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A...
Antes de Tudo...
O entendimento de que a realidade pode ser compreendida pela sequência de
transformações que se encadearam com o surgimento do Universo, organizando-se
em regularidades sistêmicas de complexidade crescente, motivadas pelas
transformações energéticas, desde a origem das grandezas escalares fundamentais,
o tempo, o espaço, a radiação e a matéria, explica os fenômenos naturais que
resultaram na atual constituição da Terra e surgimento da vida?
1. O UNIVERSO
REALIDADE HISTÓRICA
Começa-se a contar
F
esta realidade pela origem
O do universo, porque a
S
S ciência não tem meios para
I
L
observar realidades que
I precedam aquela origem.
Z
A
Ç
Ã
O
FILOGENIA
História de ancestralidade
e descendência dos seres vivos
Amorim (2002).
FOSSILIZAÇÃO
PERÍODO PLANCKIANO
PRIMEIROS SISTEMAS
ATÔMICOS
RADIAÇÃO
Os átomos de H,físico
Processo He e deas
diminutas quantidades
propagação de Li
e emissão
Gráfico 1: Explicita o período de dominância da radiação sobre matéria, e Bede só se completariam
energia.
e depois de mais de 103 anos, da matéria sobre a radiação. Arquivo decorridos 8 x 105 anos do
http://astroweb.iag.usp.br/~dalpino/AGA215/NOTAS/COSMOL momento inicial, com a
.OGIA-Bete.pdf captura dos seus elétrons
pelos núcleos já formados
A radiação predominou sobre a matéria por mais de mil anteriormente,
caracterizando a
estabilização dos primeiros
sistemas atômicos, num
ambiente cuja temperatura
era de 3.0000K.
anos, como nos mostra o Gráfico 1, porém com o decréscimo da
temperatura e da densidade de energia a matéria começou a
predominar sobre a radiação, num processo de formação
denominado nucleogênese, com o aparecimento de prótons,
nêutrons, núcleos de Hidrogênio (H), elétrons, núcleos de Hélio
(He), e depois diminutas quantidades de Lítio (Li) e Berílio (Be).
O raio do universo era de 6,6 x 10 18 Km, quando sua idade
era de 8 x 105 anos, tornando-se então transparente à luz. A
constituição do Universo era, então, de 74% de H, 24% de He e
diminutas quantidades de Li e Be. Naquela mesma ocasião
surgiram os primeiros sistemas moleculares, formados por
moléculas de H2, Tabela 2.
E
Física desconhecida
R Gravidade Quântica
A
Forças nucleares fortes, fracas e forças
eletromagnéticas unificadas PARTÍCULAS ATÔMICAS
D
A
Partículas pesadas e leves em equilíbrio Os átomos são formados por
R térmico prótons, nêutrons e elétrons, cujas
A relações entre si podem ser constatadas
Só partículas leves em equilíbrio
D térmico
no quadro abaixo:
I Neutrinos se desacoplam
A Núcleos de Deutério (2H) e Hélio (3He Regiões Partículas Carga elétrica Massa
e 4He) e diminutas quantidades de Lítio Tipo Valor
Ç (Li) e Berílio (Be) são formados por Núcleo Próton Pos +1 1
à fusão de prótons durante os primeiros Nêutron SC 0 1
O 1.000s Elétron Neg -1 1/1840
E
R
A
A matéria passa a dominar
D Átomos são formados
A A radiação eletromagnética desacopla
Moléculas de H2 são formadas
M
A
T Galáxias e estruturas de grande escala
É se formam
R
I Todas as galáxias se formaram
A A formação das estrelas continua
SUPERGIGANTE
VERMELHA
O carbono produzido
se concentra no núcleo,
aumentando ainda mais o
tamanho da estrela, é a fase
de supergigante vermelha.
Porém quando acaba
a fusão do He, há nova
contração do núcleo e se o
tamanho da estrela não for
suficiente para suportar
novas fusões nucleares, no
caso a fusão dos átomos de
C, então ela regride para anã
branca.
Tabela 3: Abundância Solar dos elementos químicos. A abundância solar é
Na fase de anã branca
tida como um valor médio representativo da constituição química do
ela perderá sua energia
Universo (TEIXEIRA, 2000).
restante, transformando-se
ao longo dos bilhões de anos
que se seguem em anãs
As estrelas caminham para a senilidade quando crescem e marrons e anãs negras. Isto,
provavelmente, acontecerá
com o Sol daqui a 5 bilhões
de anos, quando atingir a
fase de supergigante
vermelha, com o seu
tamanho ultrapassando a
órbita de Marte.
atingem uma coloração vermelha. O crescimento se dá em
conseqüência da queima do H2, concentrando He no interior do
núcleo, que resulta numa expansão acentuada da parte externa
estelar, adquirindo a cor vermelha. É o estágio de gigante
vermelha da estrela. Há, então, nesta fase de existência da estrela
nova contração do núcleo, que atinge a temperatura de 10 8 0K,
iniciando-se a fusão do He, com duração de vários milhões de
anos, produzindo Carbono (C), em consequência da fusão de 3
partículas α.
