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ORTODONTIA
PREVENTIVA
Biofilme
Comunidade de microrganismos incluídos em uma matriz extracelular produzida por esses mesmos microrganismos e
pelo meio externo.
Burne et al., 1997
Suspensão dos procedimentos de higiene oral associado ao uso de sacarose formação de lesões de cárie
retomando os cuidados com a higiene as lesões tornam-se inativas.
Agentes evidenciadores: são substâncias corantes que tingem a placa bacteriana. Apresentação: fucsina em solução
alcoólica a 2%, eritrosina, lugol, iodo, azul-de-metilieno, verde-de-malaquita, marrom de Bismarck e plack-lite.
Índice de placa Greene e Vermillion simplificado (OHI-S): é utilizado para dentes permanentes, mas pode ser
adaptado para a dentição decídua.
- avaliação de 6 dentes: faces vestibulares dos primeiros molares permanentes superiores e a lingual dos inferiores,
faces vestibulares dos incisivos centrais direitos, superior e inferior (para a dentição decídua se avalia os segundos
molares decíduos e os incisivos centrais direitos, nas mesmas faces).
A avaliação é realizada da seguinte forma:
0 - quando não há depósito.
1 – depósitos não vão além de um terço da superfície dental.
2 – depósitos que cobrem mais de um terço, não ultrapassando dois terços da superfície.
3 – depósitos cobrem mais de dois terços da superfície.
- após o registro somar os valores obtidos em cada dente e dividir pelo número de superfícies (6) para obter média
individual determinando assim o índice de placa do indivíduo.
Período entre a erupção do primeiro dente até a completa oclusão funcional dos dentes posteriores:
- erupcionam novos sítios que podem ser colonizados pelos microorganismos cariogênicos.
- favorece condições para o acúmulo de biofilme com potencial cariogênico, pela falta parcial de uso funcional.
- apresentam anatomia oclusal rebuscada com variabilidade de sulcos e fissuras.
- período de maturação pós-eruptiva.
Controle da placa somente com escova _ método limitado de controle da cárie dentária devido ao diâmetro das
cerdas e pouco tempo gasto durante a escovação _ impede a remoção completa da placa em todas as superfícies. A
escova promove desagregação/ou remoção do biofilme dental.
Escovação + agente químico (flúor) + uso regular do fio dental = métodos efetivos para prevenção tanto da cárie
quanto da doença periodontal.
- Técnica de Fones: a criança empunha a escova e com os dentes cerrados faz movimentos circulares na face
vestibular de todos os dentes. Na face palatina/lingual os movimentos também são circulares e na face oclusal/incisal os
movimentos são no sentido ântero –posterior.
- Técnica de Stillman modificada: escova é colocada com o longo eixo das cerdas lateralmente contra a gengiva e estas
são deslizadas de gengival para oclusal/incisal. Quando as cerdas estiverem junto ao ponto de contato dos dentes,
devem ser realizados movimentos vibratórios.
- Técnica de Bass: durante a escovação as cerdas são forçadas diretamente no sulco gengival, num ângulo de 45 graus
com o eixo do dente, fazendo movimento curto para frente e para trás, vibratórios, deslocando todo o resíduo existente
na área; conforme movimenta a escova, os dentes e a gengiva vão sendo limpos. As superfícies oclusais são
escovadas movendo a escova para frente e para trás.
Escovas dentais
Escovas para menores de 3 anos: cabeça pequena, cerdas extra macias, extremidade arredondada, estreita,
oferecendo boa empunhadura. A troca deve ser realizada a cada 2 meses pois as cerdas perdem a elasticidade e
tornando ineficaz para a higiene correta (crianças pequenas têm o hábito de morder a escova reduzindo a vida útil).
Escovas infantis:
- cabo: retangular ou achatada para melhorar o apoio.
- cabeça: tamanho entre 25 e 32 mm (pequena a média) por 8 a 11 mm de largura, apresentando 3 x 6 ou 3 x 8 fileiras
de tufos.
- cerda: artificial (náilon), diâmetro regular, menor redução de rigidez quando imerso em água, pontas arredondadas,
consistência média ou macia (dependendo da técnica utilizada), comprimento uniforme.
2. DENTIFRÍCIO
Utilizar com cautela até os 3 anos de idade pois as crianças são incapazes de controlar a expectoração, deglutindo a
maior parte.
Crianças menores de 5 anos ingerem 30% do dentifrício e a maioria dos dentifrícios infantis apresentam concentração
de 1000 ppm de flúor _ ingestão contínua de alta concentração de dentifrício (risco de fluorose). Utilizar creme dental
com flúor – concentração 1000 ppm em pouca quantidade para prevenir desenvolvimento de lesões de cárie em
crianças.
Importante colocar uma quantidade reduzida (técnica transversal) pelo adulto.
Creme dental deve conter abrasivos ou mistura de abrasivos = agentes polidores. As partículas devem ser duras o
bastante para limpar os dentes mas não tão duras a ponto de “arranhar” o esmalte ou a dentina.
3. FIO DENTAL
Utilizado para limpeza dos espaços interdentais _ indispensável para a perfeita higienização bucal. Deve ser iniciado
quando existir a presença de algum contato proximal.
Pode ser utilizado fio encerado ou não. As vantagens do fio encerado são: menor diâmetro, passando mais facilmente
pelos contatos interproximais mais apertados; sob tensão distende-se sobre a superfície do dente com cada fibra
atuando separadamente como uma lâmina cortante para desalojar resíduos alimentares; o fio encerado faz um ruído
agudo quando usado sobre uma superfície dental limpa e esse ruído pode ser utilizado como orientação.
Modo de usar: o fio dental deve medir de 25 a 45 cm e ser enrolado em torno do dedo médio de uma das mãos e
posicionado com as pontas dos dedos indicadores. A distância dos dedos indicadores deve ser de 2 a 3 cm com o fio
bem esticado, mas não sob tensão, movimentado de vestíbulo-lingual até a área de contato, para então ser trabalhado
apicalmente dentro do sulco gengival. O fio se move de cima para baixo, abraçando bem a superfície interproximal.
Indicações:
- prevenção e paralisação de lesões de cárie dentária em crianças.
- prevenção de lesões de cárie secundárias.
- dessensibilização da dentina hipersensível.
Protocolo: proteção dos tecidos moles com vaselina, isolamento, profilaxia, secagem do campo, aplicação do diamino
fluoreto de prata a 30% (3 sessões ao mês); esfregaço com bolinha de algodão por 3 a 5 minutos.
Marcas comerciais: Cariostático (Inodon), Biorode (Herpe), Safride di Walter (Polidental), Saforide.
- É uma clorofenil bisguanina utilizada como sal de gluconato com resultados favoráveis no controle de bactérias.
- Possui amplo espectro de ação (tanto para bactérias gram- positivas quanto gram-negativas). Efeito bacteriostático e
bactericida.
- Alta substantividade (capacidade de retenção e manutenção na cavidade bucal) com efeito residual de cerca de 48hs.
- verniz –> efeito inibidor no desenvolvimento de lesões de cárie em fissuras e no número de S. mutans no
biofilmedental até 3 meses após sua última aplicação. A efetividade e a duração da inibição do S. mutans dependerá da
concentração do verniz e do número de aplicações. A recolonização da superfície após certo período é variável (3
semanas a 4 meses) seguindo um padrão específico -> os microorganismos reaparecem primeiro nos dentes
posteriores e depois nos anteriores devido a dificuldade em desinfetar regiões mais retentivas.
- tratamento alternado com o verniz de clorexidina e com o de flúor mostrou uma redução significante do S. mutans por
pelo menos 3 meses.
- lembrar que a aquisição inicial de S. mutans é precoce (entre 12 e 18 meses, 71% das crianças já estão infectadas).
- É seguro e efetivo (baixa toxicidade).
- Sabor desagradável.
- Indicações: durante o período da janela de infectividade, atividade e alto risco da doença, presença de grande
concentração de bactérias cariogênicas, lesões de mancha branca ativas, pacientes com higiene bucal inadequada,
xerostomia, pacientes portadores de aparelhos ortodônticos ou com múltiplas restaurações e na prevenção familiar de
contaminação cruzada.
- Mecanismo de ação: inibição da adesão bacteriana nas superfícies dentárias; restrição da quebra de carboidratos
(transporte, glicólise); redução da migração de íons; restrição da proteólise; contenção do metabolismo de aminoácidos.
Protocolo: profilaxia, isolamento e secagem do campo, aplicação do verniz de clorexidine (3 sessões consecutivas
durante 2 semanas). Reaplicações de acordo com o programa preventivo estabelecido, baseado no perfil de risco
circunstancial do paciente.
HÁBITOS ALIMENTARES
- Dieta: é o efeito local dos alimentos nos dentes, afeta o metabolismo da placa bacteriana , produção de ácidos
(determina a cariogenicidade do alimento)
- Nutrição: efeito sistêmico que os nutrientes ocasionam na saúde geral, crescimento e desenvolvimento de estruturas
de todo o corpo, e o desenvolvimento pobre dos dentes, devido a má nutrição, pode influenciar na progressão da
doença cárie.
- Análise alimentar:
- Pode-se fazer um Recordatório alimentar (lembrando o que foi ingerido nas últimas 24 horas) e mais efetivamente,
pode-se fazer o diário alimentar de 3 ou 7 dias (escrevendo em um papel tudo o que foi consumido nesses dias,
inclusive as quantidades de açúcar usadas para adoçar líquidos).
- Analisar o tipo de dieta consumido pela criança, verificar a forma, consistência, frequência e período de ingestão dos
alimentos.
- Observar a presença de açúcar oculto (ex.: uso de condimentos, ou medicações que contenham açúcar na
formulação).
- Lembrar da relação açúcar X afeto. Da mesma forma que alimentos como arroz e feijão estão relacionados a
trabalhadores, sopa relacionado a doentes, o açúcar está relacionado ao carinho e afeto.
- A cariogenicidade dos alimentos está ligada ao tempo total que permanece na cavidade oral até a sua remoção, e
depende da consistência e adesividade do alimento, das características da anatomia dos dentes e das arcadas, dos
movimentos musculares e fatores salivares (fluxo, viscosidade). Fica-se subentendido que alimentos “grudentos” e
pastosos são mais cariogênicos do que alimentos fibrosos.
- Verificar o consumo diário dos grupos alimentares: lácteo; carnes; verduras e frutas; pães e cereais.
a. Proteínas: dieta deficiente em proteínas durante a fase de desenvolvimento dentário provocará a formação de dentes
menores, erupção retardada e aumento da susceptibilidade à cárie dental, sem alteração na composição mineral do
dente. Já após a erupção dos dentes as proteínas apresentam efeito no metabolismo da placa dentária, neutralizando
os ácidos. Em geral, dietas ricas em proteínas são pobres em carboidratos.
Fontes de proteína: carne, ovos, leite e seus derivados, são proteínas animais. Trigo, centeio, aveia, feijão , soja, são
exemplos de proteínas vegetais.
b. Lipídeos: São fontes de energia para o organismo. As gorduras podem diminuir a atividade de cárie devido à
formação de uma película protetora sobre a superfície dos dentes limitando o acúmulo de placa bacteriana ou pela
interposição entre a superfície e os ácidos da placa.
Fontes de lipídeos: as fontes mais saudáveis são os óleos vegetais insaturados.
c. Carboidratos: Aqui se incluem os açúcares. A produção de ácido láctico através do metabolismo glicolítico dos
açúcares é responsável pelo início da cárie. A síntese de polissacarídeos de adesão e o armazenamento são
importantes para a colonização bacteriana nas superfícies lisas.
Fontes de carboidratos: eles estão presentes em todos os alimentos em quantidades variáveis como pão, batata,
ervilhas, leite (lactose), frutas (frutose), mas o mais cariogênico dos açúcares é a sacarose, presente no açúcar
refinado.
d. Minerais: cálcio, fósforo, magnésio e flúor são componentes básicos dos tecidos duros. Os minerais atuam tanto na
formação de dentes cáries-resistentes quanto na maturação pós-eruptiva.
