhou
por todas as economias capitalistas, durando por volta de dez anos e tendo diversos
desdobramentos, tantos políticos, quanto sociais.
O início da crise foi dado principalmente pelos setores alimentícios e
industriais, por não terem uma regulamentação de economia, começaram a produzir mais
do que a demanda consumia, gerando assim um imenso estoque de produtos. As
empresas por sua vez para compensar o déficit econômico demitiram em massa
funcionários, gerando muito desemprego. Com isso o consumo caiu ainda mais.
Os bancos que faziam empréstimos na época abriram falência, pois não eram
pagos, dessa forma diminuíram a oferta de crédito. Assim faliram diversos empresários,
encerrando por sua vez mais vagas de empregos.
Os países mais atingidos pela crise foram os com o capitalismo mais
desenvolvido, como EUA, Canadá, França, Alemanha, Reino Unido e Itália. Em alguns
destes países, os efeitos da crise econômica fomentaram a ascensão de regimes
totalitários.
Na União Soviética, onde a economia em vigor era socialista, pouco foi
afetado. Por conseguinte, nos países em processo de industrialização, com destaque
para a América Latina, a economia agroexportadora foi a mais afetada pela redução das
exportações de matérias-primas. Contudo, estas nações puderam assistir um incremento
em suas indústrias, devido à diversificação de investimentos neste setor.
Como legado, a crise de 1929 deixou-nos a lição da necessidade do
intervencionismo e do planejamento estatal da economia, bem como da obrigação do
Estado em prover assistência social e econômica aos mais afetados pelas crises do
capitalismo.

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BIBLIOGRAFIA

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Tradução de Sérgio Paulo Rouanet. Brasiliense, 1985.

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Companhia da Letras, 1998.

FRANCO, Hilário Jr. A Idade Média – O Nascimento do Ocidente. Brasiliense. Amplicada, 2001.

REIS, José Carlos. A História entre a Filosofia e a Ciência. Autêntica, 2006.

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<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-90742006000100014> Acesso em
02 de maio de 2016.

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