Nas supergigantes vermelhas que sejam, pelo menos, 8
vezes maior que o Sol o processo de fusão nuclear continua até a
produção de Ferro (Fe), Figura 7.
SUPERGIGANTE VERMELHA
FERTILIZAÇÃO DO
UNIVERSO
Quando é lançado
para o espaço essa grande
quantidade do material
acumulado na estrela, uma
Figura 7: Fase de supergigante vermelha, com concentração gradativa dos
quantidade expressiva de
vários elementos químicos até a produção do Fe. Fonte: Sem autor
nêutrons é liberada pela
http://www.if.ufrgs.br/oei/stars/rgb/rgb_evol.htm.
fissão dos núcleos que os
Enquanto as fases de fusão do H e He são muito lentas, contém. Tais nêutrons
ligam-se, de imediato, a
durando de bilhões a milhões de anos, as fases subseqüentes de outros núcleos dando
origem a processos rápidos
fusão nuclear até a formação do Fe, são sucessivamente muito
e lentos de formação de
mais rápidas. O Fe é formado em poucos segundos, quando o outros elementos químicos.
Esta é a forma como o
combustível nuclear é esgotado, na parte central, já que com o Fe Universo é fertilizado em
matéria, sendo produzidos
não acontece o processo de fusão nuclear. todos os elementos
químicos naturais até o
De outra forma, ao invés de expansão nuclear, o grande Urânio. Desta forma o Sol
aumento de temperatura no núcleo provoca uma contração, “e a foi formado, já
apresentando no seu interior
estrela implode em frações de segundo comprimindo as pequenas quantidades de
Urânio e de outros
elementos químicos, Tabela
partículas e formando uma estrela de nêutrons com diâmetro da
ordem de apenas alguns quilômetros” (TEIXEIRA, 2000, p. 8).
A temperatura aumenta muito mais, em consequência da
diminuição brusca de volume, concentrando os resíduos dos
gases não queimados, da periferia para o centro, H, He, C, O,
etc. A quantidade de energia acumulada é tão grande, em tão
pouco tempo (menos de 1s), que acontece uma grande explosão,
caracterizando fase de supernova da estrela, Figura 8.
2. SISTEMA SOLAR
2.1 O começo
METEORITOS
CONDRÍTICOS
Segundo Teixeira (2000)
são considerados os corpos
mais primitivos do Sistema
Tabela 4: Classificação simplificada dos meteoritos (TEIXEIRA, 2000). Solar, diretamente acessíveis
para estudo científico.
A interpretação de sua
Analisando-se a Tabela 4 verifica-se que os meteoritos condríticos, origem é a de que eles são
fragmentos de corpos parentais
aqueles que possuem côndrulos são os mais primitivos, com idade entre maiores, mais ou menos
4,5 e 4,6 bilhões de anos, permitindo que se façam inferências sobre o homogêneos em composição,
que existiam como
modo como se formou os planetas rochosos. planetésimos na região do
espaço entre Marte e Júpiter,
Observem que nestes corpos parentais, os quais foram formados que não chegaram a sofrer
diferenciação química,
durante o resfriamento, sendo seguido de condensação da nebulosa solar permanecendo, portanto sem
transformações importantes em
reside a chave para que se compreenda a constituição do nosso planeta, já
suas estruturas internas.
que estes corpos revelam que os minerais são sistemas moleculares que A própria existência dos
côndrulos indica que o material
foram formados como resultado da pulverização do Universo com formou-se durante o
resfriamento e a correspondente
matéria, consequente da explosão da supernova que formou o Sol. condensação da nebulosa solar,
portanto, antes dos eventos
Meteoritos condríticos têm os interstícios dos côndrulos principais de acresção
preenchidos com materiais metálicos, particularmente, liga de ferro e planetária.
Mais ainda, indica que
níquel, Figura 11. houve um estágio de alta
temperatura, seguramente
acima de 1.700"C e
provavelmente próximo de
2.000°C, pelo menos em toda a
parte interna do Sistema Solar,
incluindo o anel dos asteróides.
Considera-se que este
evento de alta temperatura,
ocorrido numa fase precoce da
evolução dos sistemas
planetários, tenha sido o
Figura 11: Meteorito condrítico (Barwell, Inglaterra). responsável pela perda dos
Fonte: IPRP/7-79. British Geological Survey@NERC. elementos mais voláteis, e
All rights reserved (TEIXEIRA, 2000). principalmente H e He, por
parte do material que viria mais
Exceto pela inexistência de H, He e poucos outros elementos
químicos, entre os mais voláteis, os condritos são muito semelhantes, em
composição química, à nebulosa solar.
A Figura 12 mostra a evolução dos tipos de meteoritos, indicando
que os acondritos, siderólitos e sideritos foram formados por um processo
de diferenciação dos meteoritos condríticos.
Tabela 5: Tempo Geológico, segundo Gradstein e Ogg (1996) citado por Teixeira (2000).