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Resumo
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Graduação em Bacharelado e Licenciatura em Geografia pela Universidade Federal do Pará, especialista em
Orientação Educacional pela Universidade Cândido Mendes e em Tecnologia em Educação pela Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro, professora de Geografia e Informática Educativa da Classe Hospitalar
do Espaço Acolher. Email: banhos.m@gmail.com
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Mestre em educação pela Universidade Federal do Pará. Professora da Classe hospitalar do Espaço Acolher e
Pedagoga da Fundação Centro de Hematologia e Hemoterapia do Estado do Pará. Membro do Grupo de Estudos
e Pesquisas de Educação e Saúde- GEPES. E-mail: gmartinsal@hotmail.com
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Especialização em Currículo. Graduação em Pedagogia pela Universidade do Estado do Pará. Professor
responsável pelo Espaço Acolher. Denisesoares20@gmail.com
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Especialização em Abordagem Literária e Educação Inclusiva. Licenciatura em Letras e Artes da Universidade
Federal do Pará. Professora de Área de Códigos e Linguagens. Email:ritareisrosa@hotmail.com
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Graduada em Educação Artística com habilitação em Artes Plásticas pela Universidade Federal do Pará.
Professora de Arte da Classe Hospitalar da Secretaria de Estado de Educação. Email anaritafontess@gmail.com
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Introdução
O Espaço Acolher é uma casa de acolhimento criada pela Fundação Santa Casa de
Misericórdia do Pará com o objetivo de hospedar pacientes oriundos de municípios distantes
do Estado do Pará vítimas de escalpelamento.
O escalpelamento é um acidente que ocorre com mulheres que utilizam embarcações,
como meio de transporte, que não tem o eixo do motor protegido vindo a provocar a retirada
total ou parcial do couro cabeludo deixando cicatrizes e mutilações na cabeça, rosto e
pescoço. O tratamento é longo e doloroso, as vítimas recebem também acompanhamento
psicológico.
A Secretaria Estadual de Educação e a Fundação Santa Casa de Misericórdia através
de um Convênio de Cooperação Técnica assegura a educação a essas vítimas por meio do
atendimento da classe hospitalar, as mesmas recebem escolarização em todos os níveis, desde
a alfabetização até a Educação de Jovens e Adultos (EJA).
A Classe hospitalar do Espaço Acolher tem desenvolvido no decorrer deste ano de
2013 um atendimento específico para cada nível de ensino, valorizando a leitura de mundo
que cada vítima de escalpelamento trás consigo, para tanto tem como proposta pedagógica
trabalhar as diferentes culturas e linguagens das alunas ribeirinhas interligadas aos conteúdos
das diversas áreas do conhecimento.
Desta forma estas alunas estão sendo inseridas num processo de ensino e
aprendizagem que está calcado nos valores de uma sociedade moderna que se caracteriza por
práticas que envolvem diretamente o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação
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(TIC) em qualquer espaço de vivência, entretanto este feito está ocorrendo sem que deixemos
de relacionar com a realidade do cotidiano de cada aluna atendida pela classe hospitalar do
Espaço Acolher.
Assim este texto pretende relatar as experiências vivenciadas pelas alunas do Espaço
Acolher com a utilização do computador como ferramenta pedagógica que favorece o
interesse de aprender durante o tratamento de saúde.
Desenvolvimento
LOGO, que consiste em uma linguagem de programação interpretada voltada para crianças,
jovens e adultos.
A Informática Educativa no Brasil iniciou-se seguindo as diretrizes de outras culturas
e limitava-se ao entendimento técnico do computador sem a finalidade de um aproveitamento
pedagógico. A Informática começou a ser utilizada nas escolas provavelmente nos anos 60,
mas somente nos anos 80 com o barateamento dos computadores e as inovações das interfaces
que tornaram os sistemas mais familiares ao usuário, intensificou-se o uso de computadores
para criação de sites educativos, fazendo com que a escola começasse a fazer parte dessa nova
fase tecnológica.
