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Resumo ................................................................................................................................5
Introdução............................................................................................................................6
1. Biografia ..........................................................................................................................8
2. Características Psicológicas.............................................................................................24
4. Referência Bibliográfica..................................................................................................28
Resumo
Não gostava de delegar poderes, por isso, buscava promover apenas os homens que
executavam as suas ordens com precisão, e não aqueles que tinham vontade própria. Essa
fraqueza foi fundamental para o fracasso do império, pois Napoleão utilizava seus
marechais e generais não apenas para comandar exércitos distantes, cuja supervisão
detalhada ele não poderia exercer, mas também para governar províncias e reinos, dirigir
embaixadas, sufocar rebeliões e tratar de todas as crises que de tempos em tempos se
espalhavam por territórios de quase 80 milhões de habitantes.
O presente trabalho teve por objetivo levantar as características psicológicas de
Napoleão Bonaparte. Para tal analisou-se a biografia escrita por Paul Johnson (2002).
1. Biografia
1
Apesar de todas as suas vitórias e reinos, Bonaparte era ilegítimo aos olhos dos Romanov.
Nesta altura o exército de Napoleão contava com um efetivo de somente 95 mil
soldados, e a maioria dos cavalos desaparecera. Os russos então iniciaram um contra-ataque
com forças cada vez mais numerosas, destruindo a maior parte da retaguarda. Com menos
de 40 mil homens sob seu comando, a neve caía e a retirada transforma-se em debandada.
Na travessia de numerosos rios cujas pontes haviam sido destruídos, Napoleão perde mais
20 mil soldados e dias depois desiste da campanha.
No caminho de volta à França, viajaram em trenós puxados por cavalos, junto com
Caulaincourt, chefe da casa civil imperial, homem de confiança que organizara o
assassinato de d’Enghein. Permaneceram nos trenós durante cinco dias e quase morreram
de frio á temperatura de 25 graus negativos. Napoleão se aquecia cobrindo-se com as peles
de Caulaincourt e falando sem parar, ensaiando suas explicações e todas as suas arengas
terminavam com maldição aos ingleses: “Se não fossem eles, eu seria um homem de paz”.
Sua chegada em território francês foi acompanhada de um comentário satírico já
preparado, na verdade uma frase de Voltaire: “Do sublime ao ridículo basta um passo”.
Repetiu essas palavras diversas vezes durante uma peroração de três horas. Após uma
viagem de treze dias, chegaram ao Palácio das Tuileries, em Paris e no dia seguinte
Napoleão trabalhou durante quinze horas sem parar, mandando cartas peremptórias para
todo o império.Uma vez de volta a seu trabalho em Paris, a lembrança das neves da Rússia
se esvaíram rapidamente e o otimismo de Bonaparte regressou. No dia seguinte a sua volta,
começou a organizar novo exército, convocando jovens recrutas e chamando soldados e
unidades experientes de todos os cantos do que restava do império.
O jovem Napoleão fora considerado uma figura romântica, porém era um
julgamento superficial acerca de um jovem esbelto que fizera coisas extraordinárias. O
Bonaparte maduro, robusto e imperioso, com seu propalado culto da razão em tudo e seu
pendor dogmático2, era cada vez mais considerado como ultrapassada relíquia de um
classicismo empoeirado que já ficara obsoleto. Os intelectuais, escritores e artistas alemães
foram os primeiros a voltar-se contra ele. Os pintores alemães adotaram uma iconografia
antinapoleônica. Durante um certo tempo o próprio Bonaparte havia investido milhões para
promover sua imagem.
O resultado de um desses investimentos é o impressionante quadro “Bonaparte entre
as vítimas da peste em Jaffa”, que mostra o jovem general enfrentando corajosamente o
risco de contágio ao confrontar seus soldados e civis enfermos. Mas os alemães agora se
moviam precisamente na direção oposta, projetando imagens góticas, anticlássicas e
antibonapartistas na consciência popular.
2
JOHNSON, Paul. Napoleão. Tradução S. Duarte. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002. pg. 156
Com efeito, pode-se dizer que 1813 marcou o momento no qual a preponderância
militar na Europa, que pertencia a França desde de 1640, começou a pender para a
Alemanha. Lutava agora, contra uma Alemanha unificada, impelida por violento
nacionalismo. Por vezes, Napoleão parecia ter a vantagem numérica, mas pela primeira vez
a vantagem qualitativa pertencia a seus adversários. Napoleão não tinha temperamento para
uma batalha defensiva, mas continuava decidido a seguir seus instintos e levar a guerra a
uma solução final numa batalha colossal, ignorando o fato de que suas próprias baixas não
poderiam ser substituídas enquanto os aliados aumentavam constantemente sua força
numérica.
A Batalha de Leipzig, que durou três dias seguidos, marcou o enfrentamento final.
