Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
br
RESUMO
CARNAÚBA, T. R. C.; SILVA-CAVALCANTE, M. D.; SILVA, J. P. L.; SIMÕES, A. G. M.; 1, ROZARIO, A. P.
C.; BERTUZZI, R. C. M.; PIRES, F. O.; DE-OLIVEIRA, F. R.; LIMA-SILVA, A. E. Efeitos da música sobre
respostas perceptivas e estratégia de corrida. Brazilian Journal of Biomotricity. v. 5, n. 3, p. 210-220, 2011.
O objetivo desse estudo foi investigar o efeito da música sobre as respostas perceptivas e estratégia de
corrida durante uma simulação de corrida de 5 km. 15 homens (2 2 , 5 ± 3 , 5 a n o s ; 1 7 7 , 7 ± 6 c m ; 7 6 , 0
± 7 , 0 k g ) realizaram três testes em uma esteira. Os dois primeiros testes foram realizados sem música
para identificar o melhor tempo durante 5 km de corrida de cada voluntário, sendo considerado o melhor
tempo como situação controle. O terceiro teste foi realizado com música durante a corrida de 5 km. Durante
os testes a percepção subjetiva de esforço (PSE), a frequência cardíaca (FC) e a porcentagem de
pensamentos dissociativos (PD) foram monitoradas a cada 1000m e a velocidade a cada 500m. A música
aumentou significativamente a velocidade em 500, 1000, 1500 e 2500m e a porcentagem de PD nos
trechos de 1000 e 2000m quando comparado com a situação controle (p<0,05). Não houve diferença
significativa na PSE entre as condições (P>0,05). Os resultados sugerem que a música aumenta o foco de
atenção em sinais que não estão relacionados à fadiga e bloqueia a PSE, resultando no aumento da
velocidade e do desempenho durante a corrida de 5 km.
Palavras-Chave: música, esforço físico, fadiga, corrida.
210
Carnaúba et al.: Música e percepção subjetiva de esforço durante corrida www.brjb.com.br
ABSTRACT
CARNAÚBA, T. R. C.; SILVA-CAVALCANTE, M. D.; SILVA, J. P. L.; SIMÕES, A. G. M.; 1, ROZARIO, A. P.
C.; BERTUZZI, R. C. M.; PIRES, F. O.; DE-OLIVEIRA, F. R.; LIMA-SILVA, A. E. Effects of music on
perceptual responses and pacing strategy. Brazilian Journal of Biomotricity. v. 5, n. 3, p. 210-220, 2011. The
purpose of this study was verify the effects of music on perceptual responses and pacing strategy during 5-
km running. Fifteen men (2 2 . 5 ± 3 . 5 y e a r s ; 1 7 7 . 7 ± 6 c m ; 7 6 . 0 ± 7 . 0 k g ) they accomplished three
tests in a mat. The first two tests were accomplished without music to identify the best time of the subjects in
a situation it controls. The third test was accomplished with music during all races. During the tests the rating
of perceived exertion (RPE), the heart rate (HR) and the percentage of dissociative thoughts (PD) were
monitored to each 1000m and the velocity to each 500m. The music increased significantly the velocity
during the 500, 1000, 1500 and 2500m and the PD during the 1000 and 2000m than for the control condition
(p<0.05). There was no significant difference in the RPE between the conditions (P>0.05). The results
suggest that music enhances the focus on signs that are not related to fatigue and blockade the RPE,
resulting in increase velocity and performance during the 5-Km running.
Key words: music, physical Exertion, fatigue, running.
INTRODUÇÃO
Estudos têm observado o efeito da regulação da velocidade (estratégia de corrida) em
diferentes momentos da prova durante competições de longa duração (acima de 10
minutos) sobre o desempenho (MATTERN et al., 2001; ALBERTUS et al., 2004; TUCKER
et al., 2006; GOSZTYLA et al., 2006; HAM & KNEZ 2009; HAUSSWIRTH et al, 2009). Um
dos fatores mais importantes que permite o estabelecimento de uma estratégia de corrida
é o conhecimento do ponto final da prova a ser cumprida (COQUART e GARCIN, 2008).