Fontes de minerais: (exemplos) = Leite (cálcio), trigo integral (fósforo), nozes (magnésio), Fígado (ferro), Chá, soja,
peixe de água salgada (flúor), sal de cozinha (sódio).
f. Vitaminas: São compostos não calóricos presentes em pequenas quantidades nos alimentos
- vitamina A: sua deficiência durante o desenvolvimento do dentes provoca atrofia dos ameloblastos, pobre
diferenciação dos odontoblastos, hipoplasia do esmalte e cálculos pulpares. Onde se encontra: fígado, gema de ovo,
laticínios
- vitamina D: promove absorção de cálcio e indiretamente de fósforo sendo essencial para a formação dos ossos e
dentes. Ingestão diminuída de vitamina D pode sugerir o aumento na incidência e progressão da doença cárie. Onde se
encontra: em poucos alimentos, a maior parte dessa vitamina provém de banhos de sol.
- vitamina E: doença periodontal associado a baixos níveis desta vitamina ligada a hemorragias gengivais pela mudança
na membrana dos vasos sangüíneos. A mobilidade dos dentes pode ocorrer devido à atrofia da membrana periodontal.
Onde se encontra: óleos vegetais.
- vitaminas do complexo B: B1 – sua falta prejudica a dentição, atua no crescimento, metabolismo e composição da
placa bacteriana; deficiência de B2 - estomatite angular, glossite. A deficiência no complexo B apresenta manifestações
ao redor da cavidade bucal (mucosa bucal, lábios e superfície da língua). Onde se encontra: carne de porco, cereais
integrais.
- vitamina C: está associado com o desenvolvimento dos odontoblastos e de outras células especializadas e com os
produtos de secreção (ex.: colágeno). Manifestações bucais do escorbuto: gengivite hemorrágica, edematosa ausente
em áreas edentadas. Pode estar acompanhado por infeções bacterianas secundárias (GUNA). Estudos laboratoriais
mostram que a carência de vitamina C produz odontoblastos com alterações degenerativas. Onde se encontra: sucos
de frutas ( laranja, limão), aspargos, brócolis, etc...
Açúcar intracelular ou intrínseco, que está presente nos alimentos. Importante fonte para a nutrição e apresenta
baixo potencial cariogênico. Ex. frutas e vegetais.
Açúcar extracelular ou extrínseco não láctico. É o açúcar adicionado aos alimentos. Alto potencial cariogênico
e efeito deletério para a saúde quando ingerido em grande quantidade. Ex. bolos, biscoitos, refrigerantes.
Açúcar do leite (lactose). Presente no leite e seus derivados. Tem baixo potencial cariogênico devido aos
componentes protetores do leite. Tem grande importância na alimentação.
- Substitutos do açúcar
a. Adoçantes calóricos - os álcoois de açúcar são os mais comuns. Eles não provocam queda do pH da placa
bacteriana ou a queda é pouco acentuada.
- Sorbitol: possui doçura moderada e é bem menos cariogênico que a sacarose. Possui efeito laxante maior que o xilitol.
Consumo maior que 25g/dia pode causar diarréia.
- Xilitol: apresenta cerca de 60% da doçura da sacarose. Não é metabolizado pelos microorganismos orais. Previne o
aparecimento de lesões de cárie, devido à ausência de fermentabilidade e pela estimulação da secreção salivar.
- Manitol, lactitol, maltitol: possuem potencial anticariogênico, mas não existem evidências de sua ação cariostática.
- Esteviosídeo: extraído da planta estévia, é considerado um substituto da sacarose, podendo ser indicada para
crianças. É um produto natural, sem efeitos colaterais.
b. Adoçantes não calóricos - possuem sabor acentuado, não contém componente energético, portanto não são
transformados em ácidos pelas bactérias.
- Ciclamato: sua doçura é maior que a sacarose (30x). Não provoca alterações no Ph da placa, porque não é
fermentado pelas bactérias encontradas na cavidade bucal. Seu uso em crianças deve ser controlado.
- Sacarina: possui sabor extremamente adocicado (450x maior que a sacarose). Não é fermentada pelas bactérias do
meio bucal. Possui gosto metálico final e também deve ser controlado em crianças.
- Aspartame: doçura é 180x maior que a sacarose. Por ser um aminoácido, pode ser metabolizado pelo organismo; não
é cariogênico, devido a sua propriedade inibitória do crescimento bacteriano, de formação e aderência da placa. Seu
uso pode ser liberado para as crianças.
- Sucralose: novo adoçante, desenvolvido no Reino Unido e aprovado pela FDA. Pode ser aquecido e não possui sabor
metálico final.
- Acesulfame K: é o mais recente adoçante não-calórico com sabor bastante adocicado (200x maior que a sacarose).
Não é cariogênico, apresenta boa estabilidade e tolerância a altas temperaturas. Seu uso deve ser controlado em
crianças;
EROSÃO IDIOPÁTICA: DIAGNÓSTICO NÃO POSSÍVEL POR MEIO DE EXAME CLÍNICO E ANAMNESE
EROSÃO ASSOCIADA A DIETA PODE SER EVIDENTE NAS SUPERFÍCIES VESTIBULARES DOS DENTES
ANTERIORES SUPERIORES E APRESENTAM-SE COMO DEPRESSÕES
Perimolise
Alimentos Protetores
pH da placa - castanha, nozes,amendoim, pipoca salgada e queijo
- alimentos duros e fibrosos
Conduta:
Tratamento da Doença Controle dos fatores
Causais
Cariologia – conceitos atuais
- Introdução
- Quantidade de lesões com padrão diferente nos povos antigos
- A partir do século XVIII _ padrão atual
- Atualmente _ alimentos refinados, pegajosos, menos mastigação
Microbiota Virulência
- Propriedades acidogênicas
- Propriedades acidúricas
- Capacidade de colonizar os dentes
- Armazenamento do açúcar excedente
Streptococos mutans
- São considerados os mais cariogênicos
- Rapidamente adquirido por crianças a partir da erupção de decíduos
- Nível de produção de ácidos mais rápido
- Rápida formação de ácido lático
- Maior capacidade de adesão às superfícies lisas
Lactobacilos
- Predominam na dentina cariada
- Mais relacionados com o desenvolvimento e progressão da cárie
- “Invasores secundários”
- Presença dos dois tipos em cárie de cicatrículas e fissuras
- Cárie radicular- Actinomyces se soma às outras duas.
- Acidogênicos
- Acidúricos
- Polissacarídeos intra celulares
- Não têm capacidade de adesão (progressores)
Substrato
- Composição do alimento
- Propriedades físicas
- Quantidade
Freqüência de ingestão
Dieta cariogênica
- Composição
- Freqüência
- Consistência
- Tempo de contato
mastigação / fluxo salivar / retenção / higienização
Hospedeiro
Dentes
- Tipos de dente
- Morfologia dos dentes
- Posição dos dentes no arco
- Tempo do dente na boca
- Proximidade das glândulas salivares
Fatores Modificadores
Atuam na etiologia da cárie aumentando ou diminuindo a defesa do hospedeiro e/ou o potencial cariogênico do
substrato, ou ainda, alterando a microflora.
Situação de equilíbrio
2+ 3- -
Ca10(PO4)6(OH)2 10 Ca + 6 PO4 + 2 OH
pH ≥ 5.5
2+ 3- -
Ca10(PO4)6(OH)2 10 Ca + 6 PO4 + 2 OH
pH ≤ 4.5 + flúor
2+ 3- -
Ca10(PO4)6(OH)2 10 Ca + 6 PO4 + 2 OH
Subsuperfície e superfície
Erosão
Formação de cárie
Esmalte sadio
Ganho > perda de minerais equilíbrio
cálculo
Mancha Branca
Ganho > perda de minerais reprecipitação
paralisação
Extensão
- lesão não cavitada em esmalte
- lesão em dentina
Atividade
- Ativas
- Inativas
Lesão em Dentina
Reações de defesa:
- Esclerose dos túbulos dentinários
aria
- Formação de dentina reacional (3 )
Dentina Infectada
- Zona de desmineral. Avançada
- Zona de invasão bacteriana
- Zona necrótica
Dentina Afetada
- Zona de dentina terciária ou reacional
- Zona dentina hígida
- Zona de esclerose
- Zona de desmineralização inicial
Zona Infectada
- Maior em lesões agudas
- Bactérias proteolíticas na superfície e acidogênicas na profundidade
- Amolecida, vital e sensível à remoçãoNão é recuperável
Zona Afetada
- evidente em lesões agudas
- Poucas bactérias acidogênicas
- Vital e sensível à remoção
- É recuperável
Exame Tátil
- Sonda exploratória
- Danos à superfície da lesão de cárie
- Transmissão de microrganismos entre os sítios examinados
- Precisão baixa
Inspeção visual
- Boa iluminação e limpeza
- Secagem prolongada
- Precisão boa melhor que exame tátil
- Avaliação das características da lesão
Associação de Métodos
O flúor apresenta um grande impacto no desenvolvimento da doença cárie mas seu uso deve estar associado com
medidas para desorganização/remoção do biofilme bacteriano e “consumo controlado” de carboidratos fermentáveis.
O FLÚOR TAMBÉM....
- Interfere no crescimento e metabolismo bacterianos,
- Atua na cadeia glicolítica, reduzindo a produção de ácidos pelos microrganismos bucais e interferindo na regulagem
enzimática do metabolismo dos carboidratos o que reduz o acúmulo de polissacarídeos intra e extracelulares.
- Maltz, 1996; Cameron, Widmer, 2001.
Primeiros sinais: dor difusa no abdome, náusea e vômito, diarréia e excessiva salivação.
Medidas para diminuir a absorção: provocar vômito, dar grandes quantidades de cálcio, administração de hidróxido de
alumínio ou hidróxido de magnésio e lavagem gástrica.
b. intoxicação crônica
- ingestão crônica -> limite = 0,07mg de F/kg/dia.
Fluorose = distúrbio ou defeito de formação do esmalte dental devido a exposição de altas concentrações de flúor
durante o período de desenvolvimento dentário. A severidade da intoxicação crônica depende da dose, da direção de
exposição, do estágio da atividade do ameloblasto, da idade da criança e da susceptibilidade individual. É um distúrbio
de desenvolvimento caracterizado por esmalte branco-opaco variando de linhas brancas a áreas opacas pequenas ou
extensas. Período de susceptibilidade crítico para alterações estéticas que afetariam os incisivos centrais superiores ->
22 a 26 meses de vida. Período de risco estético -> 20 a 30 meses.
Tratamento :
Microabrasão
Ácido de baixa concentração para segurança dos tecidos bucais
Facetas
Restaurações com resina composta
FLÚOR SISTÊMICO
Efeito sistêmico está relacionado com a ingestão do flúor de modo a atingir os dentes em formação (efeito pré-
eruptivo).
Antigamente pensava-se que a ingestão de flúor sistêmico formaria Fluorapatita (FA). Hoje se sabe que, quando
se ingere o flúor durante a formação dos dentes, não há formação de FA, mas sim de apatita fluoretada (AF). Para
tornar o esmalte mais resistente aos ácidos seria necessário 30000 ppm de F.
A quantidade de AF não torna o dente resistente aos ácidos, mas funciona como um reservatório de flúor, ou
seja, quando o esmalte é atacado pelos ácidos ao invés de perder minerais, a AF é que se dissolve no meio bucal,
polpando o esmalte dentário.
O esmalte formado na presença de flúor tem menor concentração de carbonato do que o mineralizado na sua
ausência.
O carbonato forma apatita carbonatada que torna o dente mais solúvel aos ácidos. A concentração de carbonato
no esmalte é maior no terço gengival, na base das fissuras, nos dentes decíduos, na dentina e em dentes recém
erupcionados, sendo esses mais susceptíveis a cárie dental.
