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0 Introdução à ciência política


1.1 Ciência Política e Teoria Geral do Estado
1.2 Fenômeno político e poder
1.3 Teoria do Poder
a) Substancialista
b) Subjetivista
c) Relativista
1.4 Tipos de Poder
1.5 Legalidade e Legitimidade
1.6 Características do Poder Político

1.1 Ciência Política e Teoria Geral do Estado


Apesar de possuírem o mesmo referencial de estudo, a Ciência Política trata de um
estudo que abrange o Estado no sentido zetético, ou seja, voltada para investigação e
aberta a especulações e questionamentos. Já a Teoria Geral do Estado está voltada
para a formação no contexto histórico do Estado em si, apresentando suas
características e definições de maneira posta, dogmática.

1.2 Fenômeno Político e Poder


De acordo com a análise de Bobbio, não há teoria política que não parta de alguma
maneira, direta ou indireta, da definição de poder e da análise do fenômeno de poder.
Segundo a definição de Bertrand Russel, poder é “a posse dos meios que levam à
produção dos efeitos desejados, inclusive se servindo da submissão alheia. ”
Já Afonso Arinos define o poder como “a faculdade de tomar decisões em nome da
coletividade”. Segundo essa análise, pode-se afirmar que junto ao poder se entrelaçam
as ideias de força e de competência (no âmbito da legitimidade oriunda do
consentimento).

Destacando-se a primeira definição, temos que a força é a raiz de um poder político,


utilizado para obtenção de um certo fim.

1.3 Teorias do Poder


a) Teoria Substancialista
Diz respeito ao poder como algo externo ao indivíduo, uma coisa que se usa e se possui
como outro bem qualquer para se alcançar certo objetivo.
“Típica interpretação substancialista do poder é a de Hobbes, segundo a qual "o poder de
um homem.. . consiste nos meios de que presentemente dispõe para obter qualquer visível
bem futuro" [1651, trad. it. p. 82 apud Bobbio, 1986]. Uma interpretação análoga é a de
Russel, já apresentada no item 1.2. Ainda segundo Russell, o poder pode assumir três
formas: o domínio mental (psicológico), o domínio econômico (recompensa) e o domínio
físico (militar, força).
b) Teoria Subjetivita
Diz respeito ao poder como algo intrínseco ao indivíduo, que modificará seu entorno de
acordo com suas características.
“Típica interpretação subjetivista do poder é a exposta por Locke [1694, II, XXI], que por
"poder" entende não a coisa que serve para alcançar o objetivo mas a capacidade do
sujeito de obter certos efeitos, donde se diz que "o fogo tem o poder de fundir os metais"
do mesmo modo que o soberano tem o poder de fazer as leis e, fazendo as leis, de influir
sobre a conduta de seus súditos.” (Bobbio, 1986).

c) Teoria Relativista
De acordo com a ideia de Foucault de que toda relação de comparação traz a ideia
de poder, surge a teoria relativista. Segundo essa teoria, entende-se por "poder"
uma relação entre dois sujeitos, dos quais o primeiro obtém do segundo um
comportamento que, em caso contrário, não ocorreria. A mais conhecida e
também a mais sintética das definições relacionais é a de Robert Dahl: "A
influência [conceito mais amplo, no qual se insere o de poder] é uma relação entre
atores, na qual um ator índuz outros atores a agirem de um modo que, em caso
contrário, não agiriam" [1963, trad. it. p. 68]. Enquanto relação entre dois sujeitos,
o poder assim definido está estreitamente ligado ao conceito de liberdade; os dois
conceitos podem então ser definidos um mediante a negação do outro: "O poder
de A implica a não-liberdade de B", "A liberdade de A implica o não-poder de B".
Essa teoria afirma a existência de um diferencial potestativo, conceito que aparece
com Calmon.

1.4 Tipos de Poder


a) Por meio de obtenção (A tipologia dos 3 poderes)
É importante ressaltar que essa classificação, genericamente, divide o meio social
em superiores e inferiores. Pelo poder político em fortes e fracos, pelo poder
ideológico ignorantes e intelectuais e pelo poder econômico em pobres e ricos.

a.1 Poder Político


O poder político aparece diversas vezes como exercício da força. Poder que, para
obter os resultados legais tem o direito de se servir do uso da força, ainda que em
última estância.

O uso de uma força física é necessário para a definição de poder político, ainda
que não seja condição suficiente para sua definição. Assim, o poder político diz
respeito ao poder do Estado.

a.2 Poder Ideológico


Segundo Rousseau, nenhum homem é forte o bastante para desprezar o
conhecimento, ou seja, além do uso da força física, se faz necessário um amparo
ideológico, para, segundo Maquiavel, se fazer crer.

a.2 Poder Econômico


Para Marx, o poder econômico é o lastro da superestrutura político-ideológica.
Esse tipo de poder é pautado no diferencial protestativo de riqueza.

1.4.1 Classificação Aristotélica para os Tipos de Poder


a) Poder Paternal, parental ou familiar
b) Poder despótico ou senhorial
c) Poder político
Essa classificação foi feita de acordo com o interesse de quem esse poder é exercido.
a) O poder paternal é exercido no interesse dos filhos. (Do bom pai sobre os filhos)
b) O poder despótico ou senhorial é exercido no interesse do senhor.
c) O poder político é exercido no interesse do governante e dos governados (O bom
governante sobre os governados). Uma forma deturpada desse poder seria o poder
político sendo exercido no interesse do governante. Ex: totalitarismo.

