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CIRCUITO DA RECOMPENSA

VALÉRIA DE OLIVEIRA GUANAES

RA: 21735224025

SÃO PAULO

2018
CIRCUITO DA RECOMPENSA

VALÉRIA DE OLIVEIRA GUANAES

Trabalho mensal da disciplina:


Conceitos Gerais de Neurobiologia e a
Neurobiologia nas Dependências Química e
Drogas Lícitas e Ilícitas, Fatores de Risco e
Vulnerabilidade aplicado pela Professora Dra.
Aline Coelho como exigência para o curso de
Saúde Mental e Psiquiatria pela Faculdade
Paulista de São Caetano do Sul.

SÃO PAULO

2018

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CIRCUITO DA RECOMPENSA

Maria Isabel Prado e Castro, autora do artigo “Do prazer à dependência”


escrito para a revista Toxicodependências, versa sobre a existência de
substancias psicoativas desde a história da humanidade, e que o uso de
psicotrópicos já serviu para vários propósitos: para meio de comunicação com
outras dimensões (deuses, mortos), modificação do humor, aumento das
performances físicas e resistência a fadiga, procura por calma ou excitação,
abstração do mundo ou coragem para enfrentá-lo.
A autora menciona que não existe sociedade sem drogas, assim como
não existe cérebro humano sem drogas e que até o inicio do século XX a
utilização de diversas substancias estava justificada pela procura de bem estar.
Afirma que o consumo abusivo de substâncias tem como denominador
comum uma perturbação do controle de impulsos, onde estas frenam ou
aceleram as ações, particularmente no circuito de recompensa cerebral, no qual
as vias dopaminérgicas mesocorticolímbicas jogam um papel importante.
O circuito de recompensa está relacionados a sensações prazerosas, em
que proporcionam reforços positivos. Esse sistema é formado por circuitos
neuronais responsáveis pelas ações reforçadas positiva e negativamente.
Quando nos deparamos com um estímulo prazeroso, nosso cérebro lança um
sinal: o aumento de dopamina, importante neurotransmissor do sistema nervoso
central (SNC), no núcleo accumbens , região central do sistema de recompensa
e importante para os efeitos das drogas de abuso.
Patricia Streparava, médica, com especialização em Neurologia,
Psiquiatria e Eletroencefalografia, cita na apresentação: Circuitos de
recompensa e dependencias, que as recompensas naturais mais comuns como:
se alimentar, tomar agua, fazer sexo ou receber/dar carinho são sensações
agradaveis, que reforçam o comportamento de maneira que este seja repetitivo.
Cita que cada comportamento é necessário para a sobrevivência do
individuo e da especie. Vale lembrar que, apesar de serem recompensas
naturais, nós, humanos, podemos dar um jeito de utilizá-los com drogas,
exemplificando nossa alimentaçao: se comermos demasiadamente,
engordaremos.

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Patrícia apresenta em imagem como funciona o circuito de recompensa:

Representação de um corte sagital médio do encéfalo humano com a marcação das principais áreas do
sistema de recompensa cerebral.

Exemplifica citando:
“Este é seu cérebro, se você fizer um corte no meio, na altura do nariz,
verá que no meio dele estão as estruturas que fazem parte do circuito de
recompensa. De baixo para cima: VTA = Área Tegmental Ventral; Núcleo
Acumbens e Córtex Pré frontal. O VTA contém toneladas de dopamina, que é
liberada no núcleo acumbens e no córtex pré frontal. Vamos lembrar que esse
circuito é ativado por um estímulo de recompensa, ou seja, sentimos algo como
agradável, quando essa parte de nosso cérebro é encharcada de dopamina.”
Em Neurobiologia: mecanismos de reforço e recompensa, e os efeitos
biologicos e os efeitos comuns às drogas de abuso autores abordam que a
dependência de substâncias pode ser entendida como alterações cerebrais
(neurobiológicas) provocadas pela ação direta do uso prolongado de uma droga
de abuso. Essas alterações são influenciadas por aspectos ambientais (sociais,
culturais, educacionais), comportamentais e genéticos.
Os autores discorrem que cada droga tem sua ação particular no
mecanismo, mas que todas atuam, direta ou indiretamente ativando uma
mesma região do cérebro: o sistema de recompensa cerebral.

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Com relação aos aspectos comportamentais relacionados ao consumo
de drogas de abuso, discorrem sobre como como as drogas de abuso
aumentam a liberação de dopamina no núcleo accumbens. Citam que as
pessoas podem usar drogas porque querem ter uma sensação de bem-estar, de
alegria (reforço positivo). As pessoas também podem usar drogas porque estão
tristes, deprimidas ou ansiosas e querem aliviar essas sensações ruins, nesse
caso, procuram a droga pelo seu poder reforçador negativo. Essa propriedade
reforçadora da droga, que causa prazer ou alivia sensações ruins (por exemplo,
a síndrome de abstinência na ausência da droga), aumenta a chance da
reutilização da droga.
No estado de abstinência, os autores pontuam que, em geral, a pessoa
apresenta sintomas opostos aos observados quando ela está sob o efeito agudo
das drogas. Nesses casos, observa-se uma depleção dos níveis de dopamina
(isto é, uma redução importante devido ao excesso de liberação que ocorreu
durante o uso da droga), principalmente no núcleo accumbens. Provavelmente
isso desencadeie um forte desejo (fissura) de usar a droga novamente.
Mencionam também que existem fatores geneticos que possuem papel
importante no desenvolvimento da dependencia quimica. Estudos
epidemologicos apontam que existe um fator familiar preponderante de 40% a
60% para risco de desenvolvimento deste transtorno. Citam que parte dessa
influência é devida a características herdadas por meio dos genes.
O autor cita:

O fato de existir uma influência genética, uma maior vulnerabilidade,


não significa que a dependência de álcool seja completamente
herdada, que seja algo predeterminado; entretanto, pessoas com
história familiar de dependência devem ser alertadas para o fato de
que têm maior risco de desenvolverem um problema semelhante aos
pais do que a população em geral.

De modo geral, é possível concluir que as drogas de abuso atuam


principalmente na desregulação do sistema de recompensa cerebral, mais
especificamente na concentração do neurotransmissor dopamina no núcleo
accumbens. O excesso de dopamina gera a sensação de prazer e bem estar ao
usuário e o estimula a buscar novamente a droga, caracterizando, assim, o
reforço positivo. A situação oposta a esta, ou seja, a diminuição abrupta dos
níveis de dopamina, causa a fissura pela droga, provocando mudanças

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comportamentais significativas. Existem ainda os fatores ambientais e genéticos
que influenciam na dependência de drogas.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

CASTRO, Maria Isabel Prado. Revista Toxicodependencias. Edição IDT.


Volume 10. Número 03. 2004. PP. 49-56

STREPARAVA, Patricia. Circuitos de recompensa e dependencias. Disponivel


em:<https://pt.slideshare.net/CurareDolorem/circuito-de-
recompensaedependnciasiirev> Acesso em 2018 Set

Neurobiologia: Mecanismos de reforço e recompensa e os efeitos biológicos e


os comuns às drogas de abuso. Disponivel em:
<http://www.aberta.senad.gov.br/medias/original/201612/20161212-174315-
002/pagina-02.html> Acesso em 2018 Set

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