No entanto, o mecanismo pelo qual o indivíduo escolhe uma determinada estratégia de
corrida não é totalmente conhecido, mas alguns estudos sugerem que a percepção
subjetiva de esforço (PSE) seja parte integrante desse mecanismo (JOSEPH et al., 2008;
211
Carnaúba et al.: Música e percepção subjetiva de esforço durante corrida www.brjb.com.br
Mesmo sabendo que a PSE é um fator crucial para a estratégia de corrida, poucos
estudos investigaram técnicas que possam atenuá-la via manipulação psicológica e
verificaram o seu efeito sobre a estratégia de corrida. Apenas três estudos até o presente
momento (ATKINSON et al., 2004; SIMPSON & KARAGEORGHIS, 2006; LIM et al.,
2009) avaliaram o efeito da música sobre a estratégia de corrida. Atkinson et al. (2004)
evidenciaram que na condição com música os indivíduos realizaram 10 km de ciclismo em
um ciclo simulador em menor tempo quando comparado a condição controle (sem
música). Segundo os autores a melhora no desempenho com uso da música foi devido ao
aumento significativo da velocidade nos primeiros 3 km, o que resultou no aumento da
velocidade média durante os 10 km de ciclismo. Os autores sugerem que a música pode
ter exercido um efeito de distração dos sinais internos relacionados à fadiga. No entanto,
os autores não avaliaram a porcentagem de PD.
Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi investigar o efeito da música sobre as
respostas perceptivas e estratégia de corrida durante uma simulação de corrida de 5 km.
A partir do modelo teórico apresentado, a hipótese do estudo foi que se a música atua no
aumento dos PD e na redução da PSE, a velocidade de corrida irá aumentar em um dado
momento da prova levando a melhora no desempenho.
MATERIAIS E MÉTODOS
Amostra
Quinze voluntários do sexo masculino e fisicamente ativos (corredores
amadores), com idade média de 22,5 ± 3,5 anos, altura média de 177,7 ± 6 cm e peso
Coletas de dados
Os voluntários foram submetidos a três testes de corrida, todos realizados em esteira,
com distância de cinco quilômetros. Os voluntários receberam uma explicação verbal
acerca dos riscos e dos benefícios proporcionados pelo estudo e, em seguida, assinaram
um termo de consentimento informado. Todos os procedimentos foram aprovados pelo
Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Federal do Alagoas, protocolo
número 022823/2009-83.
Desenho Experimental
Cada voluntário realizou três testes de cinco quilômetros no mesmo período do dia e com
intervalo mínimo de 48 horas e máximo de sete dias. Os dois primeiros testes foram
realizados sob uma condição sem música. Esses testes foram realizados com o objetivo
de obter o menor tempo para realização da corrida de 5 km de cada voluntário do estudo
e posteriormente compará-lo com a condição com música. O teste subsequente foi
realizado aplicando música via fone de ouvido durante toda a duração dos 5 km. As
músicas utilizadas possuíam um ritmo aproximado de 160 batidas por minuto. Durante os
testes foram mensurados as variáveis de frequência cardíaca (FC) (Polar modelo FX,
Finlândia), a PSE (escala de Borg de 15 pontos) e a porcentagem de pensamentos
dissociativos.
212
Carnaúba et al.: Música e percepção subjetiva de esforço durante corrida www.brjb.com.br
Testes
Antes de dar início à cada corrida de 5km os voluntários realizaram um aquecimento de 5
a 10 minutos na esteira em velocidade auto-selecionada (Imbramed Super ATL,
Inbrasport, Porto Alegre, Brasil). A FC e o tempo não foram informados aos voluntários
até que os mesmos tivessem completado todos os testes. Somente a velocidade e a
distância transcorrida foram informadas e mantidas visíveis no painel localizado na esteira
durante cada teste. A FC, PSE e a porcentagem de PD foram mensuradas a cada 1000
metros, já a velocidade foi mensurada a cada 500 metros. A escala de pensamentos
associativos e dissociativos consistiram em monitorar o tipo de pensamento do voluntário
durante o trecho transcorrido (1000m), onde é informado pelo voluntário em forma de
porcentagem, aproximadamente, o quanto associativo ou dissociativo foram os
pensamentos deles nos últimos 1000m percorrido (TAMMEN, 1996). Antes da realização
dos testes experimentais todos os voluntários foram instruídos a realizar os 5km de
corrida no menor tempo possível. Para isso, durante as corridas de todos os testes os
voluntários tinham a liberdade para alterar a velocidade quando quisessem.
