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A sociedade de corte, de acordo com a visão de Elias, era uma formação social

do Ocidente extremamente rígida e coerente, com regras da época de Luís XIV,


seguindo normas, valores e moral. Essa sociedade era extremamente organizada, e
desempenhava o papel principal nas relações sociais. A vida social concentrava-se em
grande parte na Corte, que eram círculos fechados de pessoas de sociedade –
constituindo assim, a nobreza. Sua estrutura era patriarcal, o que sustenta o caráter
sagrado da nobreza, o comando era regido pelo homem, a cabeça de todo o pensamento.
Pertencer à sociedade de Corte significava prestígio e uma ascensão na hierarquia social
na qual era dotada de uma Corte de reis e príncipes.

Desse modo, o centro de encontros dessa sociedade estava presente a princípio


nos palácios como: o Palais Royal – local onde o regente morava e no Palácio de
Versailles.Com o passar dos anos, o convívio social e a cultura da alta sociedade
descentralizou-se, desde os hotels dos nobres até os hotels dos financistas,
transformando o local de encontro em outro, o que fez produzir a cultura de salão.Essa
sociedade foi uma sociedade de pátio, palácios, centros de cultura de salão nos quais os
eventos não primam em especial o requinte dos trajes, e sim a etiqueta, a formalidade de
forma individual e coletiva diante da conduta pessoal de cada um, como o prestígio
adquirido e a sua posição na corte . A etiqueta era vista para os nobres como variações
significativas no âmbito de superioridade para com os seres inferiores. A priori, a
etiqueta na opinião de Elias, era aplicada ao rei como meio de humilhação para os
homens inferiores ao seu comando, seguindo regras rígidas e tornando assim o seu
poder em um processo limitado que constitui o autocontrole da corte.

Na estrutura social, percebemos que uns dependem dos outros, e a forma de


existir são variadas, dependendo do local ao qual exercem suas funções. A alta nobreza,
no entanto, mantinha-se quase todo o tempo na corte, seguindo assim às regras e desejo
do rei. Visto que, o mesmo gostava e queria todos morando no mesmo teto. A casa a
qual morava era dividida em duas funções: a política e a íntima, na qual diferenciava os
iguais e os de poder superior, de acordo com cada grau de prestígio ao qual dispunham
diante da sociedade. Elias destaca que os nobres possuíam as mesmas procedências de
outros nobres, isto é, o mesmo comportamento. Visto que os mesmos tinham que
freqüentar o Pátio, o Palácio de Versailles e o solar, que na maioria das vezes financiava
o nobre em suas diversidades.

.Nota-se que a estrutura organizacional da elaboração da vida de corte,


começava como uma cerimônia, nos aposentos do rei. Essa cerimônia seguia ritual e era
chamada de o “lever” do rei, seu despertar. Assim como o rei, a rainha também tinha
seu “lever” de maneira análoga.

As cerimônias do quarto de Luís XIV são citadas com bastante


freqüência. Mas não basta enxergá-las como mera curiosidade, como
uma peça empoeirada de museu histórico, em que o observador se
surpreende apenas com o estranho e o exótico. Aqui, trata-se de trazê-
las à vida passo a passo, de modo que possamos tornar compreensível
sua constituição e funcionalidade na figuração de corte, da qual elas
apresentam uma incisão, e com isso o caráter e as atitudes dos
indivíduos que formam tal figuração e por elas são marcadas. (ELIAS,
2001. p, 100).

Havia grupos - membros diferenciados socialmente e economicamente de


pessoas para adentravam os aposentos do rei. Era uma sociedade hierarquizada de
ordens, de elites, de grupos influentes com alto grau de poder superior, sem partilhas de
poder político. O rei garantia a representação de toda a sociedade, na sua unidade,
mantinha a harmonia entre seus integrantes , definindo para cada um, aquilo que
dissesse respeito em relação as suas obrigações

Esse caráter de fetiche de cada ato na etiqueta já estava estabelecido na época de


Luís XIV. Posto que ele foi um rei forte o suficiente para intervir quando necessário
nas regras as quais eram imposta. Pois o mesmo evitou a liberalização completa da
etiqueta e uma superação primária pelas secundárias. Dessa forma, a hierarquia dos
privilégios foi criada seguindo os parâmetros da etiqueta, que por sua vez passou a ser
seguida e mantida apenas como competição entre os indivíduos. Na época de Luís XVI
e Maria Antonieta observava-se a mesma etiqueta do reinado de Luís XIV. Porém os
mesmos não tinham o mesmo gosto e desempenho, ao qual existia na época de Luís
XIV. Visto que, nos últimos tempos, a etiqueta não possuía valor algum, existiu de certa
forma um abandono de prestígios, privilégios e poder, nos quais os indivíduos estavam
mais interessados em uma nova forma de pensar, ou seja, almejavam uma posição
social diante do trabalho oficial, e não mais tinham interesse em uma sociedade de
corte, com requintes e etiquetas nos quais eram obrigados a cumprir e seguir, de acordo
com as regras impostas pelo rei.

De acordo com Elias (2001, p.103), a etiqueta seguia regras a serem cumpridas

Uma vez que a hierarquia dos privilégios foi criada segundo os


parâmetros da etiqueta, esta passou a ser mantida apenas pela
competição dos indivíduos envolvidos em tal dinâmica, privilegiados
por ela e compreensivelmente preocupados em preservar cada um dos
seus pequenos privilégios e o poder que eles conferiam.

