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18/05/2019 O Brasil na década de 40: personagens e fatos que marcaram o povo e a Igreja!

– Custódia Franciscana do Sagrado Coração de …

Mas não foram somente a nível Mundial que tivemos momentos marcantes nos anos 40. Podemos afirmar
também que o Brasil passou por inúmeras transformações, quer tenham sido ocorridas na referida década,
quer tenham sido iniciadas anteriormente, o fato é que todas deixaram marcas profundas na vida de cada
brasileiro e brasileira. Destacaremos aqui os elementos mais importantes da Historia do povo brasileiro no
referido período. Não é de nossa intenção traçar um quadro exaustivo acerca deste conteúdo, tampouco
apontar os elementos de modo crítico ou analítico. Tentaremos unicamente descrever os principais assuntos
relacionados à política, cultura e religião, de modo que se compreenda melhor como a Igreja, presente nestas
terras, se encontrava e atuava no momento em que os dez missionários chegaram ao interior paulista.

Deste modo daremos continuidade ao tema “A Igreja nos anos 40” conhecendo um pouco mais sobre a
realidade onde esta se inseria no período citado, bem como os pontos que marcavam o país e o imaginário do
povo até o momento.

Na política:

Para melhor compreender a política brasileira nos anos 40, faz-se necessário lembrar que o presidente
Getúlio Vargas dissolveu o Congresso e as Assembleias Legislativas Estaduais em novembro de 1937,
também fechou os partidos políticos, iniciou uma perseguição àqueles que se opuseram ao seu regime e
outorgou uma nova Constituição, nascia aí o chamado Estado Novo. Implantou o Departamento de Imprensa
e Propaganda, responsável pela censura aos meios de comunicação e pela propaganda oficial dois anos
depois e passa a Governar o país com força de ditador. Mas digamos que Vargas é um estadista com
habilidades especiais e possui um carisma intenso. Governa com amplos apoios, tanto de militares, quanto de
trabalhadores, cujos sindicatos mantém ligados ao Estado.

O governo de Getúlio é deposto em 1945 – pouco antes da chegada dos frades italianos – mas tal situação
fora parte de um processo anterior à deposição do presidente e sua substituição por José Linhares, presidente
do Supremo Tribunal Federal, que assume o governo interinamente. Com a censura abrandada, anistia ampla
concedida, a criação de partidos políticos sendo autorizada, e marcadas as eleições para a presidência da
República, o Congresso Nacional e alguns governos estaduais, tínhamos partidos fundados para ocuparem
brechas que até então eram lotadas pelo regime varguista, como a União Democrática Nacional (UDN), o
Partido Social Democrático (PSD), o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e o Partido Comunista Brasileiro
(PCB). Marcadas as eleições em 02 de dezembro, o general Eurico Gaspar Dutra, candidato pela coligação
PSD/PTB, se elege novo presidente da República. Em janeiro de 1947 a transição para a democracia se
completa, são realizadas as eleições de governadores, deputados estaduais, prefeitos e vereadores.

Na Economia:

As turbulências mundiais deixadas pela Segunda Guerra Mundial e os primeiros anos do pós-guerra
favoreceram o crescimento econômico nacional. O conflito forçou a redução de exportações e importações, o
que favoreceu o desenvolvimento da indústria nacional e a valorização das produções. O governo Vargas
promovera intensa campanha nacionalista, o que forçou um aumento considerável da “autoestima” do povo
brasileiro frente a um mundo de conflitos e guerras. Instalaram-se indústrias importantes como a Fábrica
Nacional de Motores e a Companhia Siderúrgica Nacional; foram tomadas importantes iniciativas nas áreas
de energia e transporte: estradas sendo abertas, ampliação de portos e construção de usinas hidrelétricas.

Em relação ao Trabalhismo

O Governo Vargas destacou-se por criar medidas que favoreceram imensamente o povo brasileiro e o
trabalho. Algo que os governantes atuais vêm destruindo aos poucos. Dentre as medidas tomadas pelo
presidente Getúlio temos a ampliação e sistematização da legislação trabalhista, sendo instituído o salário
mínimo e o imposto sindical (1940), também a Justiça do Trabalho (1941) e a Consolidação das Leis do
Trabalho – CLT (1943). Esta última era aquela que reunia todas as resoluções tomadas desde 1930 na área
trabalhista. Com o sistema S a educação profissional e as necessidades sociais dos trabalhadores são
contempladas, este sistema constitui-se de: Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Serviço
Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Serviço Social da Indústria (Sesi) e Serviço Social do
Comércio (Sesc).

