Вы находитесь на странице: 1из 6

RECENSÃO

NIALL FERGUSON
Passados (Coordenação)
História Virtual
alternativos (tradução de Luís Trindade
e Maria José de La Fuente)
1.ª edição
Fernando Martins Lisboa
Tinta-da-China,
2006, 446 páginas

CONTRAFACTUAIS LUSITANOS século XIX e de muito discurso político


Em Portugal a história virtual, ou «con- feito a montante e a jusante das conclu-
trafactual», chegou, ao menos para mim, sões avançadas por aqueles, que lhe teria
num artigo da autoria de Jaime Reis publi- sido praticamente impossível obter um
cado numa Análise Social de 19841. Des- desempenho substancialmente diferente
contando a impressão que me causou pelo do que de facto conheceu [«dificilmente
método usado, pelas perguntas feitas e a situação poderia ter sido outra» (p. 25)].
pelas respostas dadas, o citado trabalho e Apesar de longa, esta introdução serve
os «contrafactuais» formulados pelo autor para sublinhar que a história contrafac-
serviram para gerar polémica no meio aca- tual (ou virtual) tem e sempre teve duas
démico da especialidade e introduzir na importantes e destacadas características4.
historiografia económica portuguesa os É polémica. É inovadora nos métodos que
conceitos e parte dos métodos usados nos usa e, por isso, incómoda nas perguntas
Estados Unidos da América desde a década que faz e assertiva nas respostas que apre-
de 1950 pela New Economic History2. Mas o senta. Por isso ela permite – e aí está a sua
texto de Jaime Reis conseguiu ainda utilidade e o seu «cientifismo», desculpe-
demonstrar que os «contrafactuais», e ape- -se o turpilóquio – compreender melhor
sar de muitos comentários repletos de e interpretar com maior segurança a his-
sobranceria de que foi alvo, serviam per- tória que efectivamente aconteceu.
feitamente para demolir muitas das ideias
feitas acerca das razões que teriam levado DA HISTÓRIA VIRTUAL E DA NATUREZA
a economia portuguesa a ter, comparati- DO EXERCÍCIO
vamente, um mau comportamento na Ainda que possua, como qualquer bom
segunda metade do «longo» século XIX, livro de história, uma componente de
conjuntura que a tornou «atrasada» no entretenimento de grande qualidade,
contexto europeu3. Basicamente, Jaime importa no entanto saber se o livro coor-
Reis concluía, ao contrário de outros his- denado por Niall Ferguson, publicado no
toriadores da economia portuguesa no Reino Unido há uma dezena de anos e em

