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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE FILSOFIA E CIENCIAS HUMANAS


FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS
Docente: Mauro Viana Barreto
Discente: Crysthyan Costa Dos Reis Nascimento

Teorias Antropológicas

Belém, 2014.
De que forma o conceito de "cultura-linguagem" e a noção de estrutural social são
empregados na teoria estruturalista de Lévi-Strauss no estudo das sociedades
humanas?

Estruturalismo é uma modalidade de pensar e um método de análise


praticado nas ciências do século XX, especialmente nas áreas das humanidades.
Metodologicamente, analisa sistemas em grande escala examinando as relações e
as funções dos elementos que constituem tais sistemas, que são inúmeros,
variando das línguas humanas e das práticas culturais aos contos folclóricos e aos
textos literários.

Enquanto a ciência racionalista e positivista do século XIX desprezava a


mitologia, a magia, o animismo e os rituais fetichistas em geral, Lévi-Strauss
entendeu-as como recursos de uma narrativa da história tribal, como expressões
legitimas de manifestações de desejos e projeções ocultas, todas elas merecedoras
de serem admitidas no papel de matéria-prima antropológica. Como é o caso dos
seus estudos sobre o mito (Mythologiques), cuja narrativa oral corria da esquerda
para a direita num eixo diacrônico, num tempo não-reversível, enquanto que a
estrutura do mito (por exemplo o que trata do nascimento ou da morte de um
herói), sobe e desce num eixo sincrônico, num tempo que é reversível. Se bem que
eles, os mitos, nada revelavam sobre a ordem do mundo, serviam muito para
entender-se o funcionamento da cultura que o gerou e perpetuou.

É na pratica em campo que o etnólogo revive a experiência do outro, “que


não pode permanecer indiferente aos processos históricos e às expressões mais
altamente conscientes dos fenômenos sociais” (STRAUSS, 2003, p. 39). Ao mesmo
passo, o etnólogo precisa reviver a experiência indígena.

As milhares de sociedades que existem ou existiram na superfície da terra


são humanas e, por essa razão, elas participamos de forma subjetiva: poderíamos
ter nascido nelas, e podemos, portanto buscar compreendê-las como se nelas
tivéssemos nascido”. (LÉVI-STRAUSS apud MAUSS, 2003, p. 27).
A estrutura mental da humanidade é uma só, fazendo as propriedades do
espirito humano funcionarem da mesma forma em todo o lugar. A tarefa da
antropologia estrutural é, então, organizar a massa de dados empíricos e
correlaciona-los com as condições inconscientes da vida social, com isso, a
atividade inconsciente da mente humana, fundamenta as relações sociais que
estruturam as sociedades antrópicas, por isso as diferenças entre as culturas, seria
apenas variações possíveis dentro de um limitado leque de opções. Isso quer dizer,
que todas as culturas refletem as categorias e as estruturas inconscientes do
espirito humano.

Com tudo isso, Lévi-Strauss diz que por traz da aparente diversidade cultural
existe a invariabilidade dos princípios fundamentais da cultura que estruturam a
vida coletiva de todos os grupos humanos através de regras sociais.

A estrutura é uma ordenação logica que dá sentido à vida social, portanto ela é
universal enquanto modelo cognitivo. O objetivo da antropologia estrutural é
explicar a realidade através de modelos e buscar apreender a lógica subjacente
que se encontra por trás dos fatos com o propósito de realizar generalizações
dedutivas.

A obra antropológica de Lévi-Strauss pode ser considerada como um enorme


esforço intelectual e ideológico para superar as concepções teóricas que
dominavam o cenário do estudo dos povos, nações e tribos não-europeus, até a
Segunda Guerra Mundial. Procurando afastar-se do eurocentrismo e das
concepções de superioridade do homem branco, resultantes da Era Colonialista,
ele executou uma erudita operação de ‘descolonização’ da antropologia ocidental,
procurando abolir com conceitos como ‘primitivo’, ‘selvagem’, arcaico’ ou
‘atrasado’, comumente aplicados às sociedades indígenas do Terceiro Mundo. De
certo modo, sua posição frente aos indígenas foi ‘conservacionista’, insistindo no
direito que aquelas organizações tinham de viver ao seu modo, sem ter que aderir
às políticas ‘civilizatórias’ dos governos influenciados pelas idéias do progresso e
do desenvolvimento. A multiplicidade das formas sociais e culturais que se
encontrava pelo planeta inteiro fazia parte do enorme caleidoscópio humano, no
qual devíamos abandonar conceitos regidos pelos princípios de superioridade ou
inferioridade em favor do respeito à diversidade racial e cultural e à relatividade
de tudo.

Enfim, e por ser um método de conhecimento extensível por princípio a


qualquer fenômeno social e cultural, a antropologia estrutural também soube
encontrar uma audiência fora do campo tradicionalmente coberto pela etnologia.
Bibliografia

BARRETO, M. A Construção da Ciência do Homem: Uma Resenha Histórica da teoria


Antropológica. Belém, 2008.

LÉVI STRAUSS, Claude - Antropologia Estrutural. RJ, Tempo Brasileiro, 1970.

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