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A rotina diária de trabalho, de seis a oito horas falando sem parar, pode causar
problemas que precisam ser levados em consideração, como calos nas cordas vocais,
perda da intensidade da voz, rouquidão, ensurdecimento, cansaço e fadiga, etc.
Além desses, o estresse emocional, causado pelas falhas na voz que prejudicam o
rendimento do professor, também é considerado um fator agravante do problema. A
pressão em ter que falar, em ter que dar conta do trabalho leva o profissional a ter outros
problemas, de ordem psicossomática.
Esses problemas são de fácil solução, desde que as escolas estejam abertas a investir na
saúde dos profissionais. A aquisição de quadros brancos e canetas próprias acabam com
o problema do giz; salas menores proporcionam uma acústica melhor; a instalação de
sistema de som para o uso de microfones, em salas maiores; fazer pausas para a voz e
aumentar a ingestão de líquidos podem ser boas tentativas de melhorar a saúde dos
profissionais. Além disso, a escola garantirá que não sofrerá perdas com indenizações
futuras.
Esses profissionais devem estar ligados nesses problemas, evitando que ao longo do
exercício da profissão surjam as chamadas disfonias, ou problemas da voz.
Muitas vezes, os professores, sem saber como lidar com esses “danadinhos”, perdem o
controle da situação e os retiram da sala. Porém, essa não é a forma mais adequada de
lidar com o problema, pois o mesmo não está sendo resolvido, mas apenas adiado. É
preciso entender o porquê daquelas ações, pois por detrás das mesmas existem motivos
obscuros, que muitas vezes não estão no controle da escola, precisando alertar a família
sobre seu papel, suas responsabilidades.
Pelo lado da escola, e não somente do professor, podem-se considerar vários fatores. Se
a mesma está ou não adaptada aos novos modelos de educação (sociointeracionismo e
construtivismo), ou se ainda trabalha com uma postura rígida e autoritária; se as
carteiras ainda estão dispostas em filas, ou se o grupo se senta em roda, podendo se
comunicar olhando nos olhos; se as metodologias e os conteúdos estão adequados para a
faixa etária das turmas; se os planejamentos são elaborados pensando nos valores e
princípios a serem desenvolvidos, ou se somente como somatória de conteúdos; se são
propostas pesquisas e discussões abertas para o processo de aprendizagem ou se o
professor ainda é o detentor do saber; etc.
É preciso considerar que a escola é o lugar da educação formal e que os alunos estão ali
para se ajustarem às necessidades sociais, às regras de boa convivência, de respeito aos
limites, pois a sociedade é movida dessa forma. Temos que respeitar leis e todas elas se
referem ao âmbito comportamental, ou seja, não dá para fugir dessas questões que terão
que ser apreendidas cedo ou tarde.
É importante considerar que o aluno “problema” é o que mais precisa dos princípios de
educação. Ele deve aprender a conviver com o grupo, aprender a respeitar o direito dos
outros, mas também deve ser valorizado dentro de suas potencialidades, pois elas
existem, basta que escola e família enxerguem.
E buscando o eixo da família, essa deve estar integrada aos problemas que aparecem
com os alunos. Muitas vezes a escola omite problemas e os pais tomam conhecimento
de uma situação quando ela já excedeu todos os limites. Um trabalho em conjunto, entre
família e escola, é o que irá ajudar o estudante a mudar sua visão em relação à escola,
aos estudos, a construir uma boa carreira profissional, a se preparar para o futuro.
Muitas vezes a bagunça aparece porque o mesmo está se sentindo sozinho, abandonado,
sem apoio, carente, tendo que buscar outros recursos para chamar a atenção, para se
destacar em um grupo que tem outros valores. E isso aparece de forma negativa, através
das agressões.
TURMAS INDISCIPLINADAS
O sino do “bendito” intervalo soou mais uma vez aos ouvidos dos alunos e
professores. Se reproduzissem o som dos pensamentos de todos, seria um grito
aliviador: finalmente! Os estudantes vão para o pátio e os professores para a sala
reservada, onde tudo começa! As reclamações sobre indisciplina não são mais
comuns, são rotineiras. Os educadores sentam e desabafam mutuamente: fazem
observações desalentadoras sobre o aluno que fala o tempo todo, do que acha que
a combinação mesa e cadeira é a própria cama, do que só faz palhaçada, do que ri
o tempo inteiro, do que finge que está lendo, do que joga papel, do que esqueceu
o livro de novo, dentre muitos outros estereótipos!