Análise estatística
A normalidade da distribuição dos dados foi verificada utilizando o teste Shapiro-Wilk. O
teste t pareado, coeficiente de correlação intraclasse (CCI), coeficiente de variação (CV) e
erro técnico de medida (ETM) foram usados para determinar a reprodutibilidade do
desempenho durante os dois testes controles. O teste t pareado foi usado para comparar
o tempo para completar os 5 km de corrida entre as condições controle e música. Uma
análise de variância (ANOVA) de medidas repetidas seguida do ajuste de Bonferroni foi
RESULTADOS
O tempo para completar os 5 km de corrida no primeiro e segundo testes controles não foi
significativamente diferente [25,8 ± 1,8 min. e 25,6 ± 1,8 min, respectivamente, p= 0,78;
CCI: 0,98; P < 0,001; CV: 7,0%; ETM: 0,33 min. (1,28%)]. Sendo assim, não foi
encontrada diferença significativa entre os testes controle, porém como descrito na
metodologia, utilizou-se o teste controle realizado no menor tempo de cada voluntário
para comparação com a condição música.
A velocidade aumentou em função da distância em ambos os testes, porém na condição
música foi significativamente maior (p<0,05) nas distâncias de 500m, 1000m, 1500m e
2500m quando comparado a condição controle (fig.1).
213
Carnaúba et al.: Música e percepção subjetiva de esforço durante corrida www.brjb.com.br
Figura 1 - Velocidade de corrida a cada 500m nas condições controle e música. *Diferente de 1500, 2500 e
5000m (p<0,05). **Diferente da velocidade de 2500m (p<0,05). # Diferente de 1000m (p<0,05). † Diferente
entre as condições (p<0,05).
Figura 2 - Pensamentos dissociativos (PD) a cada 1000m nas condições controle e música. # Diferente de
2000 e 3000m (p<0,05). *Diferente dos valores precedentes (p<0,05). † Diferente entre as condições
(p<0,05).
214
Carnaúba et al.: Música e percepção subjetiva de esforço durante corrida www.brjb.com.br
e 4, respectivamente.
Figura 3 - Percepção de esforço (PSE) a cada 1000m nas condições controle e música. *Diferente dos
valores precedentes na mesma condição (p<0,05).
Figura 4 - Freqüência cardíaca (FC) a cada 1000m nas condições controle e música.*Diferente dos valores
precedentes na mesma condição (p<0,05).
215
Carnaúba et al.: Música e percepção subjetiva de esforço durante corrida www.brjb.com.br
Tabela 1 - Média e desvio padrão para tempo, velocidade, PSE, PA e FC
Variáveis Música Controle
Tempo (min) 25,2 ± 1,9* 25,6 ± 1,8
Velocidade (km.h-1) 12,0 ± 1,1* 11,8 ± 1,0
PSE 13,7 ± 2,8 13,9 ± 2,9
PD (%) 48,9 ± 10* 40,9 ± 7,9
FC (bpm) 173 ± 14 173 ± 13
DISCUSSÃO
A utilização da música resultou no aumento significativo da velocidade na primeira metade
da corrida de 5 km, mais especificamente nas distâncias de 500, 1000, 1500 e 2500 m.
Nossos achados estão de acordo com os resultados encontrados por Atkinson e
colaboradores (2004), onde também foi evidenciado que a música induz aumento na
velocidade apenas nos primeiros três quilômetros de ciclismo contra-relógio quando
realizada em um ciclo simulador. Desta forma, a música parece interferir na maneira como
o indivíduo distribui a velocidade apenas na parte inicial da tarefa, ou seja, na estratégia
de corrida, mas sem efeito sobre os quilômetros finais da tarefa. Assim como em nosso
estudo, Atkinson et al. (2004) demonstraram que o aumento da velocidade no inicio da
tarefa causado pelo uso da música foi suficiente para melhorar o desempenho, pois os
216
Carnaúba et al.: Música e percepção subjetiva de esforço durante corrida www.brjb.com.br
Embora a música tenha aumentado os PD no início da corrida quando os indivíduos
escutaram música, o mesmo não foi evidenciado após os 2000m. Isso pode ter ocorrido
devido ao acumulo de fadiga ao longo da corrida aumentando foco de atenção para os
sinais internos como observado por Baden et al. (2005) durante a realização de uma
corrida em esteira a 75% da velocidade pico, os pensamentos associativos, pensamentos
voltados a fatores ligados ao esforço físico, aumentaram linearmente com o tempo. Desta
forma, fatores psicológicos parecem ser predominantes no início da corrida, enquanto que
fatores fisiológicos parecem ser predominantes na segunda parte da corrida o que pode
ter anulado o efeito de distração da música que por sua vez não alterou a velocidade no
trecho final dos 5 km de corrida.
