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Obis, acaçás , quartinhas e outros apetrechos ritualísticos… para que servem ?

Obi, obi d’água ou simplesmente obi. Todos estes nomes referem-se à mesma obrigação,
voltada exclusivamente a confortar uma pessoa em um caso de doença, desemprego,
distúrbios nervosos, ou até mesmo para um iniciado dentro dos preceitos do axé orixá, quando
por um motivo ou outro, o mesmo não pode passar por um bori. Esta obrigação tem seu nome
em referência a uma fruta africana, o obi, sem a qual nada podemos realizar para os orixás, no
tangente a sacrifícios, uma vez que é com ela que conversamos com nossos antepassados para
sabermos se aquele santo está satisfeito com a obrigação, etc.

Esta obrigação é a mais simples realizada dentro do axé, no tangente a dar de comer a uma
cabeça. Muito embora algumas pessoas achem que ela não tem maiores fundamentos junto
com o orixá, mas já presenciamos muitos casos que foram resolvidos com esta. Trata-se neste
ato, de confortar o anjo da guarda da pessoa, seja consulente ou filho de santo, ocasião onde
alimentamos Oxalá, no intuito de pedir a misericórdia para aquele filho que se encontra em tal
sofrimento.

Claro que esta obrigação não cria uma obrigatoriedade do cliente com o santo, ela apenas
serve como um modo de resolver de imediato uma questão. Existem aqueles que após o obi,
sentem-se tão felizes que optam por penetrar de forma mais profunda dentro de nossa
religião.

Nesta obrigação são utilizados: ebô (canjica de Oxalá), ebô yá (a mesma canjica, porém
preparada para Yemanjá e de forma diferente), o obi (que é uma fruta de origem africana),
frutas variadas, vela e uma quartinha com água além da comida do santo da pessoa. Em alguns
casos é utilizado um pombo branco.

Antigamente quando uma pessoa desejava entrar para os preceitos de uma casa, ou seja, ser
filho ou filha de santo naquele templo, ou mesmo quando seu orixá exigia feitura, os zeladores
tinham por hábito realizar esta como uma primeira obrigação, para daí então estudar a
pessoa, ver se ela realmente tinha amor e dedicação para com os orixás, e até mesmo para se
certificarem de que era realmente sua casa e sua mão que aquele santo desejava, e não
apenas uma empolgação material ou espiritual. Agiam assim, pois que, nesta época não existia
o fato de uma pessoa fazer santo com um e tomar obrigações com outro, provocando um
rodízio ridículo nas roças de santo como as que se vê hoje em dia.
Para uma pessoa se iniciar, existia todo um processo de identificação dele com a casa e vice-
versa. Era uma época em que a fidelidade de um iniciado era realmente levada a sério, assim
como a do sacerdote com relação a seus iniciados. E o obi, era justamente a obrigação que
funcionava como uma espécie de flerte, vulgarmente comparando, evitando constrangimentos
futuros.

Hoje em dia, parece que esta fidelidade simplesmente evaporou-se com a fumaça dos
defumadores, pois que uma pessoa se inicia em uma casa e quando desencarna, traz uma
longa passagem de terreiro em terreiro. Claro que ainda existem aqueles que prezam a
fidelidade, mas são bem poucos nos tempos atuais.

Ser um iniciado é antes de tudo sermos fiéis a mão que alimenta nosso orixá, nosso anjo da
guarda, assim como ele é fiel a nosso zelador. Pertencermos ao axé orixá é antes de tudo
sermos humildes, desprovidos de arrogância e soberba, é seguirmos nosso destino na certeza
de que um ser tão puro e iluminado se dedica a zelar por nós e nossa vida.

Acaçá

As definições mais elementares do acaçá (àkàsà) é de uma pasta de milho branco ralado ou
moído, envolvido, ainda quente, em folhas de bananeiras. A definição é correta, mas
extremante superficial, pois o acaçá é de longe a comida mais importante do candomblé. Seu
preparo é forma de utilização nos rituais e oferenda. Envolvem preceitos e regulamentos bem
rígidos, que nunca podem deixar de ser observados.

Todos os orixás, de Exu a Oxalá, recebem acaçá. Todas as cerimônias, do ebó mais simples as
sacrifícios de animais, levam acaçá. Em rituais de iniciação, de passagens fúnebres e tudo o
mais que ocorra em uma casa de candomblé só acontece com a presença do acaçá. A vida e a
morte no candomblé se processam à partir desta oferenda fundamental, sem a qual nenhum
homem seria poupado dos dissabores e percalços do destino. Quando recorremos á história
dos orixás, percebemos o grande mal que a humanidade todas as vezes que se afasta do poder
divino, representada, nesse caso, pelo poderoso Orun, a morada de todas as divindades, e pelo
supremo, senhor do Destino dos Homens. Olodumaré, também conhecido como Olorum
(Zambi).

Só existe uma oferenda capaz de restituir o axé e desenvolver a paz e a prosperidade na Terra,
ela é justamente o acaçá. Mas o que faz de uma comida aparentemente tão simples a maior
das oferendas aos orixás?

Será que todos sabem o que realmente é um acaçá?

Façamos então uma classificação dos elementos que compõem o acaçá para chegarmos à
derradeira conclusão. Primeiramente, é preciso esclarecer que a pasta branca à base de
farinha de milho (que fica alguns dias de molho e depois passada pelo pilão ou moinho)
chama-se na verdade eco (èko). Depois de coxear, uma porção da pasta ainda quente, é
envolvida em um pedaço de folha de bananeira para enrijecer (na África é utilizada outra
folha, chamada èpàpo), tornando-se, agora sim, um acaçá. (Hoje em dia nós temos a facilidade
de encontrar o milho vermelho moído que é o fubá vermelho e o milho branco que é o fubá
branco, mais existem sacerdotes que ainda utilizam o ritual de antigamente).

