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Resumo da palestra do prof.

Fernando Schlirrhler
A noção de música na Idade Média
Aluno Iuri Danin Galati

Esta palestra fez-me situar no pensamento que regia as composições e a evolução


da música que estamos estudando neste primeiro semestre. Sinto que entender um
pouco o pensamento filosófico por trás destas obras faz elas terem um sentido
maior e mais orgânico (digo pouco porque foi apenas um “gole” desta filosofia que
tomamos). Agradeço pela iniciativa e aqui inicio um breve resumo da palestra.

A concepção de Deus que se acredita na Idade Média é o Deus perfeito, único e


imutável, e toda sua criação se espelha em sua perfeição. Toda criatura, todo objeto
criado por Ele tem em si algo divino, algo que o faz se aproximar Dele, e a teologia
daquele período classificava os objetos em uma certa hierarquia. Por exemplo,
pedras e outros objetos inanimados estavam mais longe de Deus nesta hierarquia
que animais. A igreja traçou nessa época um plano pedagógico para ensinar sobre
como se aproximar de Deus, sobre como o pecado original afastou Dele o homem e
sobre quais ferramentas e como este poderia usá-las para este fim. De acordo com
São Tomás de Aquino, a relação do homem com o mundo deve ser orientada em
direção a Deus e não pode ser uma relação de autonomia porque toda criatura tem
em si um reflexo Dele, da perfeição. Após a Queda, a natureza do homem
enfraqueceu e ele já não podia entender Deus de uma forma direta, então a única
maneira de o homem entender e conhecer Deus é através de sua criação,
entendendo o que há de divino em cada ser. No caso do ser humano é a
inteligência e a vontade o que mais o aproxima do Divino, e a música era uma das
ciências especulativas (aquelas que permitem que o ser humano entenda o universo
e a criação divina através da reflexão e abstração e assim fazendo-o estar mais
próximo de Deus) que mais cumpria esta função.

A ​musica speculativa ​(​speculum s​ ignifica espelho) era a área da música tida como
pré-requisito para a formação do teólogo e filósofo católico na Idade Média, pois,
através da analogia (ou até “alegoria sonora”), poderia-se compreender de maneira
mais fácil outras ciências especulativas como Aritmética, Física e Metafísica, além
da Teologia Revelada (há aí uma relação com o pensamento filosófico clássico
grego).

Desta maneira, penso eu que a música era também um instrumento doutrinador


fortíssimo, pois conseguia sintetizar o pensamento filosófico católico fazendo-o mais
inteligível para quem o escutasse (somado a ferramenta da escrita musical, que
permitiu a homogeneização do culto no mundo da Igreja Católica Apostólica
Romana).

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