RELAÇÕES INTERNACIONAIS DEZEMBRO : 2007 16 [ pp. 179-184 ] 179


boa hora editado pela Tinta-da-China, senão mesmo superior em alguns aspec-
cumpre os preceitos de rigor, inovação tos, ao dos restantes campos histo-
metodológica e polémica construtiva que riográficos. Defensor do pressuposto
caracterizaram a chamada história con- segundo o qual a história virtual é o antí-
trafactual. A resposta é sim, embora nem doto necessário do determinismo (p. 98),
todos os capítulos apresentem pressu- Ferguson produz na introdução à História
postos metodológicos claros5, ou não che- Virtual uma definição da «teoria do caos»
guem sequer, nos temas tratados, a ser aplicada à história e cujo objectivo, afirma,
polémicos ou a lançar uma discussão subs- é resgatar esta e a historiografia «não só
tantiva fora do campo historiográfico6. do mundo absurdo de idealistas como
Deixando a «polémica» para depois, veja- Oakeshott, onde não existe uma causa ou
-se por agora a questão do método tal como um efeito, como do mundo igualmente
é tratado por Niall Ferguson, e que importa absurdo dos deterministas, em que existe
apresentar por ser uma quase novidade no apenas uma cadeia de causalidade preor-
nosso panorama historiográfico e porque denada assente em leis. Para Ferguson, o
sustenta e legitima a necessidade e a plau- “caos” – o comportamento estocástico9
sibilidade da história virtual. Basicamente, nos sistemas deterministas – significa
neste como noutros trabalhos do género, resultados improváveis mesmo quando os
se os pressupostos práticos da metodolo- acontecimentos sucessivos estão casual-
gia seguida são simples e relativamente mente ligados» (p. 89). No entanto,
unânimes, os teóricos nem por isso7. No Ferguson não defende uma transposição
domínio prático, Niall Ferguson parte do imediata da «teoria do caos» para a aná-
pressuposto segundo o qual todas as «deci- lise histórica e para os exercícios de his-
sões sobre o futuro» são assumidas como tória virtual. Do seu ponto de vista, as
sendo «geralmente, baseadas na avaliação «alternativas históricas» devem ser «plau-
das consequências potenciais de cursos de síveis – substituindo assim o enigma do
acção alternativos», pelo que «faz todo o “acaso” pelo cálculo das probabilidades».
sentido comparar os resultados reais do Só desta forma se resolve o «dilema» de
que fizemos no passado com os resulta- se ter de «optar entre um único passado
dos possíveis daquilo que poderíamos ter determinista e um número incontrolavel-
feito»8. mente infinito de passados possíveis», do
No domínio teórico da reflexão e do exer- que decorre o facto de os «cenários con-
cício metodológico, o trabalho de Niall trafactuais» construídos não serem uma
Ferguson é particularmente interessante «mera fantasia», mas «simulações basea-
e rico, além de discutível. E é-o pela sim- das em cálculos sobre a probabilidade rela-
ples razão de que tenta e consegue pro- tiva de resultados plausíveis num mundo
duzir um discurso coerente e inovador em caótico (daí a “história virtual”)» (p. 95).
torno da relevância, da necessidade e da Por fim, Ferguson reproduz «uma per-
consistência da história virtual, acabando gunta que permanece sem resposta» e que
até por lhe conferir um estatuto idêntico, é a de saber como se pode «distinguir exac-

RELAÇÕES INTERNACIONAIS DEZEMBRO : 2007 16 180


tamente as alternativas prováveis não rea- a «dedução» preceder a «indução» (p. 637).
lizadas das improváveis?» Ora a pergunta Mas acima de tudo, Landes concluía que
tem afinal resposta e Niall Ferguson dá-a os contrafactuais não podiam ser credí-
afirmando que «devemos considerar como veis pela simples razão de que «não são
plausíveis ou prováveis apenas as alternati- verdadeiros» (literalmente, untrue, p. 655).
vas que podemos demonstrar com base em pro- Isto porque, e em particular naquilo que
vas contemporâneas que os contemporâneos che- à história económica dizia respeito, o «aci-
garam a considerar» (itálicos no original, dente» não desempenha qualquer papel
pp. 95-96). Podendo-se certamente objec- relevante, sendo que quando supostamente
tar que os «contemporâneos» podem ter exercia tal papel afirmava-se apenas pela
considerado «alternativas» improváveis e sua natureza tão polémica quanto irrele-
até absurdas que nunca poderiam ter-se vante.
afirmado em função de múltiplas variá- Deixando de lado as razões próximas do
veis e de circunstâncias deterministas exis- debate em que David Landes se pronun-
tentes, a verdade é que este pressuposto ciou e as respostas que suscitou11, vale a
enunciado deixa bem claro que o recurso pena pegar naquele que é um dos textos
a fontes históricas é absolutamente essen- mais emblemáticos da colectânea aqui
cial para tornar a história virtual credível analisada para, por um lado, procurar
e verosímil. demonstrar que o «acidente» conta efec-
tivamente na história, enriquece a histo-
A «POLÉMICA» OU A OUTRA NATUREZA riografia e legitima a história virtual, ao
DA HISTÓRIA VIRTUAL mesmo tempo que a polémica é desta uma
Num texto publicado em 1994, David S. parte necessária, imprescindível mesmo,
Landes10 criticou duramente aquilo a que mas que em nada a diminui enquanto
chamou história «optativa» ou a «história género.
como acidente», uma espécie de subgé- O capítulo da autoria de Niall Ferguson
nero historiográfico caracterizado por que tem a Grande Guerra e as suas origens
assentar em pressupostos que se pode- como pano de fundo12, mas ainda os tex-
riam definir como obedecendo a uma tos sobre a presidência de JFK13 e o não
máxima simplista e até perigosa resumida desaparecimento do comunismo na URSS14,
pelo autor como a história do que «podia cumprem exemplarmente o seu papel na
ter sido, deve ter sido e devia ter sido». colectânea, esvaziando as objecções de
Nela caberia, entre outros géneros histo- Landes. No primeiro, Ferguson sugere dois
riográficos, a história contrafactual por- aspectos essenciais. Em primeiro lugar,
que dependente da hegemonia do «aci- que a Grã-Bretanha não teria de participar
dente». Na história «optativa», e ainda naquele conflito uma vez que os seus inte-
segundo Landes, o maior pecado meto- resses enquanto grande potência teriam
dológico e epistemológico residirá no facto dessa forma sido melhor defendidos. Ora,
de aquela se sustentar na «convicção» ou esta atitude tinha dependido de um con-
na «simpatia» e não na «evidência» e por junto de decisões políticas que podiam ter