Percebe-se a fundamental importância da folha de bananeira, uma vez que o eco só passa a
ser acaçá quando envolvido em uma folha verde que lhe atribui existência individualizada, pois
passa a ser uma porção desprendida da massa, assim como e emi, que dá vida aos seres, é, na
verdade, uma parte da atmosfera, ou do próprio Olorum, que todos ser leva dentro de si, o
sopro da vida, o ar que respiramos.

Portanto, o acaçá é um corpo, o símbolo de um ser. A única oferenda que restituí a redistribui
o axé.

É importante insistir que o que faz do acaçá um corpo único, eminente representação de um
ser, é a folha, seu poderoso invólucro verde, que lhe confere individualidade e força vital
diante do poderoso orun, os orixás e do grande Deus Oludumaré.

Somente a água é tão importante quanto o acaçá, pois não existem substitutos para nenhum
dos dois, que são, a exemplo do obi, elementos indispensáveis em qualquer ritual. Ambos
configuram-se como símbolo da vida, e é justamente para afastar a morte do caminho das
pessoas, para que o sacrifício não seja o homem, que são oferecidos.

O acaçá remete ao maior significado que a vida pode ter: a própria vida. E por ser o grande
elemento apaziguador, que arranca a morte, a doença, a pobreza e outras mazelas do seio da
vida, tornou-se a comida e predileção de todos os orixás.

Fato é que quem não faz um bom acaçá não é um bom conhecedor do candomblé, pois as
regras e diretrizes da religião nunca foram ditadas pela intuição. “Constituem grandes
fundamentos cristalizados” ao longo de anos e anos de tradição. Aos incautos vale afirmar que
candomblé não é intuição, mas fundamento sim, e fundamentos se aprende.

Fundamento é o segredo compartilhado, o detalhe que faz a diferença e a prova de que


ninguém pode enganar o orixá.

O acaçá deve permanecer fechado, imaculado até o momento de ser entregue ao orixá. Só
então é retirado da folha. É como se o sagrado tivesse de ficar oculto até a hora da oferenda,
prova de que o segredo é quase sempre um elemento consagrado. E o segredo do acaçá é
enrolar na folha de bananeira, é o que mantém um terreiro de candomblé de pé. Não existe
acaçá que não seja enrolado na folha de bananeira..

Entretanto, a imprudência vigora em muitos terreiros e não raras vezes se ouve falar de novas
iguarias apresentadas como acaçá. Os mais comuns são os acaçá de pia e de forma. No
primeiro caso a massa de ecó, mais grossa, é colocada às colheradas sobre o mármore das
pias, onde os bolinhos esfriam antes de serem utilizados nos ritos. Na segunda receita a massa
é espalhada em uma forma e posteriormente cortada em quadradinhos. Este é um
procedimento incorreto e condenável, e as pessoas que agem assim então fadadas ao
insucesso e não podem ser consideradas pessoas de axé.
Não há candomblé sem acaçá, nem acaçá sem folha. A religião dos orixás não admite
modificações na essência na essência, e esta comida é essencial, portanto, inviolável. Primeiro
vem o acaçá antes dele só a vida. Logo, a folha de bananeira guarda uma vida. Deixar a massa
do acaçá exposto é o mesmo que deixar a vida vulnerável. Eis o grande fundamento.

O significado das quartinhas para o orisá

Há uma frase antiga que descreve bem como se tem que ter cuidado com as quartinhas …

” O bom yáwõ não deixa a agua de sua quartinha secar ”

Quartinha é um pequeno pote, geralmente de barro, no qual de deposita água sagrada, água
purificada ao Orixá e fica ao lado do assentamento do Orixá. O barro da quartinha, assim como
nosso corpo, “transpira” e por isso que as quartinhas devem ser sempre de barro pois elas
permitem que a água do seu interior evapore, mas deve-se ter um cuidado constante para que
a quartinha não seque por completo, pois ela representa um ser vivo e o cuidado que temos
com o Orixá.

Na África, todas as eram confeccionadas em barro, as escravas, quando em solo brasileiro, se


encantaram, com as porcelanas das sinhazinhas e começaram a utilizar a porcelana, nos
assentamentos dos Orixás femininos, porém as quartinhas de porcelana, louça, latão, metal,
fazem com que a água fique estagnada o tempo todo e não evapore. Com o passar dos
séculos, tradicionalmente ficou estipulado que os Orixás masculinos, possuiriam quartinhas de
barro e os Orixás femininos, assim como Oxalá, tanto Oxalufan, como Oxaguiã, poderiam
usarem quartinhas de porcelana.

A quartinha representa a respiração da divindade, então quando a divindade necessita dessa


respiração, há o ciclo de evaporação da água através dos poros do barro. Aos Orixás
masculinos são oferecidos quartinhas de barro sem alça, aos Orixás femininos são oferecidos
quartinhas normalmente de louça ou mesmo de barro com alça.

As quartinhas também são chamadas de Busanguê, Eni, Amoré e outros, dependendo da


nação. Colocar quartinha de louça aos pés da divindade, não é uma prática do Candomblé
antigo, porque na África não se produz louça. Todos os utensílios ligados ao culto das
divindades são feitos na sua maioria de barro e quando não são feitos de barro, é usado
terracota ou argila.

Mas devido a nosso candomblé ter tido em sua origem muito também com A participação dos
escravos aqui no brasil introduziram a louça ao culto e mantemos a tradição para algumas
iyagbás e os osalás em geral .
O banho de Abo.

abô (omí-eró)

Kosi Ewe, Kosi Orisa, ou seja: Sem folha não há Òrìsà.

