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ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL GETÚLIO VARGAS

Tratamento de água

São Paulo
2019
Tratamento de água

Trabalho apresentado à Escola Técnica Estadual Getúlio


Vargas – ETEC GV, para obtenção do título de técnico em
química.
Disciplina: Química Ambiental

São Paulo
Abril – 2019
Sumário

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 5
2. OBJETIVOS ...................................................................................................................................... 7
3. PARTE EXPERIMENTAL .............................................................................................................. 7
3.1 MATERIAIS ................................................................................................................................ 7
3.2 REAGENTES .............................................................................................................................. 7
3.3 PROCEDIMENTO ..................................................................................................................... 6
4. RESULTADOS E OBSERVAÇÕES ............................................................................................... 6
5. CONCLUSÃO ................................................................................................................................... 8
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 8
1. INTRODUÇÃO
É de conhecimento geral na atualidade o papel fundamental da água para a sobrevivência
humana e para o desenvolvimento das sociedades. Sabe-se também que a sua disponibilidade
na natureza não tem sido suficiente para atender à demanda em muitas regiões do Planeta, e
esse fenômeno vem se agravando crescentemente. Nesse contexto, as instalações de
abastecimento de água devem ser capazes de fornecer água com qualidade, com regularidade e
de forma acessível para as populações (HELLER; PADUA, 2006).
A qualidade da água pode ser definida como sendo um conjunto das características físicas,
químicas e biológicas de um determinado corpo de água cujos critérios de qualidade dependem
do propósito de uso (QUALIDADE..., 2009).
O tratamento de água para abastecimento constitui-se de uma operação importante, visto que é
dele que dependerá a qualidade da água utilizada pela população. Considera-se que o modelo
mais utilizado no Brasil, dentre diversos outros, é o tratamento em ciclo completo, que engloba
as etapas de aeração, coagulação, floculação, decantação (ou sedimentação), filtração e
desinfecção (PADILHA et al., 2011).
O processo de aeração consiste em colocar a água em contato estreito com uma fase gasosa,
geralmente o ar, para transferir substâncias solúveis do ar para a água, como os teores de
oxigênio e nitrogênio que são aumentados, e substâncias voláteis da água para o ar, ocasionando
a remoção do gás carbônico em excesso, do gás sulfídrico, do cloro, metano e substâncias
aromáticas voláteis, bem como, proporcionar a oxidação e precipitação de compostos
indesejáveis, tais como ferro e manganês. A aeração pode ser por gravidade, aspersão, difusão
de ar ou forçada (BIBLIOTECA DIDÁTICA DE TECNOLOGIAS AMBIENTAIS, 2005).
A coagulação e a floculação desempenham um papel dominante na cadeia de processos de
tratamento de água, principalmente na preparação da decantação ou da flotação e, assim, na
filtração que se segue. O sucesso dos outros processos depende, portanto, de uma coagulação
bem-sucedida (RICHTER, 2009).
A coagulação é entendida como o processo de desestabilização das partículas através da adição
de um produto químico, o coagulante, ocorrendo em momento de intensa agitação. As
partículas, após a desestabilização sofrida anteriormente, serão mais facilmente agregadas e
formarão flocos, o que ocorrerá sob menor agitação na etapa denominada floculação. Depois
de ocorrida a formação de flocos, ocorrerá a decantação dos mesmos, quando estes tenderão a
descer de acordo com a força da gravidade (PADILHA et al., 2011).