Passados alternativos Fernando Martins 181


sido tomadas independentemente do peso rico. Ainda assim, só aparentemente há
da conjuntura. Ou seja, nada havia numa determinismo no mundo definido após
guerra geral na Europa no Verão de 1914 uma vitória das potências centrais numa
envolvendo, sobretudo, a Áustria e a Ale- Grande Guerra de curta duração. Isto por-
manha, por um lado, e a França e a Rússia, que, nos cenários traçados, o autor maneja
por outro, que impusesse antes do seu iní- apenas hipóteses que lhe parecem lógicas
cio, e vistos os objectivos das potências já que trabalha sobre um cenário em grande
centrais, uma intervenção britânica. Tudo medida idêntico em que laborou a diplo-
isto é feito com recurso a abundante docu- macia britânica entre o fim da Guerra da
mentação e antecipa uma das teses que o Crimeia e o final da Segunda Guerra dos
mesmo Ferguson irá desenvolver em The Balcãs.
Pity of War (1998): tese segundo a qual O capítulo da autoria de Diane Kunz, sobre
coube a líderes políticos e militares britâ- o que teria sucedido caso JFK não tivesse
nicos facilmente identificáveis a respon- sido assassinado em Dallas em Novembro
sabilidade pela transformação de uma de 1963, é menos arrojado na definição de
guerra localizada iniciada em Junho-Julho um cenário real em que tal facto não teria
de 1914, num conflito mundial com con- sucedido. No entanto, é particularmente
sequências insuportáveis. Quanto ao esclarecedor na tese segundo a qual os
segundo ponto, e este remete para a espe- EUA não se teriam afastado no momento
culação histórica sobre aquilo que teria certo do conflito político-militar no
acontecido caso o Império Britânico se Vietname caso Kennedy não tivesse fale-
tivesse mantido à margem do conflito, cido quando e como faleceu. Isto, e
Ferguson sustenta que uma não-interven- segundo a autora, pela simples razão de
ção britânica teria inevitavelmente condu- que o retrato político, ideológico e de
zido a uma vitória alemã cujo resultado a carácter apresentado de Kennedy é, em
prazo teria sido tão-somente a criação de absoluto, muito verosímil. Esta verosimi-
uma Europa política e economicamente lhança vem-lhe do conhecimento que a
unificada com características idênticas à autora possui da personagem e que deriva
daquela que foi sendo construída depois do domínio que detém das fontes e de
da II Guerra Mundial na sequência da assi- muita historiografia que tem combatido
natura dos Tratados de Roma em 1957, a mistificação construída em torno da
com a única diferença de aquela imaginada figura de JFK ao longo de toda a sua vida
por Ferguson ter sido concebida sob uma pública e depois militantemente prolon-
benigna e esclarecida hegemonia germâ- gada pelos seus colaboradores.
nica. É verdade que a tese histórica é polé- Mark Almond, por seu lado, recorda-nos
mica e a história virtual com grandes gene- que o Muro de Berlim podia não ter caído
ralizações construída a partir de uma e, portanto, o comunismo poderia ter per-
espécie de não acontecimento, contraria, manecido incólume durante mais alguns
ao menos aparentemente, as críticas fei- anos depois de Gorbachev ter chegado ao
tas por Ferguson ao determinismo histó- poder e iniciado um conjunto de reformas

