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GERENCIAMENTO ELETRÔNICO DE DOCUMENTOS E WORKFLOW

NA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

André Carneiro Giandon, Eng. Civil, Esp., Mestrando PPGEC/UFPR – giandon@cesec.ufpr.br


Ricardo Mendes Junior, Eng. Civil, MSc, DEng. – mendesjr@cesec.ufpr.br
Sérgio Scheer, Eng, Civil, MSc, DSc. – scheer@cesec.ufpr.br

Programa de Pós-Graduação em Construção Civil - PPGEC


Centro Politécnico
Jardim das Américas
Cx Postal 19011 CEP. 81531-990 Curitiba - Pr - Brasil
Fone: 00 55 41 3613218
Fax: 00 55 41 266 9174

Introdução
Medir o valor de uma informação numa organização é uma tarefa praticamente impossível, mas
quando se sabe que a informação existe e não se consegue encontrá-la, uma decisão pode ser
tomada de maneira errada ou contra os princípios da organização gerando desperdício de recursos.
Todas as principais funções nas empresas: fabricação e produção, marketing, contabilidade,
finanças e recursos humanos, utilizam documentos, que são uma grande fonte de informações.
Com a popularização do uso de ferramentas computacionais e o acesso facilitado às tecnologias de
transmissão de dados, o volume de informações aumenta cada vez mais rapidamente, assim torna-se
necessária uma estruturação das informações.
O gerenciamento do tempo dentro das organizações é fator chave para atingir as metas da
organização nos prazos previstos. O tempo de realização das atividades muitas vezes está vinculado
ao tempo de trâmite da papelada e não à realização trabalho. Otimizar o fluxo dos documentos pode
ser um diferencial de uma empresa para conquistar e manter uma vantagem competitiva.
LAUNDON & LAUNDON (1998), ao classificarem as atividades de uma empresa, afirmam que
40% do tempo do trabalho num escritório em organizações de diversos setores é utilizado com
atividades de gerenciamento de documentos. O fato da atividade gerenciar documentos ter sido
incluída como uma das principais atividades da organização já mostra sua importância.

