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Capítulo 21

Viewpoints e Composição:
O que são?

Viewpoints e Composição: o que esses termos significam? A


definição que se segue reflete nosso entendimento e uso deles.
Mesmo no contexto de trabalho com tamanhos pioneiros tais como
Mary Overlie e Aileen Passloff, é impossível dizer de onde essas idéias
na verdade surgiram, porque elas são atemporais e pertencem à
princípios naturais de movimento, tempo e espaço. Através dos anos,
nós temos apenas articulado um conjunto de nomes para coisas que
já existem, coisas que nós fazemos naturalmente e que sempre
temos feito com menor ou maior grau de consciência e ênfase.

Viewpoints
 Viewpoints é (1) uma filosofia traduzida em uma técnica de
treinamento; (2) construção de um grupo ou coletivo; (3)
criação de movimento para o palco.
 Viewpoints é um conjunto de nomes dados para certos
princípios de movimento através da idéia de tempo e espaço;
esses nomes constituem uma linguagem para conversar sobre o
que acontece no palco.
 Viewpoints são pontos de consciência (qualidade de presença),
que o performer ou criador faz uso enquanto trabalha.

Nós trabalhamos com nove Viewpoints Corporais, dentre eles


Tempo e Espaço. O cerne desse livro foca no trabalho físico do
Viewpoints, embora o Viewpoints vocal, que nós desenvolvemos mais
tarde, está descrito no capítulo 9. O Viewpoints Vocal está
especificamente relacionado com o som como o oposto de

1
Do livro The Viewpoints book: a practical guide de Anne Bogart e Tina Landau. Tradução de Miriam
Rinaldi.
movimento. Tanto o Corporal quanto o vocal sobrepoem-se
constantemente e sempre mudam de valor, dependendo do artista,
professor ou estilo de uma produção. Os Viewpoints Corporais são:

Viewpoints de TEMPO
Tempo
Duração
Resposta Kinestésica
Repetição

Viewpoints de ESPAÇO
Forma
Gesto
Arquitetura
Relação Espacial
Topografia

Viewpoints de TEMPO

Tempo – A qualidade de velocidade a qual o movimento ocorre; quão


rápido ou lento algo acontece no palco.

Duração – Quanto tempo um movimento ou uma sequência de


movimentos dura. Duração, no trabalho em Viewpoints, está
especificamente relacionado a quanto tempo um grupo de pessoas
que trabalham juntas ficam numa mesma sessão de movimentos
antes de mudá-la.

Resposta Kinestésica – Uma reação espontânea a um movimento que


ocorre fora de você. Aquilo que você responde para eventos de
movimentos ou sons externos; movimento impulsivo que acontece
por meio de estímulos sensoriais. Um exemplo: alguém bate palma
em frente de seus olhos e você pisca em resposta; ou alguém bate a
porta e você impusivamente levanta da cadeira.

Repetição – A repetição de algo no palco. Repetição inclui (1)


Repetição Interna (repetindo um movimento dentro de seu próprio
corpo); (2) Repeticão Externa (repetindo da forma, tempo, gesto etc.
de algo fora de seu corpo).

Viewpoints de ESPAÇO

Forma – O contorno ou a linha que o corpo (ou corpos) desenha no


espaço. Toda forma pode ser subdividida em (1) retas; (2) curvas;
(3) uma combinação de ambas. Portanto, no treinamento em
Viewpoints nós criamos formas que são arredondadas, formas que
são angulares, formas que são uma mistura das duas. Além do mais,
Forma pode ser (1) parada; (2) em deslocamento pelo espaço. Por
fim, Forma pode ser feita de três maneiras: (1) o corpo no espaço;
(2) o corpo em relação à arquitetura; (3) um corpo em relação a
outros corpos.

Gesto – Um movimento que envolve uma parte ou partes do corpo;


Gesto é a forma com começo, meio e fim. Gestos podem ser feitos
com a mão, o braço, a perna, a cabeça, a boca, os olhos, os pés, o
estômago ou qualquer outra parte ou combinação de partes que
podem ser isoladas. Gesto podem ser dividido em:

1. Gestos de comportamento – Pertencem ao concreto, ao mundo


físico do comportamento humano como podemos observar no
dia a dia. É o tipo de gesto que você observa no supermercado
ou no metro: coçar, apontar, acenar, espirrar, curvar-se (em
reverência), saudar. Um gesto comportamental pode dar
informações sobre caráter, época, saúde física, circunstâncias,
tempo, roupas etc. É geralmente definido pelo caráter de uma
pessoa ou o tempo e o lugar em que ela vive. Pode também ter
uma intenção ou pensamento por trás dele. Um gesto
comportamental pode ainda ser subdividido em Gesto Privado e
Gesto Público, distinguindo entre ações feitas na solidão e
aquelas realizadas com consciência da presença de outros.

