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APRESENTAÇÃO
Olá amigo!
É com muita satisfação que apresentamos a você o curso “Noções
de Direito Processual Penal”, voltado exclusivamente para concurso para
o cargo de Agente de Polícia da PCDF.
Sabemos que a carreira pública tem sido a opção de muitas pessoas que
buscam estabilidade e segurança profissional, principalmente ante as incertezas
político-econômicas que têm marcado nosso País nos últimos anos. Neste
cenário, as carreiras policiais ganham destaque, pois, além da sonhada
estabilidade, vem a satisfação de pertencer a uma instituição que está voltada
para o bem-estar da população, visando garantir a segurança, direito
fundamental de todos, mas tão afetado nos dias atuais.
A criminalidade é um mal que tem causado muita dor em nosso País. O
roubo, o tráfico de drogas, a pedofilia e a corrupção, entre outros crimes, estão
constantemente nos noticiários, retratando a insegurança que tanto afeta
a população. Em razão disso, suprir a carência de pessoal nas forças
policiais passou a ser prioridade em todas as unidades da federação, inclusive
no Distrito Federal.
O ingresso na carreira policial passa, necessariamente, pela aprovação
em um concurso público da área. Sabedores das dificuldades que é alcançar a
tão sonhada aprovação, posto já termos trilhado esse mesmo caminho,
desenvolvemos este curso que ora se inicia, o qual será conduzido pelos
professores Enilson Rocha e Francisco Kraemer, dois policiais que se unem
neste projeto, cujo objetivo é te ajudar a alcançar sua meta.
Enilson Rocha:
Sou servidor público federal há 22 anos. Iniciei minha trajetória, em 1995,
ao prestar o concurso para Soldado Especializado da Aeronáutica (S1).
Em 1998, cursei a Escola de Especialistas de Aeronáutica, na primeira turma
do EAGS. Promovido à Terceiro-Sargento, servi por oito anos em São José dos
Campos (IPV/ICEA), período em cursei a faculdade de Direito.
No ano de 2004, enquanto cursava o último ano da faculdade, fui aprovado
no concurso para o cargo de Escrivão de Polícia Federal, tendo sido convocado
para a Academia Nacional de Polícia em 2006.
No ano de 2005, enquanto aguardava a convocação para da Polícia Federal,
fui aprovado no Concurso para o cargo de Analista Judiciário do Tribunal
Regional Eleitoral de Minas Gerais.
No dia 17 de julho 2006, ao pesquisar no Diário Oficial da União, tive a
satisfação de ver minha nomeação para o cargo de Escrivão de Polícia
Federal Publicada na página 32 da Seção 3. Foi um momento inesquecível. Ao
Francisco Kraemer
Olá, após ler a belíssima história do PF Enilson, vou apresentar-me.
Sou gaúcho de Porto Alegre, aos 18 anos entrei para o Exército Brasileiro
e cursei o CPOR (Centro de Preparação de Oficiais da Reserva) aqui na minha
cidade. Formado no CPOR; fui servir no interior do estado do RS. Foram 06 anos
de bons serviços prestados e foi a grande oportunidade de cursar a faculdade.
Formado em Direito e sem nenhuma experiência profissional na área;
acabei trabalhando em empresas de Mineração e; embora fosse uma área com
muito mercado; eu não era tão realizado como havia sido nas FFAA. No Exército
fui oficial de Engenharia e esses conhecimentos habilitaram-me a trabalhar em
empresas dessa natureza.
Insatisfeito com a mineração, decidi ser um servidor público, mais
precisamente, um policial. E, assim, após um período dedicado aos estudos, fui
aprovado, no ano de 2014, no concurso para o cargo de Escrivão de Polícia
da PC do Rio Grande do Sul, cargo que hoje ocupo com grande satisfação.
Agora que já nos conhecemos, vamos conhecer um pouco sobre o curso!
AULA CONTEÚDO
00 Disposições constitucionais aplicáveis ao direito processual penal
01 Disposições preliminares do Código de Processo Penal: aplicação
da lei processual no tempo; no espaço e em relação às pessoas. Analogia,
interpretação extensiva e princípios gerais do Direito.
02 Inquérito policial: Conceito; Natureza; finalidade; características;
fundamento; titularidade; grau de cognição; valor probatório; formas de
instauração: notitia criminis e delatio criminis; procedimentos
investigativos; indiciamento e garantias do investigado; conclusão e
prazos.
