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15/11/2018 Batalha de Salamina, parte da História da humanidade - Mar Sem Fim

Batalha de Salamina,
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humanidade
Por João Lara Mesquita 13 de novembro de 2018

Batalha de Salamina,  parte importante da


História da humanidade, foi a primeira batalha
naval que se tem notícia, relatada minuto a
minuto
Imagine uma batalha naval há 2.503 anos. A primeira de que se tem notícia, e uma das mais
importantes da História da humanidade. E tudo  num cenário paradisíaco. De um lado, 1.200 navios
atacantes, do outro, apenas 300 navios defensores. Em terra as tropas atacantes contavam com cerca
de um milhão e setecentos mil homens vigiados de perto por seu rei. A Batalha de Salamina foi das
primeiras escaramuças que colocariam o Ocidente representado pela “Grécia europeia, síntese do
pensamento progressista da antiguidade”, em rota de colisão com o Oriente; a Pérsia, pomposa, lúbrica e
primitiva”. Seu desfecho, consideram a maioria dos historiadores, mudou o destino da humanidade.
Apesar da idade avançada, a batalha naval foi minuciosamente narrada por uma testemunha. Presente
legado pelo primeiro historiador da humanidade: Heródoto.

Duas palavras sobre o narrador


Heródoto nasceu em Halicarnasso, capital da Caria, em 484 a.C.”A
família deveria ser abastada. O jovem Heródoto teve tempo e longos
recursos à sua disposição. Viajou pelo mundo então conhecido.
Percorreu primeiro o Egito. Subiu o curso do Nilo até
Salamina. Foto: mysteriousgreece.com. Elefantina.  Perambulou pela Líbia, pela Fenícia, chegou até
Babilônia. A própria Pérsia não deve ter sido estranha ao seu longo
itinerário. Nas viagens recolhia materiais para a grande história que tinha em projeto, com suas
importantes consequências…”

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Ilustração:dicasdehistoria.com.br.

“Não se pode negar que tenha conhecido a Macedônia, a Trácia, a Cítia. As terras além do Daníbio e do
Borístenis. Compreende-se que percorreu as regiões do Oriente, as colônias da Ásia e as extremidades
setentrionais do mundo helênico, não tenha deixado de informar-se a respeito de todas as localidades
da Grécia européia, de suas cidades, templos, campos de batalha do continente e ilhas.”

Que espécie de obra?


“Uma espécie de história universal. Orientada para o conflito entre Gregos e a Ásia. Heródoto (490 a.C.–
425 a.C.), um dos principais historiadores da Grécia Antiga, deu suporte ideológico à guerra contra os
persas. Para ele, tratou-se de uma “guerra de sistemas“. De um lado, estava a Europa da “liberdade e
democracia” – afinal de contas foi fundada nessa época a democracia ática, considerada até hoje o
berço da Europa democrática.

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Cenário da batalha de Salamina.

No lado persa-asiático, Heródoto localizou o “despotismo“, o sistema da tirania. Dessa forma, o


historiador dividiu o mundo até então conhecido num par de opostos: Ásia contra Europa e “liberdade
contra servidão“.

Divisão do livro
E, acrescenta o Mar Sem Fim, uma obra de fácil leitura, narrada em estilo direto, apesar de minuciosa. O
livro é dividido em capítulos, e estes em diversos tópicos titulados, e numerados. Deste modo é fácil
achar o tópico que se quer. Eles geralmente são curtos, fáceis de ler, cheios de descrições interessantes
para quem vive 2.500 anos depois. A leitura linear não é necessária como num romance, por exemplo. É
possível curtir um trecho do fim, com outro do meio, seguido por um do começo. E curtir cada um de sua
forma.

Batalha de Salamina, curiosidades


Os persas armaram a maior força de combate da Antiguidade. “A força naval era 1.207 navios tripulados
por duzentos e quarenta e um mil e quatrocentos homens.” Para um transporte mais rápido das tropas, o
rei Xerxes 1° (519 a.C.–465 a.C.) construiu um canal através da península de Atos, uma ponte sobre o
Helesponto (hoje, Estreito de Dardanelos) e outra sobre o rio Estrímon (ambas construídas com navios
amarrados lado a lado).

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Ponte sobre o Helesponto. Ilustração: brewminate.com.