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Muitas substâncias são utilizadas para a coagulação, mas principais coagulantes disponíveis no
mercado para tratamento de água são: Sulfato de alumínio, Sulfato ferroso, Aluminato de sódio,
cloreto férrico, Hidróxido de cálcio, hidroxicloreto de alumínio e sulfato férrico. Dentre estes o
sulfato de alumínio e mais utilizado nas estações de tratamento de água. Para que o sulfato de
alumínio possa reagir, para formar um precipitado, é necessário que a água, dentro da qual é
colocado, contenha alguma alcalinidade, usualmente sob forma de bicarbonato de cálcio, que
pode ser natural ou adicionada (PAVANELLI, 2001).
A sedimentação pode ser definida como o processo físico que separa partículas sólidas em
suspensão na água e é comumente utilizado em tratamentos de água. Consiste na utilização das
forças gravitacionais para separar partículas de densidade superior à água, depositando-as em
uma zona de armazenamento. A sedimentação de partículas floculentas é, usualmente, chamada
de decantação, e as unidades onde se realiza esse processo, de tanques de decantação ou
simplesmente decantadores. A maior parte das partículas suspensas na água foi retida pela
decantação, mas algumas substâncias indesejadas ainda se encontram presentes na água
(LOCH, 2013).
A etapa de filtração consiste na retirada das partículas suspensas e coloidais e de
microrganismos presentes na água que escoa através de um meio filtrante, que pode ser
composto de uma ou de várias camadas de areia de diferentes tamanhos, carvão (antracito) ou
camadas alternadas de areia e carvão. As partículas mais finas e leves nesta etapa, que não
foram retidas nos decantadores são removidas da água (COMUSA, 2017).
O carvão ativado é preparado a partir de um material carbonáceo poroso que apresenta uma
forma microcristalina, não grafítica e sofre um processamento para aumentar a porosidade
interna. Materiais que possuem um alto teor de carbono, como madeira, hulha, lignina, casca
de coco, grão de café, bambu, quitosana e etc, podem ser convertidos em carvão ativado. O
carvão ativado pode ser utilizado como material adsorvente no tratamento de água, no controle
da emissão de poluentes, na purificação e armazenamento de gases, catalisadores e suportes
catalíticos. A produção de carvão ativado envolve duas etapas: a carbonização do precursor em
atmosfera inerte e a ativação do material carbonizado. A etapa de carbonização consiste no
tratamento térmico (pirólise) do precursor sob atmosfera inerte à temperatura, normalmente,
superior a 200 ºC. É uma etapa de preparação do material na qual se removem componentes
voláteis e gases leves (CO, H2, CO2 e CH4), produzindo uma massa de carbono fixo e uma
estrutura porosa primária que favorece a ativação posterior. O processo de ativação ocorre após
a pirólise e consiste em submeter o material carbonizado a reações secundárias, visando a

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obtenção de um material poroso e com elevada área superficial. A ativação consiste na retirada
de componentes como alcatrão, creosoto e naftas, além de outros resíduos orgânicos que
possam obstruir os poros. Os carvões podem ser ativados por processos físicos, químicos ou
combinação dos dois métodos. A ativação física envolve a carbonização do material e a
subsequente ativação em altas temperaturas, entre 800 a 1.100 ºC, sob fluxo de gases como
vapor d’água, dióxido de carbono ou uma mistura desses gases. A ativação química consiste na
impregnação do material ainda não pirolisado com agentes desidratantes, como cloreto de
zinco, ácido fosfórico, hidróxido de sódio, etc. e, posteriormente, carbonização em atmosfera
inerte, com temperaturas entre 400 e 900 °C (RAMOS et al., 2009).
A coagulação, a floculação, a decantação e a filtração são partes integrantes de um processo
denominado clarificação da água. Entretanto, a água clarificada, apesar de parecer limpa e livre
de impurezas, contém ainda muitos microrganismos nocivos ao ser humano, podendo tornar-se
um meio de transmissão de várias doenças. Para a destruição destes microrganismos, tem-se a
etapa denominada desinfecção, que é realizada geralmente com cloro através de uma solução
de hipoclorito de sódio (CARVALHO, 2008).
2. OBJETIVOS
 Fazer a montagem e lavagem do sistema de filtração na garrafa.
 Realizar o tratamento de uma amostra de água suja até obter uma aparência límpida.
 Identificar como são alguns dos processos de tratamento da água em uma ETA.
3. PARTE EXPERIMENTAL