E o sino bate para a temida volta à sala! Mais uma vez, se fosse possível ouvir os
pensamentos, poderíamos escutar coisas do tipo: Ah, não...., Já bateu o sino?, Ai,
eu quero embora..., Agora é aquela aula chata..., Não aguento mais tanto barulho,
Se não tem outro jeito...., Agora tenho que ir para aquela turma bagunçada, e
outros mais.
Como vencer isso? Não há uma fórmula, mas é muito provável que se a
indisciplina na sala pretende ficar até o final do ano, medidas precisam ser
tomadas pela direção, pela coordenação, mas principalmente, pelo professor, pois
ele é a autoridade em sala de aula.
E mais um ponto fundamental: a turma segue os exemplos que nós damos, então,
devemos medir cada ação tomada, a qual não pode ser bruta demais (Saia da
sala!), nem temperamental ao extremo (Tudo bem, mas não faça mais isso!).
3. Procure conhecer seu aluno, pergunte os professores como eles são nas outras
aulas, procure o coordenador e/ou o diretor para conversar (se houver abertura).
Investigue superficialmente a turma! Se já a conhecer, sempre que entrar um
novato o receba bem e o observe em sala, ajude no que for necessário!
7. Nunca grite ou aumente o tom de voz, pois para que haja comunicação é
necessário que um ouça e o outro fale. E com gritos isso não é possível! Se o
aluno se exaltar, fique calado e espere que ele termine de falar. Não o encare,
nem o enfrente. Espere! Quando ele terminar de falar, se achar melhor
argumente, se não, tome uma atitude e mantenha-se firme! Mas comunique-o do
que está fazendo: Estou o encaminhando à direção por ter me desrespeitado ou
algo semelhante. Em último caso, retire o aluno da sala, mas se o fizer, o
acompanhe até a coordenação e explique os motivos! Solicite a um aluno de
confiança que supervisione a sala e deixe uma atividade do livro. Quando chegar
em sala não comente nada perto dos colegas, caso seja indagado, simplesmente
diga: assunto resolvido, vamos retomar a aula!
10. Por fim, enfatize as melhoras da turma, mas sempre deixe claro o que ainda
precisa ser melhorado! E tenha em mente que o exemplo que o professor dá em
relação à conduta de alguém é o que o aluno vai seguir durante as aulas!
Uma forma de evitar que esta cena se repita é a escola preparar atividades que
possam ser realizadas nesse horário.
As pessoas que possuem a Iniciativa têm muitas ideias, são criativos, mas não chegam a
por em prática os seus planejamentos, pois abominam a rotina necessária para isso. Os
Acabativos são aqueles que gostam de ver seus projetos sendo executados, se apressam
para ver o serviço terminado e não se importam com esforço diário para que isso
aconteça, mas são apressados e se apegam mais aos detalhes que à teoria e por isso
podem errar.
Parece estranha essa concepção, mas ela se aplica perfeitamente aos diferentes
tipos de professores: aqueles donos das ideias magníficas das reuniões, mas não
são capazes de pô-las em prática (iniciativos). Aqueles que não se fixam em
nenhum projeto, mas são ágeis e infelizmente acabam não fazendo um trabalho
bem feito por falta de planejamento e ideias criativas (acabativos). Por sua vez, o
Empreendedor é a personalidade que todos sonhavam ter e que pertence à
minoria.
PROFESSOR: O ESTRESSE DA PROFISSÃO
Sabemos que ser professor não é uma profissão fácil. Além das exigências que a
própria profissão exige, este deve ter muito trato com pais, alunos e outros
profissionais do ambiente escolar em que vive.
As responsabilidades são muitas, visto que deve ser organizado, preparar bem os
planejamentos de aula, preencher os diários das aulas com os conteúdos
abordados em cada dia e sob a tensão de não poder rasurá-los, participar de
reuniões de pais, de reuniões internas e de grupos de estudo para manter-se
atualizado e em constante formação.