Falar sobre o Omi Eró é muito complexo, mas antes temos que falar sobre a importância das
folhas dentro do Candomblé, sobre suas funções, sexo, o elemento da natureza a qual
pertence.

As folhas estão sob o domínio do Òrìsà Osanyin, aquele que Olodunmare determinou que seria
o grande Onisegun (médico) da humanidade. Abaixo, transcrevo um mito, que ilustra como
Osanyin, se tornou o Dono das Folhas.

Sabemos que as folhas tem a função de purificar, a folha é o primeiro elemento a ser
consagrado para a preparação das obrigações dos Òrìsàs. A folha é o primeiro Ejé (sangue) a
ser utilizado, dito Sangue Vegetal, sangue esse insubstituível na nossa religião, e se utiliza as
folhas desde quando nascemos, até o nosso momento derradeiro.

Existem folhas do sexo masculino e feminino, temos as folhas parasitas (Afomo), que são
àquelas que dependem de outras para sobreviver, há ainda, folhas que são de ambos os sexos,
feminina e masculina, temos as folhas das águas, como o Oju Oro e Osibata. Temos as folhas
calmas (Eró), que tem a função de tranquilizar, amenizar o estado em determinadas situações.
Há as folhas quentes (Gun), que tem a função de esquentar, agilizar.

Na natureza as folhas vivem dentro do contexto dos quatros elementos, que também são as
representações dos Òrìsàs: Água, Fogo, Ar e Terra.

“OMÍERÓ”= (Omí = água; eró = segredo; água do segredo). Tem muitos chamam de “Mieró”=
(Mi= neste sentido é mexer de leve; eró= segredo; mexer de leve o segredo).Deixo que vocês
escolham e vejam qual é o mais correto! Existem várias maneiras de se realizar o “omíeró” e
sua utilização.

Sendo o seu ritual inicial igual ao do amáãsi. No preparo, existe as diferenças de um para o
outro.

“Omíeró” é o cozimento de folhas, após ter fervido a água é colocado as folhas e abafado na
panela até esfriar, serve para banhos ou lavar a cabeça em casos especiais, bem como, lavar as
residências ou estabelecimentos comerciais. A lavagem da cabeça com “omíeró”, não importa
em compromissos de iniciação e pode e é, muitas vezes, aplicadas aos profanos por motivos
de doenças ou outras causas. Omíeró, não é feito sempre de igual modo, dependendo do fim e
da divindade invocada aquém se pede ou se oferece o cerimonial.

A coleta das folhas para se preparar o Omi Eró e o Agbo, deve ocorrer à alvorada (há exceções,
nas quais as folhas devem ser colhidas à tarde ou ainda ao anoitecer), o Sacerdote deverá
estar de “corpo limpo”, ou seja, privados de relações sexuais e em jejum.

Òsanyìn é consultado através do jogo do Obì (Cola Acuminata) ou Orógbó (Garcinia Cola). Além
disso, devemos “pagar” à Òsanyìn pelas folhas que estamos retirando da sua “casa”, esse
pagamento é feito por meio de oferendas como: mel, vinho, fumo de corda, obì, ataare e
orógbó. É importante destacarmos, que para fazermos oferendas na mata. As folhas possuem
um poder benéfico e maléfico e seu uso indevido jamais deve ocorrer, por isso é necessária
muita experiência na sua manipulação. Òsanyìn é um Òrìsà muito poderoso e suas folhas e
encantamentos devem ser usados com muito cuidado.

Abaixo as principais folhas do Omi Eró:

Etipon-Ola: Pega-Pinto; Bredo de Santo Antônio;

Gboroayaba: Salsa da Praia;

Tete: Bredo sem Espinho

Teteregun: Cana de Macaco

Rinrin: Oriri, Folha de Vidro

Efinrin: Manjericão Miúdo

Odundun: Folha da Costa

Werenjeje: Juquiritiba
Essas folhas são louvadas, quinadas, sendo desta forma, transformadas no primeiro Ejé, o Ejé
vegetal. Esse sangue verde é utilizado para a consagração dos objetos dos Òrìsàs e para
purificar as pessoas.

Há, também, o Omi Eró de cada Òrìsà, no qual são acrescentadas mais 8 folhas pertencentes
aquele Òrìsà, exemplifico com Oya.

Afere: Crideuva

Ewe Mesan: Pára-Raio

Apeje: Sensitiva

Agbola: Mata Pasto

Eso Feleje: Trombeta

Olobotunje Funfun: Pinhão Branco

Koleorogba: Sete Chagas

Assim, sucessivamente para cada Òrìsà.

Todo o Omo Òrìsà, quando iniciado tem seu pote de agbo, pertencente ao seu Òrìsà e, durante
a sua iniciação é utilizado em seus rituais.

Para toda esta preparação existe um ritual litúrgico, com rezas, cânticos, evocações do poder
do Òrìsà Osanyin, o Deus das Folhas. As folhas sem a sua encantação não tem o mesmo poder,
por isso, o Sacerdote que prepara o Omi Eró e deve-se saber como evocar cada folha para o
seu uso.