Gerenciamento Eletrônico de Documentos - GED


O Gerenciamento Eletrônico de Documentos (GED) é realizado através de um conjunto de
elementos (hardware e softwares específicos) que gerenciam todo o ciclo de vida de um documento.
As atividades do ciclo de vida de um documento podem ser nomeadas como: criar, aprovar, revisar,
processar, arquivar e distribuir documentos.
As principais soluções empregadas no GED são as de gerenciamento de documentos (document
management) e gerenciamento de imagens (document imaging). Estas soluções podem estar
integradas a sis temas de processamento de dados (imaging enable) e ao gerenciamento de fluxo de
trabalho (workflow).
No GED criam-se tipos ou padrões de documentos que são associados a diversos índices para
pesquisa e recuperação que permitem localizar rapidamente as informações. Podem ser gerenciados
documentos de texto, imagem ou voz todos em mídias analógicas ou digitais. A grande vantagem
de gerenciar eletronicamente os documentos é a facilidade do controle de versões, que pode ser
automatizado, evitando o uso de documentos desatualizados.
Com o uso de padrões de documentos a compreensão dos documentos fica mais clara, uma
informação pode ser localizada dentro do documento facilmente. Na criação ou alteração nos
padrões de documentos os envolvidos contribuem para que a formação esteja adequada para o uso
do conteúdo com mais agilidade, reduzindo retrabalho.
O uso de documento padrão aumenta a transparência, favorece que os documentos da empresa
tenham características conforme o perfil da empresa e não o do funcionário, transmitindo segurança
ao cliente que recebe informações sempre no mesmo formato e pode dar feedback se necessário.
Uma ferramenta que pode ser acoplada ao GED é o FTR - full text retrieval. Com esta ferramenta é
possível localizar um documento por qualquer palavra de seu conteúdo. Qualquer documento pode
ser localizado em segundos, um arquivo que contenha milhões de páginas, com uso de GED a
recuperação não deve exceder 30 segundos, e pode até ser realizada remotamente.
Os documentos em papel existentes podem ser digitalizados com um scaner rápido, que transforma
seu conteúdo em imagem. Se necessário essas imagens podem ser submetidas a ferramentas de
reconhecimento de caracteres, OCR ou ICR (optical character recognition, intelligent character
recognition), assim as imagens são transformadas em texto e podem ser editadas no editor de textos.
Uma vantagem do GED é a redução do espaço para armazenamento de informações. Uma folha A4
gerada por um editor de texto ocupa em média 3 kb, uma imagem desta folha pode ocupar cerca de
30 kb (AVEDON, 1999). Informações de dez arquivos com quatro gavetas, duzentas mil páginas
podem ser armazenadas em um único disco. Se necessário, imagens de documentos podem ser
acessadas normalmente para consulta e os documentos originais podem ser arquivados em locais
seguros e de baixo valor imobiliário.
Com as informações em mídias eletrônicas é fácil ter o controle de acesso dos documentos, pode-se
gerar relatórios de quem acessou ou imprimiu os documentos.
Além dos índices de pesquisa normalmente utilizados, como data da criação, autor, versão, pasta de
armazenamento, no GED podem ser adicionados inúmeros outros, como tipo de documento, gerente
do departamento, nome que o fornecedor trata o documento e outros, facilitando a pesquisa para a
localização. Assim os profissionais podem se ocupar mais nas atividades que agregam valor ao seu
trabalho.
Para a implantação de GED é preciso analisar quais documentos precisam ser incluídos no sistema,
pode-se digitalizar tudo, começar a usar o sistema apenas para os documentos criados após a
implantação ou adotar soluções intermediárias. Assim, a escolha do sistema GED deve contemplar
um sistema que gerencie também os documentos físicos, pois algumas informações permanecerão
em papel, mas precisam ser gerenciadas eletronicamente.
A distribuição de um documento usando GED ocorre de forma praticamente instantânea, de forma
segura e com a garantia que o documento foi entregue a pessoa certa. A distribuição com GED tem
um grande impacto na redução de custo de cópias e plotagens. Além disso, pode-se disponibilizar a
informação a diversas pessoas em qualquer parte do mundo simultaneamente.
Outro uso do GED é associar uma imagem a todas as informações relativas à imagem, com um
sistema de processamento de dados (imaging enable). Numa foto do interior de uma edificação
podem estar associadas todas as informações sobre os projetistas, materiais, projetos ou
empreiteiros, favorecendo a se ter uma rápida ação na tomada de decisão.
Em geral a forma de armazenamento empregada é o uso de discos óticos. Estes discos podem ser
CD-ROM, CD-R, CD-RW, DVD WORM e outros.
Com o GED é possível restringir o tipo de acesso, oferecendo permissões diferenciadas para cada
usuário num determinado documento. Pode-se definir usuários que apenas visualizam, que
visualizam e imprimem ou os que podem editar, visualizar e imprimir um documento.

Workflow
Algumas ferramentas de GED utilizam workflow integrado ao sistema de gerenciamento de
documentos. O workflow permite o controle eletrônico das atividades do ciclo de vida dos
documentos melhorando os processos da empresa.
Nestes workflows os usuários e os prazos para a realização das atividades podem ser determinados
previamente, e um registro das durações reais das atividades pode estar incorporado ao sistema.
Dentro da organização, esse controle facilita para a identificação dos gargalos da produção, e fora
dela, com o histórico da tomada de decisões, pode-se verificar quais empresas parceiras tomam
decisões mais rapidamente. O controle de prazos para a realização das tarefas nos workflows é um
importante diferencial do sistema GED em relação aos procedimentos não automatizados ou em
papel.
Para construir workflow é preciso analisar o processo do trabalho, assim, a implantação contribui
não apenas na organização na geração dos documentos, mas também na otimização dos processos.
Com processos mais estruturados aumenta a confiança na realização das tarefas e elimina-se
incertezas como, por exemplo, de quais pessoas devem receber um comunicado ou documento. Ao
melhorar um workflow os sistemas GED reduzem o espaço de armazenamento de informações,
reduzem o tempo de processamento, melhoram a eficácia em processos, agilizam o atendimento ao
cliente, garantem o controle de documentos e dá suporte à tomada de decisões.
Com o workflow muitas informações sobre o processo são incorporadas ao próprio processo.
Graficamente é possível saber exatamente quem está realizando qual tarefa o que proporciona uma
rápida resposta a uma solicitação. Essa verificação de status permite que o atendimento a clientes,
por exemplo, fique mais ágil.
Alguns sistemas de workflow favorecem a produção voltada à realização do trabalho. Os envolvidos
não se esquecem das atividades pendentes, pois são alertados pelo sistema para a realização das
mesmas, oferecendo garantia de realização e segurança ao solicitante. O sistema também evita o
trabalho em progresso, ou seja, quando um processo é iniciado chega ao fim sem a necessidade de
se recriar os documentos ou estar indagando qual foi a última ação realizada.