RELAÇÕES INTERNACIONAIS DEZEMBRO : 2007 16 182


políticas. Também aqui o cenário contra- autoria de Ferguson, e no qual a partir
factual assenta numa recolha de factos e de uma vitória dos Stuart no conflito civil
de argumentos simples e claros, e por isso e militar ocorrido em Inglaterra e na
relativamente simples, verdadeiros e vero- Escócia durante a década de 1630, é cosida
símeis. Desde logo, o autor recorda: que toda uma história alternativa (sobretudo)
não era objectivo do reformismo soviético do mundo ocidental que desagua no
produzir os resultados que produziu, colapso do Ocidente às mãos de uma
nomeadamente a destruição do comu- Rússia czarista e autocrática e que é tam-
nismo; que o sistema comunista tinha bém a homologação do triunfo do deter-
ainda uma grande margem para resistir e minismo histórico no domínio intelec-
ultrapassar os desafios colocados pelo capi- tual. Descontando o facto de esse mesmo
talismo; que o caminho da repressão «à determinismo marcar profundamente a
chinesa» teria sido, por várias razões, uma construção por Ferguson de uma histó-
opção válida para as autoridades soviéti- ria alternativa do mundo moderno e con-
cas e para os seus aliados na Europa de temporâneo, este último capítulo pre-
Leste e Central, desde logo pelo simples tende ser afinal uma espécie de hino à
facto de o «Ocidente» não possuir então, liberdade criadora no campo historio-
como inúmeros testemunhos o documen- gráfico, algo que indiscutivelmente não
tam, nem vontade nem capacidade de con- teria sido possível no caso de a história
trariar uma tal política. Este texto e a tese não ter decorrido como de facto decor-
que lhe está subjacente é pois uma crítica reu nos últimos trezentos e setenta anos –
clara e necessária às teorias sustentadas o que não deixa de ser mais previsível
por muita historiografia de pendor con- do que interessante. Mas sobretudo este
servador e que, a posteriori, procuraram texto final de Ferguson parece dar razão
demonstrar a inevitabilidade do desmoro- àqueles que afirmam, sem os dramas de
namento de um sistema como o soviético, David Landes, que toda a narrativa his-
fosse por causa da sua natureza totalitá- tórica – virtual, contrafactual ou a outra –
ria, do desejo inquestionável de liberdade é indelevelmente marcada pelo peso do
e de democracia demonstrado nas ruas presente, recuperando aquela velha
pelos povos oprimidos daquela região do máxima que insiste em definir toda a his-
velho continente, ou ainda pelo esforço tória como história contemporânea15. E
ocidental desenvolvido à época para que a isto num livro em que o coordenador, ao
libertação acontecesse. Ora aquilo que o citar Jorge Luis Borges e o seu «El jardín
autor sugere, para além da narrativa de his- de senderos que se bifurcan» (pp. 80-82),
tória virtual apresentada, é que nenhum parecia ser capaz de criar, tal como o
daqueles pressupostos era verdadeiro. escritor argentino, um universo histórico
imaginário que valeria por si mesmo e se
CLÍMAX E ANTICLÍMAX bastaria a si mesmo em função daquilo
O momento mais estranho do livro aqui que era definido como uma infinita pos-
em análise é o capítulo final, também da sibilidade de arranjos temporais.