A Lenda do domínio de Ossain

Ifá foi consultado para Òsanyìn no dia em que Olódùmarè cobriu uma cabaça e convidou a
Òrúnmìlà ir descobri-la e através da consulta ao oráculo, adivinhar o que havia dentro dela.
Òsanyìn insistiu em acompanhar Òrúnmìlà, mesmo sendo aconselhado a ficar porque ele
estava em dificuldade. Òsanyìn, porém, foi inflexível. Antes que eles chegassem lá, Olódùmarè
tocou o sangue de sua esposa com um tecido branco de algodão, guardou em uma cabaça
sobre a esteira na qual Òrúnmìlà sentaria ao consultar Ifá. Òrúnmìlà consultou Ifá e disse
exatamente o que havia dentro da cabaça branca. Olódùmarè o louvou, aclamando seu poder.
Òrúnmìlà, então, pediu que Olódùmarè sacrificasse um cão e uma cabra. Olódùmarè
concordou com o sacrifício. Òsanyìn, emocionadamente se juntou a Òrúnmìlà na procura dos
materiais para o sacrifício. Enquanto estava se esforçando para ajudar a matar o cachorro, a
faca que ele estava segurando escapou de sua mão e caiu sobre a sua perna, fazendo uma
ferida muito grande. Òrúnmìlà pediu que levassem Òsanyìn para a casa de Òrúnmìlà, que foi
curado mas Òsanyìn não poderia usar novamente a perna para trabalhos árduos. Òrúnmìlà
teve pena dele e deu-lhe vinte folhas de Ifá para cada tipo de enfermidade, para proporcionar-
lhe uma fonte de renda. Foi assim que Òsanyìn se tornou um herbolário (aquele que conhece
ou cultiva plantas medicinais).

Na Umbanda e no Candomblé as ervas tem papel fundamental, isso já ficou claro no texto
anterior não é fácil ficar falando sobre ervas e banhos, mas também é necessário informar e
esclarecer sobre certas ritualísticas da nossa religião que assimilamos dos cultos afro-
brasileiros, assim é o banho de Abo que atravessou a linha das duas religiões para servir aos
mais nobres propósitos da nossa ritualística.

No Candomblé existem vários ebós para a limpeza do corpo e do espírito de um ser vivo. São
utilizados para desmanchar tudo de ruim que existe nesse ser, desde o negativo de seu odú,
até mesmo, trabalhos de magia realizados contra ela.

Desses ebós, existe banho de abo é um dos complementos fundamentais. Ele é preparado com
varias ervas que são maceradas em água limpa, e seu processo é complexo: começa com a
escolha do dia em que se vai até a mata para recolher as ervas que deverão ser utilizadas na
preparação desse banho, depois da escolha do dia, tanto o zelador como as pessoas que vão
lhe auxiliar, devem se resguardar por um período de três dias, sem sexo, bebida alcoólica ou
qualquer outro elemento que “suje” seu corpo, na véspera de se ir à mata para recolher as
ervas, deve-se preparar os presentes para Ossain a fim de que o mesmo nos permita retirar as
Insabas sagradas. No dia seguinte antes do sol esquentar, as pessoas saem do barracão
vestidas de branco, e sem conversar nada pertinente ao mundo, adentram na mata para
recolherem as ervas que servirão para preparar o banho, que podem variar de caso para caso.

O banho de deve ser condicionado em um pote de barro, denominado porrão, também


sagrado para os rituais de Candomblé seja ele de qualquer nação.

Após seu preparo o omin eró tem a função de limpar o corpo das pessoas e, no caso de
iniciação é ele que vai trazer o Orixá para a terra. Nunca devemos usar esse banho com outra
finalidade que não seja a de limpeza, pois seus fundamentos são muito grandes, e após
tomarmos esse banho, nem mesmo caboclo ou outra entidade de Umbanda se incorpora em
seu médium.

Na Umbanda algumas vertentes se utilizam do Abo, foram conhecimentos passados para


alguns sacerdotes, mas não é usual, o Amaci é o mais utilizado e tradicional da ritualística da
nossa religião. O Amaci é um banho de ervas utilizado na iniciação do médium na Umbanda,
em sua coroação o banho é dado na cabeça para limpeza e preparar ele para corrente
mediúnica, bem como para o sacerdote ou sacerdotisa confirmar seu orixá e estabelecer seu
vinculo com ele e aquele que lhe banhou, o amaci estabelece a ligação do médium com a casa,
seu zelador ou zeladora e seu orixá.
As casas que se utilizam do banho de Abo incorporam ele em rituais para levantar um filho e
afastar espíritos obsessores, também quando estão preparando o filho para coroação de seu
orixá, normalmente após o Amaci, o banho de Abo é dado é somente na apresentação do filho
para a comunidade o banho é retirado de seu corpo, em outros casos o Abo é utilizado antes
da quaresma e também antes das comemorações do dia de Obaluaiê.

Principalmente no Candomblé, mas na Umbanda também é sabido que espíritos de baixa


energia, kiumbas jamais se aproximam de uma pessoa que toma esse banho, pois sua essência
aproxima de forma direta o Orixá da pessoa e este jamais compactua com espíritos inferiores.

Dentro das nações de Candomblé existem vários ebós que se destinam à limpeza do corpo e
do espírito de um ser vivo. Eles servem para desmanchar tudo de ruim que existe nesse ser,
desde o negativo de seu odú, até mesmo, trabalhos de magia negra que foram realizados
contra ela.

Dentro desses ebós, existe como complemento, o banho de abô. Esse é preparado com varias
ervas que são maceradas em água limpa, e seu processo é complexo: começamos com a
escolha do dia em que vamos até a mata para recolhermos as ervas que deverão ser utilizadas
na preparação desse banho.

Após a escolha do dia, tanto o zelador como as pessoas que vão lhe auxiliar, devem se
resguardar por um período de três dias, sem sexo, bebida alcoólica ou qualquer outro
elemento que “suje” seu corpo.

Na véspera de se ir à mata para recolher as ervas, deve-se preparar os presentes para Ossanha
a fim de que o mesmo nos permita retirar as Insabas sagradas. No dia seguinte antes do sol
esquentar, as pessoas saem do barracão vestidas de branco, e sem conversar nada pertinente
ao mundo, adentram na mata para recolherem as ervas que servirão para preparar o banho,
que podem variar de caso para caso.