Impactos do GED e workflow nos fluxos de informações


O principal impacto do uso de sistemas de gerenciamento eletrônico de documentos é na forma de
realização das tarefas. Um sistema de GED pode alterar algumas barreiras de comunicações, como
as que são conseqüência dos modelos de organogramas funcionais.
Com ferramentas que permitem a disseminação rápida do conhecimento dentro da organização os
profissionais realizam seu trabalho com mais precisão. O uso restrições de acesso às informações
como uma forma de poder tende a ser alterado para modelos onde o conhecimento das empresas
estão se concentrando nas bases das pirâmides dos níveis de gerenciamento, que vão diminuindo
gradativamente.
O uso de GED pela Internet pode reduzir o prazo de realização dos processos. Mesmo em viagens,
um profissional pode ter acesso ao sistema. Com acesso remoto as informações são obtidas sem
intermediários, que podem distorce-las, assim, o sistema contribui para a redução de custos com
telefonemas e evita o uso do e-mail.
Quando redigimos um e-mail, diversas informações precisam ser incluídas em seu conteúdo para
que o destinatário compreenda perfeitamente. Com uso de sistemas de GED essas tarefas podem ser
realizadas automaticamente de uma forma precisa e estruturada. Outra questão relacionada com o
envio de arquivos atachados nos e-mails é que pode transmitir insegurança ao receptor devido à
possibilidade de existência de vírus.
Com o envio de e-mails não é possível ter certeza que a informação realmente chegou ao
destinatário. A solicitação de confirmação de recebimento pode causar constrangimento a alguns
profissionais, por se sentirem desconfortáveis a ação de confirmação do solicitante. Quando se
envia um e-mail, o caminho deste pela Internet é desconhecido, e, no caso de falhas não existe para
quem solicitar a solução. Os sistemas GED estruturam a troca de informações sem a necessidade de
muitas ações dos usuários.
Em geral as informações já passam por computadores em algum momento em seu fluxo, com o uso
de sistemas GED, elas não precisam sair do computador para a tomada de decisões. Assinaturas
eletrônicas podem ser utilizadas em workflows, evitando a necessidade de enviar papéis para serem
analisados e assinados.
Com relação à segurança, um servidor de arquivos recebe os cuidados especiais, conforme a
necessidade. O arquivamento de informações de forma não estruturada em diversos computadores
ou pastas dificulta a localização dos documentos, e está sujeito a falhas por ações de usuários. Nos
servidores, os arquivos podem ser compactados automaticamente, evitando que os funcionários
usem parte do seu tempo em atividades de compactação e descompactação.
Quando as informações são transmitidas por fax existe um tempo usado em atividades de suporte
para a transmissão. Nas organizações que não utilizam softwares específicos para gerenciar a
transmissão de fax, a velocidade de transmissão é lenta se comparada à transmissão de arquivos
eletrônicos. Freqüentemente são tiradas fotocópias dos documentos em fax para que o texto não se
apague devido ao tipo de papel utilizado nestes aparelhos. Muitas pessoas ainda usam o fax apenas
para se ter um registro que a informação foi enviada, no workflow o registro é feito
automaticamente.
Essas ações podem também gerar retrabalho, em certos casos, informações digitadas numa empresa,
transmitidas por fax e redigitadas em outra organização. No envio de documentos em papel, estes
podem ser entregues ao profissional errado, comprometendo o tempo para a conclusão de uma
atividade.
Um processo que demoraria horas tradicionalmente, com o workflow isso pode ser reduzido a
poucos instantes. Utilizar o e-mail normalmente também pode reduzir os prazos, mas num processo
um pouco mais lento e menos confiável.
Com o uso de GED e workflow algumas atividades podem ser reduzidas como: marcar horário para
encontros e reuniões, telefonar, confirmar recebimento de informação, solicitar esclarecimentos de
e-mails recebidos e tirar cópias de documentos.
A Tabela 1 a seguir ilustra um comparativo entre a tecnologia de gerenciamento eletrônico de
documentos comparada a outros sistemas de informações.