Leva muito trabalho para fazer em casa, como elaborar provas, trabalhos,
projetos articulando os conteúdos da grade curricular obrigatória, adequando-os
aos temas transversais, etc.
Mas lidar com vários tipos de pessoas também é tarefa desgastante. Nem sempre
as coisas acontecem como gostaríamos que fosse e o estresse nas relações
pessoais é quase impossível de não aparecer. O professor tem que ter jogo de
cintura para conviver com atitudes de terceiros, como mau humor, agressividade,
reclamações, grosserias, interrupções das aulas, alunos agitados e inquietos,
atividades que não saem como foram planejadas, levando-o a sentir-se frustrado
e impotente.
Nessa luta constante ainda vemos que os professores convivem com o pouco
reconhecimento de seu valor profissional, recebendo baixos salários, muitas
vezes necessitam ter dois ou três empregos para conseguir manter-se
financeiramente.
Com uma carga de trabalho muito puxada, ao chegar em casa tem ainda que lidar
com a família, filhos, cônjuges, e as obrigações referentes aos mesmos. Será que
sobra pique e dinheiro para a diversão?
É preciso pensar e planejar-se para isso, pois com tanta carga e o excesso de
trabalho pode chegar a sofrer de depressão.
Na verdade, o professor deve tentar ser o mais prático possível, para organizar
seu tempo, sua vida, de forma que não fique tão sobrecarregado. Deve evitar se
ater a pequenos detalhes, tentar ser o mais dinâmico possível e aproveitar todos
os momentos livres enquanto estiver na escola, para adiantar e organizar melhor
seu trabalho, evitando levá-los para casa. Deixe que fiquem apenas os que não
têm mesmo jeito de fazer na escola.
Os hospitais podem também ser uma rica fonte de informações sobre o corpo
humano, tratando assuntos que muitas vezes não são abordados em sala,
principalmente assuntos relacionados à gravidez, órgãos reprodutores, higiene
pessoal, doenças, entre outras.
Integrações como essas podem alcançar objetivos satisfatórios, além de
desenvolver a sociabilidade e o interesse acerca de determinados temas.
O PROFESSOR E SUA COMPETÊNCIA PROFISSIONAL
Muitos professores não têm exercido seu papel de forma ideal, demonstrando
intransigência e ignorância na função de educar, sendo que em alguns casos são
capazes até mesmo de cometer atitudes extremamente condenáveis no papel de
educador.
Estatísticas atestam que uma das causas da evasão escolar é a violência, muitas vezes
doméstica. Por isso, cabe ao educador estar atento aos primeiros sinais de maus-tratos,
sobretudo aqueles físicos (tais como hematomas) e psicológicos (sintomas de depressão
e agressividade). Como providência primeira, uma conversa com o educando se torna
altamente eficaz; em seguida, o contato com a família, com o propósito de buscar
respostas para a realidade em questão. Contudo, pode ser que, quando convocados, os
parentes resolvam não atender a tal chamado. Assim, faz-se necessária uma visita do
diretor à residência do aluno, imbuído do mesmo propósito.
Outro caso pode estar relacionado à dependência química, manifestada pelo uso
de drogas e o consumo de álcool. Diante de tal circunstância, a prevenção
representa o ponto de partida, muitas vezes materializada por campanhas,
palestras, seminários, debates, vídeos educativos, dentre outros recursos.
Sequencialmente, uma força-tarefa, realizada de forma conjunta, pode entrar em
ação, pois professores e funcionários da escola têm o dever de comunicar tal
ocorrência à direção da escola, para que, assim, o gestor possa colocar a família a
par de toda a situação. Se apesar de todos os esforços a situação não for
contornada, tornam-se necessárias providências mais específicas, tais como a
busca pelo tratamento, a qual pode ser intermediada pelo Conselho Tutelar.