Após recolherem as ervas, as pessoas voltam para o barracão e deixam as Insabas


descansarem por um período de no mínimo seis horas para somente depois começarem a
preparar o banho. Todo esse processo é restrito às pessoas devidamente preparadas e com
tempo de feitura suficiente para se saber como se prepara o abô.

O banho de abô deve ser condicionado em um pote de barro, denominado porrão, também
sagrado para os rituais de Candomblé seja ele de qualquer nação.
Após seu preparo o omin eró tem a função de limpar o corpo das pessoas e, no caso de
iniciação é ele que vai trazer o Orixá para a terra. Nunca devemos usar esse banho com outra
finalidade que não seja a de limpeza, pois seus fundamentos são muito grandes, e após
tomarmos esse banho, nem mesmo caboclo ou outra entidade de Umbanda se incorpora em
seu médium.

O banho de abô tem muita utilidade dentro do axé orixá, e casa nenhuma deve ficar sem o
mesmo, pois sua força é muito grande e, ele tem a força para repelir qualquer aproximação
inferior.

Espíritos errôneos jamais se aproximam de uma pessoa que toma esse banho, pois sua
essência aproxima de forma direta o Orixá da pessoa e este jamais compactua com espíritos
inferiores.

abô (omí-eró)

Dentro das nações de Candomblé, e até algumas umbandistas existem vários ebós que se
destinam à limpeza do corpo e do espírito de um ser vivo. Eles servem para desmanchar tudo
de ruim que existe nesse ser, desde o negativo de seu odú, até mesmo, trabalhos de magia
negra que foram realizados contra ela.

Dentro desses ebós, existe como complemento, o banho de abô. Esse é preparado com várias
ervas que são maceradas em água limpa, e seu processo é complexo: começamos com a
escolha do dia em que vamos até a mata para recolhermos as ervas que deverão ser utilizadas
na preparação desse banho.

Após a escolha do dia, tanto o zelador como as pessoas que vão lhe auxiliar, devem se
resguardar por um período de três dias, sem sexo, bebida alcoólica ou qualquer outro
elemento que “suje” seu corpo.

Na véspera de se ir à mata para recolher as ervas, deve-se preparar os presentes para Ossaim:
mel, fumo de rolo picado, búzios, moedas e até suas comidas rituais a fim de que o mesmo nos
permita retirar as folhas sagradas.

No dia seguinte antes do sol esquentar, as pessoas saem do barracão vestidas de branco, e
sem conversar nada pertinente ao mundo, adentram na mata para recolherem as ervas que
servirão para preparar o banho, que podem variar de caso para caso.

Após recolherem as ervas, as pessoas voltam para o barracão e deixam as folhas descansarem
por um período de no mínimo seis horas para somente depois começarem a preparar o banho.
Todo esse processo é restrito às pessoas devidamente preparadas e com tempo de feitura
suficiente para se saber como se prepara o abô.

O banho de abô deve ser condicionado em um pote de barro, denominado porrão, também
sagrado para os rituais de Candomblé seja ele de qualquer nação.

Assim o abô era feito antigamente, quando as casas de santo eram roças de orixá distante das
cidades grandes e se tinha acesso à matas, e não se tinha acesso a carros, e outras
tecnologias…

Após seu preparo o omin eró tem a função de limpar o corpo das pessoas e, no caso de
iniciação é ele que vai trazer o Orixá para a terra. Nunca devemos usar esse banho com outra
finalidade que não seja a de limpeza, pois seus fundamentos são muito grandes, e após
tomarmos esse banho, nem mesmo caboclo ou outra entidade de Umbanda se incorpora em
seu médium.

A maioria dos elementos rituais numa casa de santo são passados nos banhos de abô para sua
purificação: alguidares, louças, fios, montagens, paramentas, artigos dos igbás, roupas, até o
chão barracão é lavado com abô.

Muitos assistentes costumam ir nas casas de santo e levar numa garrafa abô para lavarem suas
casas ou tomarem banho.

O banho de abô tem muita utilidade dentro do axé orixá, e casa nenhuma deve ficar sem o
mesmo, pois sua força é muito grande e, ele tem a força para repelir qualquer aproximação
inferior. Uma pessoa obsediada melhora imediatamente, e nenhum egun fica encostado no
momento em que se joga o banho de abô. Se continuar passando mal é marmotagem e
invenção da pessoa (animismo).

Espíritos errôneos jamais se aproximam de uma pessoa que toma esse banho, pois sua
essência aproxima de forma direta o Orixá da pessoa e este jamais compactua com espíritos
inferiores.

O ERÓ DO ABÔ:

As ervas escolhidas para a composição do abô são um segredo que varia de nação para nação,
de zelador para zelador e por isso não se divulga essa seleção. Geralmente as ervas eró (frias)
são as mais usadas, mas as quentes (gun), e as outras entram nessa composição para
equilibrar também. A lista é muito extensa, variada e revelada somente aos iniciados nos
cultos e pessoas graduadas hierarquicamente.

Com tempo o abô amadurece, as folhas imersas na água e o sumo das folhas começam a se
decompor (responder) e este fica com um cheiro forte e característico. Diz-se os mais antigos
que o cheiro forte do abô afugenta toda a negatividade.

Nunca se deve falar que “o abô fede” isso quizila a Ossain e o banho não surte efeito.

Em algumas casas o abô “come”, são feitos sacrifícios dentro do pote, ou quando Ossain come,
vai um pouco de ejé dentro deste.

Em outras casas há a tradição de se beber o banho de abô (…) em alguns casos, tipo se a
pessoa ingeriu bebidas alcoólicas antes de se chegar na casa de santo.

Em alguns templos umbandistas o abô é preparado com os temperos dos orixás como: orí,
dendê, mel, sal, azeite, pemba.