03 Prova: Exame do corpo de delito e perícias em geral; Interrogatório do
acusado; Confissão; Qualificação e oitiva do ofendido; Testemunhas;
Reconhecimento de pessoas e coisas; Acareação; Documentos de prova;
Indícios; e Busca e apreensão. Interceptação telefônica
04 Prisão e liberdade provisória: Prisão em flagrante; Prisão preventiva;
Prisão temporária (Lei nº 7.960/1989).
05 Ação penal e Competência
06 Juiz, ministério público, acusado, defensor, assistentes e
auxiliares da justiça, atos de terceiros
07 Processo e julgamento dos crimes de responsabilidade dos
funcionários públicos e Habeas corpus e seu processo.
Sumário
1. Introdução .................................................................................. 7
Poder Legislativo:
criar tipos penais
Positivo
Poder Judiciário:
executar as decisões
Ius Puniendi condenatórias
STF:
Negativo derrogar ou restringir o
a alcance dos tipos
penais
CF
Cod. Proc.
Penal
Normas
procedimentais
Neoconstitucionalismo
Após os horrores da segunda guerra mundial, muitos praticados sob o
argumento da legalidade, surge uma nova perspectiva sobre o
constitucionalismo, o neoconstitucionalismo.
Direito
Civil
Direito P. Direito
Civil Eleitoral
Direito Direito P.
Tributário Penal
Outros
ramos
do
Direito
Ciência da acusação
PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL
Julgamento público
Julgamento célere
Gratuidade da Justiça
Juiz natural
Rol Silêncio
exemplificativo
Resolução
O processo penal é um instrumento que tem duplo viés: exercício do poder
punitivo estatal e garantia do cidadão contra o arbítrio desse mesmo Estado.
Por ter caráter instrumental, o descumprimento de determinada formalidade,
por si só, não dá ensejo à nulidade do ato ou do processo, devendo haver
demonstração de prejuízo para acusado.
Gabarito 1: ERRADO
Possibilidade de prisão
A liberdade é, portanto, a regra, sendo a prisão uma exceção,
conforme podemos concluir a partir da leitura do art. 5º, inc. LXI, da CF.
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por
ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária
competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime
propriamente militar, definidos em lei;
Assim sendo, a liberdade daquele que, em tese, praticou algum delito só
pode ser restringida em caso de flagrante delito ou por ordem escrita e
fundamentada de autoridade judiciária, ressalvada a aplicação da
legislação militar.
Regra
Art. 5º, caput, da
CF
Liberdade
Flagrante delito
Exceções
Art. 5º, LXI, da CF Ordem fundamentada
de autoridade judiciária
2. (CESPE/PC-AL/Escrivão de Polícia/2012)
A pessoa presa em flagrante, por exemplo, tem direito que sua família
seja informada de sua prisão (art. 5º, incl LXII), para que lhe preste a
assistência necessária.
Além disso, impõe a Carta Magna a imediata comunicação à autoridade
judiciária. Tal providência é necessária para que seja apreciada a
legalidade do ato e, caso constatada a ilegalidade, a prisão deverá ser
relaxada, nos termos do art. 5º, inc. LXV, da CF.
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela
autoridade judiciária;
Habeas corpus
Outra garantia constitucional é o habeas corpus, que, nos termos do
art. 5º, LXVIII, da CF, destina-se a proteger a liberdade de locomoção.
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém
sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em
sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
Súmula 694-STF
Não cabe habeas corpus contra a imposição da pena de exclusão
de militar ou de perda de patente ou de função pública.
Súmula 695-STF
Não cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa de
liberdade.
4. (CESPE/DPE-AL/Defensor Público/2009)
Princípio da presunção de
inocência
Prisões Provisórias
No que tange às prisões provisórias, estas se dividem em: prisão em
flagrante (art. 301 e seguintes do CPP), prisão preventiva (art. 311 e
seguintes do CPP) e prisão temporária (Lei 7.960/89).
Aumento da pena-base
Conforme entendimento sumulado do Superior Tribunal de Justiça, em
decorrência do princípio da presunção de inocência a existência de inquéritos
policiais ou de ações penais em curso (antes do trânsito em julgado de eventual
6. (CESPE/PGE-BA/Procurador do Estado/2014)
Em razão do princípio constitucional da presunção de inocência, é vedado à
autoridade policial mencionar anotações referentes à instauração de inquérito
nos atestados de antecedentes que lhe forem solicitados.