Apesar do aumento na velocidade ter sido acompanhado por uma elevada porcentagem
de PD, sugerindo que a mudança no foco de atenção seja o fator responsável pelo
aumento da intensidade na corrida com música, a motivação gerada pela utilização da
música também pode ter influenciado o aumento da velocidade nos primeiros quilômetros
de corrida. Estudo realizado por Karageorghis et al. (1999) sugere que músicas com
batidas rápidas (acima de 120 batidas por minuto) exercem maior motivação quando
comparado com músicas de menores batidas. Além do efeito do número de batidas por
minuto da música sobre a motivação, alguns autores (EDWORTHY & WARING, 2006;
SZABO et al., 1999; COPELAND & FRANKS, 1991) têm apontado que músicas com
batidas rápidas também podem aumentar a intensidade e o tempo de exaustão do
exercício. Em um estudo realizado recentemente por edworthy & waring (2006) foi
demonstrado que quando os voluntários do estudo escutaram música rápida durante
10min de corrida em esteira a velocidade média (9,46 km/h) foi significativamente maior
em relação a musica lenta (8,92 km/h). Dessa forma, as músicas com rápidas batidas
217
Carnaúba et al.: Música e percepção subjetiva de esforço durante corrida www.brjb.com.br
mesmo não tem sido evidenciado em outros estudos (YAMASHITA et al., 2006;
EDWORTHY & WARING, 2006; NETHERY, 2006; BIRNBAUM et al., 2009). Dessa forma,
mais estudos devem ser realizados com o objetivo de elucidar quais são os efeitos da
música sobre as respostas cardiovasculares e os mecanismos envolvidos durante o
exercício.
CONCLUSÃO
Os resultados do presente estudo sugerem que a utilização da música durante a corrida
aumenta o foco de atenção nos sinais externos como demonstrado através do aumento
da porcentagem de PD e bloqueia o aumento da PSE, permitindo dessa forma que a
velocidade seja aumentada na primeira metade da corrida melhorando o desempenho
durante a corrida de 5 km.
APLICAÇÕES PRÁTICAS
Os achados do presente estudo sugerem que a utilização da música por atletas durante
as sessões de treinamentos pode resultar no aumento da intensidade dos treinos, o que
pode gerar maiores adaptações fisio-metabólicas ao treinamento e consequentemente
melhorar o desempenho durante as competições. Adicionalmente, atletas podem utilizar a
música durante competições, onde esse recurso é permitido, para aumentar o seu
desempenho (ATKINSON et al., 2004; SIMPSON & KARAGEORGHIS, 2006)
REFERÊNCIAS
ALBERTUS, Y.; TUCKER, R.; ST CLAIR GIBSON, A.; LAMBERT, E. V.; HAMPSON, D.
B.; NOAKES, T.D. Effect of distance feedback on pacing strategy and perceived exertion
during cycling. Medicine and Science in Sports and Exercise, v. 37, p. 461-468, 2005.
ATKINSON, G.; WILSON, D.; EUBANK, M. Effects of music on work-rate distribution
during a cycling time trial. International Journal of Sports and Medicine, v. 25, p. 611-615,
2004.
BADEN, D. A.; MCLEAN, T. L.; TUCKER, R.; NOAKES, T. D.; ST CLAIR GIBSON, A.
Effect of anticipation during unknown or unexpected exercise duration on rating of
perceived exertion, affect, and physiological function. British Journal of Sports Medicine, v.
39, p. 742-746, 2005.