Vale ressaltar que esses fundamentos são variáveis e não “via de regra” e estes são adotados
conforme os preceitos e fundamentos dos zeladores e suas respectivas nações.

Contra Egun é um traçado de palha da costa, que serve de proteção contra espíritos
desencarnados. Esse traçado é posto no braço, no tornozelo e/ou na barriga.

Enquanto se usa essa proteção estamos livres da perturbação ou até mesmo da aproximação
dessas energias que podem ser brandas ou revoltadas e sem nenhuma luz.

Costuma-se ganhar o Contra Egun em Obrigações feita para cabeça, como exemplo o Borí, e
deve-se continuar usando durante um tempo. Mas após retirar esse contra egun ainda
devemos usa-lo quando estivermos em um lugar dito “Carregado”, seja Cemitério, Hospital,
Hospício, Presídio, Delegacia…

Quando estivermos com esse traçado é necessário não Beber, não praticar sexo, não ficar em
barracas e tudo que possa desliga-lo do Orixá.

Ninguem está livre de energias ruins, por isso até Zeladores, Ogan, Ekedjes e Egbomís usam
Contra-Eguns.

Segundo o Conhecimento aplicado pelos antigos no candomblé, O Contra Eguns é instrumento


de Obaluayê (O Rei da Terra), que espantaria as energias negativas das pessoas, mas alguns
dizem que Ewá, Oyá e Ogun também cumpram seu papel quanto a esse traçado de palha da
costa.

O contra Egun é posto no braço, Nas pernas usamos outro elemento que também pertence a
Obaluayê e nesse utiliza-se um guizo preso, pois seu barulho espanta os eguns. Já na cintura
usa-se o cordão umbilical que representa a ligação direta do iniciado com seu Orixá.

É importante lembrarmos que ao usarmos os contra eguns nem mesmo Caboclos, Pretos
Velhos ou outra entidade qualquer se aproxima de nós, muito menos se incorporam, pois são
esses espíritos de desencarnados e assim não se comportam dentro dos segredos do
Candomblé.

O USO CORRETO DO CONTRA-EGUM

SE POR VENTURA VOCÊ ESTIVER USANDO CONTRA-EGUN, NÃO SE ENVERGONHE… AO


CONTRÁRIO, TENHA ORGULHO DO MESMO, POIS PERTENCE A UMA RELIGIÃO MUITO MAIS
ANTIGA QUE O CRISTIANISMO!

Dentro de todos os rituais do candomblé ele está presente e sua importância é imensa nos
nossos preceitos. Mas, o que é contra-egum?

É um utilitário trançado a partir da palha da costa. Sua confecção se dá com o corpo limpo das
impurezas da carne e com rezas de santo feitas durante todo o tempo em que se está
confeccionando o mesmo. Também existe a reza para se colocar o contra - egum e para retirá-
lo da pessoa.

Segundo os mais antigos, ele pertence a Obaluayê e serve para afastar espíritos desencarnados
da pessoa que está passando pela obrigação. É de grande significado, pois com suas rezas e
posteriormente com sua imantação através de determinados banhos, ele não permite de
forma alguma que espíritos de mortos se aproximem de quem o s está usando.

Devemos utilizar os contra -eguns mesmo depois de nossos preceitos cumpridos e, sempre
que formos a algum hospital, cemitério, delegacias, ou mesmo visitarmos um doente crítico.
Dentro de hospitais os utilizamos por ser esse local, um verdadeiro “paraíso” dos mortos, no
cemitério dado a ser o local de descanso para nossos entes queridos, e em delegacias e
presídios por serem locais infestados de energias negativas.
Algumas pessoas alegam que contra-egum pode ser utilizado nos braços, nas pernas ou na
cintura, mas isso é um erro. O contra-egum somente é utilizado nos braços, o que se usa nas
pernas tem outro nome, assim como o que se usa na cintura.

Nas pernas usamos o OPACHORÔ que também pertence a Obaluayê e nesse utiliza-se um
guizo preso, pois seu barulho espanta os eguns. Já na cintura usa-se o cordão umbilical que
representa a ligação direta do iniciado com seu Orixá.

Sempre que tivermos utilizando contra-egum, estamos impossibilitados de praticarmos sexo e


de consumirmos bebidas alcoólicas, pois, que nessa fase, nosso Orixá está diretamente ligado
a nós e como sabemos, essas coisas lhes são completamente estranhas.

Egun e Contra-Egun

Talvez você já tenha ouvido falar em Egun, Contra-Egun, mas nunca se sentiu muito a vontade
para perguntar mais a respeito. Isto porque, pasmem, aqui no Brasil, ainda há muito
preconceito às religiões de origem africana, uma vez que erroneamente associam-nas a
atitudes negativas, ao mal, etc. (Assim como muitos acreditam que o pentagrama é um
símbolo do Diabo, quando este é o símbolo da Magia e seus Elementos). Valeu a pena fazer
uma pesquisa sobre Egun e Contra-Egun para poder passar para todos de uma forma simples,
e com relativa profundidade sobre Egúns e Contra-Egúns.

EGUN

O termo Egun é a terminação do nome de Ameiyegun, contudo, hoje em dia são conhecidos
mesmos como Egun ou Egungun – ancestrais da sua família ou comunidade- por tal motivo
não se escreve Egun com “m” ao final.

Originalmente, a palavra Egun é da língua Yorubá (Nigéria) e significa desencarnado, espírito,


alma. Pode ser um espírito sem luz, brando e calmo ou pode ser um espírito sem luz, ruim,
zombeteiro, confuso.