O efeito sistêmico do flúor está mais relacionado com a diminuição da quantidade de carbonato do que com a
formação de AF que poderia ser formada após aplicação tópica de flúor profissional (dissolve a apatita carbonatada e
ocorre reestruturação mineral do dente) ou uso regular de dentifrício fluoretado.
Água fluoretada - temperatura ambiental média e a concentração de flúor na água (clima temperado 1,0ppm de F e
países tropicais 0,7ppm).
FLÚOR TÓPICO
Mecanismo de ação: aplicação local de concentração a partir de 100 ppm = o flúor é incorporado à superfície do
esmalte sob forma de fluoreto de cálcio (CaF2) que pode ficar retido por dias ou meses.
Depois que o CaF2 é formado, a superfície é coberta por íons cálcio, fosfato e proteínas da saliva formando uma
capa protetora que retarda a dissolução do composto fazendo com que ele atue como um agente de liberação lenta de
fluoreto. Quando ocorre diminuição do Ph da placa, a camada de fosfato de cálcio é solubilizada, expondo o CaF2 que
se dissolve parcialmente liberando fluoreto e íons cálcio para o meio. Na presença de flúor, o pH crítico da
desmineralização muda de 5,5 para 4,5.
Quando o pH cai abaixo de 4,5, mas a placa está subsaturada com relação à FA, o esmalte dissolve
vagarosamente mesmo na presença de altas concentrações de fluoreto. Após algum tempo de ação do fluxo salivar e
da capacidade tampão da saliva o Ph retorna ao nível fisiológico. Pequena parte do CaF2 reage com a HA e forma AP.
Vantagem: fácil aplicação, boa aceitação pelos pacientes, maior segurança, menor tempo de atendimento, pode ser
utilizado em pacientes de pouca idade, se for o flúor protector, ele é incolor e alto brilho (preferível para adolescentes e
adultos) por estética.
Desvantagem: custo (produtos importados – tem maior fluidez e menor viscosidade), coloração amarelada após
aplicação com Duraphat (avisar os pais), sabor desagradável e possibilidade de ardor semelhante a acetona com uso
do flúor protector.
Cuidado: não aplicar sobre a gengiva com sangramento -> possibilidade e risco de manifestação alérgica por contato
com base de colofônia (Duraphat) e poliuretano (Flúor protector).
Intoxicação crônica
- Ingestão de flúor em pequena quantidade porém por um longo período de tempo.
Afeta dentes homólogos por ser um distúrbio de desenvolvimento.
- Histologicamente observa-se hipomineralização com a presença de poros na subsuperfície, estando a superfície
externa do esmalte bem mineralizada. Clinicamente a porosidade é representada pela opacidade – linhas finas
esbranquiçadas até quadros em que toda a superfície é atingida.
- Limite diário p/ fluorose: 0,07 mgF/Kg peso/dia
2. Dentifrícios
É o método mais utilizado. A concentração de flúor necessária para que o dentifrício seja eficaz gira ao redor de
1000ppm.
Durante a escovação é importante a supervisão dos pais pois as crianças menores de 5 anos apresentam
dificuldade motora para controlar a deglutição e engolem cerca de 30% do creme em cada escovação -> risco potencial
de aumentar a fluorose.
Para crianças em idade pré-escolar, 4 a 6 anos, indicado colocação do dentifrício pela técnica transversal (ao
invés de colocar a pasta dental sobre todas as cerdas da escova, coloca-se transversalmente, cobrindo somente as
primeira 3 fileiras de cerdas aproximadamente), pois a quantidade é reduzida em 45% quando comparada com o
método tradicional.
Utilizados em programas de saúde coletiva devido relação custo/benefício, método simples e de baixo custo.
É indicado para as fases onde existe aumento do risco de desenvolver a doença cárie e quando existe dificuldade de
controle da placa.
Durante a fase de erupção do 1º malar permanente ->maturação pós eruptiva. Devido ao processo lento de
erupção existe grande dificuldade de remoção de placa nesta região.
Forma de apresentação: NaF 0,05% para uso diário ou NaF 0,2% (semanal); fluorfosfato ácido 0,02% (diário).
Vantagem: bem aceitos em programas de saúde pública em escolas, preparo fácil, pouco dispendioso, fácil de ser
aprendido pela criança e mesmo que a solução seja ingerida acidentalmente, não há problemas de intoxicação.
Indicado para crianças maiores que 6 anos.
Como a toxicidade ou dose de flúor se mede em mg, pode-se transformar a fórmula em:
1000 mg flúor em 1.000.000 g ou ml de água
Por exemplo, se formos usar o flúor em gel, que tem 12.300 ppm de flúor, como calcularemos a quantidade de flúor
utilizada?
12,3 mg F/ g de gel
Considerando que em cada aplicação usamos ao redor de 5 g de gel, então: 5 X 12,3 mg F= 61,5 mg de flúor.
A dose provavelmente tóxica é de 5 mg de flúor por quilo de peso, então se tivermos uma criança de 20 quilos
(por volta de 3 anos) a dose provavelmente tóxica seria de 100mg, portanto, maior que a dose rotineira utilizada, e sem
chance de causar problemas. Entretanto, se for uma criança de 10 quilos (bebê), a dose provavelmente tóxica já seria
de 50 mg, portanto a criança estaria submetida a maior risco com o uso desta quantidade de flúor na moldeira.
FLUOROSE
Em relação à fluorose, a dose de risco é a ingestão maior que 0,07 mg/quilo/dia, pois depende da exposição
crônica.
Exposição crônica significa uso rotineiro, o que é mais comum pelo uso de dentifrícios, bochechos e pela dieta.
Tomemos como exemplo o dentifrício, que tem ao redor de 1000 ppm:
RADIOLOGIA EM ODONTOPEDIATRIA
1. IMPORTÂNCIA DO EXAME RADIOGRÁFICO
Nas crianças com dentição decídua o exame radiográfico completo constitui-se de:
- seis radiografias periapicais:
a. duas da região anterior: uma superior e outra inferior;
b. quatro da região posterior: uma de cada hemiarco ou da região de molares decíduos;
A dificuldade de executar uma tomada radiográfica adequada leva à limitação da utilidade e eficiência deste exame,
considerado indispensável no tratamento dentário. Diante de emergências freqüentemente devemos tomar decisões
terapêuticas a partir de diagnósticos feitos sem o auxílio do exame radiográfico, o que pode levar a uma maior margem
de erros ou no mínimo a decidir por tratamentos mais radicais.
4. TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS
Periapical
Oclusal
Intrabucais
Interproximal
Panorâmica
Lateral de Fazzi
Tanto os dentes decíduos, quanto os permanentes, para alcançar sua maturidade morfológica ou funcional,
passam por um ciclo vital característico bem definido composto de diversas fases, separadas por motivos didáticos. No
entanto, trata-se de um processo fisiológico de evolução contínua, no qual as modificações histológicas, fisiológicas e
bioquímicas têm lugar progressiva e simultaneamente.
Quanto aos fatores etiológicos que promovem estes distúrbios, variam entre a hereditariedade, os problemas
locais infecciosos e/ou traumáticos e as alterações metabólicas, considera-se também a ingestão de medicamentos e
ainda há alguns distúrbios cuja etiologia é considerada desconhecida. Algumas vezes estes distúrbios do
desenvolvimento estão associados a síndromes que envolvem distúrbios cranianos e maxilares, além de problemas
sistêmicos.
Nem todas as anomalias do desenvolvimento são observadas na dentição decídua e na maioria das vezes
ocorrem numa prevalência mínima nesta fase.
_ Os dentes supranumerários, que resultam da geminação continuada do órgão do esmalte do dente antecessor ou
da proliferação excessiva de células ocorrem freqüentemente em crianças e podem ser responsáveis por várias
irregularidades nas dentições decíduas e mistas. Ocorrem na sua maioria na dentição permanente, freqüentemente
localizados na região anterior da maxila (mesiodens). Dentes natais ou neonatais também são considerados
supranumerários quando o exame radiográfico detectar a presença dos incisivos decíduos ainda intra-ósseos.
GEMINAÇÃO, FUSÃO E CONCRESCÊNCIA
_ Geminação - Tentativa de divisão de um germe dentário. Vai depender da extensão da geminação o grau de
clivagem, que quando for total, vai originar um dente supranumerário.
_ Fusão - União de dois germes dentários independentes, que poderão ser decíduos ou permanentes. Limita-se quase
sempre aos dentes anteriores e, assim como a geminação parece seguir uma tendência familiar.
_ Concrescência- Uma forma de fusão produzida após o início da formação radicular.Nessa anomalia , os dentes se
unem apenas pelo cemento e o diagnóstico só é possível por meio radiográfico.
ODONTOMA
_ Tumor odontogênico resultante da proliferação anormal de células do órgão do esmalte. Pode advir também da
geminação continuada do germe dentário decíduo ou permanente, situação na qual acaba por substituir o dente da
série normal.
_ Pode afetar tanto a dentição decídua como a permanente, podendo apresentar diferentes características clínicas. As
alterações estruturais dos dentes limitam-se ao esmalte.
DENTINOGÊNESE IMPERFEITA
_ A estrutura da dentina [e anormal, resultando em dentes de cor acastanhada ou cinza-azulada, e também opaco. Ao
exame radiográfico, o que se observa é a presença de raízes delgadas, câmara pulpar extremamente reduzida ou
ausente. Além de canais radiculares estreitos, que caracterizam o defeito mesodérmico. Os dentes permanentes
parecem ser de melhor qualidade, entretanto continuam frágeis, necessitando de reabilitação protética.
NA APOSIÇÃO
Desenvolvimento deficiente
O desenvolvimento deficiente na etapa de aposição do ciclo vital dos dentes resulta em alterações nas matrizes
de esmalte e dentina. É possível que qualquer transtorno, capaz de lesar os ameloblastos durante a formação do
esmalte detenha a aposição da matriz e produza hipoplasia de esmalte, que poderá ser de natureza congênita,
sistêmica ou local. Já a alteração dentinária é muito rara e ocorre apenas quando de transtornos sistêmicos graves e
prolongados.
_ Hipoplasia de esmalte (redução da quantidade de esmalte formado de um ou mais dentes, normalmente devido a
fatores externos)
_ Dentinodisplasia ou displasia dentinária
NA CALCIFICAÇÃO ou MINERALIZAÇÃO
Desenvolvimento deficiente
_ Amelogênese imperfeita do tipo hipocalcificado – Transmitida hereditariamente pode afetar tanto a dentição decídua
,quanto a permanente e apresenta-se das mais variadas formas clínicas.
_ Dentina interglobular
Desenvolvimento excessivo
_ Esclerose dentinária ou dentina esclerótica. A maior mineralização do dente reduz a condutividade dos
prolongamentos odontoblásticos , além de retardar o avanço das possíveis lesões cariosas, únicos aspectos clínicos a
serem considerados nessa anomalia.
1. INTRODUÇÃO:
O traumatismo dental pode afetar crianças muito pequenas, através dos primeiros esforços para engatinhar,
sentar e nas tentativas de andar e correr. No início a criança se apresenta insegura, falta-lhe experiência e
coordenação, mas gradualmente passa de um estado de total dependência de movimentos, para a independência e
estabilidade sempre acompanhada do entusiasmo infantil. O traumatismo dental pode causar trauma físico, emocional e
psicológico, além de trazer conseqüências tanto para os dentes decíduos como também para os permanentes.
- Freqüência - 16 a 30%
- Sexo - masculino > feminino
- Faixa etária mais atingida - 10 a 24 meses
- Localização mais freqüente - Incisivos superiores
- Número de dentes afetados - mais de um
2.1 ANAMNESE
- História médica resumida
- Anamnese: 3 perguntas importantes: COMO, QUANDO E ONDE ocorreu o trauma?
- Investigar: inconsciência, cefaléia, amnésia, náuseas e vômitos = se houver relato de algum desses fatos encaminhar
ao médico.
- Houve lesão anterior no dente? Ou é a primeira vez que ocorre o trauma?