Não raro, outra manifestação se concretiza pelo porte ilegal de armas (são
inúmeras as situações em que alunos são pegos portando canivetes, facas e armas
de fogo dentro da escola). O primeiro passo é contar com a ajuda da coordenação
e da direção no sentido de contornar o problema. Quando isso não resolve, deve-
se acionar o Conselho Tutelar e a Polícia Militar, pois somente esse último órgão
possui preparo específico para desarmar alguém. Cabe aqui ressaltar que o
Conselho representa um órgão municipal que tem por objetivo zelar pelos
menores de idade em casos de omissão dos próprios pais. A ele não é atribuído o
poder judicial, tampouco corretivo, uma vez que a competência se manifesta pela
orientação e acompanhamento de que necessitam os menores em situação de
risco.
LAÇOS AFETIVOS
Muitas vezes, a criança chega à escola sem essa aprendizagem, pois são privadas
do contato com pequenas frustrações, onde seus pais fazem tudo o que elas
querem freqüentemente, esquecendo-se dos limites.
Um cartaz de regras pode ser uma boa opção para as crianças perceberem os
limites que devem ser respeitados na sala de aula. Através de uma roda de
conversa, a professora discute com o grupo sobre pequenos incidentes ocorridos
no cotidiano escolar, como puxar os cabelos, morder, bater, empurrar, tomar o
brinquedo, tomar o objeto, pegar o lanche, tudo em relação ao seu próprio
comportamento diante do outro.
Ou seja, hoje é obrigação das escolas da rede pública incluir o aluno portador de
deficiência em uma sala de ensino regular. A inclusão é um princípio que causou
muitas polêmicas: Como um aluno que possui algum tipo de deficiência poderá
acompanhar os demais? Como o professor irá lidar com o incluso se não possui
experiências, tampouco formação?
Apesar de tantas dúvidas que ainda assolam o universo educacional, temos certeza de
uma coisa: o aluno dever ser incluso. O educador sabe que aquela criança vai exigir dele
maior preparo, cuidado e maior atenção no ensino e pensa: se fosse para cuidar de um
só não haveria problema, mas como educá-lo de uma maneira correta com mais trinta,
quarenta em sala? Alguns docentes se revoltam em pensar que não poderão educar
aquela criança da maneira devida e não há nada que eles possam fazer a esse respeito.
Contudo, como educadores, temos que trabalhar a mente e o coração a respeito
desse fato, ao invés de continuar questionando as autoridades que tomaram tal
decisão. E nos atentar para o que de fato possa promover maior integração entre
os alunos e aproveitar a situação para trabalhar certos princípios educacionais,
como o preconceito, a tolerância, o respeito, as diferenças, o companheirismo.
INDISCIPLINA
De maternal ao nível universitário, que professor nunca teve que lidar com
situações de indisciplina na sala de aula?
Pois bem, essa atitude que incomoda a tantos nem sempre é considerada como
um problema que a criança ou o jovem pode estar passando, uma fase difícil ou
mesmo algum motivo para chamar a atenção.
O normal é lidarmos com a situação pedindo que o aluno se retire da sala, numa
atitude nada cortês.
Uma boa saída para lidar com isso é montar um projeto com outra turma, a fim
de inserir sujeitos que não façam parte do cotidiano da turma, mas possibilitando
a troca de experiências, momentos que fujam dos conteúdos escolares, mas que
sejam trabalhados valores morais e éticos.
Esses momentos podem acontecer uma vez por semana, mas sempre na intenção
de socializar os alunos, integrá-los numa realidade ainda não vivida.
Alguns filmes podem ser assistidos pelos educadores, a fim de levar maiores
orientações sobre o assunto. Escola de Rock, Sociedade dos Poetas Mortos e O
Sorriso de Monalisa retratam escolas estritamente tradicionais, mas que têm em
seu quadro de professores, aqueles preocupados com o lado da formação
humana.
Essa questão é tão preocupante que somente em São Paulo, que é considerada a
maior rede do país, com cerca de 250 mil professores, há registros de que
ocorrem 30 mil faltas por dia. No ano de 2006, as licenças médicas foram em
torno de 140 mil, sendo que o período de afastamento teve duração média de 33
dias.
