Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
mediadores de leitura
A LEITURA NO
CIBERESPAÇO E A
Cultura
Virtual
Luana Sousa
12
FASCÍCULO
VAMOS TROCAR o sininho de notificação é atrativa demais
e capaz de seduzir as pessoas de forma
Neste último módulo de nosso curso,
discutiremos as peculiaridades dos leitores
LIKES? jamais vista em outros tempos históricos. em tempos de leituras cibernéticas, refletin-
do sobre suas práticas, peculiaridades e
Mais do que isso, a internet permite ao leitor
O que é isso? / É um livro. / Como se desce proceder a uma rápida gestão do conheci- percepções em um contexto marcado pelo
a página? / Não desce. Eu viro a página. É mento, ao passo em que possibilita a loca- digital e pela conectividade. Não é foco te-
um livro. / É tipo um blog? / Não, é um lização de informação quase que imediata, cer considerações sobre as mudanças nos
livro. / Cadê o seu mouse? Dá para fazer compartilhada em outros tempos e espa- processos de escrita, edição e distribuição
os personagens lutarem? / Não. Livro. / ços. Isso nos leva a indagar sobre a possibi- do objeto livro, mas refletir e apresentar a
Ele manda mensagem? Entra no Twitter? lidade de um novo tipo de leitor, cujas mo- importância do desenvolvimento de com-
Passa vídeos? / Não... é um livro, olha só... petências para lidar com o aparecimento de
dalidades de leitura e escrita são mediadas
/ Letras demais! Bom... E o que mais faz novos usos sociais do livro e das práticas de
por ecrãs, telas e interfaces. “Trata-se de um
esse livro? Precisa de senha? De login? /
deslocamento na experiência fundamental leitura. Além disso, busca-se suscitar as pos-
Não, é um livro! Agora você vai me devol-
de ler e de escrever” (FURTADO, 2010, p. 32). sibilidades de interação entre o incentivo à
ver? / Não. / Tudo bem, estou indo para
a biblioteca. / Não se preocupe. Vou car- Os aprendizes que crescem em uma leitura e as novas tecnologias.
regar a bateria antes de devolver. / Não cultura digital aprendem gestos e habili- Vamos terminar como começamos:
precisa, é um livro burro! (Lane Smith dades, apropriando-se e, ao mesmo tempo, CONECTADOS! Esperamos que a traves-
em É um livro) criando elementos que condizem com as sia desse curso tenha sido tão prazerosa e
diversas formas de interação nesse meio. produtiva para vocês, quanto o foram para
É um livro é uma bem-humorada fábula Com a chegada de novos suportes de infor- todos nós, conteudistas, coordenadores,
de Lane Smith sobre a suposta rivalidade mação, ampliando as possibilidades de uso tutores e colaboradores da Universidade
entre o livro impresso e o digital. Um bur- e acesso, o leitor dispõe de mais dispositi- Aberta do Nordeste da Fundação Demócri-
ro sentado com um computador no colo vos para ler e de mais modos de fazê-lo do to Rocha. Nessa caminhada, percebemos,
questiona ao macaco resmungão o que ele que em épocas anteriores, ampliando, as- em paisagens diversas e coloridas, o terre-
leva nas mãos. O tal objeto desconhecido sim, as possibilidades de leitura e de apro- no fértil, que, bem semeado, poderá nos dar
é simplesmente um livro. Trata-se de uma priação do que é lido. incontáveis frutos. No mínimo, contribuirão
ficção, mas representa bem as mudanças A internet e a progressiva convergência para reduzir a gigantesca desigualdade so-
ocorridas a partir das relações entre tec- das tecnologias digitais, num ambiente de cial existente neste país. Por um Brasil e um
nologia, comunicação, sociedade e novos socialidade em rede, encarregaram-se de mundo melhor, com mais leitura, oportuni-
suportes textuais. tornar viável uma leitura de mobilidade co- dades e vida para todos! Sempre bem-vin-
Em tempos de diferentes dispositivos nectada. A expressão “Ler na Tela” torna- dos à nossa sala de aula virtual:
digitais, como e-books, e-readers, tablet, -se habitual, evidenciando transformações
smartphones, conectados por inúmeras no modo de comunicação na escrita em ava.fdr.org.br
redes sociais e aplicativos, a noção de lei- papel e na escrita virtualizada. Esse con-
tura e suas relações com o mundo midiáti- texto digital tem contribuído para a reflexão
co assumem outras vertentes, linguagens, sobre os possíveis usos sociais da leitura e Ecrãs
gestos e posturas. da escrita em contextos diferenciados. As- superfícies onde se projetam,
A possibilidade de trocar mensagens sim, aqui, convidamos a todos a refletirem reproduzem ou formam
instantaneamente, seguir celebridades, cur- sobre os desdobramentos dessas novas imagens; tela; painel; o
tir páginas de entretenimento ou acionar práticas de leitura no cotidiano das pessoas. mesmo que monitor.
PUXANDO
PROSA
Estudiosos dessa temática situam
a primeira revolução da leitura
no século XV com o surgimento da
imprensa, e a segunda na última
metade do século XVIII, com a
massificação da oferta de livros e
a passagem da leitura intensiva à
leitura extensiva.