Para os Yorubás, a morte não é o fim da vida, pois acreditam que através da reencarnação
podem viver novamente em um de seus descendentes. Creem que a vida e a morte alternam-
se em ciclos, voltando o morto ao mundo dos vivos, reencarnando em algum membro da
própria família. A morte está contida na própria vida e não se separam.

Segundo a simbologia Yorubá, o Egun é a morte que volta à terra visível aos olhos dos vivos na
comunidade espírita (normalmente terreiro) pelas mãos dos sacerdotes munidos de um
instrumento invocatório, um cajado chamado Ixan, que, quando batido três vezes no chão ou
na terra, faz com que a morte se torne vida. Assim, o Egun está de novo “vivo”.
Nos rituais, o Egun é materializado por uma fantasia adornada com as tiras de pano, e nele não
se pode tocar, pois um simples esbarrão nessas tiras é altamente maléfico e danoso, inclusive
para os sacerdotes que só podem fazer por meio do Ixan. Tal aparição, é cercada de grande
mistério, diferentemente de culto a outras entidades, cujo o transe acontece durante as
cerimônias próprias. Já os Egunguns (como também são conhecidos os Egúns) simplesmente
surgem no salão, causando espanto aos presentes. Apresenta-se, como citado acima, com uma
forma corporal humana totalmente recoberta por uma roupa de tiras multicoloridas, que
caem da parte superior da cabeça formando uma grande cortina de panos, não podendo ver
quem está sob a roupa. Os Egúns falam com uma voz rouca ou metálica e estridente, bem
diferente da voz humana.

Os espíritas não praticantes das religiões africanas, acreditam que os Egúns são espíritos que
ainda não adquiriram um grau de consciência e às vezes nem mesmo sabem que estão
desencarnados. Que, normalmente, podem se tornar obsessores quando se ligam a algum
encarnado para, por exemplo, vivenciar seus vícios materiais (álcool, droga, sexo, etc..) ou por
não admitir se afastar de algum encarnado (esposa, filhos, amigos) ou ainda para se vingar de
seus inimigos, manipulando atitudes e pensamentos da vítima encarnada.

Ainda para os espíritas, quando um Egun entra no campo vibratório de um encarnado, ele irá
sugar a sua energia vital. As pessoas obsidiadas pelos Egúns irão ser “vampirizadas” por eles e
não terão consciência disto. Se descoberto ou se suspeitar de influência de Egúns, deve-se
mudar a frequência do campo vibratório para que este obsessor não consiga mais perturbar e
se desligue da vítima. A primeira atitude é alinhar o pensamento com energias boas. Não
pensar em morte, depressão, derrotas, traições, luxúrias… nada que alimente os Egúns com a
energia vibratória do pensamento NEGATIVO.

Suspeita-se de se estar sob influência de Egúns quando sentir uma forte apatia, sentimento de
derrota, vazio, não saber mais o que quer direito, angústia, frio, sono, fraqueza, dores pelo
corpo, calafrios, indisposição, sentimentos inconstantes, medos: de amar, do futuro, de ser
feliz, de ser enganado… Dúvidas, dúvidas e mais dúvidas.

Mas se não houver mudança de postura e atitudes, de nada adiantará qualquer atitude para
afastar os Egúns. O pensamento produz o campo vibratório negativo ou positivo.

A oração e os mantras, pensamentos positivos, elevam a vibração energética da vítima e


consequentemente, eleva a do Egun obsessor, possibilitando que entidades de luz se
aproximem e o esclareça, fazendo-o ter consciência da sua condição. Na linha do Yorubá,
qualquer entidade da linha irá identificar a atuação de um Egún e afastá-lo, até mesmo à força,
do convívio do encarnado. Ele será enviado a uma “colônia espiritual” de esclarecimento ou
será entregue a um Exu (entidade), que através da Lei Maior irá fazê-lo expurgar seus
“pecados”. Normalmente, a entidade esclarece à vítima a forma que este Egun foi atraído para
a sua vida e através de conselhos, mostrar quais atitudes, sentimentos e pensamentos devem
ser modificados para que isto não se repita novamente. Poderá indicar um banho para limpar
sua aura e talvez alguma oferenda para absorver alguma energia que ficou esvaída. Contudo,
como foi dito no início do post, muitos Egúns não fazem mal e nem trazem consequências
ruins para as pessoas, são mansos e pacíficos.

O dito banho de ervas não permite o acoplamento de energias negativas ou mesmo limpa a
aura dos que estão sob influência de Egúns. Para liberação de Egúns, toma-se uma banho, por
7 dias, do pescoço para baixo e após o banho higiênico à noite, de um chá morno constituído
por Manjericão / Hortelã-pimenta Comigo-ninguém-pode / Guiné / Arruda / Alecrim / Espada
de São Jorge . Acende uma vela branca para seu anjo de guarda e faz as orações habituais.

Para os espíritas, normalmente a atuação dos Egúns não chegam para o encarnado através de
magia negra; em sua maioria foi a lei da atração. Então, você é o guardião do seu espírito e
condutor da sua vida, cuidado com o que você pensa ou com o que você faz.

Muitas pessoas que seguem as religiões africanas, fazem oferendas aos Egúns para que lhes
auxiliem em alguns setores de suas vidas, tais como as relacionadas abaixo:

PARA GANHAR DINHEIRO I

Para conseguir dinheiro com ajuda de EGÚN, colocar atrás da porta uma quartinha com água e
9 pedacinhos de coco De nove em nove dias despacha-se a porta e substitui-se a água e o coco
.

Ao colocar a água na rua deverá fraciona-la em três partes e cada uma jogada deverá ser
pronunciada a saudação: MOJUBÁ, VOS SAÚDO SANTAS ALMAS VENHAM ABRIR MEUS
CAMINHOS. Deve ser feito as segundas, quartas ou sextas-feiras.