Essas etiquetas eram seguidas pela sociedade de corte, como uma forma de
prestígio social. Todo o comando da sociedade era direcionado com regras bem precisas
e inflexíveis.

Nesse contexto, a etiqueta e o cerimonial tornaram-se apenas uma competição


dos homens envolvidos em busca de status e prestígio, diante de uma sociedade na qual
já não tinha importância, e que a continuidade desse cerimonial transformou-se em um
fardo sem valor para os sujeitos da corte. A prática da etiqueta, consistia na auto-
apresentação individual de cada um na Corte.E, sem a confirmação dessa apresentação
como um ser importante na sociedade , o seu prestígio, não tem valor perante os outros
cortesãos.

No que tange a ordem hierárquica da Corte, a mesma oscilava constantemente.


Essas oscilações partiam de indivíduos que estavam em ascensão social, assim como
dos que buscavam essa ascensão social. Visto que de acordo com Elias, essas variáveis
partiam em algumas vezes de opiniões variáveis, o que o mesmo chega a comentar,
como se fosse uma variação comercial da bolsa de valores, cujo principal fator
determinante parte da convergência de conceitos e ideias expostas na relação social.

Contudo, na sociedade de corte a realidade social divergia da burguesia, pois a


mesma estava relacionada a posição social, a reputação atribuída a alguém da alta
sociedade – enquanto que a segunda corroborava com o respeito e a valorização do
comportamento do capital . As etiquetas e cerimoniais impostos pela Corte seria uma
posição social de valores com status sem valor financeiro, enquanto que a burguesia
primava pelo status, no qual seguia a posição social em detrimento do alto padrão
capital. Há já vista que a profissão e o dinheiro são elementos fundamentais para
existência dessa sociedade.

Além disso, na sociedade de corte o rei submetia à etiqueta não somente a


nobreza, mas também a si mesmo. Desse modo percebemos que o aparelho conceitual
de determinadas unidades de elite, é determinadas por leis estruturais, que foram usadas
como o símbolo de “honra”, que foi tomado como um valor individual , glorificando a
existência de seu dono e para tanto não é passível de nenhuma fundamentação externa,
irá depender do caráter de cada um. A partir da etiqueta, ou da classe social aqual o
homem pertence, ou seja, da elite, conseguimos distingui-lo do ethos econômico das
chamadas camadas burguesas.

No contexto dessas conexões compreendemos melhor a etiqueta, na qual ela não


precisa de explicação, Elias irá comentar que “com a etiqueta, a sociedade de corte
procede à sua autoapresentação, cada pessoa singular distinguindo-se de cada uma das
outras, e todas elas se distinguindo conjuntamente em relação aos estranhos ao grupo,
de modo que cada um em particular e todas juntas preservam sua existência como um
valor autossuficiente.”

A vista disso, a vida na corte não era fácil e nem pacífica. Elias comenta que existia
muito jogo de interesses e intrigas, escândalos e conflitos por parte dos favorecidos e
dos inferiores, os quais buscavam a sua ascensão social. Segundo o autor, a estrutura da
sociedade de corte cultivava zelosamente os aspectos de heranças e terras nas quais
possuíam, e as utilizavam como uma força de poder e prestígio, o que os diferenciavam
da sociedade burguesa e industrial, as quais não provinham de recursos financeiros de
heranças, e sim, de trabalhos oriundos de um capital diferenciado, cujo principal
indexador foi a Revolução Industrial. Por conseguinte os principais critérios que
diferem a sociedade de corte e a burguesa estão nos seguintes pontos: 1) A arte de
observar as pessoas – que corresponde a descrever as pessoas, uma observação de todos
os gestos e comportamentos para os quais cada indivíduo possuía assim retratar as
memórias e a vida social. 2) A arte de lidar com as pessoas - é a maneira de calcular
com precisão o objetivo , a estratégia da convivência de cada um em sociedade.Nesse
ponto podemos destacar a conversa de Saint- Simon, um militar que degradou a sua
própria casta – militar, e que por meio desse acontecimento teve que suportar todos os
caprichos do rei. “o nobre que faz parte da oposição tenta estabelecer uma aliança com o
príncipe herdeiro da coroa, cuja posição tende a uma atitude contrária”. Desse modo
,percebemos que o príncipe pode quebrar as regras. Desta forma, cada pessoa irá ter um
modo, maneira de lidar com cada um, independente de seu grau de superioridade ou
não. Todos os cortesãos dependem um do outro, em uma maneira diferente. Haja vista
que os mesmos seguem uma hierarquia de valores e poder diante dos seres inferiores, e
todo o relacionamento nessa sociedade é duradouro. 3) A racionalidade – controle de
emoções, em que vai enfatizar o fator industrial, profissional e a burguesia, que irão se
diferenciar em torno dos processos instrumentais do poder, interligando a inter
dependência da sociedade calculando o prestígio e o status que provinham da elite.

Nesse contexto observamos que a sociedade de corte possuía uma estrutura ligada à
elite, a qual não trabalhava e vivia de prestígio, poder; enquanto que a burguesia do
século XIX dependia de um ofício que requeria um trabalho.

Podemos definir o Mercantilismo como uma sendo uma política econômica

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