Tabela 1 – comparativo de tecnologias


Atividade GED e-mail papel
Backup automático não realiza, mas cópias de fotocópias, inviável
arquivos enviados ou
(cópia de segurança) recebidos podem estar no
gerenciador de e-mails
distribuição de documentos automático, controlado, depende de ação do usuário, manual, alto custo de
estruturado. O mesmo desestruturado fotocópias, distribuição
documento pode ser depende de ação dos
visualizado simultaneamente envolvidos
por diversos usuários,
remotamente
confirmação de automático, controlado depende de ação do usuário, assinatura, cópias
recebimento de documentos não controlado controladas.
garantia do uso da versão automático não tem garantia não tem garantia
correta do documento

Uso de GED e workflow na elaboração de projetos na construção civil


Os sistemas de informação da indústria da construção civil são baseados em papel, freqüentemente
desestruturados, difíceis de usar, com informações fáceis de perder ou danificar (BRANDON et al.,
1998; TOLMAN, 1999). Os sistemas de GED com workflow contribuem para melhorar a eficiência
dos fluxos de informações e processos e facilitam a recuperação das informações.
Na construção, a gestão de documentos é apontada como um componente essencial na função do
gerenciamento de empreendimentos, nestes documentos incluem-se desenhos, especificações de
projetos, cronogramas, relatórios de controle de qualidade e outros (ABOURIZK & HAJJAR,
2000).
Os documentos de projetos de edificações podem ser classificados como dois tipos básicos:
desenhos (plantas) e os documentos descritivos (discriminações técnicas. orçamento discriminado,
programação de obra, etc.) (SCHIMITT, 1999). Estas informações, na maior parte das vezes, estão
à disposição dos profissionais de forma totalmente desestruturada, como peças de um quebra-
cabeças e, nos canteiros de obras, existe um desafio diário para solucionar problemas de falhas entre
informações.
A estruturação do processo de projetos é uma das oportunidades para as empresas que visam criar e
manter uma vantagem competitiva. Freqüentemente os profissionais de projetos ou execução de
empreendimentos têm problemas para ter a certeza de estar utilizando a versão correta do
documento. O GED garante o uso da versão correta dos documentos de projetos. E se o sistema
utilizar workflow, a estabilização do processo e o aumento de transparência criam condições
favoráveis para a tomada de decisões.
Os problemas com versões de documentos têm aumentado devido à complexidade dos novos
empreendimentos, ao número de projetistas envolvidos e devido à necessidade de execução das
tarefas em prazos cada vez mais reduzidos. Isso tudo associado ao gerenciamento manual gera
inúmeras falhas nos empreendimentos. Segundo BÉDARD et al (1998) a falta de coordenação das
informações do projeto gera incompatibilidades como:
a) inconsistência de informações, como colunas alocadas no projeto arquitetônico em local
diferente do projeto estrutural;
b) desencontro de interfaces, como dutos de ventilação e ar condicionado dimensionados em
projetos específicos maiores do que as passagens previstas em projetos estruturais;
c) áreas com função mal definidas, como uma sala de aula indicada no projeto elétrico e
indicada como laboratório de computação nos desenhos arquitetônicos.

Outra dificuldade encontrada no processo de projetos é a distribuição dos documentos certos, e de


forma não burocrática. A cada alteração em algum projeto, esta normalmente precisa ser transmitida
a todos os envolvidos. Com uso de cópias controladas esta atividade pode se tornar um gasto
excessivo de recursos nos projetos.
Nas reuniões de projetistas, freqüentemente cada projetista anota as alterações que devem ser
realizadas em seu projeto. Essas alterações futuramente precisarão ser conferidas pelo responsável
pelo gerenciamento dos projetos. Esse excesso de verificações não agrega valor ao produto do
projeto. O processo poderia ser mais ágil e transparente se todos compartilhassem um único
controle de alterações como proposto na Tabela 2.

Tabela 2- lista de atividades


atividade ação por realizada em verificada
girar p4 90 graus projetista estrutural 02/05/2001 sim
eliminar lavabo arquiteto 05/05/2001 não