3.1 MATERIAIS
 Garrafa pet transparente de 600 mL  Brita pequena e média
 Tesoura  Areia
 Faca  Fita de pH
 Bico de Bunsen  Carvão ativo
 Garfo  Pipeta graduada de 5 mL
 Fósforo  Pipeta plástica de Pasteur
 Suporte universal  Erlenmeyer de 500 mL
 Argola de ferro  Béqueres de 150 mL e 200 mL

3.2 REAGENTES
 Solução de oxido de cálcio CaO
 Solução de sulfato de alumínio Al2(SO4)3
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 Polieletrólito
 Amostra de água suja (terra e café)

3.3 PROCEDIMENTO
Primeiramente realizou-se a montagem do filtro como no esquema apresentado na figura 1.
Figura 1 – Esquema do filtro na garrafa.

Fonte: SANCHES, Roberto. 2019


Foi retirando o fundo da garrafa com o auxílio da faca para fazer um furo e em seguida cortou-
se com a tesoura, depois foram feitos furos na tampa da garrafa aquecendo um garfo utilizando
o bico de Bunsen e perfurando a tampa. Colocou-se a garrafa em uma argola de ferro presa ao
suporte universal com a tampa para baixo e adicionou-se brita previamente lavada sendo uma
camada de brita pequena seguida de uma camada maior de brita média e depois outra camada
de brita pequena, tomando cuidado para não deixar buracos. Depois foi acrescentado uma
camada de areia e realizou-se a lavagem com água potável na parte superior até a água ficar
límpida, e por último adicionou-se uma camada de carvão ativo e realizou-se foi lavado
novamente até a água sair límpida. Após o filtro montado foi feito o tratamento da água suja
transferindo aproximadamente 250 mL da amostra para o Erlenmeyer e mediu-se o pH inicial,
depois adicionou-se a solução de CaO até alcançar pH 8 e em seguida foi acrescentado 3 mL
da solução de Al2(SO4)3 agitando por 5 minutos e depois mais 3 mL em que foi observado a
formação de flocos. Deixou-se em repouso uns minutos para decantar, logo após acrescentou-
se um polieletrólito e por fim filtrou-se e o filtrado foi recolhido com um béquer.

4. RESULTADOS E OBSERVAÇÕES

O tratamento da amostra de água suja se iniciou com a coagulação, em que as cargas elétricas
são minimizadas, e quando as partículas se encontrarem elas permanecem unidas formando os
flóculos, o agente coagulante utilizado foi o sulfato de alumínio que apresenta melhor
desempenho em meio alcalino. Por isso adiciona-se uma solução de óxido de cálcio que em

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meio aquoso forma o hidróxido de cálcio de acordo com a equação a seguir, aumentado o pH
da amostra.

𝐶𝑎𝑂(𝑠) + 𝐻2 𝑂(𝑙) → 𝐶𝑎(𝑂𝐻)2 (𝑎𝑞)

O sulfato de alumínio reage com a água e forma o hidróxido de alumínio um precipitado


gelatinoso conforme a reação abaixo.

𝐴𝑙2 (𝑆𝑂4 )3 (𝑎𝑞) + 6𝐻2 𝑂(𝑙) → 3𝐻2 𝑆𝑂4 + 2𝐴𝑙(𝑂𝐻)3 (𝑠)

Na figura 2 do lado esquerdo é possível observar a formação dos flóculos com a adição de
sulfato de alumínio e a direita após a adição do polieletrólito, observamos que a adição do
polieletrólito produziu um clarificado de melhor qualidade e em menor tempo, este aumenta a
eficiência da clarificação e diminui a quantidade do agente coagulante.

Figura 2 – Clarificado a esquerda com adição de Al2(SO4)3 e a direita com adição de polieletrólito.

Ao esperar decantar a amostra passou pelo processo de filtração através do filtro montado
anteriormente como observado na figura 3. O resultado obtido na filtração foi uma água mais
límpida contendo ainda o odor de café, porém menos intenso que a amostra inicial. A presença
do carvão ativado não foi totalmente eficiente para retirada do odor, porém uma segunda
filtragem poderia eliminar totalmente o odor e deixar a água mais límpida.