Foi chamada a batalha das nações, expressão grave que significava o que Bonaparte estava
fazendo com a Europa: precipitar uma nova forma de guerrear que não envolvia somente
exércitos profissionais e sim povos inteiros.3 Nesta batalha Napoleão foi obrigado a retirar-
se, deixando para trás cerca de 30 mil prisioneiros, e também algo inédito: 5 mil soldados
que fugiram para o campo oposto ainda durante a batalha!
Os franceses haviam aplaudido as conquistas de Napoleão, mas agora esse tempo
passara. Tudo parecia ter sido em vão, foram cerca de um milhão de homens mortos,
feridos, feitos prisioneiros, ou simplesmente desaparecido. Alemães e Russos agora
invadiam as fronteiras da França, saqueando, estuprando e matando assim como havia
acontecido em suas pátrias. Os franceses não gostaram do que viram e cederam. Napoleão
ainda fez uma tentativa final para reunir um exército, mas seus marechais remanescentes
recusaram-se a segui-lo, e em 6 de abril de 1814 ele formalmente abdicou dos tronos da
França e da Itália. Ofereceram-lhe um pequeno reino em Elba, que ele aceitara, partindo
para a ilha a bordo de um navio de guerra inglês em 28 de abril. Foi um fim melancólico e
confuso. Alguns acham que ele deveria ter caído lutando, mas Napoleão ainda conservava
ilusões, e seu apetite por batalhas não diminuíra. Assim, ainda restava um último e longo
suspiro para ele e seus admiradores.
De imperador de metade do continente, com 80 milhões de pessoas, passara agora a
príncipe de uma ilha com 32 quilômetros de comprimento e 12 de largura e uma população
estimada em 100 mil habitantes. Ali recebeu sua amante polonesa, Maria Walewska, que
3
JOHNSON, Paul. Napoleão. Tradução S. Duarte. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002. pg.161
trouxe seu filho Alexandre, que lhe fora mais fiel que Marie Louise, que não apenas deixou
de visitá-lo, mas logo adquiriu um amante.
Acolheu com prazer sua mãe Letícia e sua irmã Pauline, esta governou a casa,
organizou festas, mas Napoleão não permitiu - não por hábito, mas também porque pela
primeira vez em quinze anos já não possuía milhões para gastar - que grandes despesas
fossem feitas. A retirada estratégica Napoleão do governo francês previa um tratado de 2
milhões de francos por ano, aos quais mais tarde seriam acrescentados fundos para sua mãe
e sua irmã Pauline. Ele também possuía cerca de 4 milhões que preferia conservar como
reserva.
Ainda que gostasse de batalhas, deve-se dizer que Napoleão gostava de fazer coisas
construtivas. Em Elba, mesmo que tomado pelo tédio e agora gordo, começou por
reconstruir seu palácio. Trabalhou no jardim, aperfeiçoou as minas de ferro, as estradas,
pontes e portos; introduziu reformas na agricultura e na instrução pública e mandou fazer
pesquisas científicas. Isso demandava tempo e dinheiro, mas o governo francês desde o
início não havia mandado um único franco. Percebeu que as reformas menos custosas
ficariam prontas em pouco tempo, mas os novos progressos para transformar sua ilha em
um reino modelar exigiam recursos financeiros que ele não possuía. Tornou-se amargo,
inquieto e vingativo.
Em 1815, “o destino juntou-se ao temor e ao ódio”4 e ele regressou a França.
Tomou medidas complexas quanto ao seu destino, dando a impressão de que se dirigia a
Nápoles, mas três dias depois a tropa chegou a Antibes. Essa última campanha demonstrou
as características militares habituais – audácia, surpresa e rapidez – em sua melhor forma.
Quando a notícia do retorno de Napoleão chegara aos soberanos da Europa e seus
conselheiros, todos se reuniram horas depois considerando inaceitável e fatal sua
permanência para a tranqüilidade da Europa. E no Congresso de Viena foi tomada a decisão
de confinar Napoleão em Santa Helena, pois consideraram-o prisioneiro de guerra. Santa
Helena era uma ilha vulcânica, com 45 quilômetros de circunferência, utilizada para o
refornecimento de água a caminho da Índia. O seu porto era movimentado, freqüentado por
muitos navios militares e mercantes, tornado-o num lugar de fácil acesso muito embora
distante. Temendo uma tentativa de fuga, forma instalados em volta da ilha, uma patrulha
4
Napoleão apud Paul Johnson.
de brigues e uma guarnição de 2250 homens. Durante os seis anos em que Bonaparte viveu
ali, nenhuma tentativa de fuga foi organizada.
5
Madame de Stael in JOHNSON, Paul. Napoleão. Tradução S. Duarte. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002.
6
DSM-IV. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. Tradução: Cláudia Dorneles. 4ªed.
Porto Alegre: Editora Artmed, 2002.
4. Referência Bibliográfica