Devido ao grande número de alterações possíveis, o uso de ferramentas de filtros para visualização
da tabela é indispensável.
Uma das principais conseqüências dos fluxos de informações não estruturados nos projetos é que os
profissionais envolvidos, dificilmente possuem tempo suficiente para analisar o processo e melhorar
suas atividades. A falta de padronização para os desenhos e nomenclatura dos layers de arquivos em
CAD dificulta a visualização rápida das informações desejadas.
A fase de projetos é importantíssima para a redução do retrabalho ou desperdício nas obras.
Alterações realizadas nesta fase são mais baratas e evita paralisações na execução dos
empreendimentos.
A visualização dos documentos em CAD normalmente precisa ser realizada em papel para que se
possa compreender melhor os projetos. O GED não elimina totalmente as plotagens dos projetos,
mas contribui na estruturação do fluxo de informações e evita falhas dos projetos e dessa forma
reduz o desperdício.
Todas as decisões de projetos precisam ser documentadas de alguma forma, e a análise deste
histórico após as ações corretivas melhora o desempenho da equipe. É ideal que todas as decisões
estejam previstas numa fase de planejamento. O documento que define as decisões ou alterações de
responsabilidade do cliente deve ser claro para evitar interferências na execução da obra, o cliente
deve estar preparado para tomar uma decisão quando solicitado. Os prazos dessas alterações
também devem ser esclarecidos com antecedência. Não se trata da criação de registros inúteis para
manter procedimentos, são de informações que contribuem para o andamento da obra em ritmo
previsto.
A Figura 1 representa um workflow que está sendo desenvolvido numa pesquisa de aplicação de
GED para o processo de projetos no Programa de Pós-Graduação em Construção Civil na UFPR,
que possui apoio da empresa POLO de Software. No workflow desenvolvido, a partir do software
GlobalDoc, o executor é o gerente de projetos. É usado associado a uma pasta de processo contendo
todos os documentos de um determinado projeto. No software utilizado, uma pasta de processo
pode ser entendida como algo similar a um diretório do gerenciador de arquivos do sistema MS-
Windows, o Windows Explorer. Porém a pasta não contém todos os documentos, mas apenas
apontadores (links) para os mesmos. A vantagem do uso da pasta de processos é que nesta pasta está
tramitando o acesso rápido por apontadores a todas as informações de um determinado projeto, para
que estas estejam sempre fácies de serem visualizadas quando necessário. Se um diretório do
Windows Explorer estivesse no fluxo, este seria mais lento.
Os documentos são arquivados em servidores, não sendo necessário que cada envolvido possua uma
cópia dos arquivos e evitando que um projetista possua uma versão diferente da mais atual. O
sistema GED pode compactar os arquivos que não estão sendo usados automaticamente. O sistema
pode programar e-mails automáticos para avisar sobre as atividades realizadas no workflow.

Figura 1 – Workflow Processo de Projetos Construtora


A Tabela 3 apresenta a descrição das tarefas do workflow Processo de Projetos Construtora.
Tabela 3 - tarefas do workflow de projetos
Tarefa
responsável Descrição
1 avaliar solicitação projetista avalia as solicitações e define o que será realizado
2 desenvolver desenho desenhista desenvolve os desenhos
3 aprovar desenho projetista verifica se aprova o desenho
4 criar arquivo de desenhista cria os arquivos de plotagem
plotagem
5 plotar e aprovar técnico solicita a plotagem dos arquivos para uma empresa de plotagem, verifica se
aprova as alterações
6 aprovar alteração gerente de verifica se aprova as alterações, caso considere que necessita de uma avaliação
projetos critica, encaminha para a diretoria, se os desenhos foram aprovados seguem
para a distribuição.
7 análise crítica diretor o diretor em reunião com o gerente de projetos avalia os projetos.

O modelo apresentado pode sofrer alterações pois é parte de uma pesquisa de dissertação de
mestrado que está em andamento.
Comentários Finais
A implantação de sistemas de informações como o de Gerenciamento Eletrônico de Documentos
têm muitos impactos na forma de realização do trabalho dentro de uma organização. Isso acontece
não apenas pelo fato que o usuário passa a trabalhar com um novo sistema, mas faz com se
descubram alternativas de melhorar os processos.
O Gerenciamento Eletrônico de Documentos não pretende eliminar o uso do papel, não em curto
prazo. Não se deve pensar em usar processo em papel ou eletrônico. As vantagens dos dois
processos devem ser somadas e utilizadas em proporções adequadas, permitindo a otimização e
redução de desperdícios com cópias desnecessárias, telefonemas, retrabalho e tempo para
localização de informações.
Em geral, todos os processos de uma empresa utilizam documentos, e todas informações das
empresas estão em computadores, gerenciar documentos ou manualmente adiciona atividades que
não agregam valor ao trabalho e dificulta a disseminação do conhecimento dentro da organização.
Dentre as dificuldades de implementação de GED, uma das principais é a resistência dos envolvidos
às mudanças. Dessa forma, aqueles que antes iniciarem uma implementação estarão com vantagem
em relação aos concorrentes, pois as falhas do sistema podem ser corrigidas com mais facilidade
comparada a uma mudança de cultura da organização. Quando aqueles que esperam para aprender
com os erros dos outros buscarem a tecnologia, os que já iniciaram a implantação estarão com
processos estáveis e com usuários mais receptivos para a realização do trabalho aproveitando
melhor os benefícios oferecidos pela tecnologia da informação.
A pesquisa de implantação de Gerenciamento Eletrônico de Documentos na Construção Civil está
sendo realizada no Programa de Pós-Graduação em Construção Civil do Paraná na UFPR, e é parte
de uma dissertação de mestrado para modelar o gerenciamento dos documentos do processo de
projetos de edificações.
O software GlobalDoc, em uso nesta pesquisa e o suporte necessário foram cedidos pela POLO de
Software S/A, a qual os autores agradecem a parceria e o apoio prestado.
O GlobalDoc, é uma solução integrada para gestão de documentos desenvolvida pela POLO de
Software S/A. É composto por 7 módulos, sendo o módulo de Gerenciamento o núcleo do sistema,
que pode operar sozinho ou em associação com qualquer um dos outros seis: Workflow, Full Text
Search, Imaging, Mass Storage, Batch Check-in e Internet/Intranet.