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Uma surra no mar


“A ponte, como uma demonstração de poder, teria aproximadamente 1.600 metros de comprimento.
Suas fundações encontravam equilíbrio sobre barcos. Xerxes, todavia, teve seus planos frustrados
quando uma tempestade destruiu a edificação completamente.  Transtornado, o déspota persa
mandou chicotear as “traiçoeiras” águas.

Xerxes, indignado com a destruição da ponte que ligaria a Ásia à Europa, além de ordenar a morte dos
engenheiros, mandou açoitar as águas com 300 chibatadas, ocasião em que teria dito:

Oh vil curso d’água! Xerxes ordenou sua punição porque você o ofendeu. O grande rei irá cruzá-lo
mesmo sem sua permissão, porque você é um traiçoeiro e estúpido rio!”.

Salamina, batalha decisiva


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Foi a batalha decisiva duma guerra que apontava a vitória, até então, aos Persas. Atenas já havia
capitulado. Enquanto a batalha se desenrolava, Xerxes assistia sentado em seu trono colocado no alto
de uma montanha. Pelo lado persa participaram várias nações, entre elas a Fenícia, a Síria, Egito, Cilíaca,
Medas, Dória, etc.

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Artemisa, princesa guerreira

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Entre os comandantes de navios (frota persa) estava Artemisa, além de Rainha de Caria (sul da Turquia),
uma valorosa combatente. Assim a descreveu Heródoto: ” Esta princesa me parece tanto mais digna de
admiração quanto, apesar de seu sexo, quis tomar parte na expedição. Como o filho se encontrava ainda
em tenra idade quando o marido morreu, ela tomou as rédeas do governo, e sua grandeza d’alma e
coragem levaram-na a seguir os Persas, embora não fosse a isso compelida por nenhuma necessidade.
Ela veio ao encontro de Xerxes com cinco navios, os mais bem equipados de toda a frota.” Finalmente, os
navios que se engalfinharam em Salamina eram os trirremes. No caso da frota grega, o chefe supremo era
Temístocles. Segundo Heródoto “a batalha que os bárbaros travaram com os Gregos durou desde o
romper da aurora até anoitecer.”

Já imaginou uma batalha deste porte, 2.500 anos atrás, sem as facilidades da tecnologia? Como
comandar uma frota com 1.200 navios?

Uma tempestade ajuda os gregos


Houve de tudo na grande batalha. Tanto em terra, como no mar. No primeiro caso, Heródoto conta que
“quando Xerxes se achava em marcha, um grupo de leões atacou os camelos que transportavam os
víveres. As feras, deixando suas cavernas , atiravam-se vorazmente sobre os camelos, sem tocar nos
outros animais de carne e nos homens. Qual a razão por que assim agiram, quando nunca haviam visto
camelos e nem experimentado sua carne, é o que não saberei dizê-lo, confessando-me espantado pelo
fato.” É assim, sempre em linguagem direta, que Heródoto nos põe a par de inúmeros detalhes. Penso,
entre outras, no pânico da soldadesca. Além dos inimigos, eles ainda corriam risco de virar almoço para
bandos de leões…Enquanto isso, no mar “…pelo menos 400 navios Persas foram destruídos pela
tempestade, perecendo também um grande número de guerreiros bárbaros e perdendo-se imensas
riquezas.”

Os trirremes
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“O trirreme deriva seu nome de suas três fileiras de  remos, tripulados com um homem por remo.  O
trirreme inicial era um desenvolvimento do  pentecontro, um antigo navio de guerra com uma única
fileira de 25 remos de cada lado, e do birreme, um navio de guerra com dois bancos de remos, de origem
fenícia.”

Ilustração: brewminate.com

“Os galpões eram ca. 40 m de comprimento. Apenas 6 m de largura. O espaço individual alocado a cada
remador era de 2 côvados . Com o cúbico dórico de 0,49 m, isso resulta em um comprimento total do
navio de pouco menos de 37 m.  A altura do interior dos galpões foi estabelecida como 4.026 metros.
Estimativas de que a altura do casco acima da superfície da água era ca.  2,15 metros.  Seu  calado  era
relativamente raso, cerca de 1 metro, o que, além da quilha relativamente plana e do baixo peso,
permitia que fosse facilmente encalhado.”