LACERAÇÃO: ferimento raso ou profundo resultante de dilaceração tecidual, produzido por objeto cortante).
TRATAMENTO:
- Após a limpeza e remoção de corpos estranhos da região lesada, faz-se o reposicionamento do retalho e sutura se
necessário.
- Lacerações menores da gengiva e mucosa não requerem sutura.
A utilização de clorexidina a 0,12% pode auxiliar no reparo tecidual. Na suspeita de alto índice de contaminação, a
profilaxia antitetânica e antibioticoterapia são indicadas.
CONTUSÃO: ferimento produzido por impacto com objeto sem corte, causando hemorragia submucosa – equimose).
ABRASÃO: é a lesão superficial ocasionada por raspagem da mucosa, que deixa uma superfície hemorrágica e
escoriada).
TRATAMENTO:
- O tratamento é sintomático. Gaze embebida em solução anódina, que contém benzocaína (Ex.: Cepacaína®,
Gingilone®) pode ser utilizada para atenuar a dor durante a alimentação.
SUBLUXAÇÃO:
Pequena a moderada intensidade
Rompimento de fibras e pequeno sangramento no sulco gengival ( diferencia de concussão)
Pode ocorrer pequena mobilidade mas sem deslocamento do dente e ligeiro aumento do espaço pericementário no
exame radiográfico
LUXACAO LATERAL:
Rompimento de fibras do ligamento
Mobilidade
Com ou sem deslocamento associado ou não a mobilidade
Com ou sem fratura óssea
Laceração dos tecidos adjacentes
TRATAMENTO:
- Mobilidade – contenção flexível ou semirrígida, com fio de nylon ou aço e resina composta, terço médio das faces
vestibulares, 1 ou 2 dentes de suporte de cada lado por 14 a 21 dias.
- Avaliar reposicionamento
LUXAÇÃO EXTRUSIVA: Deslocamento parcial do dente para fora do alvéolo, pouco comum em dentes decíduos.
Normalmnete apresenta mobilidade. Observar tábua óssea.
TRATAMENTO:
- mesmo dia: reposicionamento com cuidado e contenção
- Ou exodontia
LUXACAO INTRUSIVA: Deslocamento do dente para dentro do alvéolo, com compressão ou fratura do processo
alveolar. Pode estar associado a lesões na mucosa
TRATAMENTO:
- Intrusão no longo eixo ou para vestibular sem fratura da tábua óssea – aguardar início da reerupção espontânea em
15 a 30 dias.
- Intrusão na direção palatina ou para vestibular com fratura da tábua óssea - exodontia
TRINCA DE ESMALTE
FRATURA DE ESMALTE
TRATAMENTO:
- Pulpotomia ou pulpectomia
- Restauração com resina composta, avaliar a necessidade de colocar pino e coroa ou colagem do fragmento dental
FRATURA CORONORADICULAR
- Fratura envolvendo esmalte, dentina e cemento, podendo ou não haver exposição pulpar.
- Fratura complicada – quando envolve exposição pulpar
- Fratura não complicada – quando não envolve exposição pulpar
- Tratamento
- Quando ocorrer próximo a margem gengival deve-se avaliar a possibilidade de tratamento endodôntico bem como a
necessidade de gengivectomia.
- Quando a fratura se estender 4 a 5 mm abaixo da margem gengival, levando a um diagnóstico duvidoso, exodontia é o
tratamento de escolha.
FRATURA RADICULAR
- Pode ser transversal ou longitudinal
- Na fratura radicular do terço cervical, normalmente apresenta mobilidade - exodontia
- Na fratura do terço apical ou médio, pode ser com ou sem mobilidade, e com ou sem deslocamento.
- Longitudinal – exodontia
- Fratura do terço apical ou médio sem mobilidade ou deslocamento pode ser feito o acompanhamento clínico e
radiográfico .
- Caso haja deslocamento e/ou mobilidade, o tratamento consiste na aproximação dos fragmentos, contenção por 21
dias.
FRATURA ALVEOLAR
- Fratura que envolve o processo alveolar.
- Geralmente as fraturas alveolares na criança não se consolidam, por serem fragmentos muito pequenos e o osso
alveolar mais esponjoso.
- Se o fragmento ósseo tiver irrigação sanguínea, ele pode ser mantido, suturando-se a região. Caso o fragmento não
tenha irrigação, deve ser removido, assim como o dente associado. Avaliar a necessidade da prescrição de antibiótico
para evitar infecção.
- Amar as crianças
- Fazer-se gostar pelas crianças
- Gostar de tratar de crianças (vocação)
- Conhecimentos específicos de Odontologia e especificamente de Odontopediatria
- Conhecimentos de Psicologia infantil
- Paciência
- Intuição e bom senso
- Certa capacidade de persuadira e convencer
- Certa expressão da autoridade
- Aptidão para a especialidade
- Capacidade de manter diálogos com a criança
- Tom de voz
APARÊNCIA DO CONSULTÓRIO
A aparência do consultório do Odontopediatra deve ser tranqüila, com cores claras e sem muitos equipamentos à
vista.
É essencial que o consultório seja bem cuidado quanto à limpeza, arrumação, cuidados com as revistas e
brinquedos colocados à disposição da criança. As crianças tem grande senso de observação,e a desordem e a sujeira
podem provocar nelas uma reação negativa.
O MEDO
ETIOLOGIA
Medo objetivo
Oriundo de experiências vividas diretamente pela criança e que provoca emoções desagradáveis ou dolorosas.
Direto- Quando a experiência desagradável sofrida pela criança ocorreu durante um tratamento odontológico.
Medo subjetivo
Medo por sugestão. Medo do “ouviu falar” de experiências desagradáveis vividas por seus pais, amigos, no
consultório odontológico ou especialidades afins.
Método do inquérito ou da anamnese - Uma anamnese bem meticulosa e o contato prévio com os pais são
fundamentais para o sucesso de um bom relacionamento com a criança. É melhor que este contato seja pessoal,
mesmo que por telefone, mas tem que ser feito pelo profissional e não pelo pessoal auxiliar.
Método da observação – Inicia-se com a entrada da criança no consultório. Devemos estar totalmente atentos a todos
os seus gestos, movimentos e apreensões. Analisamos se ela se esconde atrás do responsável numa atitude de
proteção, se não nos encara, por medo ou timidez, ou se está mais ou menos descontraída e à vontade, se conversa
conosco, ou não, respondendo a perguntas. Paulatinamente vamos nos aproximando e ganhando a confiança da
criança. O importante é que essa observa;ao não tem ponto final e é contínua durante todo o tratamento. Obviamente
ela é mais importante nos primeiros contatos.
Método da experimentação – Com esse método conhecemos a criança através da experimentação. Na maioria das
vezes, temos uma determinada forma de conduzir o tratamento. Mas, se a criança não se mostra colaboradora,
podemos substituir essa linha de atenção por outra, favorecendo o relacionamento, o conhecimento, e o andamento dos
trabalhos.
Técnicas farmacológicas
Medicamentos
Sedação pelo uso do óxido nitroso
Anestesia Geral
Técnicas recompensatórias
Promessa de tratamento especial
Caixa de presentes
Serve para aumentar a auto-estima no fim do atendimento e fortalecer a amizade.
TIPOS DE CRIANÇAS
Os diferentes autores de obras sobre Odontopediatria, têm procurado criar classificações a fim de ordenar o
conhecimento das atitudes destas, visando compreendê-las melhor e facilitar o relacionamento. Vamos citar aqui um
dos melhores sistemas de classificação, proposto por Frankl, Shierre e Fogels em 1962. Este tem sido referido como
Escala de Classificação do comportamento de Frankl. Este método a atualmente o mais empregado para avaliar o
comportamento.
Tipo 1: Definitivamente negativo. Rejeição do tratamento, chorando vigorosamente, receoso ou alguma outra evidência
de negativismo extremo
Tipo 2 : Negativo. Relutância em aceitar o tratamento, sem cooperação alguma, evidência de atitude negativa, mas não
pronunciada, isto é, emburrado, retraído.
Tipo 3: Positivo. Aceitação do tratamento às vezes, ao vontade de obedecer ao dentista, às vezes com reservas, mas o
paciente segue as instruções do dentista, cooperativamente.
Tipo 4: Definitivamente Positivo. Boa comunicação com o dentista, interessado nos procedimentos odontológicos, rindo
e apreciando a situação.
- Introdução
Proteção Gengiva
Inserida
Periodonto
Sustentação Papilar
Fatores predisponentes
- Exfoliação e erupção
Fatores modificadores
- Puberdade
- Respiração bucal
Sinais e Sintomas
Fatores Morfológicos
Tratamento:
Identificação dos Grupos de Risco
Controle do Biofilme dentário
Presença de Cálculo
Mineralização da placa
- Menos comum em crianças
Cálculo supragengival
- Correlação negativa com atividade de cárie
Tratamento
- Raspagem radicular
- Polimento
- Aplicação de flúor
- Orientação de higiene
Hiperplasia Gengival
Tratamento
- Cirurgia periodontal quando muito avançada
- Controle de placa rigoroso
Evitar recidiva
- Se possível, eliminar o agente modificador
Tratamento
Controle dos fatores etiológicos
Determinantes
Predisponentes
Modificadores
Periodontite
Inflamação que envolve periodonto de proteção e de sustentação
Periodontite em crianças
Relativamente rara
Perda precoce de dentes decíduos
Manifestação de doenças sistêmicas
Fator etiológico determinante
Placa bacteriana
Fatores modificadores
Manifestação sistêmica associada
Periodontite Agressiva
Sem doença sistêmica detectável
Periodontite de início precoce ou pré-puberal (Periodontite agressiva – AAP)
Generalizada
Mais de 30 % de envolvimento
Início durante ou pouco depois da erupção dos dentes
Inflamação aguda e perda óssea
Formação de bolsas periodontais
Associadas a outras infecções, tais como otites e infecções respiratórias
Presença de placa não compatível com o quadro
Tratamento:
Raro
Não há protocolo clínico eficiente
Doenças gravíssimas – sem tratamento eficaz
Alternativa – exodontias múltiplas – erradicação dos miroorganismos
periodontopatogênicos
Sem sucesso
Localizada
Até 30 % de envolvimento
Não associada a outras infecções
Presença de placa não compatível com o quadro
Inflamação menor
Formação de bolsas periodontais
Tratamento
Periodontites agressivas localizadas
Controle mecânico e
Nenhum problema sistêmico associado
químico adequados
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A estomatologia pediátrica constitui-se num capítulo importante para prevenção, diagnóstico, prognóstico e
tratamento das principais doenças e alterações bucais da infância e adolescência.
Abordaremos as lesões mais ocorrentes na cavidade oral da criança e do adolescente.
Sinal Patognomônico:
Típico de determinada doença
Pródromo:
Preliminar de qualquer doença
Lesões ulcerativas
ÚLCERA TRAUMÁTICA
Complicação anestésica mais comum
Tratamento:Sintomático
LESÃO AUTO-INFRINGIDA
Também chamada de trauma factício
Tratamento:Descontinuação do hábito e acompanhamento de psicólogo
AFTAS
Etiologia : Desconhecida. Teoria envolvem aspectos hereditários, psicossomáticos, infecciosos, hormonais, etc...
Acredita-se que mesmo havendo a interação dos fatores citados, deve existir sempre envolvimento do complexo
imunológico.
Tratamento: Discutível
Corticosteróides tópicos ou Xilodase.
Complexo B e Vitamina C - Diário
RÂNULA
Cisto de retenção de saliva localizado no assoalho bucal
Tratamento: Cirúrgico ou marsupsialização
PÉROLAS DE EPSTEIN
Cistos queratinosos, amarelados, que geralmente se localizam entre o palato mole e duro.
Involução espontânea.Consideradas remanescentes do tecido epitelial
NÓDULOS DE BOHN
Cistos queratinosos, que geralmente se localizam no rebordo alveolar
Involução espontânea.Considerados remanescentes das glândulas mucosas.
