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PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DA BAHIA

2ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS

Processo nº. : 0008526-24.2015.8.05.0063

Classe : RECURSO INOMINADO


Recorrente(s) : SILVANO PAES DOS SANTOS FILHO

Recorrido(s) : BANCO BRADESCO S A

Origem : VARA DO SISTEMA DOS JUIZADOS - CONCEIÇÃO


DO COITÉ
Relatora Juíza : MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE

VOTO-E M E N T A

RECURSO INOMINADO. CONSUMIDOR. ALEGAÇÃO DE FRAUDE NA


CONTRATAÇÃO DE EMPRÉSTIMO. BANCO RÉU QUE COMPROVA A
REGULARIDADE DA CONTRATAÇÃO. JUNTADA DO INSTRUMENTO
CONTRATUAL COM A ASSINATURA DA PARTE AUTORA, QUE CONCIDE
COM AQUELA APOSTA NOUTROS DOCUMENTOS AO LONGO DO
PROCESSO. RÉ QUE COMPROVA DEPÓSITO VIA TED DO VALOR DO
EMPRÉSTIMO. IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO. LITIGÂNCIA DE MÁ FÉ
CONFIGURADA. PRETENSÃO MANIFESTAMENTE
IMPROCEDENTE.SENTENÇA MANTIDA.

1. Trata-se de recurso inominado interposto contra sentença que


julgou improcedente os pedidos, nestes termos: “ Ante o exposto, JULGO
IMPROCEDENTE a ação, na medida em que não restou provado pela Parte Autora
que o desconto é indevido, trazendo, porém a Parte Ré provas de que houve de fato a
contratação do empréstimo pela parte autora bem como a disponibilização do valor.”

2. Alega a parte autora que o banco demandado vinha efetuando


descontos em sua conta em virtude de empréstimo consignado não
contratado. Requereu a devolução em dobro dos valores descontados,
bem como indenização pelos danos morais sofridos. Em sede de
recurso a parte acionante reitera a tese exposada, pugnando ainda pelo
reconhecimento da inexistência de má fé, pela qual fora condenada no
percentual de 1% sobre o valor da causa.

3. A despeito das alegações da parte autora , o banco demandado


logrou êxito na comprovação da regularidade da contratação relativa
aos dois contratos de empréstimo consignados que foram impugnados
na presente ação, e junta aos autos no evento 17 dos autos o
instrumento contratual contendo a assinatura da parte autora, e que
representa a causa jurídica dos descontos. Ademais, o banco réu prova
ter sido realizada a transferência bancária para a conta da parte autora
via TED do valor do empréstimo contratado, consoante documento
juntado no evento 27, resposta a ofício, o que demonstra carecer de
veracidade a afirmação da parte acionante, no sentido de que não
recebera tais valores.

4. Nesta senda, o contexto probatório, sobejam provas acerca da


regularidade da contratação ora impugnada pela parte autora, não
restando caracterizada qualquer ilicitude por parte do banco
demandado, sendo portando devidos os descontos e as cobranças.

5. Assim sendo, mister seja mantida a sentença que julgou


improcedente os pedidos, em virtude do êxito do réu na comprovação da
regularidade da relação jurídica que lastreou os descontos efetuados no
benefício previdenciário da parte autora.

6. Por outro lado, merece a confirmação do julgado no tocante ao


reconhecimento da litigância de má-fé e a condenação na multa
imposta, isto porque há que se observar, tem se tornado uma praxe no
âmbito dos juizados tais comportamentos, consistentes no ajuizamento
de ação manifestamente improcedente, em que a parte autora alega a
inexistência de relação jurídica, apostando com isso na incúria e
deficiência das empresas demandadas no tocante à comprovação da
contratação.
7. Ressalte-se que dita situação tem se observado nos Juizados
Especiais de um modo crescente e, trata-se de utilização da Justiça
como moeda de sorte e não havendo vantagem ou não sendo alcançada
a finalidade pretendida, aproveita-se da estrutura judiciária que permite o
maior acesso a Justiça e sem qualquer custo em detrimento daqueles
que de fato e de direito reclamam um pronunciamento judicial mais
rápido e eficaz.

8. Diante de todos esses elementos, entendo que a condenação


imposta deve ser mantida para no mínimo servir como punição e
influência pedagógica visando decepar a continuidade de tais condutas
tão prejudiciais às próprias partes, ao Judiciário e finalmente a
efetividade da justiça.

9. .ISTO POSTO, voto no sentido de CONHECER e NEGAR


PROVIMENTO ao recurso interposto pela Recorrente para manter a
sentença objurgada em seus termos. Sem custas processuais e
honorários advocatícios.

Salvador, Sala das Sessões, , 06 de Julho de 2017.


BELA. MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE
Juíza Relatora
BELA CÉLIA MARIA CARDOZO DOS REIS QUEIROZ
Juíza Presidente
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DA BAHIA
2ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS

Processo nº. : 0008526-24.2015.8.05.0063

Classe : RECURSO INOMINADO


Recorrente(s) : SILVANO PAES DOS SANTOS FILHO

Recorrido(s) : BANCO BRADESCO S A

Origem : VARA DO SISTEMA DOS JUIZADOS - CONCEIÇÃO


DO COITÉ
Relatora Juíza : MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE

ACÓRDÃO
Acordam as Senhoras Juízas da 2ª Turma Recursal dos Juizados
Especiais Cíveis e Criminais do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia,
CÉLIA MARIA CARDOZO DOS REIS QUEIROZ –Presidente, MARIA
AUXILIADORA SOBRAL LEITE – Relatora e ALBÊNIO LIMA DA SILVA
HONÓRIO, em proferir a seguinte decisão: RECURSO CONHECIDO E
IMPROVIDO . UNÂNIME, de acordo com a ata do julgamento. Sem custas
processuais e honorários advocatícios.

Salvador, Sala das Sessões, 06 de Julho de 2017.


BELA. MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE
Juíza Relatora
BELA CÉLIA MARIA CARDOZO DOS REIS QUEIROZ
Juíza Presidente

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