( ) Certo
( ) Errado
Resolução:
O enunciado espelha o disposto no art. 20, parágrafo único, do Código de
Processo Penal. Enquanto não transitar em julgado a sentença condenatória,
milita em favor do acusado a presunção de inocência, nos termos do art. 5º,
inc. LVII, da Constituição Federal. Incluir em atestados ou certidões de
antecedentes criminais informações sobre inquéritos ou ações penais em curso,
violaria o princípio da presunção de inocência.
Gabarito 6: CERTO
5. Princípio do contraditório
O princípio do contraditório está insculpido no art. 5º, inc. LV, da
Constituição Federal.
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos
acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla
defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
Medidas cautelares
Apesar da importância do princípio do contraditório, em determinados
casos há possibilidade de que ocorra o denominado contraditório diferido ou
postergado, que consiste em adiar para momento posterior a ciência e
impugnação do investigado ou do acusado quanto a determinados
pronunciamentos judiciais.
Há, portanto, situações em que a urgência da medida ou a sua
natureza exige um provimento imediato e inaudita altera parte (sem ouvir
a parte), a fim de que não haja prejuízo ao processo ou ineficácia da
determinação judicial.
São exemplos de aplicação do contraditório diferido:
a) A decretação da prisão preventiva (art. 312 do CPP)
b) A decretação do sequestro de bens (art. 125 do CPP)
c) A autorização de interceptação das comunicações telefônicas (Lei
9.296/96).
d) Outras provas colhidas na fase do inquérito policial
Inquérito policial
O inquérito polícia tem caráter preliminar, preparatório da ação penal.
Trata-se de peça informativa, pré-processual, destinada a subsidiar o
oferecimento da denúncia pelo Ministério Público – nos crimes sujeitos a ação
penal pública - ou ao exercício do direito de queixa pelo ofendido - nos crimes
de ação penal privada.
Observe que não se trata de um processo administrativo, mas sim
de procedimento inquisitorial, razão pela qual não se aplica a ele o princípio
do contraditório. ´
defesa
técnica autodefesa
ampla
defesa
Defesa técnica
A defesa técnica (defesa processual ou específica) consiste na defesa
exercida por profissional da advocacia, dotado de capacidade postulatória,
seja ele advogado constituído, nomeado, ou defensor público, tendo como
características:
a) O acusado tem direito de escolher seu defensor;
b) Caso o acusado não tenha defensor, deverá ser nomeado um
profissional para fazer sua defesa;
c) O advogado constituído deve efetivamente envidar esforços para
realizar a defesa de forma adequada aos interesses do acusado;
d) O juiz deve verificar se a defesa técnica está efetivamente sendo
desempenhada adequadamente;
e) Se a defesa não estiver sendo realizada adequadamente, deve o
magistrado considerar o réu indefeso (art. 497, inc. V, do CPP).
f) A falta de defesa técnica constitui nulidade absoluta do ato;
Autodefesa
A autodefesa (defesa material ou genérica) consiste na participação
pessoal do acusado no contraditório, contribuindo com a função defensiva.
A autodefesa desdobra-se no direito de audiência e no direito de
presença.
Direito de presença
Autodefesa
Direito de audiência
ampla defesa
obrigatória defesa
autodefesa facultativa
técnica
indisponível disponível
irrenunciável renunciável
investigado
preso
Direito ao
indiciado
silêncio
solto
acusado
condenado
nemo
tenetur se
detegere
direito
ao
silêncio
Dizer a verdade
No que concerne ao direito de não ser obrigado a dizer a verdade, esse
não consiste no direito de mentir livremente. Se a mentira, em si,
constituir a prática de um fato delituoso, não estará o agente amparado pelo
direito em questão. Exemplo, atribuir-se falsa identidade constitui o crime
previsto no art. 307 do Código Penal, mesmo que o sujeito alegue agir em
situação de autodefesa, conforme entendimento contido na Súmula 522 do
Superior Tribunal de Justiça.
Súmula 522-STJ: A conduta de atribuir-se falsa identidade
perante autoridade policial é típica, ainda que em situação de
alegada autodefesa
Qualificação e interrogatório
Nos termos dos arts. 186, caput, e art. 187, caput, ambos do Código de
Processo Penal.
Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do
inteiro teor da acusação, o acusado será informado pelo juiz,
antes de iniciar o interrogatório, do seu direito de permanecer
calado e de não responder perguntas que lhe forem formuladas.
(...)
Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes: sobre
a pessoa do acusado e sobre os fatos.