Fibromatoses
FIBROMATOSE DILANTÍNICA
Etiologia: Ligada a medicamentos anticonvulsivantes à base de difenil-hidantoína, sendo que o biofilme dental em
conjunto com o medicamento, aumenta a agressividade do processo
Características clínicas: Massa nodular hiperplásica, assintomática, podendo ocorrer em ambas as arcadas, emergindo
a partir da papila gengival interdental de forma generalizada e com consistência firme à palpação.
Tratamento: Gengivectomia e gengivoplastia. Casos de recidiva são normais.
Neoplasias benignas
FIBROMA TRAUMÁTICO
“Tumor” mais comum da mucosa bucal
Etiologia: Na grande maioria dos casos é uma hiperplasia reativa focal do tecido conjuntivo.
Características clínicas: A lesão apresenta-se tipicamente com um crescimento indolor bem delimitado, firme, séssil ou
pediculado, com superfície lisa de epitélio normal.
Tratamento: Remoção cirúrgica
PAPILOMA
Lesão nodular filiforme pediculada de coloração esbranquiçada de superfície opaca e textura áspera.
Ocorre em qualquer área da mucosa bucal, sendo prevalente na mucosa labial.
Etiologia: Normalmente de origem desconhecida, sendo que em alguns casos tem origem viral.
É o único tumor benigno com tendência à malignização.
Tratamento: Remoção cirúrgica, com margem de segurança. Encaminhar ao anatomopatológico.
HEMANGIOMA
Representam uma proliferação benigna de vasos sangüíneos.
(Hamartoma) Mal formação de desenvolvimento
Características clínicas: É uma mancha ou bolha avermelhada clara até o roxo escuro que surge na mucosa bucal lenta
e progressivamente.
Diagnóstico: Clínico através de compressão
Tratamento: Remoção cirúrgica, esclerose física ou química.
LINFANGIOMA
Lesão benigna dos vasos linfáticos
Etiologia: Mal formação de desenvolvimento
Características clínicas: As lesões superficiais se apresentam como nódulos pequenos, macios e elevados que
lembram um aglomerado de pequenas vesículas de coloração normal, amarelo-acinzentadas ou avermelhadas, devido
à hemorragia secundária nos espaços linfáticos.O tamanho varia de alguns milímetros a lesões extremamente grandes.
Diagnóstico: Clínico ou biópsia
Tratamento: Remoção cirúrgica . A recorrência é comum.
Alterações Congênitas
LÍNGUA FISSURADA
Etiologia: Desconhecida
Tratamento: Não há necessidade de tratamento
ANQUILOGlOSSIA
Traduz-se pelo aparecimento de freio lingual curto, inserido muito próximo à ponta da língua.
Tratamento: Dependendo do grau, frenectomia ou fisioterapia ( alongamento).
LÁBIO LEPORINO:
Etiologia: Genética ou teratológica
Pode ou não estar acompanhado de fissuras palatinas.
Tratamento: Cirúrgico com bom prognóstico, principalmente em crianças com pouca idade. O tratamento deve ser
completado multidisciplinarmente, com ortodontistas, fonoaudiólogos, etc.
CANDIDÍASE (MONILÍASE)
Etiologia:
Cândida albicans
Características clínicas:
Presença de placas esbranquiçadas, que são facilmente removidas, provocando sangramento na superfície.
Tratamento: Higiene com bicarbonato de sódio, 3 a 4 vezes por dia +
Nistatina ou Miconazol, Anfoterecina B, (tópicos).
Cetoconazol, Fluconazol (sistêmicos)
SÍFILIS
Doença sexualmente transmissível (treponema Palidum)
Mãe – feto ou parto / Adolescentes
SÍFILIS PRIMÁRIA
Câncro sifilítico - 3 semanas após a inoculação
Língua, lábio, palato e soalho da boca 3 a 8 semanas
SÍFILIS SECUNDÁRIA
Lesões indolores e múltiplas
Toda cavidade bucal
SÍFILIS CONGÊNITA
Estigmas bucais sifilíticos
Incisivos em forma de chave de fenda (I de Hutchinson)
Molares em amora (M.de Moon)
IMPETIGO
Infecção por estrepto-estafilococus ocasionando bolhas com pus e crostas amareladas
Tratamento: Higiene com água oxigenada, pomada de Neomicina, banhos com permanganato de K
Antibioticoterapia
OSTEOMIELITE DE GARRÉ
Ocorre em crianças quase que exclusivamente.
Características clínicas: Aumento ligeiramente eritematoso na pele, pouco consistente à palpação.
Exame intrabucal, dolorido, mostra um molar inferior com lesão de cárie extensa e comprometimento pulpar, com
história de meses de duração.
O exame radiográfico ( técnica oclusal ou de Miller-Winter ) revela um aumento a nivel periostal disposto em camadas
finas de osso reacional, com pequenos intervalos radiotransparentes, lembrando casca de cebola.
Prognóstico: Bom.
Tratamento: Tratamento endodôntico, remoção do dente e/ou seqüestro ósseo
GENGIVOESTOMATITE HERPÉTICA
Infecção primária que ocorre em crianças que nunca tiveram contato com o vírus Herpes Vírus Hominis.
Características clínicas:Mal estar, dor, febre, anorexia.
Úlceras na gengiva e mucosa.
Tratamento: Sintomático
• VASA (violeta genciana + xylestesin + sacarina + água).
• Higiene
• Líquidos gelados.
• Complexo B e vitamina C.
HERPANGINA
Doença viral aguda
Virus Coxsackie
Palato mole, úvula, tonsilas, pilares da fauces, parede faringeana posterior.
Febre, dor de garganta, disfagia, erupçao vesicular e eritema difuso
Tratamento: Sintomático
Alterações Hereditárias
QUERUBISMO
Alteração fibro-óssea benigna dos maxilares
Localização: Mandíbula – menos freqüente na maxila.
Etiologia: Hereditária dominante
Características: Expansão indolor, simétrica bilateral, fácies redondo aspecto de querubins.
Neoplasias Malignas
LINFOMA DE BURKIT
É um tumor maligno que ocorre na boca, conhecido também como linfossarcoma africano.
Etiologia: Essa doença tem características peculiares, como a localização geográfica que passa pela África central e
nordeste do Brasil, cujas condições climáticas são semelhantes, propiciando o desenvolvimento de um mosquito, que
seria o vetor do EB virus encontrao cirúrgico.
Tratamento: Medicamentoso e na maioria das vezes sem sucesso. Quando a lesão é localizada, pode-se tentar o
tratamentQuimioterapia e radioterapia podem usadas para tratar recorrências.
RABDOMIOSSARCOMA
Neoplasia maligna de tecidos moles. É o sarcoma de tecidos moles mais comum em crianças.
Etiologia: Desconhecida, embora tanto fatores genéticas como ambientais pareçam estar envolvidos.
Tratamento: Excisão cirúrgica, geralmente seguida por quimioterapia e radioterapia.
OSTEOSSARCOMA
É o tumor maligno primário de osso mais comum e
Etiologia: Desconhecida
Localização: Fêmur distal, úmerio proximal, tíbia proximal. 3 a 5% nos maxilares.
Raro em crianças, mais freqüentes entre 12 e 18 anos
Características: Dor e aumento de volume no local, abalamento, deslocamento dos dentes e parestesia podem ocorrer.
Recorrência e metástase para pulmões e cérebro, raramente para os linfonodos regionais.
Tratamento: Excisão cirúrgica. Quimioterapia e radioterapia podem usadas para tratar recorrências.
LEUCEMIAS
Grupo de doenças neoplásicas malignas dos tecidos formadores do sangue, caracterizadas por defeitos na maturação e
na proliferação de leucócitos.
Etiologia: Desconhecida, embora tanto fatores genéticas como ambientais pareçam estar envolvidos
Características: Os sintomas precoces são anorexia, irritabilidade, fadiga, empalidecimento, sangramento e febre.
As manifestações bucais são as petéquias eo sangramento, particularmente na gengiva. Leve aumento de volume da
gengiva e ulcerações bucais inespecíficas também podem ocorrer.
Tratamento: Quimioterapia e cuidados de suporte.
O transplante de medula óssea, às vezes se faz necessário.
A Síndrome de Reye é uma doença grave, rapidamente progressiva e muitas vezes fatal, que acomete o cérebro e o
fígado, ocorre em crianças e está relacionada ao uso de salicilatos em conjunto com uma infecção viral.
É caracterizada por um quadro viral, como gripe ou catapora, uso de salicilatos para controle dos sintomas e depois
encefalopatia metabólica progressiva, com edema cerebral e hipertensão intracraniana (com cefaléia, vômitos e
irritabilidade evoluindo para alteração do nível de consciência e coma) e esteatose hepática microvesicular com
insuficiência hepática. Pode evoluir com falência neurológica e hepática seguida de falência de múltiplos órgãos e óbito.
Não há tratamento específico, apenas suporte intensivo.
BIBLIOGRAFIA
Andreasen, JO; Andreasen, FM. Traumatismo Dentário: soluções clínicas. São Paulo:Panamericana,1991.
Cerri.A; Silva,S.S; GenovesiI.W.J. Afecções Estomatológicas em Crianças.In: Guedes Pinto,A.C. Odontopediatria. 7.ed.
São Paulo: Editora Santos. p.357-366.
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Laskaris,G. Atlas colorido de doenças bucais da infância e da adolescência. São Paulo, Livraria Santos editora,
2000.
Shafer, WG; Hine, MK: Levy, BM. Tratado de patologia bucal. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1987.
Walter, FRF; Ferelle, A; Issao, M. Odontologia para bebês. Artes Médicas, 1996.
Waes, HVJM; Stöckli, PW. Atlas colorido de odontopediatria. Porto Alegre: Artmed, 2001.
Assepsia cirúrgica –Recursos que visam reduzir a quantidade de microrganismos que possam contaminar a ferida
cirúrgica, transportados pela equipe, instrumental e pelo próprio ambiente
Anti-sepsia- Uso tópico de substâncias específicas (anti-sépticos), aplicados em tecidos vivos, que diminuem a
quantidade de germes presentes na região anatômica, sede do ato operatório
Desinfetantes– Produzem os mesmos efeitos que os anti-sépticos, porém são usados em objetos
Procedimentos para esterilização de instrumentais de uso odontológico. (Tabela elaborada pelo Ministério da Saúde
do Brasil.)
Comprometimento do dente é tão grande que não existe mais nenhuma possibilidade de mantê-lo na cavidade bucal.
Rarefação óssea presente na região periapical ou interradicular persistente após tentativas de tratamento endodôntico
ou rompimento da cripta do germe do sucessor permanente.
Lesões de cárie que já atingiram bifurcação radicular.
Alveólise.
Raízes fraturadas.
Dentes anquilosados e submersos.
Contra- indicação:
As mesmas de qualquer procedimento cirúrgico
Aplicação da técnica operatória mais adequada à resolução do quadro clínico do paciente. É necessário que haja
o conhecimento de algumas variáveis da técnica para selecionar a mais vantajosa. O profissional necessita de
habilidade psicomotora no uso do instrumental e necessita de amplo conhecimento da anatomia regional.
Fórceps específicos
Elevadores dentais
Odontosecção com instrumentos rotatórios
Osteotomia alveolar
Combinação destas técnicas citadas
Odontosecção - reduzir a resistência à avulsão dentária, para evitar fraturas radiculares durante a exodontia, para
eliminar a impacção de dentes retidos e em raízes com dilaceração. Uma situação que pode ocorrer é quando a
radiografia de um molar decíduo com exodontia indicada mostrar o pré molar sucessor encerrado entre as suas raízes.
Uso de fórceps
Existem fórceps específicos para dentes inferiores e superiores e grupos de dentes determinados.
Luxação:
Movimentos de lateralidade ou pendulares –multirradiculares
Movimentos pendulares ou de rotação – unirradiculares
Contra-indicações:
Constatação radiográfica da possibilidade de lesão do dente permanente justaposto pela movimentação do decíduo e
conseqüentemente das suas raízes.
