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cristais, magia com ervas, com a energia da Lua, do Sol ou com o poder das Deusas. Existem também diversas outras
maneiras de realizar um trabalho mágico e há uma “categoria” que podemos chamar de Magias de invocação.
As práticas de magias de invocação podem ser encontradas tanto na antiguidade quanto nos dias atuais. Tais
práticas abrangem desde a invocação de grandes seres como a invocação de espíritos de parentes e amigos mortos.
Veja abaixo alguns exemplos:
Os praticantes de Xamanismo, por exemplo, são capazes de invocar espíritos da natureza e de animais e de usar o
próprio corpo como receptor;
Na idade média, seguidores do Neoplatonismo invocavam emanações da energia do “O Um“, a totalidade;
Praticantes de Magia Enochiana invocam anjos;
Enquanto praticantes da Goetia invocam “anjos caídos” ou demônios;
No espiritismo é bastante comum a “comunicação com espíritos”, havendo a possiblidade de comunição através da
psicografia ou psicofonia;
Na Umbanda, guias (espíritos) são chamados para a incorporação e se manifestam através de um “cavalo”, um
médium capaz de recebê-lo;
A Tábua Ouija é um instrumento usado para invocar e se comunicar com os mortos, prática chamada de Necromancia;
No Voodoo os Houngans (sacerdotes), invocam espíritos chamados Loaque são intermediários entre Bondye (“Bom
Deus” em francês) e os humanos;
Na Wicca é comum invocar o poder dos elementais.
Seja qual for o tipo de magia de invocação utilizado, este tipo de magia é extremamente poderoso e não deve ser
praticado a esmo.
Na nossa mente, a área de consciência recebe continuadamente fluxos de sinais externos (provenientes
dos 5 sentidos) e internos (provenientes da memória e outros circuitos neurais). A tarefa principal da
consciência é construir a todo o tempo um modelo do mundo que faça sentido. As alucinações acontecem
quando um elemento interno dispara um padrão de atividade equivalente ao que é normalmente gerado
quando órgãos dos sentidos respondem a um evento publicamente observável. Na verdade existe uma
certa competição entre esses fluxos de sinais internos e externos, e quando por alguma razão o fluxo de
sinais externos enfraquece ou se deteriora o fluxo interno se sobrepõe ao externo. Isso explica porque as
alucinações são disparadas por privação sensorial, sobrecarga sensorial (especialmente estímulos
intensos repetitivos), insônia prolongada, jejum prolongado, desidratação, fadiga, febre alta, delírio,
privação de oxigênio, hiperventilação, isolamento social, estados hipnagógicos e hipnopômpicos, ingestão
de drogas psicodélicas, hipnose, etc.
Cerca de 4% das pessoas em uma população normal possuem uma imaginação muito intensa e mais
dificuldade em julgar as diferenças entre eventos reais e imaginários. Elas fantasiam vividamente durante
uma grande parte de suas vidas acordadas. Ainda que alucinem a maior parte do tempo, isso é
suficientemente controlável e não interfere com sua segurança, emprego ou vida familiar. Wilson e Barker
denominaram essas pessoas de "PPF - Personalidades Propensas à Fantasia" (Fantasy-Prone-
Personalities). Elas podem alucinar de olhos abertos ou cerrados e podem evocar cenas completas ou
adicionar artefatos a cenas reais. Alguns exemplos típicos de PPF: grandes visionários do passado
compelidos por vozes ou visões alucinatórias, tais como Sócrates, Joana D'Arc, Santa Terezinha e
Swedenborg; os que relatam múltiplas abduções em naves alienígenas; e os "médiuns visuais" que vêem
espíritos em profusão, por todo o lado.
As alucinações sempre aproveitam material já arquivado anteriormente na memória do indivíduo e que é
interpretado de acordo com o seu sistema de crenças e valores. Isso explica como a visão noturna de
lampejos de luz provoca visões de veículos espaciais completos; uma cortina balançando ao vento na
janela de um quarto escuro é vista como um fantasma ameaçador; ou a Xuxa deitada na cama em seu
sítio vê um duende que lhe puxa o lençol. Isso aconteceu porque discos voadores, fantasmas e duendes
já eram parte importante do universo cultural particular dessas pessoas.
Pilotos de avião têm apresentado alucinações visuais, auditivas e cinestésicas devido à monotonia ou
fixação da atenção por longos períodos. Um piloto pode, por exemplo, sentir que seu avião entrou em
parafuso, está mergulhando ou de cabeça para baixo, mesmo que de fato o avião esteja perfeitamente
nivelado. Uma alucinação cinestésica desse tipo pode ser tão vívida a ponto de levar o piloto a fazer uma
manobra "corretiva", com resultados potencialmente trágicos.
O místico experimenta alucinações mediante manipulação dos seus próprios mecanismos dissociativos
através de auto-hipnose e intensa concentração mental. Essas alucinações podem ser do tipo em que a
pessoa percebe o "eu interior" abandonando o corpo e viajando para lugares distantes. Ou tomar a forma
de visões de conteúdo místico ou sensações de união com Deus ou o universo.
As alucinações coletivas são induzidas pelo poder da sugestão. Ocorrem geralmente em situações de
exaltação emotiva especialmente entre devotos religiosos. A expectativa e esperança de ser testemunha
de um milagre, combinadas com longas horas de olhar fixo num objeto ou local, torna certas pessoas
suscetíveis a verem coisas tais como uma imagem que chora ou que se move, ou a aparição da Virgem
Maria.
No entanto, nem todas as alucinações coletivas são religiosas. Em 1897, conforme relato de Edmund
Parish, diversos marinheiros viram o fantasma do cozinheiro do seu navio, falecido alguns dias antes,
andando sobre as águas e mancando da forma que lhe era peculiar. Esse fantasma acabou sendo depois
identificado como um "destroço remanescente de um naufrágio, subindo e descendo ao sabor das ondas."
NOTA: O autor deste artigo experimentou em 1992 uma inusitada alucinação auditiva quando estava
sentado após ao almoço, em plena luz do dia, escutando um noticiário radiofônico. O realismo, vigor e
complexidade dessa experiência motivaram-no a pesquisar o fenômeno alucinatório em profundidade, e
compartilhar suas descobertas com os leitores.
"As guerras religiosas e a caça às bruxas teriam sido bem menos numerosas ao longo da história
houvessem as alucinações sido conhecidas como fenômenos naturais e houvessem os 'possuídos pelo
diabo' sido considerados doentes."
Robert L. Thorndike
Fonte: https://www.sitedecuriosidades.com/curiosidade/alucinacao-a-chave-de-muitos-misterios.html