• Desvalorização profissional;
• Descanse mais;
• Faça caminhada;
Lembre-se, o aluno tem o direito de receber uma aula de qualidade, mas para que
isto ocorra o professor deve estar com uma boa saúde física e mental para que
tenha condições de oferecer uma aula satisfatória.
Uma das grandes dificuldades da educação é a respeito dessa clientela, pois inúmeras
escolas não sabem lidar com esse tipo de aluno, tanto em caráter estrutural como em
profissional.
A seguir algumas sugestões que podem ser aderidas e implantadas para contribuir com o
trabalho com os alunos de NEE:
• Buscar estabelecer uma mudança social quanto ao conceito de que um NEE impede o
desenvolvimento de aprendizagem do restante da turma e que precisam integrar por
meio da experiência.
• Não excluir conteúdos didáticos dos NEE fazendo previsões precipitadas de que
eles não irão conseguir desenvolver.
• No caso de NEE agressivo ou sem nenhuma reação é ideal que solicite junto à
família ou o poder público o acompanhamento de um profissional, como um
médico por exemplo.
ACOLHIMENTO NA ESCOLA
Com a volta do período de aulas, muitos alunos sofrem com a adaptação escolar,
por estarem em uma nova turma, por terem mudado de professora ou de escola.
É normal que esse período traga algum desconforto, mas a escola deve estar
engajada para amenizar o sofrimento dos alunos.
Já nas classes de crianças maiores, a acolhida também deve existir, mas de forma
mais prática e dinâmica, pois os alunos não gostam de ser tratados como crianças
pequenas. Brincadeiras e dinâmicas de grupo serão bem aceitos pelos mesmos.
A entrega de material não deverá ser feita nesse dia, mesmo que os pais insistam,
pois prejudica a atenção dispensada às crianças. Esses poderão ser entregues com
antecedência de uma semana, já agendado na lista de material, ou então para um
profissional específico para isso, que não esteja em sala de aula.
As salas de aula devem ter algum tipo de decoração que aguce a curiosidade dos
alunos. Figuras de personagens de contos de fada serão bem aceitas assim como
calendário interativo, a chamada com a ficha do nome da criança, uma janela do
tempo interativa, etc.
Fazer um cartaz coletivo ou em pequenos grupos, com o tema amizade, será uma
atividade interessante. As crianças deverão pesquisar figuras que representem
gestos de amizade, o que criará nelas o sentimento de gratidão por um amigo,
ótimo recurso para quem está passando por uma adaptação ao ambiente.
Os pais das crianças menores, na faixa de dois e três anos de idade, deverão
aguardar sentados numa sala, para não prejudicar a adaptação e o trabalho dos
professores. Mas isso depende muito do planejamento da instituição, pois
algumas promovem formas dos pais participarem das atividades com as crianças,
nos primeiros dias.
Explorar os espaços da instituição também é uma ideia para acolher os alunos,
pois valoriza o ambiente escolar e estes gostam de fazer um passeio pelas
dependências da escola. Desenhar com giz no chão é uma forma de deixá-las
entretidas.
O principal é abrir espaço para as relações afetivas, para o contato com o outro, a
brincadeira que deve segurar na mão do colega ou dar um abraço no mesmo.
Tudo isso deixará o ambiente mais acolhedor e fará a criança ter interesse em
voltar para a escola no dia seguinte.
Todo ambiente escolar sabe que integrar a escola à família do alunado é difícil!
A direção marca uma reunião, o responsável não aparece; a coordenação faz uma
confraternização, os pais não podem ir; a escola promove o dia da família na
escola, ninguém comparece!
Essa é uma realidade que presenciamos por todo ano letivo na maioria das escolas, se
não em todas!
Um município que mudou essa história foi Taboão da Serra, no interior de São Paulo. A
prefeitura, juntamente com o Secretário Municipal de Educação, César Callegari,
alavancou o programa Interação Família Escola. Conhecido também como “Professor
Visitador”, tem como objetivos melhorar a qualidade da educação com a aproximação
entre as escolas e as famílias, promover uma gestão democrática na escola, proteger o
direito da criança e do adolescente à educação de qualidade, dentre outros.