Quando a porção coronária do dente não for suficiente para receber e transmitir o efeito mecânico do instrumento.
Curetagem e sutura:
Deve-se curetar sempre que, após a exodontia, se constatar a presença intra-alveolar de lesão patológica passível de
ser removida por curetagem. Sempre com muito cuidado para que não haja lesão do germe do permanente.
A maior parte das exodontias em dentes decíduos evolui sem complicações. Analgésicos podem ser prescritos
na posologia adequada e de preferência por via oral.
Os tampões de gaze usados sob pressão têm ação efetiva sobre o mecanismo da auto-hemostasia, promovendo
a formação do esperado coágulo sanguíneo.
Os pais devem ser orientados quanto ao tipo de alimento, líquido e frio, que o paciente deve receber nas
primeiras 24 horas do pós operatório e principalmente devem estar atentos enquanto a criança estiver sob o efeito da
anestesia para que que não ingira nenhum alimento e não machuque os tecidos moles pelo fato de não estar sentindo o
local anestesiado.
CISTOS DE ERUPÇÃO
Na dentição decídua, os cistos de erupção, um tipo de cisto dentígero extra-ósseo, ocorrem quando o dente tem
dificuldade para vencer resistências ao seu irrompimento no arco dentário e permanece co ma face oclusal da sua coroa
recoberta por um capuz de mucosa gengival.
Esta posição favorece a o desenvolvimento de um quadro inflamatório de natureza traumática. O quadro clínico pode se
tornar dolorido e incômodo e não deve ser deixado para uma resolução natural. A terapêutica a ser usada é cirúrgica e
consiste na exérese dos tecidos que se superpõem à face oclusal do dente não irrompido, colocando-o em contato com
o meio bucal.
ULECTOMIA
Cirurgia para remoção do capuz mucoso que recobre os dentes não erupcionados. Indicada quando ocorre fibrose da
gengiva, em geral decorrente de traumas constantes ou do uso de medicamentos.
Em alguns casos é necessária além da ulectomia a remoção de tecido ósseo, expondo a periferia completa da coroa.
ODONTOMAS
Odontoma é um crescimento celular com diferenciação de odontoblastos e ameloblastos, que formam a dentina e o
esmalte. O exame radiográfico pode demonstrar imagens semelhantes a dentículos, envolvidos por uma imagem
radiolúcida, bem delimitada, ou massa amorfa radiopaca, ambas podendo estar associadas a dentes inclusos. O
tratamento é cirúrgico e o prognóstico é bom.
Geralmente é indicada quando o freio anormal restringir os movimentos do lábio, interferir na fala, produzir efeitos
estéticos desfavoráveis, dificultar a escovação, além de causar retração gengival. Algumas vezes a sua remoção pode
favorecer um tratamento ortodôntico para o fechamento de diastema.
FRENECTOMIA LINGUAL
O freio lingual quando curto, altera a fisiologia da mecânica da língua, podendo também acarretar alterações
anatômicas e funcionais em outras estruturas da boca. A forma de tratamento para esse tipo de problema pode ser
conservadora ou cirúrgica. No tratamento conservador são ensinados exercícios apropriados que permitam obter o
alongamento da estrutura do freio lingual.
BIBLIOGRAFIA
MOTTA, L.F.G.; MARTINEZ, J.A.; MIRANDA, I.M.A.D.;GUEDES-PINTO, A.C. In: Reabilitação Bucal em
Odontopediatria. Ed. Santos. 1999 p. 201-227.
GREGORY, C.- Cirurgia em Odontologia. In:GUEDES-PINTO, A.C. Odontopediatria . São Paulo: Ed. Santos, 1997 p.
513- 534.
Selantes
São materiais empregados como coadjuvantes no tratamento da doença cárie em dentes posteriores. Promovem o
vedamento das fossas e fissuras obliterando o habitat preferido dos S. mutans facilitando a autolimpeza.
INDICAÇÕES
CONTRA-INDICAÇÕES
CLASSIFICAÇÃO:
Os selantes são classificados quanto à presença ou ausência de componentes resinosos. Aqueles que apresentam
componentes resinosos apresentam BIS-GMA, conforme descrito a seguir:
• Sem carga – não apresentam carga inorgânica na composição, ou se isto ocorrer é numa proporção muito
pequena, menor que 19%. Devem ser utilizados onde não foi removida estrutura dentária.
• Exemplos de marcas comerciais: Delton (Dentisply) autopolimerizável, Alpha Seal (DFL) auto e
fotopolimerizável.
• Com carga – a carga corresponde a parte inorgânica do material que irá conferir –lhe resistência mecânica. Se
houver exploração (invasão) dos sulcos, esse material é o indicado. Escoamento é menor.
• Exemplos de marcas comerciais: Fluroshield (Caulk/Dentisply) – fotopolimerizável, contém flúor na
composição, branco opaco e matizado); Bisco Sealant (Bisco) fotopolimerizável.
1. Anestesia da região.
2. Isolamento absoluto do campo operatório.
3. Profilaxia com pedra-pomes e água ou jato de bicarbonato (deve-se evitar pastas profiláticas com flúor).
4. Condicionamento ácido (para formação de microporosidades e efeito bactericida)
5. Lavagem e secagem.
6. Aplicação do selante de acordo com o fabricante (aplicador ou sonda exploradora)
7. Teste de retenção do material após polimerização.
8. Controle periódico.
9. Reaplicação se houver necessidade apenas no local onde ocorreu deslocamento. Período crítico nos primeiros 6
meses.(condicionamento ácido e aplica o selante apenas no local do deslocamento).
Deve-se lembrar que se o paciente estiver controlado e dentro dentro de uma filosofia preventiva, não á necessidade de
aplicação de selantes
Os Cimentos de Ionômero de Vidro (CIV) podem ser utilizados como selantes também, podendo ser divididos em CIV
convencionais e CIV modificados por resina
Ex. de marcas comerciais de CIV convencionais: Chelonfil (ESPE), Vidrion F,C ou R (SS. White), Shofu (GC
América), Fuji IX (GC América).
Ex. de marcas comerciais: Vitremer (3M), Fuji II LC (GC América), Fuji Duet (GC América).
INDICAÇÕES:
VANTAGEMS dos selantes com CIV: Liberação de flúor para fossas e fissuras
DESVANTAGEMS dos selantes com CIV:Retenção inferior a dos resinosos, porém apesar da perda do material,
partículas ainda presentes continuam a liberar flúor.
Técnica:
1. Isolamento relativo.
2. Profilaxia.
3. Lavagem.
4. Secagem.
5. Selamento com CIV convencional.
6. Após perda do brilho proteger com verniz cavitário ou vaselina sólida porque o CIV é mais susceptível à água
nas primeiras 24 horas.
7. Se utilizar CIV modificado por resina não há necessidade de proteger o material.
Os CIV “endurecem” por meio de reação ácido base, ou seja, o ácido ataca a base e inicia a reação de presa.
Os CIV modificados por resina possuem a reação original ácido-base complementada por um processo secundário de
polimerização iniciada por exposição a luz. (“Dupla polimerização”)
Aplicações de fluorfosfato acidulado devem ser evitadas tanto sobre restaurações de resina como de CIV pois tornam a
superfície mais áspera.
INDICAÇÃO:
SOLUÇÃO CARIOSTÁTICA
Substância à base de diaminofluoreto de prata (Ag2F(NH2)), que é bactericida, fortalece a estrutura dentária e promove
a paralisação temporária do processo carioso.
A existência dos íons flúor e prata permite que o íon flúor reaja com os componentes minerais do dente a fim de
produzir fluorapatita e fluoreto de cálcio, enquanto a prata reage com os componentes orgânicos, formando
principalmente o proteinato de prata e o fosfato de prata.
VANTAGENS
Tornam o esmalte mais resistente.
Diminuem a produção ácida dos microrganismos na dentina cariada.
Reduzem a população de S. mutans.
Obliteram os canlículos dentinários expostos, estabelecem ação cariostática e impedem a progressão da lesão de cárie.
DESVANTAGENS
Escurecimento – poder de pigmentação alto devido a precipitação da prata.
Quando existir contaminação bacteriana e proximidade à polpa, pode favorecer a necrose pulpar.
Técnica:
1. Profilaxia com com pedra pomes e água.
2. Remoção da dentina amolecida com curetas.
3. Lavagem e secagem.
4. Proteção dos tecidos moles adjacentes com vaselina ou manteiga de cacau.
5. Isolamento da região.
6. Secagem.
7. Aplicação do cariostático com bolinha de algodão umedecida durante 3 minutos nas superfícies desejadas.
8. Lavagem abundante com jato de água.
9. Repetir a aplicação de acordo com o fabricante.
Consiste na eliminação da placa cariogênica da superfície do esmalte e de todas as lesões dentinárias, curetando-se
apenas a camada infectada. As cavidades são seladas com cimento temporário a base de óxido de zinco e eugenol ou
de preferência CIV, pela vantagem da adesão aos tecidos dentários e liberação de flúor.
Além da curetagem e selamento provisório das cavidades, faz parte da adequação do meio bucal a remoção de focos
infecciosos (exodontias e tratamento pulpar).
Segue a adequação do meio a fase restauradora do plano de tratamento.
Importante!
O procedimento de curetagem de tecido cariado e selamento da cavidade na adequação do meio bucal tem
caráter provisório diferentemente do Tratamento Restaurados Atraumático (ART).
Preconizado pela OMS para utilização em países subdesenvolvidos e/ou em desenvolvimento, em dentes decíduos e
permanentes.
CARACTERÍSTICAS
Material preconizado:
CIV
Marcas Comerciais principais: Fuji IX ® ( GC Co.), Chem Flex ® (Dentisply), Ketac Molar ® (ESPE)
- Facilidade de manipulação
- Maior resistência ao desgaste
Técnica:
1.Isolamento relativo
2. Profilaxia
3. Remoção da dentina cariada amolecida, desmineralizada – curetas
Dentina descolorida ou pigmentada, endurecida deve ser mantida
4. Condicionamento da cavidade e das fóssulas e fissuras adjacentes
5. Manipulação do cimento de ionômero de vidro
6. Restauração da cavidade e preenchimento das fóssulas e fissuras
7. Realizar pressão digital com luva vaselinada após perda do brilho
AMÁLGAMA DE PRATA
Reação de presa:
Ligas convencionais: formação de maior quantidade da fase Υ2 – responsável por diminuir a resistência das margens e
a resistência a corrosão.
Ligas com alto teor de cobre: a fase Υ2 não está presente ou é significativamente reduzida (isso acontece porque a
afinidade do cobre pelo estanho é maior do que a do mercúrio pelo estanho).
Classificação
Partículas pequenas Híbridas dentes anteriores e posteriores
Microfinas Híbridas
Extrafinas Micropartículas dentes anteriores
Para minimizar a infiltração marginal deve-se utilizar a técnica da inserção vertical, com incrementos que não
ultrapassem 2 mm, além de fazer uma fotopolimerização intensa com aparelhos aceitáveis.
Resinas fluidas
Resinas do tipo flow (fluidas) são indicadas para restaurações combinadas promovendo escoamento maior e adaptação
na margem cervical das restaurações, minimizando a infiltração e melhorando a resistência mecânica, por apresentar 70
a 75% de carga na composição. Não devem ser indicadas para regiões que recebem cargas oclusais, mas podem ser
indicadas para pequenas lesões de cárie, exploração de sulcos e restaurações combinadas. Também para as abfrações
as resinas do tipo flow são indicadas por contraírem menos e serem mais fluidas.
A substituição das restaurações consome mais tempo, aumenta o custo do tratamento e desgasta mais a estrutura
dentária. Por tudo isso, em condições especiais opta-se pela manutenção das restaurações, podendo-se fazer por meio
de reescultura, selamento “marginal” ou reparo.
É óbvio que essa opção só pode ser aceita e indicada se não houver lesão de cárie que comprometa tal alternativa.
