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DIREITO PENAL – PARTE GERAL

APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO


4. CARACTERÍSTICAS DA NOVA LEI
A nova lei que surge no ordenamento jurídico pode assumir uma das seguintes qualidades:

 NOVATIO LEGIS INCRIMINADORA (NOVA LEI INCRIMINADORA);

 NOVATIO LEGIS IN PEJUS (NOVA LEI MALÉFICA OU LEX GRAVIOR);

 ABOLITIO CRIMINIS (NOVA LEI REVOGADORA);

 NOVATIO LEGIS IN MELLIUS (NOVA LEI BENÉFICA OU LEX MITIOR);


4.1. NOVATIO LEGIS INCRIMINADORA (NOVA LEI INCRIMINADORA);
Na nova lei incriminadora, um fato que anteriormente era tido como penalmente ATÍPICO
passa a configurar crime com o advento da nova lei. Veja um exemplo recente abaixo:
Fraudes em certames de interesse público
Art. 311-A. Utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim de beneficiar a si ou a outrem, ou
de comprometer a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de:
I - concurso público;
II - avaliação ou exame públicos;
III - processo seletivo para ingresso no ensino superior; ou
IV - exame ou processo seletivo previstos em lei:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
4.2. NOVATIO LEGIS IN PEJUS (NOVA LEI MALÉFICA OU LEX GRAVIOR);
Nessa situação temos o surgimento de uma nova lei que agrava a situação do réu
(prejudicial ao réu). Vejamos um exemplo:
Servir bebida alcoólica para menores de 18 anos.
a. Nova lei maléfica e os crimes permanentes e continuados:
Crime permanente: é aquele em que a consumação se prolonga no tempo.
Exemplo: O delito de sequestro (art. 148) se considera praticado durante todo o período em que a
vítima ficou cerceada de sua liberdade.

Crime continuado: é uma ficção jurídica segundo a qual dois ou mais crimes cometidos nas
mesmas condições de tempo, lugar e modo de execução são considerados crime único por
razões de política criminal.
Exemplo: A caixa de um supermercado que subtrai diariamente quantias em dinheiro do caixa que
opera. Temos vários delitos de furtos, que, por ficção jurídica, serão considerados um só crime em
continuidade delitiva.
Uma nova lei prejudicial ao réu que entre em vigor antes de cessada a continuidade delitiva
ou a permanência do delito pode ser aplicada ao caso concreto?
SIM! O assunto já foi sumulado pelo STF. Entende o pretório excelso que a regra do tempus
regit actum deve ser aplicada, e o fato de a conduta ainda estar sendo praticada quando
entra em vigor a lei mais grave, faz com que ela seja aplicada.
Veja o teor da Súmula 711 do STF:
A LEI PENAL MAIS GRAVE APLICA-SE AO CRIME CONTINUADO OU AO CRIME PERMANENTE, SE A SUA
VIGÊNCIA É ANTERIOR À CESSAÇÃO DA CONTINUIDADE OU DA PERMANÊNCIA.

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