Sites relacionados:
http://www.cesec.ufpr.br/~giandon
http://solar.cesec.ufpr.br/projetos
http://www.cenadem.com.br
http://www.globaldoc.com.br

Referências bibliográficas:
AVEDON, D.M. GED de A a Z: tudo sobre GED – gerenciamento eletrônico de documentos. São
Paulo: CENADEM, 1999. 200 p.
ABOURIZK, S.M.; HAJJAR, D. Integrating Document Management with Project and Company
Data. Journal of Computing in Civil Engineering. vol. 14, n. 1, January, 2000. p 70-77.
BAIA, J. L.; MELHADO, S. B. Processo de Implementação de um Sistema de Gestão da
Qualidade em Empresas de Projeto. In: I Simpósio Brasileiro de gestão da Qualidade e
organização do trabalho – SIBRAGEQ – Recife, 1999.
BACK, W. E.; BELL, L.C. Quantifying Process Benefits of Eletronic Data Management
Technologies. Journal of Construction Engineering and Management. vol. 121, n. 4, December,
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BÉDARD, C.; FAZIO, P.; MOKHTAR, A. Information Model for Managing Design Chages in a
Collaborative Environment. Journal of Computing in Civil Engineering. vol. 2, n. 2, April, 1998.
p 82-92.BRANDON, P.;COOPER, G.; REZGUI,Y. Information Management in a Collaborative
Multiactor Environment: the COMMIT Aproach. Journal of Computing in Civil Engineering.
vol. 12, n. 3, July, 1998. p. 136-144.
CALMON, J.L.; GRILO, L.M. Engenharia e Construção. Curitiba: Luso Brasileira, n.54, março,
2001.
DRUCKER, P. F. O Advento da Nova Organização. IN: Gestão do Conhecimento / Harvard
Business Review; tradução Afonso Celso da Cunha Serra. – Rio de Janeiro: Campus, 2000.
FORMOSO, C. T.; TZORTZOPOULOS, P. Considerations on the Application of Lean
Construction Principles to Design Management. . 7º Workshop on Lean Construction, Gold
Coast, 1997.
KOCH, W.W. Gerenciamento Eletrônico de Documentos: conceitos, tecnologias e considerações
gerais. São Paulo: CENADEM, 1998. 146 p.
LAUDON, K. C.; LAUDON, J. P. Sistemas de Informação. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC – Livros
Técnicos e Científicos Editora S.A., 1998. 389 p.
SCHMITT, C. M. Por um Modelo Integrado de Sistema do Informações para a Documentação
de Projetos de Edificação da Indústria da Construção Civil. Porto Alegre, 1998. 318 f. Tese
(Doutorado em Administração) – Programa de Pós-Graduação em Administração, Universidade
Federal do Rio Grande do Sul.
SCHMITT, C. M. A difícil tarefa de compatibilizar os vários projetos específicos através da
análise de sua representação gráfica. In: I Simpósio Brasileiro de gestão da Qualidade e
organização do trabalho – SIBRAGEQ – Recife, 1999.
TOLMAN, F.P. Product Modeling Standards for the Building and Construction Industry: past,
present and future. Automation in Construction, ELSEVIER, vol. 8, n. 3, 227-235, 1999.

Publicado na Revista Engenharia e Construção, nº 61, outubro, 2001.


http://www.revistaec.com.br/

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