Passados alternativos Fernando Martins 183


NOTAS

1 8
REIS, Jaime – «O atraso económico por- than – «A guerra ou paz de Estaline. E se a FERGUSON, Niall – «Introdução: Histó-
tuguês em perspectiva histórica (1860- Guerra Fria tivesse sido evitada?», pp. 285- ria virtual: rumo a uma teoria “caótica” do
-1913)». In Análise Social, vol. XX (80), -304. Trata-se, no entanto, de textos extre- passado», in FERGUSON, Niall (coord.) – His-
1984-1.º, pp. 7-28. mamente sedutores e sólidos do ponto de tória Virtual, p. 16.
vista da forma e do conteúdo da narrativa.
2 9
Sobre a New Economic History, cf. TEMIN, Que depende e resulta de uma variável
6
Peter (comp.) – La Nueva Historia Económica. É o caso do texto de CLARK, J. C. D. – aleatória.
Lecturas Seleccionadas. Madrid: Alianza Edi- «A América britânica: e se a Revolução Ame-
10
torial, 1984, pp. 9-10. ricana não tivesse acontecido?», pp. 103- «What room for accident in history?:
-153. A edição portuguesa omitiu os explaining big changes by small events». In
3
A «controversa técnica de contrafactual» capítulos 1 («England without Cromwell») e Economic History Review, XLVII, 4 (1994),
que Jaime Reis se propunha utilizar no seu 3 («British Ireland») publicados na edição pp. 637-657.
trabalho, inspirada na «chamada nova his- original. Percebe-se que assim tenha acon-
11
tória económica», consistia «em alterar um tecido por ser desse modo possível tornar Cito apenas a resposta de N. F. R. Crafts
ou mais dos parâmetros duma dada situa- a publicação mais exequível do ponto de àquela que também é uma resposta dada
ção histórica de modo a criar uma outra vista financeiro, retirando textos sobre temas por Landes na referência acima enunciada:
situação, hipotética, mas verosímil, que se que, presumo, os editores da Tinta da China «Macroinventions, economic growth, and
possa comparar com a real de uma forma tenham considerado de pouco interesse para “industrial revolution” in Britain and France».
quantificada» [REIS, Jaime – «O atraso eco- o leitor português. Se isso pode ser verdade In Economic History Review, XLVIII, 3 (1995),
nómico português em perspectiva histórica em relação ao capítulo 3, é muito discutí- pp. 591-598.
(1860-1913)», p. 15]. vel em relação ao capítulo 1, uma vez que
12
a Revolução Inglesa de 1640 foi um acon- «A União Europeia do Kaiser. E se a Grã-
4
Há uma outra característica muito impor- tecimento cuja natureza ultrapassaria, e -Bretanha tivesse ficado de fora em Agosto
tante na história virtual, aquela que é talvez muito, as fronteiras geográficas da Grã-Bre- de 1914», pp. 157-207.
o maior argumento a favor da sua legitimi- tanha. A edição espanhola deste mesmo
13
dade e utilidade. A história virtual, as suas livro (Historia Virtual. ¿Qué Hubiera Pasado KUNZ, Diane – «A Constituição de Came-
interrogações e ao menos parte dos seus Sí…?. S. e.: S. l., Taurus, 1998) optou, igual- lot. E se John F. Kennedy não tivesse mor-
métodos, são muitas vezes utilizados por his- mente, por não incluir aqueles dois capítu- rido?», pp. 307-331.
toriadores comuns em trabalhos comuns. A los, substituindo-os por um de Santos Juliá
14
grande diferença reside no facto de o con- sobre a Espanha de 1936 sem guerra civil ALMOND, Mark – «1989 sem Gorbachev.
trafactual ser acima de tudo um meio e nunca e outro, de Juan Carlos Torre, sobre a Argen- E se o comunismo não se tivesse desmo-
um princípio ou um fim. Cf. BULHOF, Johan- tina sem «peronismo». ronado», pp. 335-358.
nes – «What if? Modality and history». In His-
7 15
tory and Theory. Studies in the Philosophy of Um trabalho curioso com qualidade na ROSENFELD, Gavriel – «Why do we ask
History, vol. 38, n.º 2, 1999, pp. 145-168. vertente histórica, mas nada arrojado no “What if?”: reflections on the funtion of alter-
plano teórico e metodológico, é o de COWLEY, native history». In History and Theory. Stu-
5
Pareceu-me ser o caso dos capítulos de Robert – What if? The World’s Foremost Mili- dies in the Philosophy of History, vol. 41,
ROBERTS, Andrew – «Inglaterra de Hitler. tary Historians Imagine What Might Have Been. n.º 4, 2002, pp. 90-103.
E se a Alemanha tivesse invadido a Grã-Bre- Nova York: G. P. Putnam’s Sons, 1999,
tanha em Maio de 1940?», pp. 211-251; BUR- pp. 11-14. O mesmo sucede num exemplo
LEIGH , Michael – «A Europa nazi. E se a espanhol: TOWSON, Nigel (dir.) – Historia Vir-
Alemanha nazi tivesse derrotado a União tual de España (1870-2004) ¿Qué Hubiera Pasado
Soviética?», pp. 255-281; e HASLAM, Jona- Si…?. Madrid: Taurus, 2004, pp. 17-35.

RELAÇÕES INTERNACIONAIS DEZEMBRO : 2007 16 184

Вам также может понравиться