Assim sendo, o primeiro ato a ser realizado pelo magistrado, quando do
o interrogatório judicial é a qualificação do acusado. Nesse primeiro
momento, o acusado será perguntado sobre a residência, meios de vida ou
profissão, oportunidades sociais, lugar onde exerce a sua atividade, vida
pregressa, notadamente se foi preso ou processado alguma vez e, em caso
afirmativo, qual o juízo do processo, se houve suspensão condicional ou
condenação, qual a pena imposta, se a cumpriu e outros dados familiares e
sociais, nos termos do art. 187, § 1º, do CPP;
Em momento posterior, o magistrado fará as perguntas acerca dos
fatos. Somente após a qualificação/identificação do acusado, o juiz o certificará
de seu direito de permanecer em silêncio, razão pela qual o princípio do nemo
tenetur se detegere não se aplica ao ato de qualificação.
14. (CESPE/DPF/Delegado/2013)
É apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada
em relação ao inquérito policial e suas peculiaridades, às atribuições da Polícia
Federal e ao sistema probatório no processo penal brasileiro.
José foi indiciado em inquérito policial por crime de contrabando e, devidamente
intimado, compareceu perante a autoridade policial para interrogatório. Ao ser
indagado a respeito de seus dados qualificativos para o preenchimento da
primeira parte do interrogatório, José arguiu o direito ao silêncio, nada
respondendo. Nessa situação hipotética, cabe à autoridade policial alertar José
de que a sua recusa em prestar as informações solicitadas acarreta
responsabilidade penal, porque a lei é taxativa quanto à obrigatoriedade da
qualificação do acusado.
( ) Certo
( ) Errado
Resolução
O direito ao silêncio está amparado pela Constituição Federal, conforme art. 5º,
inc. LXIII, sendo um desdobramento do princípio da não-autoincriminação.
Tal direito, a ser observado tanto na esfera policial quanto na judicial, não
abrange a qualificação do investigado/acusado, porquanto este ato não se refere
aos fatos que lhe são imputados, mas apenas à sua identificação.
A pessoa que deixa de responder às perguntas referentes à sua qualificação,
pratica contravenção penal, nos termos do art. 68 do Decreto-Lei 3.688/41 (Lei
de Contravenções Penais). Se, a pessoa fornecer dados falsos durante sua
qualificação, sua conduta configurará a prática do crime de falsa identidade, nos
termos do art. 307 do CP.
O procedimento do interrogatório judicial está disciplinado nos art. 186 e 187
do CPP, o qual é aplicado, por analogia, ao interrogatório policial, observando-
igualdade
formal igualdade
material
Está implícito
na CF
Regra Publicidade
ATOS
JUDICIAIS Defesa da
intimidade
Exceções
Interesse
social
Escândalo
Puder resultar
Incoveniente grave
Perigo de pertubação da
ordem
Inquérito policial
No que se refere ao inquérito policial, é importante frisar que não se
trata de procedimento judicial, mas sim de procedimento administrativo.
Tribunal do Júri
A Constituição Federal reconhece a instituição do júri, deixando para a
lei sua organização, conforme inc. XXXVIII do art. 5º.
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização
que lhe der a lei, assegurados:
(...)
b) o sigilo das votações;
Entre as garantias referentes ao júri está o sigilo das votações,
não se aplicando, portanto, em relação ao voto de cada jurado o princípio
da publicidade.
Por sua importância, o júri será objeto de tópico específico ainda nesta
aula.
Está, expressamente,
Foi adotado,
Não há previsão previsto na Conv.
implícitamente, pela
expressa na CF Americana de
CF
Direitos Humanos
contribuindo
com
•A paz social;
•A Celeridade •A efetividade e
processual do processo •A promoção
da Justiça
favorece Missão social
do processo
Adequação Necessida
de
Proporcionalida
de em sentido
estrito
Adequação
A adequação será satisfeita se a medida restritiva for apta a alcançar o
fim constitucionalmente legítimo buscado com ela. Somente se admite a
restrição a um direito fundamental se a medida adotada for apta a
alcançar o resultado pretendido.
Exemplo: se o objetivo é evitar o risco de fuga, não se mostra adequada
a medida cautelar de recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de
folga.
Necessidade
Entre as medidas possíveis e adequadas, deve ser escolhida a que
menos gravosa ao direito fundamental atingido. É também denominado
princípio da intervenção mínima.
Exemplo: se a prova pode ser obtida por meio do depoimento de
testemunhas, não há necessidade de interferir na privacidade do indivíduo por
meio da interceptação telefônica.