Distância percorrida pelos trirremes


“A distância que uma trirreme poderia cobrir em um determinado dia dependia muito do clima. Em um
bom dia, os remadores, remando por 6-8 horas, poderiam impulsionar o navio entre 80-100
quilômetros. Houve casos raros, no entanto, quando equipes experientes e novos navios conseguiram
cobrir quase o dobro dessa distância (Tucídides menciona um trirreme viajando 300 quilômetros em
um dia).”

A façanha de Artemisa durante a batalha de Salamina


Heródoto: “Quando era grande a desordem entre os navios de Xerxes, esta princesa, vendo que não
poderia escapar à perseguição de um navio ateniense, porque tinha pela frente vários navios amigos e o
seu era o que mais próximo se achava das embarcações inimigas, tomou uma decisão arrojada,
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conduzindo-se de maneira feliz. Acossada pelo navio ateniense, lançou-se sobre um navio amigo,
tripulado pelos Calíndios e no qual se achava Damastino, soberano destes últimos. Artemisa atacou e fê-
lo soçobrar. O resultado foi que o comandante do trirreme ateniense, vendo-a atacar um navio bárbaro e
imaginando que seu navio era grego, fez-se bordo para juntar-se ao resto da tropa.”

A vitória dos 300 navios gregos, contra 800 dos


persas
Para Dr. Mark Damen,  Professor de Drama e História Antigas, e Língua Latina and Grega, da Utah
State University, “Xerxes estava ansioso para resolver o conflito rapidamente. Assim, os gregos podiam
escolher a hora e o local do confronto final. Numa vitória da estratégia, decidiram reunir todas as forças
do mar perto da ilha de Salamina, perto de Atenas, e enfrentar a marinha persa nos estreitos entre a ilha
e o continente.

Cenário da batalha de Salamina.

O truque grego
Qualquer entrada para a Baía de Salamina é estreita, o que forçaria os navios persas a romperem a
formação quando entrassem. Isso daria aos gregos uma melhor chance de derrotar a frota persa, já que
não teriam que enfrentar tudo de uma vez.”

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Os gregos os pegaram aos pouquinhos


Ainda segundo Mark Damen, “Xerxes, de seu trono nos penhascos, ordenou que sua marinha avançasse
para os estreitos. Começava a Batalha de Salamina. Navio após navio, a armada   passou dos estreitos
para a baía, entrando apenas alguns de cada vez, porque era isso  o que caberia. Os gregos os pegaram
aos pouquinhos. Pior para os persas, os navios que perceberam a armadilha tentaram se virar e fugir. E
correram de cabeça para as galeras que entravam. Mais de um navio persa foi abalroado e afundado por
um dos seus próprios companheiros naquele dia.”

Navios menores combatendo desordenadamente


Para  o especialista Matthias von Hellfeld,   “Provavelmente, o fato de os navios gregos serem menores e
mais facilmente manobráveis foi decisivo para derrotar a esquadra de Xerxes.” Já o ‘Pai da História‘
considera que “Os bárbaros combatendo desordenadamente, sem tática alguma, contra forças que se
batiam em boa ordem e obedecendo a um método de luta, estavam mesmo fadados a esse revés.”

Moral da história
Já sabemos a importância do mar e oceanos, a maior fonte de proteínas do mundo, para a
biodiversidade do planeta. Também conhecemos  os variados e importantes serviços prestados pelos
oceanos.  Ou sua importância para a riqueza das nações. Agora, apresentamos mais uma característica
dos oceanos, a geopolítica. Seja qual for a nação que queria ser dominante ela precisa, antes de mais
nada, dominar o mar. Sem isso, não se vai alugar nenhum, como aprenderam os persas. Já as nações que

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conseguiram este domínio foram, ao seu tempo, nações dominantes. São muitos os exemplos, desde os
portugueses, até os ingleses ou, atualmente e desde o fim da Segunda Guerra Mundial, os norte-
americanos. Oceanos, está na hora de conhecermos mais, para respeitarmos mais.

Fontes: Heródoto, História, Ed.Tecnoprint S.A, e https://www.thevintagenews.com/2018/03/13/athenian-


trireme/;  https://brewminate.com/herodotus-and-the-persian-wars-the-first-historians-first-
history/;  https://www.britannica.com/event/Battle-of-
Salamis;  https://en.wikipedia.org/wiki/Trireme;  https://www.dw.com/pt-br/batalha-de-salamina-
decidiu-destino-da-europa-em-480-ac/a-4200910.

Consumo de peixes e o mistério do ciclo do mercúrio

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