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Na Política externa

O Brasil não tomou qualquer partido nas disputas da Segunda Guerra Mundial, mantendo-se neutro ao
máximo possível. Mas, em 1941, não rompendo relações diplomáticas com os países do Eixo, Vargas assinou
um acordo com os EUA onde sela um compromisso para financiar a construção da Companhia Siderúrgica
Nacional. Como troca permite a instalação de bases militares norte-americanas em Natal, Belém e Recife.
Em 28 de agosto de 1942 o Brasil declara guerra à Alemanha e Itália depois de ter sofrido seguidos ataques
de submarinos alemães a navios mercantes brasileiros. A Força Expedicionária Brasileira (FEB) é criada em
1943, e parte para a Itália em meados de 1944, onde alcança vitórias. As relações diplomáticas com a URSS
(União Soviética) são estabelecidas em 1945, mas rompidas dois anos depois. Em 1947, é realizada no Rio
de Janeiro a Conferência Interamericana em que se discute a questão da segurança no continente e é assinado
o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (Tiar), mais conhecido como Tratado do Rio.

Quanto à População

O crescimento populacional estava constante. Encontramos um Brasil em progresso e necessitado de


condições favoráveis que promovam um crescimento de qualidade e subsidiado por instâncias maiores e
dignas de respeito. Na década de 40, a população brasileira aumenta 26%, passando de 41,2 milhões de
pessoas para 51,9. No período, a população urbana cresce 46% e a rural, 17%. Tal aumento populacional
exigia medidas tanto governamentais, quanto de outras instâncias como a religiosa e organizações civis.

Foram diversas as obras educacionais e Santas Casas de Misericórdia instaladas neste período. Vários
institutos de Vida Consagrada dedicaram-se à formação de crianças e jovens, colocando na prática social,
aquilo que aprenderam dos Evangelhos.

Mesmo com a população crescendo mais nas cidades, o Brasil termina a década como um país
predominantemente rural, com 33,2 milhões de pessoas (64% do total) vivendo no campo. Tudo isto exigia
posição por parte da Igreja: que o papel de evangelizadora e fomentadora de paz e dignidade humanas seja
assumido e intensificado nestas terras. Daí percebemos a necessidade de padres, religiosos e religiosas junto
ao povo de Deus e a preocupação, por parte de vários bispos, em conseguir missionários que atuassem nas
regiões em pleno desenvolvimento.

Destaque-se que a região “jaboticabalense”, até os anos 30, demonstrava intenso desenvolvimento,
principalmente nas pequenas cidades e lugarejos ao seu entorno, os quais começavam a despontar em setores
como o agrícola e a agropecuária. A imigração marcou a primeira metade do Século XX nesta região, com
destaque para os italianos, portugueses, espanhóis e japoneses. Sendo sua base econômica a agricultura,
Jaboticabal destacava-se como importante centro regional nas atividades de indústria, de comércio, bancárias
e de prestação de serviços.

Tal fase inicial do século XX foi de extrema importância no setor econômico, deixando marcos na arquitetura
da cidade, como casas e prédios públicos ainda em uso. A indústria alimentícia se destacou regionalmente, ao
lado da cerâmica, fábricas de louças e olarias. A década de 30 é marcada por Jaboticabal haver se tornado um
importante centro regional, conhecida como “Athenas Paulista” pela grande atividade cultural.

A cafeicultura em decadência, ocorrida a partir da depressão dos anos 30, fez com que Jaboticabal e região
enfrentassem a estagnação econômica, o que perdurou até o começo dos anos 50. Como mecanismo de
reativação econômica, o município procurou diversificar sua lavoura, destacando-se o algodão, o amendoim,
o arroz e o milho. Depois dos anos 50, temos na cana-de-açúcar uma importância crescente, principal
atividade econômica do município, particularmente na produção de álcool e açúcar. A tudo isto acrescente-se
que, nos anos 50, 60 e 70, a população urbana representou 48%, 61% e 76% da população total do
município, respectivamente, caracterizando uma intensa urbanização.

Esta era a realidade Brasileira e local do município de Jaboticabal e região por voltas do ano 1946, quando o
então bispo diocesano, Dom Antônio Augusto de Assis, por intermédio do Frei Tarcísio Santoro, OFM, pede
religiosos para sua Diocese. Vale destacar que o território desta era constituído de uma vasta quantidade de
comunidades e paróquias, onde exigia-se muito da parte dos padres para distribuição de sacramentos e
evangelização paroquial.
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Um povo em crescimento e com grande necessidade de auxílio pastoral e social. Daí a força de vontade dos
frades pioneiros em construir obras sociais e de assistência educacional. Quem sabe possamos afirmar: a
Custódia Franciscana do Sagrado Coração de Jesus nasceu da necessidade do povo de Deus, seja de pastores,
ou até mesmo de assistência.

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