1.4.2 Classificação Romana sobre o Poder


Classificação feita de acordo com sobre quem é exercido o poder
a) Dominium: Exercício de dominus, poder de submissão sobre a coisa.
b) Imperium: Exercício da imperatividade, exercido sobre o homem. (Sobernia
Interna)*

1.4.3 Classificação Medieval do Poder de acordo com a Forma como o poder é exercida.
a) Viscoactiva: Poder do Estado na Idade Média, poder de exercício da força.
b) Visdirectica: Poder da Igreja na Idade Média, poder de exercer domínio
ideológico, de dar direcionamento e orientação.
1.4.4 Classificação de Ferdinand quanto a Organização do Poder
a) Poder Orgânico: Poder organizado, tal como o estado
b) Poder Inorgânico: Poder desorganizado, tal como a população
A organização potencializa a ação do poder. O poder inorgânico tende ao caos.
1.4.5 Classificação de Bonavides quanto a forma de obtenção do poder
a) Poder de fato: Se o poder repousa unicamente a força, e a sociedade, onde ele
exerce, exterioriza em primeiro lugar o aspecto coercitivo com a nota de
dominação material e o emprego de meios violentos para manutenção desse
poder, ele será um poder de fato, ainda que aparente estabilidade e solidez.
b) Poder de direito: Poder que possui o amparo de uma norma jurídica para ser
exercido, que é exercido menos na coerção e mais no consentimento e se apoia
menos na força e mais na competência.
O Estado moderno resume basicamente a despersonalização do poder, a
passagem de um poder de pessoas para o poder da lei e de instituições, de um
poder de fato para um poder de direito.
1.4.6 Classificação de Weber e a distinção entre os poderes legítimos.
Classificação do poder segundo os critérios de legitimidade
a) Poder Tradicional: Poder legitimado pelas tradições e pelos costumes.
A.1 Poder Tradicional de Origem divina: Poder calcado na crença de que
o governante era o Deus encarnado. (Faraó)

A.2 Poder Tradicional de Investidura Divina: Poder calcado na crença de


que o governante era escolhido por Deus para exercer a atividade de poder
político. (Teoria Divina dos Reis)
A.3 Poder Tradicional de Investidura Providencial: Poder calcado na
crença de que o governante era um enviado para exercer os desígnios de
Deus. (Moisés)

b) Poder Carismático
Calcado nas habilidades do chefe, que se legitima pelas suas particulares capacidades de
se fazer crer o governante legítimo (Napoleão, Vargas)
c) Racional legal
Tem seu surgimento na ascensão do estado liberal, quando foi estabelecido
que a conduta mais racional era submeter-se ao governo de leis, que impedia
a arbitrariedade das ordens de um governo totalitário.

A legitimidade era calcada na legalidade.

1.5 Legalidade e Legitimidade


Até a modernidade e em parte da contemporaneidade, legalidade e legitimidade possuíam
uma relação de sinonímia. Entretanto, com diversas crises relacionadas aos seus conceitos,
legalidade e legitimidade iniciaram um estágio de “separação”, com conceitos relacionados,
mas não mais dependentes.

A legitimidade é a valoração da legalidade, ou seja, o consentimento dos governados


advindo da crença de que o governador é legítimo reafirma a sua legalidade. Podemos fazer
uma analogia onde a legalidade seria a forma e a legitimidade o conteúdo, que diz respeito
a axiologia.

Bobbio aborda a legitimidade como uma forma de justificação do poder, que torna sutil o
uso da força por parte do Estado.

O próprio Hobbes afirma que para a segurança dos súditos, que é o fim supremo do
Estado, e portanto da instituição do poder político, é necessário que alguém, não
importa se pessoa física ou assembléia, "detenha legitimamente no Estado o sumo
poder" [1642, trad. it. p. 165, apud Bobbio].
Já a legalidade diz respeito a “quem detém o poder, uma razão de comandar, e a quem suporta
o poder, uma razão de obedecer”, se sustentando sempre na legitimidade.

"Não a razão, mas a autoridade faz a lei" – Hobbes (Sendo aqui a autoridade como poder
acrescido de legitimidade)

Bonavides trata de ambos os conceitos, afirmando:

A legalidade de um regime democrático, por exemplo, é seu enquadramento nos moldes de uma
constituição observada e praticada; sua legitimidade será sempre o poder contido naquela
constituição, exercendo-se de conformidade com as crenças, os valores e os princípios de uma
ideologia dominante.

Para Montesquieu, a legitimidade é sinônimo de liberdade.

Para Durverger, é a teoria dominante do poder em uma determinada época e contexto histórico.

“Ao problema da legitimidade está estreitamente ligado o problema da obrigação política, à


base do princípio de que a obediência é devida apenas ao comando do poder legítimo. Onde
acaba a obrigação de obedecer às leis (a obediência pode ser ativa ou apenas passiva) começa
o direito de resistência (que pode ser, por sua vez, apenas passiva ou também ativa)” (BOBBIO)

Após a II Guerra Mundial, legitimidade também passou a dizer respeito à necessidade de um


conteúdo correspondentes aos direitos humanos.

O direito torna o poder estatal crível, se tornando um instrumento contemporâneo ideológico


para legitimar o poder.

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