Para Borba e Penteado (2001, p. 47)
O acesso à Informática deve ser visto como um direito e, portanto, nas escolas
públicas e particulares o estudante deve poder usufruir de uma educação que no
momento atual inclua, no mínimo, uma‘alfabetização tecnológica’. Tal alfabetização
deve ser vista não como um curso de Informática, mas, sim, como um aprender a ler
essa nova mídia. Assim, o computador deve estar inserido em atividades essenciais,
tais como aprender a ler, escrever, compreender textos, entender gráficos, contar,
desenvolver noções espaciais etc. E , nesse sentido, a Informática na escola passa a
ser parte da resposta a questões ligadas à cidadania.
Tendo em vista esta reflexão a classe hospitalar vem se beneficiar de alguns recursos
da tecnologia para ampliar as metodologias, promovendo a inclusão digital e garantindo a
cidadania do aluno em tratamento.
No Espaço Acolher a informática educativa faz parte de um conjunto de atividades
pedagógicas que estão se desenvolvendo ao longo do ano de 2013 por meio de projetos e
sequências didáticas que envolvem um conjunto de práticas educacionais que priorizam o
cotidiano de cada aluna.
A prática de uma educação que prima pela vivência e leitura de mundo adquirida pelo
aluno pode ser muito bem interpretada a partir de Freire (2006, p.23), quando afirma que o
povo tem um saber que se gera na prática social da qual ele participa constituindo a base do
processo de ensino e como ponto de partida e de chegada da prática educativa teórico.
Por tanto, se faz necessário levantar algumas proposições sobre a prática da
informática educativa em classes hospitalares, tais como: como promover o manuseio da
máquina por alunas vítimas de escalpelamento depois do acidente? Como resgatar o interesse
por algo novo, pois no momento, pode parecer um desafio inalcançável? Como alfabetizar no
computador, sendo esta uma ferramenta que é desconhecida para a maioria delas?
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Almeida (2005) nos faz refletir sobre a importância do computador como uma
máquina que possibilita testar ideias ou hipóteses, que levam à criação de um mundo abstrato
e simbólico, ao mesmo tempo em que permite introduzir diferentes formas de atuação e
interação entre as pessoas, talvez por esse motivo provoque curiosidade e ansiedade para ser
usado.
Este anseio também faz parte do mundo ribeirinho das alunas da classe hospitalar que
vivem no Espaço Acolher, dai a importância de introduzirmos a informática educativa, com a
utilização dos softwares, nas práticas interdisciplinares das ações curriculares da Educação
Básica.
Desenvolver atividades no computador para alunas em tratamento hospitalar é um
diferencial que torna a aula muito mais atrativa. Na maioria das vezes, os educandos do
Espaço Acolher moram no interior e são de baixa renda. O acesso a essa ferramenta é pouco
frequente, e quase sempre utilizada como meio de comunicação através das redes sociais.
As atividades estão sendo realizadas da seguinte forma:
Para as alunas do Ensino Fundamental, as atividades iniciais foram de conhecer o
computador, utilizando o teclado para digitar as letras e aprender noções básicas de digitação.
Considerações Finais
Matos e Mugiatti (2011) destaca que a internet com seus recursos abre muitas e
variadas possibilidades de interação, conexão e envolvimento virtual no contexto hospitalar.
Vimos assim, o mundo fora do Espaço Acolher aproximar-se das alunas em tratamento e a
partir dessa prerrogativa elas não se sentiam mais alheias a tantas novidades.
Por este motivo, as atividades em sala de aula referentes ao computador foram
aplicadas para aproximar a tecnologia da cultura, dos hábitos, dos costumes, do vocabulário
ribeirinho, assim as alunas independentemente da idade e ou nível de escolarização puderam
manusear o computador.
Os projetos planejados para a escola do Espaço Acolher tem a conotação de mostrar
um mundo novo e possível de se ensinar e aprender, de se criar e recriar e principalmente de
construir uma leitura de mundo sem extrair os vínculos com o lugar interiorano de cada aluna.
REFERÊNCIAS