BIBLIOGRAFIA :
BUSSADORI, S.K.;IMPARATO, J.C.P. ;GUEDES-PINTO, A.C. Dentística Odontopediátrica. Ed. Santos. 170p.2000.
INTRODUÇÃO
A importância da manutenção do dente decíduo na boca até a época de sua esfoliação, nos faz levar
tratamentos de decíduos sempre à frente, incluindo tratamentos pulpares. Mesmo com as conhecidas e tão utilizadas
técnicas para prevenção, o número de dentes decíduos que chegam a apresentar lesões de cárie é muito grande, e
devido à sua anatomia os problemas pulpares são mais comuns do que se imagina.
Para que o tratamento seja eficaz, é imprescindível que o diagnóstico seja o mais correto possível, pois de
acordo com o grau de hiperemia da polpa, vitalidade ou não da mesma, é que passaremos para o tratamento correto.
Para auxiliar no diagnóstico, o CD deve se utilizar de sintomatologia, que pode ser muito diferente da dos dentes
permanentes.
Além disso deve se utilizar de exame clínico, radiográfico e da anamnese, além dos sinais clássicos que
acometem os tecidos de suporte com tumefação no local, fístula, etc. O clínico experiente pode até se utilizar do exame
da cárie, sua profundidade, características, etc., para poder ajudar no diagnóstico.
A terapia pulpar em dentes decíduos se faz não só quando temos exposição do tecido conjuntivo.
DIAGNÓSTICO:
DOR normalmente não é um sinal clínico em decíduos. O processo de cárie acelera a reabsorção de dentina,
cemento e polpa, e aumento do forame apical, provocando uma diminuição nas terminações nervosas.
Há uma maior difusão dos gases tóxicos pelo forame que está aumentado, e diminuição da dor pela diminuição das
terminações nervosas.
TESTES TÉRMICOS não são confiáveis devido à alterações morfológicas, a própria dificuldade da criança
responder corretamente, e o fato dos estímulos térmicos serem recebidos pelo periodonto, já que com a reabsorção ele
se aproxima da polpa.
TESTE DE VITALIDADE PULPAR
TESTE ELÉTRICO
NEVE CARBÔNICA
EXAME CLÍNICO Rx, ciclo biológico, padrão de reabsorção, cárie x volume pulpar.
Se inicia na lâmina dentária que se diferencia para formar o dente decíduo, e vai até o período de sua
esfoliação.
Estágio de formação e maturação pulpar célula diferenciada até formação radicular.
O processo de erupção já se inicia mesmo durante a fase de formação da raiz do dente. E quando o dente
erupciona, o ápice da sua raiz ainda não está totalmente fechado, o que irá ocorrer nos próximos 12 meses. Concluímos
que o estágio de formação e maturação de um dente decíduo só termina 12 meses após sua erupção.
O dente em estágio de formação e maturação é um dente fisiologicamente jovem, e que tem grande capacidade
de reparação e recuperação, já que seu metabolismo está muito alto, voltado para o processo de formação. Nesses
casos, é indicado o tratamento mais conservador, visto que a capacidade de recuperação do dente é muito grande.
(grande organização da camada odontoblástica).
Após a rizogênese, há um período de repouso estático.
Com o início da função mastigatória do dente, inicia-se o processo de reabsorção, ou seja, ele começa por volta
de 3 anos antes da esfoliação. Começa o estágio de regressão, que vai do início do processo de reabsorção (fase em
que o dente está fisiologicamente comprometido), passa pelo meio da regressão, e vai até a esfoliação do mesmo.
Nessa fase, o poder de recuperação do dente é menor, por isso, os tratamentos aqui são menos conservadores e mais
invasivos, para garantirmos o sucesso da terapia.
Os mecanismos bioquímicos que favorecem a camada odontoblástica no estágio de formação do dente, são:
Fosfatase ácida, Glicosaminoglicanos aumentados, e Fosfatase alcalina aumentada.
Na metade do processo de reabsorção radicular, há uma zona de camada odontoblástica não tão organizada. A
mudança bioquímica favorece os Odontoclastos, que passam a reabsorver o dente decíduo. Agora a capacidade
reparadora do dente já não existe mais. Nesse estágio, a terapia se torna ainda mais radical. O tecido pulpar recebe um
grande aporte sangüíneo, a atividade metabólica se intensifica para dar continuidade ao processo de rizólise. Agora já
não há mais quase odontoblastos: é o estágio final, de senilidade, onde não há indicação para intervenção pulpar.
(fosfatase ácida).
Indicações:
Condições clínicas, tamanho da exposição, aspecto do tecido e tipo de sangramento serão levados em consideração
para se decidir sobre esse tipo de tratamento, que é conservador.
O capeamento pulpar em dente decíduo tem indicação extremamente restrita, em função do ciclo biológico:
O dente deve ester numa fase onde não haja qualquer indício de reabsorção, sob isolamento absoluto.
A exposição pulpar deve ser micro exposição e deve ser por acidente e não por cárie, o que já diminui a possibilidade
de sucesso do tratamento, devido à inflamação do tecido pulpar contaminado, que gera reabsorção interna.
O sangramento deve ser do tipo vermelho intenso. Cuidado com grande volume de sangramento, que pode ser
indicativo de hiperemia, e se for abundante demais, indica polpa inflamada.
PULPOTOMIA PARCIAL:
Intermediária entre o capeamento pulpar direto, e a pulpotomia. Comprometimento pulpar por contaminação bacteriana,
no início é localizada, podendo ser removida somente no local, aumentando a exposição com broca e curetando
somente superficialmente. Colocar depois o medicamento. Testado primeiramente o formocresol, agora o glutaraldeído.
É difícil quantificar a inflamação da polpa, clinicamente incompatível.
PULPOTOMIA:
É a técnica de remoção da polpa coronária seguida do uso de medicamentos que procuram manter a polpa radicular em
condições de saúde, permitindo que o ciclo biológico do dente se complete naturalmente.
Indicada até 1/3 de reabsorção radicular, depois disso, a indicação é para pulpectomia. Inflamação pulpar limitada à
polpa coronária, é que se caracteriza para indicação desse tratamento. O medicamento fica em contato direto com as
foraminas.
INDICAÇÕES:
• Dentes com lesão de cárie profunda, principalmente quando estas afetam superfícies mesiais dos molares.
• Dentes sem dor espontânea
• Ausência de abscesso ou fístula
• Dentes com pelo menos 2/3 das raízes
• Nenhuma perda óssea inter-radicular
O medicamento que vai sobre a área inter-radicular deve ser o menos tóxico possível, pois devido às foraminas, ele vai
ter ação também sobre o periodonto. Ele também deve ter o menor poder de difusão possível.
MEDICAMENTOS USADOS :
Formocresol diluido Formocresol de Buckley – 1 parte, 1 de água destilada e 3 partes de glicerina
Glutaraldeído tóxico, com baixo poder de difusão e instável
Ca (OH)2 baixa difusão, biológico, extremamente alcalino, numa inflamação intensa provoca reabsorção interna
Pastas iodoformadas Guedes-Pinto, ou as com Ca (OH)2 Vitapex
Pastas com alta concentração de iodo
Sulfato Férrico
A glicerina (triidroxipirano), obtida por saponificação de gorduras tem ampla utilização como solvente, conservante e
edulcorante em várias fórmulas de medicamentos.
Na fórmula ,além de ser veículo, atenua o poder irritante do formol.
Pulpotomia eletrocirúrgica
Pulpotomia com laser de alta potência
Pulpotomia seguida de aplicação de laser de baixa potência
Indicação:
Dentes que durante uma pulpotomia continuem com sangramento abundante e vermelho escuro
Nos casos em que na técnica do formocresol não haja fixação da polpa
Na inflamação irreversível da polpa
Dentes anteriores com grande destruição, onde a restauração precise ir desde a câmara pulpar para maior retenção da
restauração
Presença de fístula
Lesão interadicular na análise radiográfica
Características anatômicas - é uma limitação quando há reabsorção ectópica (ocorre muito em dentes anteriores. A
raiz reabsorva só na parte palatina)
Radiográficamente não se observa essa reabsorção ectópica, que produz sangramento abundante, dando a idéia
errada do ciclo biológico.
Ciclo biológico válido para dentes bi ou triradiculares. As raízes na maioria das vezes não se reabsorvem de maneira
uniforme. O germe do permanente ligeiramente deslocado leva à uma reabsorção desuniforme das raízes do decíduo.
Manipulação dos canais radiculares: devido à reabsorção das raízes, a odontometria não é feita igualmente à feita em
dentes permanentes. Aqui ela é meio empírica.
Devido à presença de canais recorrentes, associa-se a instrumentação mecânica, com a parte química, que é feita pelo
Endo PTC.
OBS: Dependendo do ciclo biológico a indicação é extração.Pode haver lesão na área interadicular sem haver fístula
Se houver fístula, há lesão interadicular.
TÉCNICA:
Anestesiar sempre mesmo que haja fístula, pois pode haver algum remanescente de polpa viva.
Remover todo o tecido cariado
Expor a entrada dos condutos
CONDUTOMETRIA:
INSTRUMENTAÇÃO:
Usamos em média 3 limas. Raramente se usa uma lima mais calibrosa que a 30 devido ao risco de expor contato com
periodonto, principalmente se houver fístula, quando haverá reabsorção interna e principalmente externa.
O ideal é que na instrumentação não se utilize a mesma lima para canais diferentes. O tempo médio de instrumentação
é de 5 minutos para cada canal, com três limas.
Irrigação e aspiração para remoção dos indutos e detritos
Endo-ptc ® (peróxido de uréia 10%,Twen 80(15%),e Carbowax veículo (75%)
Líquido de Dakin (hipoclorito de sódio a 0,5%) ( gotejar sobre o Endo-ptc)
Irrigação final com Tergentol-furacin (detergente 200ml e Oto-solução 15 ml )
Secagem dos canais com cones absorventes ou algodão em limas. Devido à dinâmica do fluido ser muito grande
(forame grande), na região apical não ocorre secagem total, podendo haver umidade ou resquícios de sangue na ponta
do cone.
Como não encontramos todos as propriedades requeridas em um só medicamentos, usamos uma associação de
fármacos.
Álcalis:
Líquido de Dakin ( resíduos de hipoclorito de sódio a 0,5% tamponado com bicarbonato de sódio):
Agem sobre as albuminas, desnaturando-as e tornando-as solúveis em água.(restos de polpa, microrganismos e
alimentos.
Saponificam as gorduras, dando origem aos sabões, cuja remoção do canal radicular é extremamente fácil
Liberam oxigênio nascente e cloro ao entrar em contato com produtos orgânicos em decomposição, que tem poderes
bactericidas.
Atuam sobre os elementos vivos- efeito bactericida
Detergentes:
OBTURAÇÃO: Pasta Guedes – Pinto feita com partes iguais dos três componentes. Para pulpotomia, a pasta é mais
densa que para pulpectomia, que é mais fluida.
Vedamento da câmara coronária com fina camada de guta-percha
Restauração final
PASTAS OBTURADORAS:
Requisitos:
DENTES ANTERIORES:
O refluxo da pasta Guedes provoca manchamento dos dentes. Limpeza da câmara pulpar coronária com álcool. Ou
antes da obturação fazer condicionamento ácido da região, e aplicar selante na tentetiva de obliterar os canalículos.
Obturar em sessão única, mesmo em caso de fístula, pois não há restrições, somente o tempo pois a criança se cansa.
Medicação : somente em casos específicos em que a criança tenha alguma alteração sistêmica.
Quando temos fístula, é normal que a pasta extravase.
A pasta Guedes só reabsorve quando entra em contato com o tecido conjuntivo, portanto há uma assepsia constante
pelo iodo.
FÍSTULAS:
Reduz em tempos variáveis, conforme a quantidade de reabsorção óssea. A neoformação óssea se dá em 30 a 45 dias.