PUXANDO
PROSA
A pesquisa Retratos de Leitura no
Brasil (BRASIL, 2016) é a única
pesquisa, em âmbito nacional,
que tem por objetivo avaliar o
comportamento leitor brasileiro
(para a pesquisa, leitor é aquele que
leu pelo menos parte de um livro nos
últimos três meses).
De acordo com a última edição da
pesquisa (2016), o número de pessoas
que já usaram a internet cresceu de
81 milhões em 2011 para 127 milhões
em 2015. Vale destacar que, entre
os leitores, 81% são usuários da
internet. Esses dados demonstram
que os nossos leitores são os
principais usuários e consumidores
de informação na internet, embora
52% dos internautas a usem para
ler notícias e obter informações. O
número de leitura “tradicional” é
ainda mais baixo na rede: apenas
16% leem jornais, 15% leem livros e
11% leem revistas.
#Redes sociais
Nessa categoria, optamos por apresentar o
Youtube como mecanismo para apreciação literá-
ria através de vídeos. O Youtube é uma rede social
e sua principal função é permitir que os usuários
carreguem, assistam e compartilhem vídeos em
formato digital. Vale destacar, que um novo fenô-
meno vem ganhando ampla proporção, principal-
mente no cotidiano do jovem, que é a produção e
compartilhamento de informações através dos
chamados “canais” dessa rede.. Todos os dias,
surgem novos segmentos com diferentes conteú-
dos abordados, como moda, música, beleza, livros
e assuntos aleatórios abordados no universo real.
Um exemplo representativo de mediação literá-
ria na rede é a contação de histórias via Youtube.
Você já assistiu a isso? Os internautas usam a inter-
net para falar sobre as histórias dos livros que estão
lendo ou que gostariam de ler. Fazem a contação de
histórias de um modo por vezes mais descontraído
e descompromissado do que vimos presencialmen-
te nos palcos. O já quase tradicional “joinha” no final
do vídeo vem traduzindo essa realidade das lingua-
gens mediadas no cenário do ciberespaço. Apesar
das particularidades da rede, o uso de vídeos on-li-
ne é uma maneira de apresentar esse espaço como
possibilidades de criação no universo literário, além
de se caracterizar como fonte para conhecer novas
histórias e divulgar novos autores que, muitas vezes,
estão fora do universo das editoras.
#Sites
Para exemplificar esse segmento, esco-
lhemos o blog como ferramenta que permi-
te não só a publicação de conteúdo digital,
mas que propõe mecanismos para o desen-
volvimento da escrita, da leitura e da criati-
vidade. A produção de blogs é bem simples,
cuja estrutura permite a atualização rápida a
partir de acréscimos dos chamados artigos
ou posts, possibilitando que o leitor expres-
se seus interesses de leituras e proporcione
um espaço de trocas informacionais. Essa
prática é uma maneira de ampliar o sentido
de leitura, ao apresentar um novo arranjo
textual e incentivar a interpretação de tex-
tos no formato virtual. Desse modo, o blog
pode surgir no processo de aprendizagem
educacional tanto relacionado à prática da
pesquisa e aquisição informacional como
ferramenta para o desenvolvimento da lei-
tura, da escrita e da criatividade.
DESAFIO
Que tal você planejar e
executar uma atividade de
mediação de leitura por meio
da internet? Pode ser através
de um blog, um clube de leitura
ou mesmo em uma página no
Facebook. Vamos lá. Tenho
certeza que é só começar para
ganhar muitos adeptos para
dialogar e obter muitas curtidas.
Isso vicia...
Este fascículo é parte integrante do Programa Fortaleza Criativa, em decorrência do Termo de Fomento celebrado entre a Fundação Demócrito Rocha e a Secretaria Municipal da Cultura
de Fortaleza, sob o nº 05/2018.
Todos os direitos desta edição reservados à: EXPEDIENTE: FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA (FDR) João Dummar Neto Presidente André Avelino de
Azevedo Diretor Administrativo-Financeiro Raymundo Netto Gestor de Projetos Emanuela Fernandes
Analista de Projetos Tainá Aquino Estagiária UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE Viviane Pereira
Fundação Demócrito Rocha Gerente Pedagógica Luciola Vitorino Analista Pedagógica CURSO FORMAÇÃO DE MEDIADORES DE LEITURA
Av. Aguanambi, 282/A - Joaquim Távora Raymundo Netto Coordenador Geral e Editorial Lidia Eugenia Cavalcante Coordenadora de Conteúdo
Cep 60.055-402 - Fortaleza-Ceará Emanuela Fernandes Assistente Editorial Amaurício Cortez Editor de Design e Projeto Gráfico Marisa
Tel.: (85) 3255.6037 - 3255.6148 - Fax (85) 3255.6271 Marques de Melo Diagramadora Rafael Limaverde Ilustrador
fdr.org.br ISBN: 978-85-7529-893-0 (Coleção)
fundacao@fdr.org.br ISBN: 978-85-7529-905-0 (Fascículo 12)
Apoio Realização