Neste programa os professores visitam os alunos e sua família em casa. Com isso, esses
profissionais da educação estreitam laços com mães, pais, responsáveis, além do próprio
aluno. Em uma única visita, o educador é capaz de identificar problemas que tem
afetado o pupilo, entender melhor seu comportamento e diagnosticar uma possível
solução.
Desde 2005, quando o Programa Interação Família e Escola foi iniciado, as taxas de
evasão diminuíram, bem como do número de repetentes, resultados estes que animam
qualquer professor!
Esse é um exemplo a ser seguido, pois o que está faltando à educação é uma
aproximação dos professores com a família do alunado e vice-versa. A escola
tenta se ajustar, como dito no início desta exposição, mas não têm tido retorno
por uma série de motivos. Mas, como se diz no popular, se a montanha não vai a
Maomé, Maomé vai à montanha, logo, se os pais ou responsáveis não estão indo
às reuniões, então a reunião vai até eles.
Tal pensamento advém do fato que o aluno, ou melhor, o pai paga uma
mensalidade. Em suma, pai e filho se acham no direito de interferir no trabalho e
na autonomia do profissional, pressionando para que, dentre outras coisas: não
haja reprovações, se antecipe as férias, os trabalhos escolares sejam recebidos em
datas vencidas. Diante das situações apontadas acima, o que pode ser feito para
evitá-las? A seguir, algumas medidas que podem impedir problemas dessa
natureza no ambiente escolar:
- Logo ao iniciar as aulas a escola e o corpo docente tem a incumbência de expor aos
país e alunos acerca das regras internas (exemplo: uso de celular, Mp3/4/5, uso do boné,
piercing, namoro entre outros) que devem ser cumpridas sem exceções e privilégios. É
importante explicar os motivos que levam a aplicação de determinadas normas.
O professor que atua na educação infantil deve ter uma preocupação específica
de como lidar com as crianças no dia-a-dia e em situações especiais. Ao se tratar
de alunos iniciantes no convívio escolar surgem situações diferentes e
inesperadas em relação às demais fases escolares.
A criança tem um jeito próprio de encarar as novas etapas que vão surgindo em
sua vida. Muitas vezes pais e educadores encaram esses acontecimentos com
maior dificuldade que a própria criança que está passando por determinada
vivência.
O ideal é que o professor tenha algumas atitudes, estratégias e comportamentos
que favoreçam uma melhor aceitação e desenvolvimento dessa criança no
ambiente escolar e até mesmo no seu dia-a-dia, podendo, inclusive, colocar em
prática certos conhecimentos adquiridos, porém de forma meio que inconsciente.
• Preparar o momento da leitura com maior carinho possível, visto que se trata de
um momento mágico para a criança, bem como estimula o crescimento do
vocabulário preparando-a para a alfabetização.
• Observar bem os seus alunos, podendo detectar o que pode melhorar ou até
mesmo o que deve ser eliminado.
• Ter consciência que punições devem ocorrer para corrigir maus hábitos, porém
busque a melhor forma de realizar, fazendo com que a criança tenha consciência
do erro.
Ressalta-se que o bom professor aprende junto com seus alunos, antes mesmo de
propor a educá-los.
A LINGUAGEM ATRAVÉS DAS “PLACAS”
Tal desempenho torna-se muito complexo em razão de o aluno ser social e fazer
parte de uma estrutura sociolinguística que governa seu próprio comportamento,
ou seja, ele é membro de uma entidade familiar dotada de usos e costumes
(principalmente no que tange à linguagem).
Diante disso, o fato tornou-se motivo para que vários estudiosos ficassem
preocupados com a maneira como a escola tem tratado a questão da variação
linguística usada pelo aluno, pois a prioridade da mesma é fazer com que a
variante dita padrão seja prioritária no ato comunicativo.
Assim, suponhamos que ele se depare com um anúncio que possui os seguintes
dizeres:
O primeiro passo é sugerir que ele perceba a forma multifacetada que permeia o
universo da linguagem, e, dessa forma, o papel do educador é de orientá-lo na
questão de que não existe um “português” certo ou errado, existem sim, uma
norma padrão a ser seguida e que essa irá conduzi-lo ao êxito perante a sociedade
em que está inserido.