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Introdução
Vamos começar nosso estudo no ano 800 - um ano "redondo" mas crucial na
história do mundo e da igreja. No Natal deste ano o papa Leão III coroou Carlos
Magno como o primeiro imperador do Santo Império Romano. Acontece que esse
império não era "romano" pois o poder imperial político de Roma não mais existia. A
tentativa era estabelecer uma sucessão ao Império Romano e costurar uma aliança
com a igreja, mas o centro do poder, agora, era a região que seria, mais tarde,
conhecida como a Alemanha. Carlos Magno era o rei dos Francos - designação de
várias tribos de "bárbaros" que habitavam a margem direita do rio Reno.
A terceira razão foi uma falta de predisposição tanto do papa, em Roma, como
do Patriarca, em Constantinopla, de se submeterem um ao outro. Até o século nono
todos os papas eleitos, em Roma, procuravam confirmação e concordância de suas
eleições junto ao Patriarca de Constantinopla - assim procurava manter-se a unidade
da ala oriental da igreja, com a ocidental. Gregório III, entretanto, foi o último papa a
obter tal confirmação. Em 781 os papas deixaram de mencionar o nome do imperador
de Constantinopla em seus documentos.
A quarta razão, é que não existiam limites muito bem estabelecidos, com relação
às áreas que deveriam ser regidas por Roma ou por Constantinopla. Os poderes se
confundiam, as hierarquias se mesclavam. Isso resultava em constantes fricções
relacionadas com a jurisdição de cada ala.
A sexta razão é que a igreja oriental se colocava sob o Imperador que regia em
Constantinopla, enquanto que a igreja ocidental, naquela ocasião, reivindicava
independência da ação do estado e o direito de exercitar regência moral sobre os reis e
governantes.