Se morar em apartamento, vá até a porta e despeje na rua, não precisando ser imediatamente
à frente do prédio.

Se estiver chovendo, não é necessário colocar o copo com água e nem despachar.

O melhor horário para este axé é das 21h ás 24 h. Nos locais em que existe mudança do
horário no período de verão deverá seguir o horário normal do ano todo.

PARA GANHAR DINHEIRO II

-1 litro de água
-40 pedaços pequenos de macaxeira (mandioca; aipim).

-1/2 cebola média roxa picada

-4 dentes de alho

-1 peito de frango

– sal

-pimenta-do-reino

-salsa picada

-azeite-de-dênde

-Em uma panela cozinhe os cubinhos de macaxeira e o frango. Por 20 minutos. Deixe a
macaxeira com a água e retire o frango, e deixe reservado.

-Frite a cebola e o alho com dendê, coloque na panela onde estava a macaxeira, misture bem e
amasse com o “socador” de madeira.

-Desfie a galinha e misture com o purê da macaxeira,bem como a salsa picada.

-Após tudo misturado coloque em tigela branca, após enfeite com folhas inteira de salsa.

Despachar numa segunda-feira próximo a um rio, acender uma vela amarela e seis velas de
sebo.

PARA SE LIVRAR-SE DE EGUN I


Banhar a pessoa com água de canjica branca, fazer um pacote com os grãos e passar na
pessoa. Fazer um pacote com milho torrado.

Passar um pombo do mesmo sexo da pessoa doente, na pessoa e soltá-lo com vida .

Os pacotes são colocados num alguidar e cobertos com outro alguidar emborcado por cima.
Colocar em sua volta formando um triângulo três pratos brancos com pipoca e uma vela acesa
no centro do triângulo.

Despachar tudo próximo a um rio. Preferencialmente numa quarta-feira.

PARA SE LIVRAR DE EGUN II:

Para livrar-se da perseguição de um ÈGÚN que esteja lhe prejudicando, mas você não o que
fazer mal, por se tratar de um parente ou amigo faça o seguinte: pegue três rosas brancas,
retire suas pétalas, coloque em uma vasilha e deixe por nove horas elas mergulhadas em água
limpa. Cubra o vasilhame com uma toalha virgem branca.

Faça um pacote com as folhas e os galhos da rosa, bote fora.

Acenda uma vela quando fizer sete horas que você colocou as pétalas de molho. Após
completar as nove horas lave o rosto com a água das flores. Mantenha sempre os olhos
abertos. Pegue as pétalas e a água e jogue no meio fio da rua. Se a vela estiver apagada jogue
as sobras dela também.

CONTRA-EGUN

Já o “Contra-Egun” é um artefato feito para afastar os Egúns. Trata-se de um fio trançado de


palha-da-Costa para ser amarrado no braço, impedindo a aproximação do Egun. É bastante
utilizado para afastar estes Egúns após obrigação do filho de santo que o recebe guarda
consigo como símbolo de proteção. Então, mais que um adereço exótico, o “Contra-Egun”
representa um emblema das pessoas que pertencem ao Candomblé ou Umbanda, religiões
africanas muito populares no Brasil.

Algumas pessoas afirmam que o “Contra-Egun” pode ser utilizado nos braços, nas pernas ou na
cintura. Na verdade, não. O “Contra-Egun” somente pode ser utilizado nos braços. Segundo as
tradições mais antigas, ele pertence a Obaluayê. Sua confecção se dá com o corpo limpo das
impurezas da carne (sexo) e com rezas de santo feitas durante todo o tempo em que se está
confeccionando. Também existe a reza para se colocar o “Contra-Egun” e para retirá-lo da
pessoa. Somente as pessoas iniciadas usam o artefato.

O que se usa nas pernas tem outro nome, OPACHORÔ, que também pertence a Obaluayê
(Orixá), e nesse, utiliza-se um guizo preso, pois seu barulho espanta os Egúns. Já na cintura
usa-se a Umbigueira que representa a ligação direta do iniciado com seu Orixá.

Quando o “obrigado” for iniciado recentemente no Candomblé ou Umbanda é instruído a usar


o “Contra-Egun” quando for a lugares propícios a estes espíritos, tais como cemitérios,
hospitais, delegacias, presídios, hospícios, fóruns, enfim, lugares tidos como “carregados”. Os
mais experientes, quando houver indicação de alguma entidade para o uso do “Contra-Egun”.
Também há necessidade de se usar o artefato quando o obrigado se encontrar com doente,
que o debilite para o exercício espiritual.

Mulheres grávidas que estejam nos últimos meses de gravidez ou em qualquer mes quando da
indicado pela entidade a que é submetida.

As pessoas que não pertencem às religiões africanas e que não podem usa “Contra-Egun”,
possuem algumas receitas para quando houver necessidade de ir a cemitério:

deixar um copo com água no portão de casa e quando chegar lavar a sola dos sapatos. Quando
isso não é possível, caso tenha que ir direto ao trabalho, por exemplo, deve-se passar em um
bar, pede-se água e lava as solas dos sapatos lá mesmo. Quando entrar no cemitério, pede-se
licença a quem de direito, entra-se de frente e sai de costas; ou fica-se um pouco distante das
outras pessoas, pega-se umas moedas, limpa-se o seu corpo com elas e deixem-nas no portão
do cemitério e sai-se de banda.

Sempre que se estiver utilizando “Contra-Egun”, o obrigado está impossibilitado de praticar


sexo e de consumir bebidas alcoólicas.

Ou seja, o “Contra-Egun” somente pode ser usado por pessoas iniciadas nas religiões de
origem afro.

Já as orações, os mantras e os banhos, podem ser feitos por qualquer pessoa leiga que queira
espantar os Egúns maléficos de suas vidas.

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