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Mesma Maneira?
Jeff Robinson
Traduzido do texto em inglês
Does God Love Everyone the Same?
By Jeff Robinson
Via: Founders.org
Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida
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Uma das perguntas teológicas mais comuns que já me foi feita, como pastor e professor, é
mais ou menos assim: Deus ama a todos da mesma maneira? Em outras palavras, Ele ama
a Nero da mesma forma que ama a Billy Graham? Ele ama aos que o rejeitam do mesmo
modo como a Seus filhos redimidos? Deus odeia o pecado, mas ama o pecador?
Tão preciosa quanto a expressão do amor de Deus, um foco exclusivo que não é
levado muito em conta, é como Deus manifesta a Si mesmo aos rebeldes criados à Sua
imagem: na ira, no amor e na cruz.
Embora a Bíblia se afaste de um modo geral do uso da palavra “amor”, o tema não
é difícil de ser encontrado. Deus criou tudo e antes que houvesse qualquer sopro do
Os leões rugem e se lançam sobre suas presas, mas Deus é quem os alimenta. Os
pássaros encontram comida e nenhum pardal cai do céu sem a sanção do Todo-Poderoso.
Se isto não for o benevolente e providente amor, então a lição que Jesus ministra, que
pode-se confiar neste Deus para as provisões de Seu povo, seria incoerente.
Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho (João 3:16). Alguns tentam
usar kosmos (“mundo”) para se referir aos eleitos, mas essa palavra não tem realmente
essa referência. Todas as evidências do uso desta palavra no evangelho de João trabalham
contra esta sugestão. O “mundo” em João, refere-se mais à maldade do que a grandeza.
O mundo é essencialmente a ordem moral em rebelião intencional e culpável contra Deus.
Em João 3:16, o amor enviado por Deus deve ser admirado, não porque se estendeu para
algo tão grande como o mundo, mas para algo tão ruim quanto o mundo; se estendeu a
pessoas tão perversas, mas não à todas.
Entretanto, em outro lugar João pode falar de “todo o mundo” (1 João 2:22), unindo
a grandeza e a maldade. Mais importante ainda, os próprios discípulos pertenceram uma
vez ao mundo, mas foram tirados dele (e.g. João 15:19). O amor de Deus pelo mundo não
pode entrar em colapso com o amor dEle por Seus eleitos.
A quarta maneira de falar do amor de Deus é diferente das outras três anteriores. E
esta característica que distingue o amor de Deus surge frequentemente. “Todavia, eu amei
Jacó, mas rejeitei Esaú”, declarou Deus (Malaquias 1:2-3). Concedo todo o espaço a você
A obediência faz parte da estrutura relacional para conhecer a Deus; não tem a ver
como nós O conhecemos, mas como nosso relacionamento com Ele está, uma vez que O
conhecemos. Judas exorta seus leitores: “Conservai-vos a vós mesmos no amor de Deus”
(Judas 1:21), deixando a nítida impressão de que alguém não quer se manter em Seu amor.
O Senhor Jesus ordena que Seus discípulos conservem a si mesmos em Seu amor
(João 15:9) e acrescenta: “Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu
amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço
no seu amor” (João 15:10). “Para ilustrar, com uma débil analogia”, Carson escreve: “há um
sentido pelo qual meu amor por meus filhos é imutável, independentemente do que eles
façam. E há outro sentido pelo qual eles devem saber, bem o suficiente, que devem
permanecer em meu amor. Se meus adolescentes desobedecerem, sem razão, o horário
que estipulei para chegarem em casa, o máximo que eles vão experimentar é um grito, e
podem receber algumas sanções restritivas. Não adianta lembrá-los que estou fazendo isso
porque os amo. Isto é verdade, mas a manifestação do meu amor por eles, quando eu os
repreendo e quando os levo para uma refeição fora, ou para assistirmos um de seus
concertos, ou levo meu filho para pescar, ou minha filha em uma excursão de algum tipo, é
bastante diferente nos dois casos. Estes últimos sentirão muito mais como permanecer no
meu amor do que estar sob minha ira”.
Carson oferece três avisos pastorais sobre como nos aproximamos do amor de
Deus:
Deus não deve ser visto como se alternasse mecanicamente a Si mesmo entre os
vários aspectos de Seu amor. Ele é sempre amoroso para com Seus eleitos e Sua criação.
O ensino completo apresentado nas Escrituras quanto ao amor de Deus lança a luz
necessária sobre aforismos como “Deus ama a todos da mesma maneira”, ou “Deus nos
ama incondicionalmente”.
“Nós precisamos de tudo o que as Escrituras falam sobre este assunto”, escreve
Carson, “ou as ramificações doutrinárias e pastorais serão desastrosas”.
O amor de Deus pelos pecadores deve sempre nos maravilhar e nos humilhar. Isso
não deve ser nunca reduzido a um assunto meramente acadêmico. Com razão, o salmista
se pergunta: “Que é o homem mortal para que te lembres dele?” (Salmos 8:4).
Deus ama o Seu povo, a Sua criação e este cosmos caído. Esta insondável verdade
deve nos conduzir a adorá-lO fervorosamente, louvando juntamente com o grande apóstolo:
“Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente.
Amém” (Romanos 11:36).
Sola Scriptura!
Sola Gratia!
Sola Fide!
Solus Christus!
Soli Deo Gloria!