Proporcionalidade em
sentido estrito
Flagrante delito
Qualquer
Desastre
hora
Inviolabilidade Prestar socorro
do Domicílio
Exceções durante o dia determinação judicial
Consentimento do Morador
Flagrante delito
As hipóteses de prisão em flagrante delito estão previstas no art. 302 do
Código de Processo Penal.
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:
I - está cometendo a infração penal;
II - acaba de cometê-la;
Desastre
Desastre, segundo tem o sentido de acontecimento calamitoso, tais como
a inundação, o deslizamento de terras e o incêndio, os quais ameaçam e põem
em risco a saúde ou a vida.
Prestar socorro
Esse socorro pode não estar ligado a acontecimento calamitoso. É preciso
que, na casa, alguém esteja correndo sério risco e não se tenha como obter a
permissão de entrada. Exemplo: pessoa que mora só e que está gravemente
enferma, necessitando de auxílio imediato.
Determinação judicial
Salvo as hipóteses acima tratadas, o ingresso na casa sem consentimento
do morador só pode ocorrer em cumprimento a ordem judicial. Trata-se,
portanto de ato sujeito à reserva de jurisdição, porquanto somente a
autoridade judiciária pode determina-lo. Não se admite o ingresso determinado
por autoridade policial, Comissão Parlamentar de Inquérito etc.
Importante frisar que o ingresso na casa, mediante ordem judicial, só
pode ocorrer durante o dia.
Não há consenso acerca do que pode ser entendido por “dia”. Há pelo
menos três critérios citados na doutrina:
Cronológico: considera-se dia o período compreendido entre às 6h e às
18h.
Físico-astronômico: dia é o período que se inicia com a aurora e
termina com o crepúsculo, ou seja, o dia vai do nascer ao pôr do sol.
Misto: haveria uma conjugação dos dois critérios anteriores, buscando
maior proteção ao direito fundamental, ou seja, mesmo após às 6h, se ainda
estiver escuro, não se considera dia.
•das 6h
Cronológico
•às 18h
22. (CESPE/SEGESP-AL/Papiloscopista/2013)
Acerca de diligências e outras providências em caso de investigação criminal,
julgue os itens subsequentes.
A busca domiciliar deve ser feita durante o dia, sem necessidade de mandado
judicial quando realizada pela própria autoridade policial pessoalmente.
( ) Certo
( ) Errado
Resolução:
Nos termos do art. 5º, inc. XI, da Constituição Federal, a casa é asilo inviolável
do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador,
salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou,
durante o dia, por determinação judicial. Exceto nas hipóteses de flagrante
delito ou desastre, a entrada forçada em na casa, sem consentimento do
morador, está condicionada à autorização prévia da autoridade judicial,
tratando-se, portanto, de reserva de jurisdição.
Gabarito 22: ERRADO
inafiançável
Tortura
Graça
Insuscetível
de
Anistia
mas não
prenda
esculache
Provas
ilegais
Provas Provas
ilícitas ilegítimas
O Código de Processo Penal trata acerca das provas ilícitas em seu art.
157.
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do
processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em
violação a normas constitucionais ou legais.
2. (CESPE/PC-AL/Escrivão de Polícia/2012)
4. (CESPE/DPE-AL/Defensor Público/2009)
6. (CESPE/PGE-BA/Procurador do Estado/2014)
Em razão do princípio constitucional da presunção de inocência, é vedado à
autoridade policial mencionar anotações referentes à instauração de inquérito
nos atestados de antecedentes que lhe forem solicitados.
( ) Certo
( ) Errado
14. (CESPE/DPF/Delegado/2013)
É apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada
em relação ao inquérito policial e suas peculiaridades, às atribuições da Polícia
Federal e ao sistema probatório no processo penal brasileiro.
José foi indiciado em inquérito policial por crime de contrabando e, devidamente
intimado, compareceu perante a autoridade policial para interrogatório. Ao ser
indagado a respeito de seus dados qualificativos para o preenchimento da
primeira parte do interrogatório, José arguiu o direito ao silêncio, nada
respondendo. Nessa situação hipotética, cabe à autoridade policial alertar José
de que a sua recusa em prestar as informações solicitadas acarreta
responsabilidade penal, porque a lei é taxativa quanto à obrigatoriedade da
qualificação do acusado.
( ) Certo
( ) Errado
22. (CESPE/SEGESP-AL/Papiloscopista/2013)
Acerca de diligências e outras providências em caso de investigação criminal,
julgue os itens subsequentes.
A busca domiciliar deve ser feita durante o dia, sem necessidade de mandado
judicial quando realizada pela própria autoridade policial pessoalmente.
( ) Certo