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Preâmbulo:
1. DO RELATÓRIO
O Sr.José dos Santos ocupou, sem interrupção, durante 20 (vinte) anos imóvel de uma
Autarquia Federal que estava “abandonado” como se fosse seu, sendo que a ocupação
ocorreu de forma mansa e pacifica, sob alegação que em razão do abandono da entidade
administrativa, passou a ocupar o imóvel há mais de 20 (vinte) anos, no qual constituiu
benfeitorias, vez que a requerida entidade jamais fez qualquer oposição ou enviou
notificação para que desocupasse.
São bens públicos todos aqueles, de qualquer natureza e a qualquer título, que
pertençam às pessoas jurídicas de direito público, sejam federativas ou descentralizadas
de direito público, como as autarquias e as fundações de direito público. Assim, dispõe
o art.98 do Código Civil: “São públicos os bens do domínio nacional pertencentes ás
pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual
for a pessoa a que pertencerem”.
O Código Civil em seu art. 41 diz que são as pessoas jurídicas de direito público.
Existe distinção entre posse e detenção que pode ser observado a seguir.
Tem a posse aquele que existe o poder de fato sobre uma coisa, mas não é qualquer
poder de posse que pode ser considerado como posse. Só é possessório o poder fático
análogo aos poderes do domínio. O poder de fato é aquele poder de usar, gozar, dispor
ou reivindicar, exerce esses poderem quem é o possuidor. Assim, a posse é exercício
fático desse poder, ao qual o direito em algumas situações atribui incidência de normas
jurídicas.
A primeira questão objeto de análise diz respeito à alegação do Sr.José á nulidade do ato
pretendida pela Autarquia, ante a ausência de indispensável autorização judicial prévia.
Tendo em vista a classificação dos bens públicos, bens dominicais são bens privados da
que pertencem às autarquias, mas que não estão sendo afetados pelo interesse público.
O ato não pode ser anulado, pois houve uma mera tolerância da Autarquia Federal e não
uma concessão. Segundo primeira parte do art.1.208 do Código Civil: “Não induzem
posse os atos de mera permissão ou tolerância [...]”. Logo, a mera ocupação de terreno
público não induz a posse, não importa a mera tolerância da Autarquia Federal.
Logo, não merece respaldo os argumentos do Sr.José, já que os atos praticados pela
Administração Pública não necessita de autorização judicial para praticar os seus atos
através do seu poder fiscalizatório.
A segunda alegação é que a propriedade era sua, e não mais da Autarquia em questão,
pois teria se operado a usucapião. E é respondida através da impossibilidade de
usucapião de bem público. Já que na lei, não encontra nenhum respaldo sobre a questão.
Uma vez que a Constituição Federal, carta maior do direito, assegura em seu artigo 183
§ 3º que: “Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião”. E o art.191,
parágrafo único, da mesma constituição, assegura que “Os imóveis públicos não serão
adquiridos por usucapião”.
Já o art. 102 do Código Civil também assegura que os bens públicos não estão sujeitos a
usucapião. Deste modo não merece prosperar, pois os bens dominicais não podem ser
usucapidos. A mera ocupação de terreno público não induz posse. Nada importa a
omissão da Autarquia Federal muito menos quando não pode sequer o ocupante invocar
boa-fé, uma vez que não é dado a ninguém o desconhecimento da lei.
Segundo Matheus Carvalho:
Colocar a jurisprudencia:
E por fim, alega que, a Administração Pública não poderia limitar o uso de sua
propriedade, pois se tratava de um direito inviolável. E que o sustento seu e de sua
família era extraído daquele local, pois era onde funcionava sua oficina.
A constituição federal define quais são os direitos que devem ser garantidos e
reservados. Em relação à propriedade o Estado para garantir o seu direito á propriedade
pode a partir do seu papel fiscalizatório criar restrições em razão do interesse público.
O poder de policia pode ser exercido por meio de atos normativos que tem o caráter
geral e abstrato destinado á toda coletividade ou por meios atos concretos, específicos e
determinados a uma pessoa. A atuação também pode se da por meio de determinação,
que é a imposição de deveres, obrigações ou por consentimentos. E esse exercício
fiscalizatório tem sempre que observar os princípios da proporcionalidade.
3. DA CONCLUSÃO
É o parecer, S.M.J.
LOCAL, DATA
PROCURADOR
OAB/UF
ASSINATURA