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Figura 3 – Filtração da amostra de água suja.

5. CONCLUSÃO
Por meio deste experimento foi possível observar algumas das várias etapas do tratamento de
água observando a clarificação da mesma com a utilização do agente coagulante sulfato de
alumínio seguido de um polieletrólito mais eficiente. Depois da coagulação, floculação,
decantação e filtração as partículas de impurezas são removidas deixando a água mais límpida.
Após o processo de filtração a água ainda não está pronta para o consumo humano, depois de
clarificada deve ser feita a desinfecção.

REFERÊNCIAS
BIBLIOTECA DIDÁTICA DE TECNOLOGIAS AMBIENTAIS. TRATAMENTO DE
ÁGUA. [S. l.], 2005. Disponível em: http://www.fec.unicamp.br/~bdta/f-aeracao.htm. Acesso
em: 30 mar. 2019.
CARVALHO, JUAREZ GONÇALVES DE. PROCESSO DE PURIFICAÇÃO DE ÁGUA
PARA O ABASTECIMENTO PÚBLICO. 2008. Relatório de estágio curricular
(Bacharelado em Química com Atribuições Tecnológicas) - Universidade Federal do Piauí,
TERESINA, 2008.
CIENTÍFICA CESUMAR, 2011, Maringá. Anais Eletrônico [...]. Paraná: [s. n.], 2011.
Disponível em:
http://www.cesumar.br/prppge/pesquisa/epcc2011/anais/diana_janice_padilha2.pdf. Acesso
em: 2 abr. 2019.
8
COMUSA. TRATAMENTO DE ÁGUA. [S. l.], 2017. Disponível em:
http://www.comusa.rs.gov.br/index.php/saneamento/tratamentoagua. Acesso em: 31 mar.
2019.
HELLER, LEO ; PADUA, VALTER LUCIO DE. Abastecimento de água para consumo
humano. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006. Disponível em: https://books.google.com.br/
books?hl=pt-BR&lr=&id=XFnnhzqetCoC&oi=fnd&pg=PA29&dq=+%C3%A1gua+consumo
+humano&ots=Hx5sqh8Xgm&sig=-251iMwGwC6JQ7s7WhuLUgx-S2A#v=onepage&q=%
C3% A1gua%20consumo%20humano&f=false. Acesso em: 2 abr. 2019.
LOCH, Luana. RELATÓRIO TÉCNICO: Miniestação de Tratamento de Água. [S. l.],
2013. Disponível em:
http://www.ceavi.udesc.br/arquivos/id_submenu/708/mini_estacao_relatorio_final_1.pdf.
Acesso em: 31 mar. 2019.
PADILHA, Diana Janice et al. ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO DE TRÊS DIFERENTES
COAGULANTES NA REMOÇÃO DA TURBIDEZ DE ÁGUA DE MANANCIAL DE
ABASTECIMENTO. In: VII ENCONTRO INTERNACIONAL DE PRODUÇÃO
PAVANELLI, Gerson. Eficiência de diferentes tipos de coagulantes na coagulação,
floculação e sedimentação de água com cor ou turbidez elevada. 2001. Dissertação
(Mestrado em Hidráulica e Saneamento) - Escola de Engenharia de São Carlos, University of
São Paulo, São Carlos, 2001.
QUALIDADE da Água. [S. l.], 2009. Disponível em:
https://www.tratamentodeagua.com.br/artigo/qualidade-da-agua/. Acesso em: 31 mar. 2019.
RAMOS, Paulize H. et al . Produção e caracterização de carvão ativado produzido a partir do
defeito preto, verde, ardido (PVA) do café. Quím. Nova, São Paulo , v. 32, n. 5, p. 1139-
1143, 2009 . Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-
40422009000500011&lng=en&nrm=iso>. Acesso em : 31 mar. 2019.
RICHTER, Carlos A. ÁGUA: MÉTODOS E TECNOLOGIA DE TRATAMENTO. [S. l.]:
Blucher, 2009.

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