Após esse tempo, se a fístula regredir, mas não desaparecer, podemos deixar assim. Quando temos recidiva de fístula,
pode ser por causa do periodonto ou rompimento de cripta que não apareceu na radiografia inicial, mas que ocorreu
pois a reabsorção continuou.
O dente tratado endodônticamente terá reabsorção muito semelhante à dos outros, podendo haver esfoliação precoce
com irrompimento precoce do permanente, como consequência de lesão óssea.
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M.S.N.P. Odontopediatria na primeira infância. São Paulo: Ed. Santos, 1998 p.473-495.
Os dentes decíduos começam a irromper na cavidade bucal aproximadamente aos 6 meses (incisivos centrais
inferiores) de idade e terminam por volta dos 2 anso e meio a três anos (segundos molares superiores).
Seqüência Eruptiva :ICI, ICS, ILI, ILS, 1°MI, 1°MS, CI, CS, 2°MI, 2° MS
Formação completa de raiz entre 6 meses a 1 ano após erupção.
Ausência da curva de Spee e Wilson (devido à implantação vertical dos dentes decíduos no rebordo).
Prevalência
Maxila: 70% tipo I e 30% tipo II
Mandíbula: 63% tipo I e 37% tipo II
Espaço Primata
Superior: diastema entre lateral e canino
Inferior: diastema entre canino e 1° molar
Relação Terminal
Plano reto ou Topo (76%)
Degrau mesial (14%)
Degrau distal (10%)
Sobremordida
entre 0 a 3 mm
profunda antes da erupção dos 1° molares decíduos (NORMAL)
Sobressaliência
entre 0 a 3 mm
Perda precoce de dente decíduo quando o permanente sucessor está antes do estágio 6 de Nolla: Atraso na
erupção do permanente sucessor.
Perda precoce de dente decíduo quando o permanente sucessor está após o estágio 6 de Nolla: Aceleração
na erupção do permanente sucessor.
Perda precoce de dente decíduo quando o permanente sucessor está no estágio 8 de Nolla ou após: Não há
necessidade de instalação de mantenedor de espaço.
Seqüência eruptiva: 1° MI, 1° MS, ICI, ILI, ICS, ILS, CI, 1° PMI, 1° PMS, 2° PMI, 2° PMS, CS, 2° MI, 2° MS
Discrepância de tamanho entre a soma do distância mesio-distal dos caninos e molares decíduos e dos caninos e pré-
molares permanentes.
Arco superior: decíduos 0.9 mm maiores (de cada hemi-arco).
0,9 mm
1,7 mm
Com o crescimento, as raízes podem assumir uma posição vertical. Os caninos superiores movem-se para baixo, para
frente e lateralmente. A erupção dos caninos promove o fechamento dos diastemas.
Conceito: Ausência de contato entre as bordas incisais dos incisivos superiores e inferiores (trespasse vertical negativo).
Conceito: perda do dente decíduo antes que o permanente sucessor esteja no estágio 8 de Nolla (2/3 de raiz formada).
O início da dentição mista representa uma fase dinâmica do desenvolvimento da oclusão A erupção dos primeiros
molares permanentes, a substituição dos I decíduos pelos permanentes determinam o que se batizou de :
APINHAMENTO PRIMÁRIO- Apinhamento primário refere-se a toda irregularidade presente na disposição dos incisivos
permanentes como rotação e /ou deslocamento V-L devido à discrepância dente X osso negativa.
Pode perpetuar-se até a dentadura permanente madura. 50% das crianças manifestam apinhamento primário nesta
fase, o que se constitui em tema de alto interesse para Odontopediatras e Ortodontistas.
Não existe consenso nessa fase quanto ao tratamento e a época ideal de fazê-lo.
Diagnóstico - essencialmente clínico
Há que se ter uma visão preditiva do futuro. Como os incisivos se comportarão ao longo do desenvolvimento da
oclusão?
O apinhamento temporário faz parte do desenvolvimento normal da oclusão e ocorre com muita freqüência,
visto que a soma dos diâmetros M-D dos IP é > que o de seus predecessores D, havendo uma diferença média de 7
mm no arco superior e 6 mm no inferior.
O espaço requerido para o alinhamento dos incisivos nem sempre vai estar disponível prontamente.
Distância intercaninos
Estudo longitudinal de Moorrees (1958) ,abrangendo a faixa etária de 3 a 18 anos, mostra um aumento médio da
distância entre caninos superiores de 5 mm e inferiores de 3mm, aumento este que coincide com a época da erupção
dos incisivos permanentes.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• Perda precoce de dentes decíduos
• Lesões de cárie proximais resultando em perda de espaço
• Presença de supranumerários
ABORDAGEM TERAPÊUTICA:
APINHAMENTO AMBIENTAL- O tratamento é a mecânica expansionista que pretende a regularização dos arcos.
EXTRAÇÃO SERIADA
DEFINIÇÃO
Extrações dentárias em série ou sucessivas com finalidade ortodôntica. Na prática compreende a redução eletiva da
massa dentária a partir do início da dentição mista, seguindo uma seqüência estratégica pré determinada, em época
oportuna, almejando o alinhamento imediato, de preferência espontâneo, dos dentes permanentes remanescentes.
OBJETIVO
A terapia das extrações seriadas como tratamento interceptativo é realizada na dentição mista com o propósito de
minimizar ou impedir o agravamento de uma má oclusão na dentição permanente.(CONDE 2003)
A tônica da extração seriada está em corrigir a discrepância de modelo com redução da massa dentária em estágios
precoces, visando o bem estar social de pacientes e pais, bem como a redução do custo biológico normalmente
induzido por um tratamento ortodôntico corretivo.
EXAME CLÍNICO
A supervisão do desenvolvimento normal da oclusão encontra-se subordinada à uma lei biológica irrefutável:
Cada dente na época de sua erupção, deve ter à sua disposição um corredor de erupção que oriente e permita que ele
irrompa na sua posição adequada
DISCREPÂNCIA DENTO-ALVEOLAR
Diferença negativa entre a quantidade de material dentário e quantidade de osso alveolar, que resulta em má posição
na distribuição desses dentes nas arcadas, provocando apinhamentos, giroversões e até mesmo retenção dos mesmos.
MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO
Exame clínico
Modelos de estudo – análise de Moyers
Exames radiográficos
Fotografias
ANÁLISE DE MODELOS
Discrepâncias> que -4 mm podem ser resolvidas sem extração(exceto p/ 3os M)
Discrepâncias na média de -5 a -9mm às vezes são melhor tratadas sem extração, mas freqüente requerem extração
de outros dentes que não os 3os molares
Referências Bibliográficas
CARIOLOGIA - ODONTOPEDIATRIA
Definições:
1. “A cárie dental é reconhecida como uma doença infectocontagiosa, resultado de uma perda mineral
localizada,cuja causa são os ácidos orgânicos provenientes da fermentação microbiana dos carboidratos da dieta.”
(Loesche, 1993)
2. “A cárie dentária pode ser descrita como um processo dinâmico, que ocorre nos depósitos bacterianos,
resultando em alteração no equilíbrio entre a superfície dentária e o fluído da placa, o que , com o passar do tempo, leva
à perda mineral.” ( Thylstrup, Fejerskov, 2001)
3. “A cárie é uma doença transmissível e infecciosa que ataca os dentes resultando na destruição localizada dos
tecidos dentários.”(Carvalho,2000)
“No contexto da promoção de saúde essa visão da cárie como doença faz com que o material e a técnica restauradora
passem de protagonistas a coadjuvantes no controle dessa patologia bucal” (Kramer et al.,2000).
Fatores etiológicos:
Microrganismos
Espécies Açúcar
microbianas (Remoção)
Atitudes Tempo Renda
Dieta Capacidade
Composição tampão
Depósito Dente
Freqüência microbiano
Saliva
(Composição) Classe
Escolaridade
social
1. MICROBIOTA:
Virulência
Propriedades acidogênicas
Propriedades acidúricas
Capacidade de colonizar os dentes
Armazenamento do açúcar excedente
S. mutans:
Lactobacilos:
2. SUBSTRATO:
Composição do alimento
Propriedades físicas
Quantidade
Freqüência de ingestão
Dente:
Tipos de dente
Morfologia dos dentes
Posição dos dentes no arco
Tempo do dente na boca
Proximidade das glândulas salivares
Saliva:
4. TEMPO:
Curto : RE
Longo: DES
Fatores modificadores: Atuam na etiologia da cárie aumentando ou diminuindo a defesa do hospedeiro e/ou o pot.
Cariog. Do substrato, ou ainda, alterando a microflora (Sant’anna et al., 2001)
Formação da cárie:
1 SEMANA pH<5,5 - Dissolução microscópica na periferia dos cristais de hidroxiapatita - aumento da POROSIDADE do
esmalte - “Abrir caminhos” para propagação de ácidos nas áreas mais internas do esmalte - ESPAÇOS
INTERCRISTALINOS AUMENTADOS – maior POROSIDADE do esmalte
(14 dias de acúmulo de biofilme) - Alteração visível clinicamente (MB).
Superfícies Oclusais
Superfícies Lisas – livres e proximais
3. Atividade:
Ativas
Inativas
Zona superficial
Corpo da lesão
Reações de defesa:
1. Zona infectada:
2. Zona Afetada:
Exame visual
Exame tátil-visual
Exame radiográfico
Laser DIAGNOdent
Diagnóstico da doença:
1. Superfícies oclusais
Métodos tradicionais:
Sonda exploratória:
Danos à superfície da lesão de cárie
Transmissão de microrganismos entre os sítios examinados
Precisão baixa
Inspeção visual:
Abordagem da doença:
Observação dos:
1.Desenvolvimento somático – motricidade, fala
2. Desenvolvimento emocional – comportamentos sociais, adaptações, personalidade
Qualidades básicas do profissional: aparência, habilidade, rapidez, conhecimentos técnicos, segurança, cuidados
com instrumentais, paciência, bom senso e diálogo – Bom atendimento
Preparo da criança para ir ao dentista: realidade, não abordar assuntos sem que a criança pergunte, frases curtas
Presença da mãe na sala de consulta: dependência de diversos fatores como idade por exemplo.
Abordagem do paciente: postura tranqüila, contato físico sem exageros, convite para entrar.
Diálogo:
• Desenvolvimento cronológico e cognitivo
• Evitar silêncio prolongado
• Evitar situações que possam ter conotação negativa
Ambiente do consultório:
• Limpeza
• Evitar revistas rasgadas e brinquedos sujos e quebrados
• Menor no possível de equipamentos à amostra
• Cores claras
• Local tranqüilo, de fácil acesso e com estacionamento
• Decoração simples
• Sala de espera infantil – jogos, painel, revistas
Sala de espera:
Material para os responsáveis –revistas de interesse geral, folhetos explicativos – distração e educação
Brinquedos educativos – específicos ou não – referência a situação odontológica para possível exteriorização de
temores
3. Recompensa: Pequeno valor, comportamento satisfatório, sempre após a consulta, valor de premiação, estímulo para
que a criança vá ao consultório. (OBS: evitar suborno)
4. Técnica FALAR-MOSTRAR-FAZER:
• Explicação detalhada sobre tudo o que será feito
• Realização do procedimento na mão da criança, mão ou boca da mãe ou ainda em bonecos
• Realização do procedimento propriamente dito
7. Sugestões ou modelos:
• Modelo em condições semelhantes – mesma idade e sexo
• Procedimentos simples
• Uso de vídeos
• Alguns casos com a mãe servindo de modelo
8. Sedação
Bibliografia sugerida:
1. Odontopediatria – Antonio Carlos Guedes-Pinto. Ed. Santos.
a
2. Odontopediatria na 1 Infância – Maria Salete Nahás Corrêa. Ed. Santos.
3. Psicologia Odontopediátrica - Denise Ascenção Klatchoian. Ed. Santos.
4. Sucesso no atendimento odontopediátrico – aspectos psicológicos - Maria Salete Nahás Corrêa. Ed. Santos.