BOUTCHER, S. H.; TRENSKE, M. The effects of sensory deprivation and music on
perceived exertion and affect during exercise. Journal of sport and exercise psychology, v.
12, p. 167-176, 1990.
CARTER J. M, JEUKENDRUP A. E, JONES D. A. The effect of carbohydrate mouth rinse
on 1-h cycle time trial performance. Medicine and Science in Sports and Exercise, v. 36, p.
2107–2111, 2004.
COLE, K. J.; COSTILL, D. L.; STARLING, R. D.; GOODPASTER, B. H.; TRAPPE, S. W.;
FINK, W. J. Effect of caffeine ingestion on perception of effort and subsequent work
218
Carnaúba et al.: Música e percepção subjetiva de esforço durante corrida www.brjb.com.br
production. International Journal of sport nutrition, v. 6, p.14–23, 1996.
COPELAND, B. L.; FRANKS, B. D. Effects of types and intensities of background music
on treadmill endurance. Journal of Sports Medicine and Physical Fitness, v. 15, p. 100–
103, 1991.
COQUART, J. B. J.; GARCIN, M. Knowledge of the Endpoint: Effect on Perceptual Values.
International Journal of Sports and Medicine, v. 29, p. 976–979, 2009.
CORBETT, J.; VANCE S.; LOMAX M.; BARWOOD M. J. Measurement frequency
influences the rating of perceived exertion during sub-maximal treadmill running. European
Journal of Applied Physiology, v. 106, p. 311-313, 2009.
DOHERTY M.; SMITH, P. M.; HUGHES M. G.; DAVISON R. C. R. Caffeine lowers
perceptual response and increases power output during high-intensity cycling. Journal of
Sports Sciences, v. 22, p. 637-643, 2004.
DYRLUND, A. K.; WININGER S. R. The effects of music preference and exercise intensity
on psychological variables. Journal of Music Therapy, v. 45, p. 114-134, 2008.
EDWORTHY J.; WARING, H. The effects of music tempo and loudness level on treadmill
exercise. Ergonomics v. 49, p. 1597-1610, 2006.
ESTON, R.; FAULKNER, J.; ST CLAIR GIBSON, A.; NOAKES, T. D.; PARFITT, G. The
effect of antecedent fatiguing activity on the relationship between perceived exertion and
physiological activity during a constant load exercise task. Psychophysiology, v. 44, p.
779-786, 2007.
FAULKNER, J.; PARFITT, G.; ESTON, R. The rating of perceived exertion during
219
Carnaúba et al.: Música e percepção subjetiva de esforço durante corrida www.brjb.com.br
Strategy on Cycling Performance. International Journal of Sports Medicine, v. 22, p. 350-
355, 2001.
NETHERY, V. M. Competition between internal and external sources of information during
exercise: influence on RPE and the impact of the exercise load. Journal of Sports
Medicine and Physical Fitness, v. 42, p. 172-178, 2002.
POTTEIGER, J. A.; SCHROEDER, J. M.; GOFF, K. L. Influence of music on ratings of
perceived exertion during 20 minutes of moderate intensity exercise. Perceptual and Motor
Skills, v. 91, p. 848-854, 2000.
REJESKI, W. V. Perceived Exertion: An active or Passive Process? Journal of Sport
Psychology, v. 7, p. 371-378, 1985.
SIMPSON, S. D; KARAGEORGHIS, C. I. The effects of synchronous music on 400-m
sprint performance. Journal of Sports Sciences, v. 24, p. 1095-1102, 2006.
ST CLAIR GIBSON A.; LAMBERT, E. V.; RAUCH, L. H. G.; TUCKER, R.; BADEN, D. A.;
FOSTER, C.; NOAKES, T. D. The Role of Information Processing Between the Brain and
Peripheral Physiological Systems in Pacing and Perception of Effort. Sports Medicine, v.
36, p. 705-722, 2006.
SZABO, A.; SMALL, A.; LEIGH, M. The effects of slow- and fast-rhythm classical music on
progressive cycling to voluntary exhaustion. Journal of Sports Medicine and Physical
Fitness, v. 39, p. 220–225, 1999.
SZMEDRA, L.; BACHARACH, D. W. Effect of music on perceived exertion, plasma lactate,
norepinephrine and cardiovascular hemodynamics during treadmill running. International
220