2. Gestos Expressivos – Expressam um estado interno, uma


emoção, um desejo, uma idéia ou um valor. É mais abstrato e
simbólico que representativo. É universal e atemporal e não é
algo que você veria alguém fazendo no supermercado ou no
metro. Por exemplo, um Gesto Expressivo pode expressar
sentimentos como prazer, pesar ou ódio. Ou podem expressar a
interioridade essencial de Hamlet como tal ator o sente. Ou,
numa produção de Chekhov, você poderá criar e trabalhar com
gestos expressivos “de” ou “para” o tempo, a memória ou
Moscou.

Arquitetura – O ambiente físico no qual você trabalha e como essa


consciência afeta seu movimento. Quantas vezes nós vemos
produções onde há um ambundante, um complexo cenário
cobrindo o palco e os atores permanecem no centro, sem explorar
ou usar a arquitetura que os cercam? Trabalhando Arquitetura
como Viewpoint (ponto de vista), nós aprendemos a dançar com o
espaço, estar em diálogo com a sala, permitindo que o movimento
(especialmente Forma e Gesto) preencha nosso entorno. A
Arquitetura pode ser subdividida em:

1. Volume – paredes, chão, teto, mobília, janelas etc.


2. Textura – Dependendo do material que são feitos os volumes,
madeira, metal, tecido isso irá transformar o tipo de movimento
que criamos na relação com eles.
3. Luz – As fontes de luz na sala, as sombras que fazemos em
relação à outras fontes de luz, etc.
4. Cor – Criar movimento sem cor no espaço; como uma cadeira
vermelha entre tantas pretas poderá afetar nossa coreografia
em relação à cadeira.
5. Som – Som criado pela ou da arquiteura; som dos pés no chão,
o ranger da porta etc.

Além do mais, trabalhando com Arquitetura, nós criamos


metáforas espaciais, dando foma para sentimentos tais como (aqui
as autoras utilizam expressões de linguagem que realcionam
espaço e estado emocional, relaciona aleatoriamente alguns
exemplos, uma vez que as expressões originais não fazem sentido
em nosso língua): “nas nuvens” , “em cima do muro”, “sair do
armário”, “chutar o pau da barraca” etc.

Espaço Relacional – A distância entre coisas no palco,


especialmente (1) um corpo e outro; (2) um corpo ou corpos e um
grupo de corpos; (3) o corpo e a Arquitetura. Qual é a gama de
possíveis distâncias entre coisas sobre o palco? Que tipo de
agrupamentos permite-nos ver o palco mais claramente? Que
agrupamentos sugerem um acontecimento, uma emoção ou
espressam uma dinâmica? Em ambos, vida real e palco, nós nos
acostumamos a nos posicionar 30 ou 50 centímetros de distância
da pessoa que estamos conversando. Quando nós tornamos
conscientes das possibilidades da Relação Espacial no palco, nós
começamos a trabalhar com menor „cordialidade‟, mas em
compensação com maior dinâmica, trabalhando os extremos da
proximidade e da distância.

Topografia – A paisagem, o padrão do chão, o desenho que


criamos em movimento através do espaço. Ao definir Topografia,
por exemplo, nós podemos decidir que o proscêncio tem alta
densidade, é difícil mover-se, enquanto o fundo do palco tem
menor densidade e por isso implica em movimentos mais fluidos e
com tempos mais rápidos. Para entender padrão do chão, imagine
que a planta de seu pé tem tinta vermelha; quando você se
movimenta pelo espaço o quadro que emerge do chão é o padrão
do chão naquele momento. Além do mais, atuar ou „performar‟
sobre o palco sempre envolve escolhas sobre tamanho e forma do
espaço que ocupamos. Por exemplo, nós decidimos trabalhar num
estreito corredor de 50 centímetros no proscênio ou uma enorme
forma triangular que cobre todo o chão etc.

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